Junho 2014

Propaganda
Nova técnica dá
esperança a pacientes
com lesão na medula
Cuba espera ter remédio
natural contra câncer
antes de dois anos
Vitória - ES, Junho de 2014 - Ano I - Nº 05 - Circulação em todo território nacional - E-mail: [email protected]
Lidar com as exigências de uma sociedade contemporânea com o imperativo da pressa e das incertezas, sem falar na quase
obrigação de estar sempre conectado, ligado e produtivo, não é fácil. Não raro, esse pacote provoca um desequilíbrio do ritmo
biológico, levando ao desenvolvimento de uma série de distúrbios igualmente contemporâneos.
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02
Opiniões
Junho 2014
*Dr. Fábio Laginha
Ginecologia e mastologia
A
incontinência urinária (IU), que é a perda de urina
de forma involuntária, é o sintoma mais conhecido
dos Distúrbios do Assoalho Pélvico (DAP). O assoalho pélvico consiste nas estruturas (ossos, músculos, fáscias, ligamentos e órgãos) que dão suporte às vísceras de
uma forma dinâmica, para manter a continência urinaria e
fecal e seu esvaziamento, quando necessário, além de participar da resposta sexual normal.
A posição bípede, falta de exercícios, trabalho e postura
(antigamente as mulheres trabalhavam, urinavam e evacuavam com a postura de cócoras) faz com que a musculatura
fique mais flácida e disfuncional. Estudos mostram que de
25% a 30% das mulheres apresentam algum tipo de Distúr-
bio do Assoalho Pélvico (DAP): Incontinência Urinária,
prolapsos dos órgãos pélvicos (bexiga, reto ou intestino),
Incontinência Fecal (IF) ou Síndrome da Bexiga Hiperativa (BA). Esses sintomas estão associados em mais de 70%
dos casos. Metade das pacientes com o problema tem mais
de 80 anos, e com o aumento da expectativa de vida é esperado um aumento do número de pacientes até o ano de
2050. Isso tem um imenso impacto na qualidade de vida,
custo emocional e assistencial. Em 1997, mais de 250 mil
mulheres nos EUA foram submetidas a cirurgias de correção de prolapso, sendo uma das indicações mais comuns de
cirurgias em mulheres. A grande dúvida é qual o papel da
gestação e parto normal na gênese deste problema.
Observamos que o DAP tem mais chances de acontecer
em mulheres que fizeram parto normal e fórceps, ao passo
que as chances da incontinência urinária acontecer são
menores naquelas que nunca engravidaram ou não fizeram
parto normal, em uma proporção de 3:1.
O momento antes do nascimento, em que a cabeça do
feto roda para a sua expulsão, é crucial. É quando pode
acontecer estiramento, necrose e denervação muscular. A
capacidade de elasticidade e recuperação das lesões depen-
Câncer de próstata: incontinência urinária
após cirurgia deve ser temporária
* Dr. Gustavo Guimarães
Oncologista
O câncer da próstata representa um sério problema de
saúde pública. No Brasil, a doença corresponde a primeira
causa de câncer em homens com uma expectativa de 68 mil
novos casos em 2014, superando o câncer de mama, o mais
comum entre as mulheres. Dentre as formas de tratamento
da doença estão a vigilância ativa para casos selecionados,
a cirurgia radical (conhecida por prostatectomia radical),
que pode ser realizada por via convencional, laparoscópica
Dra. Alessandra Brandão Teixeira
Nutricionista
[email protected]
Sempre de olho no que comemos, muitas vezes nos
esquecemos que boa parte das calorias ingeridas está nas
bebidas. Refrigerantes, sucos, leite, bebidas alcoólicas,
entre outras, trazem consigo calorias muitas vezes determinantes no sucesso ou fracasso de uma dieta. Bebidas
adoçadas com açúcar são bastante calóricas e devem ser
contabilizadas na dieta e, se possível, reduzidas ou substituídas”.
Fique de olho!
Um dos principais vilões das dietas de emagrecimento,
com ou sem auxilio da robótica ou ainda por via perineal; a
radioterapia nas suas diversas formas (externa - IMRT ou
conformacional 3D) e braquiterapia; além de terapias ablativas como o HIFU, que é um ultraossom focalizado de alta
frequência ou mesmo a crioterapia. A indicação de cada
modalidade terapêutica vai depender das condições de
saúde dos pacientes, idade, preferências pessoais e deve
ser discutido com o médico para escolher a que mais se
adéqua ao paciente.
A prostatectomia radical está indicada para pacientes
com doença localizada ou localmente avançada, que
tenham uma perspectiva de vida maior que 10 a 15 anos e
que esteja motivado.
Dentre as possíveis complicações da cirurgia estão a
incontinência urinária e a impotência sexual. A incontinência urinária acontece em 3% a 5% dos casos operados,
especialmente quando não são orientadas por um profissional, são os refrigerantes regulares. Os sucos, apesar de
serem excelentes fontes de vitaminas e minerais, também
merecem atenção e não devem ser consumidos à vontade,
já que contêm calorias. Muitas pessoas tomam sucos de
frutas em abundância, certos de que estão fazendo somente
bem ao organismo enriquecendo-o de vitaminas. Mas nem
todas as versões são assim. Os sucos de caju, acerola, pêssego, limão, morango, melão ou maracujá, adoçados sem
açúcar, são boas opções por serem provenientes de frutas
com baixas calorias. O mesmo não podemos dizer da laranja, manga ou uva, que devem ser consumidas na forma de
suco moderadamente.
As bebidas açucaradas ingeridas durante os intervalos
das refeições podem ter outro efeito negativo, pois quando
ingerimos algo rico em açúcar depois de algumas horas
sem comer, o açúcar é rapidamente disponibilizado em
nossa corrente sanguínea, aumentando nossa glicemia e
saciando momentaneamente nossa fome. No entanto, da
mesma forma que o aumento da glicemia se deu de forma
rápida, ocorre a queda, estimulando ao organismo a sensação de fome novamente.
ESSaúde
Ciência e saúde é aqui!
de de cada pessoa, por isso a dificuldade de se mensurar
previamente. Algumas mulheres, por exemplo, têm alterações na composição do colágeno e podem apresentar prolapsos mesmo sem nunca terem engravidado - dessa forma,
não podemos dizer que a gravidez e o parto são causas
exclusivas da incontinência urinária.
O peso fetal está intimamente relacionado ao risco,
assim como a idade materna acima de 30 anos, que dobra o
risco de desenvolver DAP e de forma mais grave. O peso
do bebê pode afetar o funcionamento do assoalho, bem
como obrigar a mulher a fazer mais força durante o parto,
aumentando o risco de incontinência. Já a idade avançada
pode comprometer a capacidade de recuperação da pele e
sua elasticidade.
Para minimizarmos este problema, podemos atuar abreviando o período expulsivo, evitando o uso de fórceps e de
lacerações do esfíncter anal.
Fisioterapias especializadas, cirurgias para a correção
e medicamentos melhoram muito a qualidade de vida das
pacientes, com uma taxa grande de recuperação. Ainda
precisamos saber qual a paciente de maior risco para tentarmos diminuir a incidência deste problema tão pouco
discutido e que muitas mulheres sofrem caladas sem saberem que existe tratamento.
*Graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo em 1981 e doutor em Mastologia pela Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), o Dr. Fabio Laginha tem experiência no atendimento hospitalar na rede pública e privada.
Fonte: Minha Vida
podendo ser maior em pacientes com manipulação prévia
da próstata (tratamentos endoscópicos do crescimento
benigno da próstata ? HPB), e diabéticos. Esta incontinência pode durar ate um ano, sendo que a maioria dos pacientes se recuperam em até seis meses. Com a introdução de
técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia e a
robótica, este tempo pode ser um pouco menor, porém sem
interferir no índice global de incontinência a médio prazo.
No pós-operatório pode ser realizada a fisioterapia
urinária, que auxilia na recuperação da continência urinária, além de encurtar o tempo desta. O uso de forros (fraldas) é necessário enquanto o paciente se recupera. Esta
recuperação se dá de forma gradual e é necessário o envolvimento do paciente na realização de exercícios fisioterápicos para sua melhora. É importante que o médico se certifique que não há infecção urinária, pois esta pode retardar
a recuperação da continência, bem como aumentar o risco
estenose (estreitamento) da anastomose (costura da uretra
na bexiga).
*Dr. Gustavo Cardoso Guimarães é cirurgião oncologista e
diretor de Urologia do A.C.Camargo Câncer Center.
