RESUMO A doença cirúrgica mais comum em Pediatra é sem

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RESUMO
A doença cirúrgica mais comum em Pediatra é sem dúvida a Apendicite
Aguda (AA) que pode ser considerada também a principal causa de Abdome Agudo
na criança. Da mesma forma, a apendicectomia é o procedimento cirúrgico
abdominal mais realizado na criança. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil das
crianças submetidas à apendicectomia e tentar verificar a possibilidade de variação
sazonal. A amostra foi constituída de pacientes com idade entre 2 e 12 anos,
submetidos à apendicectomia pela Equipe de Cirurgia Pediátrica do Hospital
Guilherme Álvaro no período de novembro de 2008 à outubro de 2010. Foi usado
um questionário estruturado com informações de variáveis de caracterização do
paciente (idade, sexo e município de procedência), variáveis do pré-operatório
(manifestação clínica na avaliação do pediatra e do cirurgião pediátrico, dados do
exame
físico,
resultados
de
exames
laboratoriais,
exames
radiológicos,
ultrassonográficos e tomográficos). Alem disso variáveis do procedimento cirúrgico
(tipo de anestesia, técnica de apendicectomia, classificação macroscópica do
apêndice cecal, antimicrobianos utilizados) e variáveis de evolução (intervalo de
tempo entre o início dos sintomas e a operação, complicações pós-operatórias:
internação na UTIP, infecção de ferida operatória, abscesso intracavitário,
reinternação e óbito, tempo de permanência hospitalar) também foram verificadas.
Cento e quarenta e sete casos de apendicectomia foram avaliados. Houve
predominância do sexo masculino (64,4%) e na idade escolar, entre 7 e 12 anos,
(71,9%). A maioria dos pacientes é procedente de outros municípios do Litoral
Paulista (95,9%) que pertence a DRS-IV. Houve menor número de casos nos meses
de inverno (27 casos). O número de operações diminui nos finais de semana. Dor
abdominal (100%), vômitos (75,2%) e febre (74,5%) foram as manifestações mais
comuns. Os achados de exame físico mais frequentes foram sinais de irritação
peritoneal (64,1%) e desidratação (38,7%). A leucocitose foi observada em 86,6%
dos casos e a neutrofilia em 75,7%. A USG foi positiva para apendicite em 69,4%
das vezes. A apendicite complicada foi encontrada em 55,2% dos casos. Foram
utilizados esquemas de antimicrobianos variados. A complicação mais frequente foi
infecção da ferida operatória (14,4%). Além disso, o número de internações na UTIP
apresentou associação estatisticamente significativa com o aumento do intervalo de
tempo entre o início dos sintomas e a operação.
Palavras
chave:
complicações.
apendicite
aguda,
apendicectomia,
variação
sazonal,
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