Fonte: Minha Vida
Embora os sucos naturais contenham mais calorias que
as bebidas diet/light, não devemos ignorar que eles fornecem vitaminas e minerais importantes para o bom funcionamento de nosso organismo. Para substituí-los, há no
mercado diversas opções interessantes, como a água de
coco. A água de coco é um excelente repositor de eletrólitos, comumente perdidos em atividades intensas. Outra
dica, especialmente para aqueles que não dispensam um
refrigerante, são as águas aromatizadas, que não contêm
calorias, mas possuem gás, saciando a vontade.
Alimentação
ESSaúde
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03
Fonte: Beleza e Saúde
S
empre buscamos nos alimentar melhor e aqui sempre abordamos os melhores alimentos para a nossa
saúde. Mas você sabe quais são as verdadeiras “bombas alimentícias”, os piores alimentos do mundo, aqueles
dos quais devemos fugir?
Lembrando que a intenção de mostrar essa lista não é
para você ser radical e banir todos esses alimentos de uma
vez só. A ideia sempre é de ficarmos mais conscientes do
que estamos ingerindo no dia-a-dia. Se você comer com
moderação, e somente de vez em quando, isso não vai causar nenhum mal permanente: o que prejudica a saúde é
sempre a frequência e o exagero. Ok? Então vamos à lista
das maiores “bombas” de todos os tempos!
1. Refrigerante Diet
Essa é pra quem f acha que escapa
dos malefícios do refrigerante
fugindo para as opções
“light/diet”. As versões diet contêm aspartame, agora rebatizado
como "AminoSweet" – produzindo "efeitos que podem ser confundidos com Alzheimer, síndrome da fatiga crônica, epilepsia, esclerose múltipla". Sem
contar serem capazes de provocar ansiedade, compulsão
alimentar, depressão, enxaqueca, hiperatividade, insônia,
palpitação cardíaca, perda auditiva, tontura.
2. Refrigerante
Se você beber um copo de refrigerante por dia, estará ingerindo de
6
a 7 colheres de chá de açúcar!
Muitos refrigerantes são repletos
de aditivos, o que pode gerar
inchaço, dores de cabeça, asma,
hiperatividade e falta de concentração. Além disso, o refrigerante,
seja a versão normal, zero ou light, não possui nutrientes
como vitaminas e minerais de que o corpo precisa para o
metabolismo funcionar; é um poço de “calorias vazias”.
3. Fast Food
Os fast food, como pizza (principalmente as congeladas), hambúrguer e comida chinesa delivery, têm excesso de calorias,
gordura saturada, sódio e proteína. As refeições também normalmente trazem gordura trans, que
contribui para problemas cardía-
cos, e contém excesso de açúcar.
4. Carnes Processadas
O vilão aqui é a salsicha, uma
carne processada rica em nitrito
de sódio – substância cancerígena
que pode aumentar o risco de
câncer do pâncreas e do intestino,
além de causar hipertensão.
Outros exemplos de carne processada: bacon, mortadela, presunto,
salame e linguiça. Fora que comumente a procedência dos componentes dessas carnes é
altamente questionável…
5. Pão Branco
O sabor do pão branco pode ser
melhor do que o do integral (há
controvérsias!), mas o pão branco
é
cheio de produtos químicos que
fazem dobrar a quantidade de
fermento em seu organismo. Isso
pode causar infecções de vários
tipos. O pão branco causa inchaço, gases intestinais e problemas digestivos. Além disso,
em termos de índice glicêmico, comer pão branco é pior até
do que comer açúcar puro! Opte sempre pelo pão integral.
6. Açúcar em Excesso
Cuidado! O açúcar pode estar
escondido em comidas que você
nem imagina, como em um molho
de frango, uma comida congelada
ou um pote de iogurte. Quando
você ingere todos os dias esse
açúcar, força os seus órgãos a
trabalhar mais. Primeiro, para
digerir. Segundo, para normalizar a taxa de glicose no organismo. É assim que você acaba ficando diabético. Os sintomas do diabetes são sede excessiva, urina frequente, pele
seca ou com coceira e fadiga extrema.
ra
7. Salgadinhos
Os salgadinhos e os petiscos de
bar normalmente são fontes de
gordura trans. Este tipo de gordupode levar ao aumento de peso,
entupimento de veias, pressão
alta e até diabetes do tipo 2. Aqui
incluímos também salgadinhos de
batata (“batatinhas”): não têm vitaminas nem minerais, só
gorduras, ou seja, não têm nenhum benefício nutricional.
Outro salgadinho a ser evitado são os de milho: por serem
todos fritos, provocam obesidade e aumentam o nível de
açúcar no sangue (além de não aproveitarem as fibras do
milho, tão benéficas à saúde).
8. Batata Frita
Batatas fritas contêm não apenas
gorduras trans (que causa várias
doenças), mas também uma das mais
potentes substâncias cancerígenas
presentes em “alimentos”: a acrilamida, que é formada quando batatas
brancas são aquecidas em altas temperaturas. Além disso, a maioria dos
óleos utilizados para fritar as batatas se torna rançoso na
presença do oxigênio ou em altas temperaturas, podendo
causar inflamações no corpo e agravar problemas cardíacos, câncer e artrite.
9. Bebida alcoólica
A curto prazo, pode induzir arritmias e palpitações no peito. A longo
prazo, acelera a arterosclerose,
aumentando o colesterol e principalmente os triglicerídeos. Facilita a
pressão alta, e dilata o coração. Além,
disso é muito calórico, sem ser nutritivo. Uma caneca de chope pode conter a mesma quantidade de calorias de uma rosquinha doce.
Se você tomar todos os dias um chope, pode engordar 6 kg
em um ano.
10. Sal em Excesso
Uma das consequências do consumo excessivo do sal é a hipertensão,
responsável pelo maior índice de
infartos e acidentes vasculares cerebrais. Além disso, o sal retém líquido,
deixando a pessoa inchada. O recomendado é ingerir no máximo 6g por
dia, contando com o sal já existente
na comida. O problema maior aqui é a quantidade de sódio
existente em alimentos que você nem imagina, como doces
por exemplo. Fique sempre atenta às embalagens dos produtos, sempre observando a quantidade de sódio.
E você, consome algum desses alimentos regularmente? Concorda com a lista? Incluiria mais alguma
“bomba” que não mencionei??
5 Razões para Cortar o Refrigerante Light do seu Dia a Dia
ça se o refrigerantes é normal ou de baixa caloria. Estudos
mostraram que adultos que bebiam três refrigerantes por dia
tinham uma saúde bucal bastante piorada, com mais cáries e
sorriso mais amarelado. (Na verdade, os bebedores de refrigerante ficaram no mesmo patamar que usuários de drogas
como cocaína e meta-anfetaminas!)
A princípio, optar por refrigerantes de baixa caloria
parece uma decisão consciente. Porém, estudos mostram
que estes refrigerantes podem ser bastante prejudiciais em
vários aspectos.
(Quando falo em "refrigerante light" no post, refiro-me
em geral a refrigerantes de baixa caloria ("diet", "zero",
"light"), ou qualquer tipo de refrigerante que utilize adoçantes artificiais, especialmente o Aspartame.)
1. Refrigerante Light engorda (!)
Sim, você leu certo: refri light, no final das contas, não te
ajuda a perder peso. Adoçantes artificiais têm um sabor
mais intenso que o açúcar natural, o que leva, ao longo do
tempo, a deixar o nosso paladar menos sensível ao açúcar. O
efeito é claro: os doces de antigamente já não parecem mais
tão doces, e aí "precisamos" cada vez mais do doce. E, claro,
com isso acabamos abusando. Pior que isso, foi demonstrado que os adoçantes têm o mesmo efeito no corpo que o
açúcar no sentido de aumentar a produção de insulina. A
insulina manda a mensagem ao corpo para estocar gordura.
Ou seja, isso leva ao ganho de peso, mesmo que o refrigerante tenha menos calorias.
2. Refrigerante Light não tem valor nutricional
Quando você toma um refrigerante light, é verdade que
você está ingerindo pouquíssimas calorias. Porém, você
também não está ingerindo absolutamente nenhum nutriente benéfico para o seu corpo! Se você realmente quer uma
bebida com zero calorias, todos já sabemos qual é a melhor!
A água é necessária para tudo em nosso corpo, então deixar
de tomá-la para tomar um refrigerante nunca é bom negócio. Para ajudar a cortar o vício do refrigerante, uma ideia é
começar com água com gás, ou incluir mais chás durante o
dia.
3. Refrigerante Light causa dores de cabeça
Vários estudos apontam o aspartame (principal adoçante artificial usado em refrigerantes de baixa caloria) como
um agente desencadeador de dores de cabeça e enxaquecas.
Se você sofre com dores de cabeça constantes, observe os
rótulos, e faça o teste: corte todas as fontes do adoçante em
sua dieta, começando pelo refri light. A solução da sua dor
pode estar aí!
4. Refrigerante Light acaba com seu dentes
Com um pH de apenas 3.2, o refrigerante é muito, muito
ácido. Substâncias muito ácidas corroem os esmaltes dos
dentes ao longo do tempo. E nesse quesito, não faz diferen-
5. Refrigerante Light prejudica seus ossos
Mulheres acima de 60 anos já têm um risco bem maior
de osteoporose que os homens, e pesquisadores descobriram que refrigerantes — incluindo os light — potencializam ainda mais o problema. Foi verificado que mulheres
que tomavam o refrigerante tinham uma densidade óssea
4% menor. (O estudo, publicado em 2006, foi muito bem
feito, isolando variáveis como ingestão de cálcio e vitamina
D.) A causa mais provável da perda óssea é que o refrigerante causa muita acidez no organismo, e a forma do corpo
reequilibrar essa acidez é retirando cálcio dos ossos.
Minha Opinião Sobre Refri
A intenção desse post não é ser alarmante ou sensacionalista. No fundo, todo mundo já sabe que refrigerante não
presta, não é mesmo? (não é à toa que ele lidera o ranking
dos piores alimentos do mundo).
Na verdade, porém, a minha opinião é que todos esses
malefícios só são importantes e se manifestam quando tomamos refrigerante com frequência, como um hábito. Isso é o
que devemos evitar. Tomar um refrigerante aqui e outro ali
não vai fazer mal nenhum.
04
Junho 2014
Fitness
ESSaúde
Ciência e saúde é aqui!
Conheça os exercícios que ajudam a perder a gordura localizada
Por Bruna Stuppiello - Minha Vida
C
onfira as melhores estratégias para reduzir e definir
o culote, a barriga, a cintura, os braços, flancos,
costas e parte interna das coxas
É difícil encontrar alguém que não se incomode com
uma gordurinha extra presente em algum lugar do corpo.
Ela pode estar na barriga, culote, parte interna das coxas,
cintura, braços ou costas. A boa notícia é que essa gordura
localizada pode sumir, ou ao menos diminuir, com a combinação de exercícios e dieta balanceada.
Para iniciantes os exercícios com características aeróbicas são importantes, pois vão agir usando predominantemente a gordura como fonte de energia, mas devemos
frisar que a gordura sai do corpo como um todo e não apenas naquela região que está sendo exercitada. "Porém, o
que as pessoas querem não é só a redução de gordura, mas
também a definição muscular e isso ocorre quando há
menos gorduras e mais músculos. Por isso, é importante
fazer também um trabalho muscular dando ênfase na
região que deseja ter mais resultados estéticos", conta o
personal trainer Givanildo Matias, da rede Test Trainer.
Uma estratégia tem sido muito utilizada nas atividades
físicas para se obter a desejada definição muscular. "A
linha de raciocínio e a ciência sugerem os treinamentos
intervalados de alta intensidade que podem ser apenas
aeróbicos ou combinados com o trabalho de força/resistência muscular (musculação, treinamento funcional, pilates, etc). Algo como dois minutos correndo na
esteira e dois andando para o trabalho aeróbico e se quiser
pode ser inserido uma série com 2 ou 3 exercícios musculares a cada ciclo desse", orienta Matias. Essa estratégia
trará mais adaptações positivas no corpo e de contrapartida ainda irá contribuir muito com a queima de gordura,
pois esse formato gera um débito de oxigênio e faz que o
corpo fique com o metabolismo mais acelerado durante
alguns minutos ou horas depois para cobrir o prejuízo.
Uma observação que não pode faltar é que o praticamente
já precisa estar razoavelmente bem condicionado para
iniciar esse tipo de trabalho.
Por isso, listamos os melhores exercícios que podem
ser feitos nas regiões onde a gordura localizada mais incomoda. Lembrando que é interessante combiná-los com os
aeróbicos já mencionados.
Barriga
O objetivo é fortalecer os
músculos na região abdominal.
Por isso, os exercícios abdominais são grandes aliados neste
processo. É interessante exercitar todas as regiões do abdômen.
"É preciso trabalhar o supra
abdominal (parte superior), os
oblíquos (lateral) e o infra abdo-
minal (parte inferior)", conta o personal trainer Givanildo
Matias, da rede Test Trainer.
Além disso, não foque tanto nas repetições, vale mais
fazer um abdominal com menos repetições e alguma carga
do que diversas repetições sem peso. "Isto irá favorecer o
ganho de massa muscular na região", explica o educador
físico Gabriel Signorelli, instrutor da rede de academias
Bodytech.
Os abdominais com bola podem permitir maior amplitude de movimento o que aumenta a intensidade. Para
conseguir o fortalecimento da região a orientação é realizar os abdominais ao menos três vezes por semana.
Cintura
Para reduzir as gorduras na região,
vale investir nas lutas como o boxe e o
muay thai. "Como eles trabalham na
movimentação do tronco ajudam na
definição dessa região. Essas lutam
também vão trabalhar os braços, área muito solicitada",
conta Matias. Além disso, as lutas são ótimos exercícios
aeróbicos o que irá ajudar na queima da gordura extra. A
orientação é praticar essas lutas de duas a três vezes por
semana.
Não gosta de lutas? Então, aposte nos abdominais oblíquos, os laterais, que irão contribuir para o ganho de massa
muscular no local.
Culote
Para esta região vale investir no
aparelho de musculação cadeira
abdutora. Ele tem movimentos específicos para a musculatura dos glúteos e por isso irá ajudar na diminuição do culote. Para realizar o exercício de abdução, posicione o aparelho na parte externa das pernas e
gradue a carga de acordo com a sua
força. Também vale realizar a abdução com caneleira. Este
é o melhor exercício para o fortalecimento da região do
culote.
O step também é interessante porque trabalha as musculaturas dos glúteos, posteriores da coxa e panturrilha. O
agachamento também é uma boa alternativa, pois trabalha
as partes internas e externas das coxas. A orientação é exercitar a região do culote de duas a três vezes por semana.
Parte interna das coxas
Para exercitar a parte interna das coxas, invista na cadeira adutora, na qual os movimentos são feitos empurrando
o aparelho contra a parte interna das pernas. A adutora feita
no chão com caneleiras nas pernas também é uma alternativa. "Outras boas opções são agachamento e realizar o
legpress com bola ou rolo entre os
joelhos, mas pessoas que tem problema na patela devem evitar esta última
opção", afirma Signorelli. A cadeira
adutora é a melhor alternativa para
trabalhar a parte interna das coxas. A
orientação é exercitar a região entre
duas e três vezes por semana.
Braços
Para definir o músculo tríceps do braço, aquele do tchauzinho, alguns exercícios podem
ser grandes aliados. "O tríceps
francês, o tríceps testa, o pulley,
a rosca direta, a rosca concentrada e a rosca martelo são boas alternativas para fortalecer a
região", afirma Matias. As melhores alternativas são o
pulley tríceps e os exercícios de rosca. A orientação é fazer
essa atividade entre duas a três vezes por semana.
Esses exercícios não são os únicos para definir os braços. Confira aqui outras atividades que também ajudam a
deixar os braços mais bonitos.
Flancos
Para reduzir os flancos, aquela gordurinha
extra localizada um
pouco acima dos quadris, é preciso focar no
abdômen e na parte exterior das coxas. "Por isso
invista na abdominal
oblíqua, a lateral, e também na cadeira abdutora", explica
Matias. Não existe um exercício que foca completamente
na região dos flancos. Por isso, é a combinação entre os
dois exercícios, abdômen oblíqua e cadeira abdutora, que
irá contribuir para a definição da área. A orientação é fazer
essas atividades entre duas e três vezes na semana.
Costas
As gordurinhas nas costas
te incomodam? A solução são
atividades para estimular a
musculatura dessa região.
"Neste caso o pulley frente e a
remada sentada ajudam no
fortalecimento da região",
conta Matias. A remada sentada é a atividade mais eficaz,
ambas as atividades trabalham as costas com um todo. A
orientação é fazer essas atividades duas vezes por semana.
Dor muscular após os treinos pode ser grave
*Fernanda Andrade
Educação Física
A dor muscular após os treinos de musculação ocorrem devido ao micro rompimento de fibras musculares.
Quando você treina, você literalmente rompe (micro
rompimentos) o tecido muscular. O resultado disso é a
ocorrência de microlesões musculares nos primeiros
dias dos treinos musculares, pequenas rupturas do músculo causadas pelo excesso de esforço.
Com alguns dias, o músculo começa a se reconstruir,
por isso o repouso após os treinos é muito importante.
Ocorre uma cicatrização das fibras musculares. Este
processo de reconstrução torna os tecidos musculares
mais fortes e maiores do que antes. Esse é o processo de
hipertrofia muscular. A hipertrofia muscular é o desenvolvimento de mais fibras musculares, o que deixa os
músculos maiores e mais fortes para suportarem levantar mais peso.
A dor que você nota nos dias posteriores ao treino é
diferente da dor (queimação e ardor) que você sente
durante o treino e também é diferente de uma dor de
lesão muscular. É essencial a conscientização das diferenças dessas dores, como a dor dos treinos, dor boa, que
ocorre um dia ou dois depois do treino, e a dor de lesões,
dores ruins, de lesões nas articulações e músculos. A dor
boa, por mais forte que ela seja, ela não impede você de
fazer outras atividades físicas, apesar da dor você consegue executar qualquer movimento com perfeição, diferente das dores de lesões, que causam muita dor ao movimentar as áreas afetadas e aparecem algumas horas depois do treino.
A dor do dia seguinte geralmente é mais forte em
pessoas que nunca treinaram antes. E só lembrar da
época que você começou a treinar pela primeira vez e
como ficou dolorido na primeira semana. Quanto mais o
seu corpo se adapta ao treino, menos dor você sentirá. Se
você insistir por muito tempo em apenas um tipo de treinamento, você para de ver resultados e a dor boa desaparece. Treinamento diferenciado e aumento progressivo
de carga é a chave para gerar fissuras musculares, o que
consequentemente aumenta a massa muscular.
Porém, a dor boa em um alto grau não ocorre apenas
em pessoas que nunca treinaram na vida. Você também
sentirá dores maiores quando começar uma rotina nova.
Toda vez que você der um choque em seus músculos,
com um novo programa de treino, novos exercícios,
quantidade de séries e repetições que o seu corpo não
está mais acostumado, pode esperar grandes quantidades de dores. Vale lembrar que a hipertrofia ocorre não
apenas quando há dor.
Mesmo sem termos dores após os treinos, ou quando
ela diminui, a hipertrofia continua acontecendo. A dor
desaparece porque o músculo já está mais preparado
para as atividades que serão desenvolvidas, e só volta a
aparecer se uma carga ou treinos diferentes, exercícios
novos e aumento da intensidade dos treinos.
É importante darmos atenção a fase excêntrica (parte
negativa do exercício), pois nessa fase recrutamos mais
fibras musculares e lesionamos mais a mesma. Quando
damos mais ênfase a parte negativa do exercício, obtemos mais fissuras nos tecidos musculares, consequentemente mais dores no dia seguinte e mais resultados a
longo prazo.
As dores devem ser controladas, a partir do momento
em que impedem movimentos cotidianos é sinal que
houve exagero. Um bom exemplo é o aluno não conseguir descer uma escada direito ou mesmo escovar os
cabelos com facilidade.
*Fernanda Andrade é profissional de Educação Física especializada em qualidade de vida, Life Coaching e emagrecimento,
personal trainer a 16 anos, com Especialização em Personal
Training e em Treinamento Desportivo pela Unifesp.
Minha Vida
ESSaúde
Ciência e saúde é aqui!
Dra Eliana Avelãs
Odontologia
A
retração gengival é uma alteração muito comum na
população, principalmente em idosos. Esse problema
pode afetar um ou mais dentes e causa sensibilidade,
dificuldade de higienização, comprometimento estético e
maior suscetibilidade a cáries.
Chamamos de retração gengival a situação em que a gengiva não está "colada" na região da coroa do dente, mas numa
posição abaixo dessa linha, deixando assim uma área de raiz
exposta.
A retração pode acontecer por vários motivos. Em todos
os casos a inflamação gengival estará presente no processo. O
biofilme (placa bacteriana) também participa de maneira
importante. O acúmulo de biofilme provoca a inflamação da
gengiva, que evolui para gengivite, que pode evoluir para
periodontite, com consequências sérias como perda óssea,
além da retração.
Existem outros motivos que podem levar a gengiva a ficar
retraída. Vejamos alguns exemplos:
Trauma oclusal
A relação entre trauma oclusal e retração gengival é um
assunto polêmico em periodontia. Os trabalhos científicos
são controversos, mas as observações clínicas mostram que,
Odontologia
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05
quando a força oclusal (o modo
como o dente faz contato com outro dente) é excessiva, a
retração gengival ocorre na mesma região. Quando observamos a retração localizada em apenas um dente, é comum
encontrarmos a causa do trauma no dente oposto.
Piercing
Temos vistos alguns casos de retração pelo trauma do
piercing sobre a gengiva. O atrito do metal na gengiva provoca uma inflamação que pode causar a retração.
Tratamento ortodôntico
Durante o tratamento ortodôntico, a dificuldade de higiene é maior e facilita o acumulo de biofilme. É necessário
seguir o controle e orientação do profissional responsável
pelo tratamento.
Trauma mecânico pela higienização bucal
A técnica errada e a força exagerada na escovação podem
resultar em um trauma repetitivo. Este trauma leva à inflamação crônica que desencadeia o processo da retração. Verifique
com seu dentista se a sua técnica de escovação está correta.
Mas e depois que a gengiva está retraída, o que fazer?
Em primeiro lugar, buscar ajuda de um profissional para
encontrar as causas . Depois, seguir suas orientações para que
a retração não progrida, uma vez que a gengiva não retornará
a posição inicial. Evitar a progressão do problema só será
possível por meio de uma cirurgia plástica gengival. É um
trabalho feito por especialistas e com resultados muito bons.
O sucesso desse tratamento depende da correta indicação e
execução das técnicas cirúrgicas e do cuidado do paciente
O atrito do piercing na gengiva provoca uma
inflamação que pode causar a retração.
para a manutenção da saúde gengival.
Melhor mesmo é prevenir antes que o problema aconteça ou prossiga. Como?
Observe que em todos os casos a doença começa com uma
pequena inflamação, um pequeno sangramento. Esse é o
momento de agir. Esse é momento de procurar um dentista
para resolver isso rapidamente para evitar que a retração aconteça. Prevenir pode ser simples assim...
Fonte: Minha Vida
Saúde bucal exige responsabilidade e compromisso
*Dr. Claudio Yukio Miyake
Cirurgião-Dentista
A saúde bucal está diretamente relacionada ao bem-estar
do indivíduo, pois exerce grande influência na autoestima e
mantém o organismo funcionando corretamente. No campo
das políticas públicas, requer responsabilidade e compromisso. O acesso à assistência de qualidade, prestada por profissional formado para tanto o cirurgião-dentista - é direito do
cidadão e dever do Estado.
Nos últimos anos, o Programa Brasil Sorridente, direcionador da política nacional de saúde bucal, impulsionou o
crescimento das equipes de odontologia na atenção básica, a
criação dos centros de especialidades odontológicas e a habilitação de laboratórios de próteses dentárias, entre outras
ações importantes para o Sistema Único de Saúde (SUS). No
entanto, ainda assim, estamos distantes do atendimento ideal,
que só será alcançado por meio de um esforço conjunto de
todas as instâncias governamentais, lembrando que as prefeituras são as financiadoras da maior parte do custo do programa.
Para ter um quadro geral da saúde bucal no País, citarei
alguns dados. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal
2010 (Projeto SBBrasil 2010), que teve como base uma amostra de 37.519 indivíduos residentes em 177 municípios, os
índices de cárie no Brasil permanecem altos. A parcela da
população livre do problema é menor que a metade em todas
as faixas etárias: são 46,63%, aos cinco anos; 43,5% aos 12
anos; 23,09%, na faixa entre 15 e 19 anos; 0,9% de 35 a 44
anos; e 0,2% de 65 a 74 anos.
Vale ressaltar que, infelizmente, a redução das cáries no
Brasil tem encontrado um obstáculo: a falta de fiscalização na
fluoretação das águas. De acordo com a pesquisa realizada
pelo Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp)
e o laboratório da Universidade de Campinas (Unicamp), em
2013, em que foram coletadas amostras de 105 municípios
paulistas, mais da metade das cidades analisadas estava com
teor de flúor inadequado, colocando em risco a saúde da população e não atendendo ao propósito de contribuir para a erradicação da cárie.
Também há outras questões que merecem atenção, conforme dados do Projeto SBBrasil 2010, no que se refere às
condições periodontais, que comprometem as gengivas, o
percentual de indivíduos sem nenhum problema é de 63%
para a idade de 12 anos, 50,9% para a faixa de 15 a 19 anos,
17,8% para os adultos de 35 a 44 anos e somente 1,8% nos
idosos de 65 a 74 anos.
Entre os adolescentes brasileiros, 13,7% necessitam pró-
ALLFORT
teses parciais em um maxilar (10,3%) ou nos dois maxilares
(3,4%). Para os adultos, a necessidade de algum tipo de prótese ocorre em 68,8% dos casos, sendo que a maioria (41,3%) é
relativa à prótese parcial em um maxilar. Em 1,3% dos casos,
há necessidade de prótese total em pelo menos um maxilar.
Além disso, estima-se que, no Brasil, 230 mil crianças de
12 anos e 1,7 milhões de adolescentes possuam algum problema de oclusão dentária, que deve ser tratado por meio do uso
de aparelho ortodôntico. Sendo que, aos 12 anos, 38% das
crianças brasileiras apresentam problemas de oclusão; destes,
11% têm comprometimento severo e 7% muito severo. Nos
adolescentes, são 35% no total, destes, 10% possuem oclusopatias severas.
Tendo em vista que a procura por tratamento odontológico
é grande, devido às dificuldades de acesso e à falta de orientação adequada, a população tem buscado atendimentos informais oferecidos por charlatões, que se passam por cirurgiõesdentistas, ou até aqueles que nem se classificam como profissionais, mas oferecem o serviço mesmo assim.
Para reverter esse quadro, é necessário compromisso dos
gestores municipais, estaduais e federais para juntos fazermos a diferença. É de extrema importância investir mais na
área, valorizar o profissional da odontologia e criar campanhas de conscientização, que podem ser os primeiros passos.
* Dr. Cláudio Miyake é presidente do CROSP
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ALLFORT® é um polivitamínico-mineral com as vitaminas do complexo B, C, E e o
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sistema imunológico; como an oxidante e em doenças crônicas e convalescença pós
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06
ESSaúde
Junho 2014
Ciência e saúde é aqui!
Urgência e Emergência do Hospital Estadual Dr. Jayme
Santos Neves completou um ano de funcionamento
C
om capacidade de mais de 8 mil atendimentos por
mês, referência para traumas, atendimento clínico
grave e porta aberta, o setor de Urgência e Emergência
do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves completou
neste mês de maio de 2014, um ano de funcionamento.
Inaugurada no início de maio de 2013, já foram realizados
mais de 128.211 atendimentos para a população capixaba
neste um ano. Essa marca foi possível de ser alcançada pela
equipe da Urgência e Emergência. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e funcionários administrativos aliados a infraestrutura física e tecnológica e norteados pelo Acolhimento com Classificação de Risco
por cores, segundo o Protocolo de Manchester.
Nesse contexto, também são utilizados protocolos
clínicos como politrauma, abdome agudo, queimados,
sepse, úlcera neuropática, infecção intra-abdominal,
dentro outros, para garantir ainda mais qualidade, agilidade e segurança para o paciente. Isso gera uma taxa de
letalidade com média de 0,3 que obedece ao preconizado pela Organização Mundial de Saúde que é de no
máximo 1,0. Bem como um volume de 15% de internações e um tempo médio de atendimento de 30 minutos
exceto para pacientes classificados em Vermelho que
são atendidos de forma imediata ao chegarem no setor.
As classificações de acordo com o Protocolo de
Manchester resultam em taxas de classificação em 2,4%
de pacientes em Vermelho, 13,2% em Laranja, 43,9%
em Amarelo e cerca de 40% das demais cores (Verde,
Azul e Branco) que representam casos de baixa gravidade e complexidade ou que não procedem.
De acordo com Katiana Erler, diretora-geral, um dos principais pontos a serem destacas é o nível de satisfação do paciente. “Há três meses oscilamos entre 96 e 97% de satisfação
do nosso paciente na Urgência e Emergência. Nossa humanização no atendimento é de fato um diferencial muito grande
quando se fala em qualidade e ética para os que aqui chegam
em busca de tratamento”, destaca.
Reconhecimento
O setor foi avaliado positivamente, por instituições como
o Ministério da Saúde que em visita no mês de outubro de
2013. De acordo com o relatório da visita técnica, elaborado
por Diego dos Santos Araújo, técnico do ministério, pode ser
comprovado que a Urgência e Emergência e seus serviços são
bem estruturados, informatizados e com bons indicadores de
qualidade na assistência.
Ainda no início deste ano uma nova visita do Ministério da
Saúde foi realizada. Desta vez conduzida pelo secretário de
Atenção à Saúde (SAS), Helvécio Magalhães Júnior, que
ficou impressionado com as instalações e o funcionamento do
setor. “Nesta visita que realizei, constatei uma unidade que
possui tudo para ser ainda melhor e ser referência em forma-
ção profissional”.
Porém, não são apenas técnicos e autoridades que reconhecem a importância. Os pacientes, a principal razão de
existência do setor, já realizaram homenagens ao hospital.
Um destes casos foi do Júlio Antônio de Almeida, do 38º Batalhão de Infantaria, que se acidentou de moto e entregou uma
placa em homenagem aos profissionais que o atenderam no
momento do resgate e ao hospital, para onde foi socorrido e
ficou internado. “Sou muito agradecido por essas equipes que
cuidaram de mim. Hoje, estou vivo graças a eles e por isso os
homenageio, pois é o mínimo que eu posso fazer, tamanho o
agradecimento que lhes devo”, declara.
Trabalho em equipe
Os resultados alcançados com a qualidade e segurança
conquistados pelo setor, são fruto do modelo de gestão adota-
do. Este modelo preza pelo trabalho em equipe dos funcionários do hospital e do trabalho conjunto com os profissionais
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192 (SAMU),
Corpo de Bombeiros e do Núcleo de Operações Táticas Aéreas, da Secretaria da Casa Militar (NOTAer), que colaboram
para realizar o melhor e mais rápido atendimento dentro da
Urgência e Emergência, colaborando para salvar a vida de
milhares de pessoas.
Mas, o trabalho em equipe não é realizado só por médicos,
técnicos e enfermeiros. Ouvidoria, funcionários administrativos, Serviço Social e de Psicologia atuam para orientar, amenizar e amparar nos momentos de dor e angústia. Um dos
trabalhos realizados, teve início em dezembro de 2013 e consiste em reuniões com familiares e demais acompanhantes
dos pacientes.
O objetivo é prestar orientações sobre a rotina do
setor, solucionando dúvidas e estreitando o relacionamento com este público, que também é fundamental para a recuperação dos pacientes.
Yolete de Oliveira, 74 anos, que acompanhou a
irmã Elam de Oliveira, 79 anos, vítima de queda,
destaca a importância dessas informações serem
repassadas. “Eu e várias outras pessoas precisamos
ouvir e conhecer as regras, pois o cumprimento destas ajuda na recuperação dos nossos próprios parentes e também de outros, evitando, por exemplo, trazer algo que ofereça risco de contaminação. Já passei
e acompanhei pessoas em outros hospitais e este é o
primeiro que recebo o convite para uma reunião
como esta. Acho ótimo e reforça o bom atendimento
que temos tido, especialmente dos enfermeiros que
são muito atenciosos”.
Desenvolvimento
A Urgência e Emergência continuará a atender
com qualidade, segurança e agilidade, fazendo sempre o
melhor para atender aos seus pacientes. Os números e o reconhecimento conquistado fazem parte de um trabalho contínuo, que visa sempre melhorar.
Alexandre Bittencourt e Márcio Lameri, coordenadores
médicos do setor, falam sobre a importância deste processo.
“Após este um ano de funcionamento da Urgência e Emergência, aprendemos muito e implantamos um modelo de
atendimento que dá resultado para ambas as partes, paciente e
hospital. Porém, resultados ainda melhores podem ser alcançados e vamos trabalhar focados na qualificação dos nossos
profissionais para continuar a ofertar os serviços prestados
com qualidade”.
Fonte: Assessoria de Imprensa –HEJSN
Thiago Alves
Geral
ESSaúde
Ciência e saúde é aqui!
Junho 2014
Cuba espera ter remédio natural
contra o câncer antes de dois anos
C
uba espera desenvolver, antes de dois anos,
um novo remédio natural contra o câncer,
que reduziria os tumores e ajudaria a evitálos em pessoas com pré-disposição para a doença,
anunciou nesta quinta-feira o laboratório estatal
Labiofam.
"Trata-se de uma solução de oito "peptídeos"
(tipos de moléculas), extraídos de uma espécie de
escorpião que, clonados mediante técnicas de
engenharia genética, demonstraram uma eficácia
"impressionante" em testes de laboratório", disse
o presidente do Labiofam, José Fraga Castro.
Em testes pré-clínicos com ratos, a resposta
"realmente impressionou, ou seja, houve reduções
de 90% em questão de nove dias do tamanho do
tumor", declarou Fraga à AFP.
"Se nós conseguirmos desenvolver os testes
clínicos entre o final e o começo do ano, poderíamos estar falando (...) de um ano e tanto, a possibilidade de dar este passo" e ter o medicamento aprovado para uso em massa, explicou.
"Fizemos esta avaliação pré-clínica repetidamente e os resultados se mantiveram, o que
demonstra que o produto já é estável, que é um
Doutor José Fraga Castro
antitumoral altamente eficaz. Estamos na fase de
escalada, para ir a um teste clínico posterior, com
todos os testes que o processo tem", acrescentou.
O Labiofam desenvolve outros medicamentos
07
com veneno de escorpião, que melhoram a qualidade de vida do paciente com câncer, mas não
revertem a doença.
O peptídeo natural já foi testado com bons
resultados em humanos em casos de pacientes
desenganados pelos médicos e com autorização
pessoal e familiar, disse Fraga.
"Do ponto de vista de produção, não há nenhum
tipo de dificuldade, o tema está em que seja aprovado para uso pelos organismos de controle e regulação dos medicamentos humanos", acrescentou.
Colaboram no desenvolvimento do novo medicamento, que ainda não tem nome comercial,
empresas da China e da Rússia, menos propensas a
receber "pressões" de transnacionais farmacêuticas, uma vez que um medicamento contra o câncer
seria concorrente da quimio e da radioterapia, tratamentos que geram ganhos "milionários", disse o
funcionário.
Fraga falou com a AFP pouco antes de dar uma
coletiva de imprensa para convocar o Congresso
Labiofam-2014 de biotecnologia, que será realizado em setembro e que terá como tema central as
pesquisas contra o câncer, assim como outros
assuntos de saúde animal e vegetal.
Cuba exporta várias vacinas e remédios desenvolvidos com biotecnologia, que rendem ao país
600 milhões de dólares anuais.
Fonte: Uol Saúde
Diretor Responsável: Luiz Sérgio de Freitas Castro
Jornalista Resp.: Danilo Salvadeo - FENAJ-ES 0535-JP
Assessoria Jurídica: Edson Neves Said - OAB-ES 5120
Redação: Rua Castorina Garcia Durão, 453 - 3 Barras - Linhares-ES CEP.: 29.907-170
Tel.: (27) 3371-6244 - Cel. 999385641 - e-mail: [email protected]
O conteúdo desta publicação tem caráter informativo e não substitui consultas médicas.
Publicação da Editora Castro - Circulação em todo o Brasil
As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores, não
refletindo, necessariamente, a opinião de ES Saúde
08
Geral
Junho 2014
ESSaúde
Ciência e saúde é aqui!
Fontes de vitamina D
Tomé Castro
Consultor Comercial
e Palestrante
U
ltimamente a vitamina D vem sendo alvo
de várias publicações mostrando a sua
importância para o organismo.
De acordo com as estatísticas, cerca de um
bilhão de pessoas no mundo apresentam deficiência de Vitamina D.
Um levantamento feito no Brasil mostrou que
99,3% da população brasileira ingere a Vitamina
D em níveis abaixo do mínimo recomendável.
A Vitamina D é uma vitamina lipossolúvel (solúvel em gorduras) e essencial para manter o equilíbrio mineral no organismo. É também conhecida
com o nome genérico de “Colecalciferol”.
A Vitamina D é sintetizada na pele, além de
outras fontes como peixes, leite integral, etc.,
porém, é na pele onde se encontra a maior concentração.
Quando ingerida é absorvida no intestino e ativada na pele em resposta à exposição ao sol. Os
saudáveis raios da luz solar natural ativam a vitamina D na pele, não atravessando o vidro e, por
isso, ela não se torna ativa quando a pessoa está no
carro, escritório ou em casa. É fundamental a exposição ao sol sem protetor solar por pelo menos 15 a
20 minutos.
Com base nas informações copiladas por Mike
Adams, com base em uma entrevista com o Dr.
Michael Holick, autor do livro “The UV advantage”, a vitamina D é talvez o nutriente mais subestimado no campo da nutrição.
De acordo com ele, é quase impossível conseguir quantidades adequadas de vitamina D a partir
da dieta e, a exposição à luz solar é a única maneira
confiável para que o organismo disponha da mesma.
Para termos uma ideia, seria necessária a ingestão diária de 10 copos grandes de leite enriquecidos com vitamina D para obter-se os níveis mínimos necessários para suprir o organismo das suas
necessidades.
Quanto maior a distância do local onde você
vive para a linha do equador, maior será a necessidade de exposição ao sol, pois quanto maior for a
distância, maior será a dependência da incidência
dos raios solares.
Um exemplo disso é que o Canadá, Reino
Unido e a maior parte dos Estados Unidos estão
longe do equador, enquanto que a maior parte do
Brasil está próximo do equador.
Outro ponto a observar é que pessoas com pigmentação escura da pele podem precisar de 20 a 30
vezes mais tempo de exposição à luz solar do que
pessoas de pele clara para gerar a mesma quantidade de vitamina D. É por esta razão que o câncer de
próstata é muito mais frequente entre homens
negros.
Quando a pessoa recebe uma suplementação de
vitamina D e fica exposto aos raios solares por
pelo menos 15 a 20 minutos, o cálcio que é absorvido no intestino é totalmente aproveitado e não
fica presente na circulação sanguínea, porque altas
concentrações de cálcio podem provocar doenças
sérias.
A deficiência crônica de vitamina D pode ser
revertida rapidamente. São necessários meses de
suplementação desta vitamina e da exposição à luz
solar para que os ossos se tornem forte e se previna
outras doenças consequentes à sua deficiência.
É important4e que se entenda que mesmo os
filtros solares fracos (FPS=8) bloqueiam cerca
95% da capacidade do corpo em gerar vitamina D.
É por esta razão que o uso constante de protetores
solares provocam deficiências críticas de vitamina
D.
Outro ponto importante a se ressaltar é que a
exposição à luz solar não gera a produção excessiva de vitamina D, porque ele se autorregula e produz apenas a quantidade necessária.
Se a pressão firme do osso esterno dói, pode de
caracteriza um quadro de deficiência crônica de
vitamina D.
A vitamina D quando ativada passa pelo fígado
e rins antes de ser utilizada pelo organismo e é por
esta razão, que pessoas com doenças renais ou
hepáticas podem prejudicar muito a ação da vitamina D.
Algumas doenças e condições causadas pela
deficiência de vitamina D:
- Osteoporose: A falta de vitamina D acelera o
Font D em Cápsula Gelatinosa
Font D, a vitamina D3 (colecalciferol) da União Química, acaba de lançar nova apresentação com 60 mini cápsulas. A novidade está sendo comercializada em mini cápsulas gela nosas de fácil deglu ção. A marca Font D ganha espaço neste mercado, e agrega valor às
apresentações já existentes no por olio (gotas frasco com 10mL e 20 mL). Além do
diferencial das mini cápsulas, Font D ainda possui como veículo o óleo de amendoim,
semente que possui nutrientes importantes para o equilíbrio do organismo, atuando
como auxiliar no tratamento de algumas doenças. A vitamina D auxilia na prevenção da
perda óssea (osteosporose), protege o corpo contra a fraqueza muscular e promove
maior absorção de cálcio no sangue. Cada cápsula contém 200UI de vitamina D3 (colecalciferol). Não contém glúten. Referência: Holick, Michael F – Vitamina D – como um tratamento tão simples pode reverter doenças tão importantes, ed. 1, pág. 38, 2012.
Reg MS.: Produto isento da obrigatoriedade de registro no MS, de acordo com a
RDC 27/2010.
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processo dada a deficiência na assimilação do cálcio pela célula óssea;
- Raquitismo: A deficiência de vitamina D na
infância é uma das principais causas do raquitismo
que se caracteriza pela falta de calcificação nos
ossos;
- A deficiência de vitamina1 D pode agravar o
diabetes tipo 2 por comprometer a produção e
secreção de insulina pelo pâncreas;
- Bebês que recebem a suplementação de vitamina D (2000 UI/dia) têm um risco 80% menor de
desenvolver o diabetes tipo 1;
- Pessoas obesas tem mais dificuldade para assimilar a vitamina D e precisam pelo menos duas
vezes mais dosagens em relação a uma pessoa com
peso normal;
- A depressão, esquizofrenia, câncer de próstata, câncer de mama, câncer de ovário e de cólon
são frequentes em pessoas com deficiência de vitamina D. Portanto, uma suplementação adequada e
mantendo os níveis normais de vitamina D no organismo, podem prevenir estas doenças;
- O risco de desenvolver doenças graves como
diabetes e câncer pode ser reduzido de 50 a 80%
com a suplementação de vitamina D e exposição à
luz solar por pelo menos 2 a 3 vezes por semana;
- A depressão sazonal de inverno, muito comum
nos países de clima temperado, tem como uma das
principais causas de desequilíbrio nas concentrações de melatonina (hormônio secretado pela glândula pineal), devido à menor exposição ao sol;
- A vitamina D pode também ser útil no tratamento da psoríase, doença inflamatória crônica da
pele;
- Deficiência crônica de vitamina D é muita das
vezes diagnosticada como fibromialgia, porque
seus sintomas são muito semelhantes, como: fraqueza muscular e dores.
Geral
ESSaúde
Ciência e saúde é aqui!
*Dra Cibele Ferrarini
Hepatologia
S
ofosbuvir é medicamento que reduz efeitos
colaterais da terapia e traz esperança para
pacientes.
A hepatite C é uma doença infectocontagiosa que acomete o fígado, causada pelo vírus C. A transmissão ocorre
por contato direto com sangue ou seus derivados contaminados, por isso é comum entre usuários de drogas que compartilham seringas e até o início dos anos 90 a transfusão de
sangue também era um fator de risco, porém com o desenvolvimento de testes para detecção do vírus C e sua realização em bancos de sangue essa forma de transmissão foi
controlada.
O vírus da hepatite C (HCV) é hoje a maior causa de
hepatite crônica no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 170 milhões de pessoas estão croni-
camente infectadas pelo HCV e mais de 350.000 pessoas
morrem todos os anos de complicações hepáticas relacionadas à doença. No Brasil, perto de três milhões de pessoas
tem sorologia positiva para HCV.
É uma doença silenciosa, raramente causa sintomas,
por isso a maioria dos portadores do HCV não sabe que
está contaminada, só descobre se fizer um teste específico.
Cerca de 90% das pessoas infectadas não eliminam o vírus
e se tornam cronicamente infectadas, sendo que aproximadamente 20% delas irão desenvolver cirrose, e destas, 25%
podem progredir para câncer de fígado.
O tratamento habitual da hepatite C é feito com uma
combinação de interferon peguilado, usado por injeção
subcutânea, e ribavirina, medicamento oral, por um período de 24 ou 48 semanas, dependendo do genótipo. Esse
tratamento apresenta muitos efeitos colaterais, principalmente decorrentes do interferon, que incluem cefaleia,
febre, dores musculares, cansaço, perda de apetite, perda
de peso, prurido, depressão, além de queda de glóbulos
brancos, plaquetas e anemia. Por isso muitos pacientes
com HCV não podem ser submetidos à terapia, como os
doentes com cirrose, com doenças psiquiátricas e autoimunes. Além disso, somente 40-50% dos pacientes tratados
Junho 2014
09
atinge a cura, ou resposta virológica sustentada, que seria a
não detecção do vírus 12 semanas após o término do tratamento.
A partir de 2011, para os pacientes com genotipo 1 e
com doença avançada, passou-se a associar um de dois
medicamentos via oral de ação antiviral, inibidor de protease, boceprevir ou telaprevir. Com essa terapia tripla a
chance de cura subiu para 70%. Porém se limita ao genotipo 1 e houve um acréscimo nos efeitos colaterais, com
anemia mais grave e quadros dermatológiocos às vezes
severos.
Novos medicamentos vêm sendo estudados, com o
objetivo de se obter um tratamento com menos efeitos colaterais e com maior chance de cura. O Sofosbuvir é o primeiro medicamento dessa nova geração, antiviral de ação
direta, que atua como inibidor de uma enzima essencial
para a replicação do vírus C, a polimerase NS5B de ácido
ribonucleico. O Sofosbuvir é bem tolerado, com pouco ou
nenhum efeito colateral.
Estudos com sofosbuvir associado a peginterferon e
ribavirina mostram taxas de cura entre 80 a 98%, além de
reduzir o tempo do tratamento para 12 semanas. Pesquisas
com sofosbuvir e ribavirina sem interferon tem mostrado
resposta variando de 64 a 100%, e com boa segurança. Este
medicamento fornece a primeira opção de tratamento para
o HCV sem interferon.
*Dra Cibele Ferrarini - hepatologia
Minha Vida
danificados, seja por diabetes tipo 1 ou 2.
Dra Andressa Heimbecher Soares
Endocrinologia
Insulina oral, medicamentos para os rins e até vacinas são esperança para pacientes
No mundo, pelos dados de 2013, o diabetes já afeta
aproximadamente 371 milhões de pessoas. Aqui no Brasil,
nós somos o quarto país do mundo em número de casos,
quase 13,4 milhões de brasileiros, segundo dados no
mesmo ano.
Oferecer novas possibilidades de tratamentos, com
maior comodidade, eficácia e controle dos níveis de açúcar
no sangue: estes têm sido os focos de diversos estudos nas
últimas décadas, com o objetivo de tornar a vida dos diabéticos mais simples e fácil. Neste artigo, vamos falar de
algumas destas novidades. Prepare-se, pois é de fato um
admirável mundo novo que se abre diante dos seus olhos:
Insulinas orais
Pergunte a qualquer diabético que usa insulina qual é
seu maior desconforto. Pode ter certeza que na grande maioria dos casos a pessoa irá se queixar das picadas da agulha
e das medidas do aparelho de glicemia. A ideia de se sintetizar em laboratório uma insulina que funcione e não seja
injetável não é nova. Em 2006 chegou a ser comercializada
no mundo uma insulina inalatória, porém foi retirada do
mercado em 2007 por não ter sido amplamente aceita, uma
vez que não abolia todas as injeções durante o dia. Nos
anos seguintes, novos estudos se seguiram e atualmente as
perspectivas do lançamento de uma insulina via oral estão
bem mais próximas.
Até então era sabido que quando se tentava sintetizar a
insulina colocando-a em formato de comprimido, as enzimas digestivas do nosso estômago e intestino se encarregavam de destruí-la, o que tornava o tratamento ineficiente.
Agora, foi desenvolvido um novo tipo de comprimido que,
nos testes iniciais, tem demonstrado eficácia e perfil de
segurança adequados. Esta insulina oral ainda está em fase
de testes, mas surge como uma boa promessa para os próximos anos.
Células-tronco
Por apresentarem potencial de se diferenciar em qualquer outra célula do organismo, as células-tronco têm sido
usadas no tratamento dos pacientes diabéticos, demostrando resultados promissores. Por décadas, os pesquisadores
tentam transformar as células-tronco em células do pâncreas, para que elas possam produzir insulina e fornecer ao
paciente o seu suprimento normal deste hormônio. A tentativa nas pesquisas é justamente injetar estas células-tronco
que irão produzir insulina, sem o paciente apresentar rejeição.
Uma linha de pesquisa é o uso de células-tronco do
paciente para controlar o seu próprio sistema imunológico.
Sabe-se que o diabetes tipo 1 ocorre quando o organismo
do paciente passa a não reconhecer as células que produzem insulina (as células Beta pancreáticas) e as ataca, destruindo-as. No Brasil, a equipe de cientistas da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, tem realizado várias
pesquisas nesse campo, com resultados animadores.
Um dos líderes desta pesquisa, o Dr. Eduardo Couri,
tem divulgado os resultados deste trabalho, dentre eles o
"Transplante Autólogo de Células-Tronco Hematopoéticas em Pacientes diabéticos tipo 1 recém-diagnosticados".
A ideia nesta técnica é a coleta de células-tronco da pessoa
com diabetes, seguida pelo uso de medicamentos que forcem o sistema imunológico a se desligar - como se fosse
uma quimioterapia - e na sequencia, injetar novamente as
próprias células-tronco do paciente para que ocorra uma
reorganização do sistema de defesa, que não mais atacará
as células que produzem insulina, preservando, assim, o
pâncreas.
Outra linha de estudos que tem avançado muito nos
últimos anos é a pesquisa com a transferência nuclear de
células somáticas. Estes trabalhos, com publicações recentes da segunda quinzena de abril de 2013 pelo grupo do Dr
Young Gie Chung, em colaboração com a Universidade de
Seul e a Universidade de Los Angeles, tem obtido sucesso
nesta técnica.
A transferência nuclear consiste de uma célula-tronco
receber o núcleo de uma célula madura e já diferenciada, e
assim podem produzir células com diversos propósitos
terapêuticos, semelhantes àquela que doou o núcleo. Com
a evolução deste processo será possível produzir de forma
segura em laboratórios células Beta pancreáticas, as células que produzem insulina, e assim regenerar os pâncreas
Remédios com atuação nos rins
Recentemente foi lançada no mercado uma nova classe
de medicamentos, os inibidores do SLGT2. Em algumas
situações, o nosso rim reabsorve a glicose que foi filtrada e
que iria para a urina por meio de um canal cotransportador, que é chamado de SGLT2, da sigla em inglês
para sodium-glucose cotransporters. O alvo destes medicamentos novos é justamente bloquear o funcionamento
deste canal e aumentar a saída do excesso de glicose pela
urina, fazendo com que a glicose no sangue caia e assim
normalize. Vários medicamentos foram desenvolvidos nos
últimos anos: dapagliflozina, canagliflozina e empagliflozina. No Brasil, a dapagliflozina já está disponível, e a
canagliflozina tem previsão de chegada para os próximos
meses.
Infusão inteligente de insulina
Já existentes no mercado há vários anos, as bombas de
insulina tem apresentado a cada ano mais inovações, sejam
de hardware, com dispositivos menores e mais leves,
sejam de softwares mais potentes e capazes de gerenciar
melhor a entrada da quantidade de insulina no sangue. O
lançamento da bomba de insulina Medtronic MiniMed
530G, que está sendo chamada de ?o avanço na direção no
pâncreas artificial?, é um exemplo do como as pesquisas
tem evoluído neste sentido. Isto acontece porque o seu
software calcula de forma mais precisa a quantidade de
insulina que será injetada, além de receber informações
sobre o comportamento da glicose sanguínea para fazer
este cálculo. Além disso, ele pode receber dados de um
sistema eletrônico chamado de CGMS, sigla em inglês
para sistema de monitoramento contínuo de glicose. O
CGMS é um sensor inserido no subcutâneo do paciente,
que envia informações para a bomba de insulina em tempo
quase real sobre o comportamento da glicemia.
Vacinas
É da Universidade de Stanford a notícia de testes de
uma vacina com capacidade de frear o sistema imune, e
assim evitar que ele ataque o pâncreas e destrua as células
beta no diabetes tipo 1. Os dados publicados na revista
Science Translational Medicine em junho de 2013 a partir
de um estudo multicêntrico de 12 semanas demonstraram
que aqueles que receberam a vacina apresentaram menor
destruição das células beta do pâncreas, comparados com
os que não haviam recebido. A ideia agora é aplicar esta
pesquisa em grupos maiores de pessoas e verificar se os
bons resultados se confirmam.
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Junho 2014
Geral
ESSaúde
Ciência e saúde é aqui!
Por Camila Maciel - Da Agência Brasil
U
ma condição crônica, irreversível, incurável. Era
assim que o neurologista Acary Bulle, professor da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), explicava aos alunos do curso de medicina a situação dos pacientes
com lesão na medula espinhal. Agora, a descrição da doença
começa a mudar. Um novo método cirúrgico está ajudando
pacientes com paraplegia ou tetraplegia a recuperar movimentos e funções perdidos pelo trauma medular. Feita por
laparoscopia e implantação de neuroestimuladores, a técnica
aplicada desde 2012 por uma equipe multidisciplinar do Hospital São Paulo, da Unifesp, beneficiou quatro pacientes no
processo de reabilitação.
A cirurgia consiste em implantar um neuroestimulador na
região abdominal que vai se ligar, por meio de eletrodos, aos
nervos femorais, que controlam o músculo quadríceps da
coxa; aos nervos ciáticos, que controlam os pés e o quadril, e
ao nervo pudendo, responsável pelo controle da urina e das
fezes. O ginecologista Nucelio Lemos, que trouxe a técnica
para o Brasil, explica que a neuroestimulação dos nervos
existe desde a década de 1980. A novidade é o local de
implante dos eletrodos. "Em vez de colocá-los na coluna,
implantamos os eletrodos após a formação dos nervos, possibilitando respostas mais específicas aos estímulos elétricos".
Apenas quatro países (Suíça, Áustria, Alemanha e França)
têm profissionais habilitados a fazer o procedimento. De
acordo com Lemos, pouco mais de 100 pessoas foram opera-
das no mundo. Algumas delas, inclusive, voltaram a andar
com a ajuda de muletas. "Um paciente da Suíça, hoje, anda
1,5 quilômetro e, quando ele desliga o neuroestimulador,
caminha 30 metros, porque ele ganhou esse controle", relatou
Lemos, que fez estágio no país. O método não está disponível
pelo Sistema Único de Saúde. O custo das quatro operações,
que fica em torno de R$ 300 mil cada, foi pago pelos planos de
saúde dos pacientes.
O estudante Francisco Moreira, 25 anos, foi operado em
dezembro do ano passado. O jovem é o primeiro caso de tetraplegia que se beneficiou da técnica no país. Ele tem uma lesão
medular grave causada por um acidente com esqui há cinco
anos. Francisco apresentava dificuldades para elevar os cotovelos acima dos ombros, mãos em garra e incontinência urinária. "Mudou a minha sensibilidade, na sola do pé, sinto a
descarga do peso. O toque, quando estou com a meia dobrada
dentro do sapato, sinto", relatou. Agora, ele mantém a coluna
ereta sem necessidade de apoio nas costas e consegue dormir
a noite inteira sem precisar utilizar a sonda para retirar a urina.
Francisco usa um aparelho externo, uma espécie de controle remoto, para ativar determinados eletrodos e estimular
áreas de acordo com os movimentos que deseja. "O aparelho
tem várias programações. Uma delas é a opção repouso, que é
para quando não estou fazendo nenhuma atividade", disse.
Ele explica que o aparelho fica ligado para evitar os espasmos
e esfincteres contraídos (músculos que controlam fezes e
urina). O tratamento envolve também um processo de reabilitação intensa com fisioterapia. São necessárias pelo menos
dez horas semanais de exercícios intensos para ganho da
massa muscular e coordenação.
O sucesso da neuropelveologia, como a especialidade foi
nomeada, depende da gravidade e do tempo da lesão. "Quanto
mais precoce, maior o ganho. Apesar de não conseguimos
achar os usos clínicos seguros para as células tronco, sabemos
que elas existem no organismo. Logo após o trauma, elas
estão mais presentes e é por isso que tem mais ganhos", explicou. O paciente com maior tempo de lesão, operado no Brasil,
tinha 11 anos do acidente e também apresentou resultados. A
especialidade foi desenvolvida a partir de 2003 pelo médico
francês Marc Possover, radicada na Suíça.
Fonte: BBC Brasil
Resultados de testes internacionais de dois medicamentos contra o câncer de pele em estágio avançado
foram considerados "animadores e impressionantes" por
cientistas.
Os dois tratamentos visam garantir que o sistema
imunológico humano reconheça e ataque os tumores.
Os remédios experimentais, chamados pembrolizumab e nivolumab, bloqueiam os caminhos biológicos
que o câncer usa para "se disfarçar" e evitar ser percebido
pelo sistema imunológico.
As decobertas foram divulgadas na Conferência da
Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago (EUA), que se encerra nesta terça-feira.
Sobrevivência
O melanoma em estágio avançado, um câncer de pele
que se espalhou para outros órgãos, é uma doença de
tratamento difícil.
Até há poucos anos, a taxa de sobrevivência a esta
doença era de cerca de seis meses.
Em um teste realizado com 411 paciente avaliando o
pembrolizumab, 69% dos pacientes sobreviveram por
pelo menos um ano.
O remédio, que costumava ser chamado de MK3475, também está sendo testado contra outros tipos de
tumores que usam o mesmo mecanismo de bloqueio dos
ataques do sistema imunológico.
David Chao, oncologista consultor da fundação
Royal Free NHS de Londres, está realizando os testes em
pacientes com o melanoma e com câncer de pulmão.
"O pembrolizumab parece ter o potencial para ser
uma mudança de paradigma na terapia contra o câncer",
disse.
Um dos pacientes de Chao, Warwick Steele, de 64
anos, recebeu infusões do pembrolizumab a cada três
semanas desde outubro de 2013.
Antes de o tratamento começar, ele mal conseguia
andar, porque o melanoma havia se espalhado e atingido
um dos seus pulmões. Steele começou a ter dificuldades
para respirar.
"Eu me cansava simplesmente por ficar em pé e, literalmente, estava exausto demais até para fazer a barba.
Mas agora eu me sinto de volta ao normal e posso fazer
jardinagem e compras", afirmou.
Exames em seu pulmões (como mostram as imagens
acima) revelam que, depois de apenas três doses, o remédio parece ter removido completamente o câncer do
órgão.
Terapia combinada
O outro medicamento, o nivolumab, foi testado em
combinação com um outro remédio já existente e licenciado, o ipilimumab.
Em teste realizado com 53 pacientes, a taxa de sobrevivência foi de 85% depois de um ano e 79% depois de
dois anos.
John Wagstaff, professor de oncologia médica na
Faculdade de Medicina de Swansea, na Grã-Bretanha,
participa dos testes realizados com os dois medicamentos.
"Estou convencido de que este é um avanço no tratamento do melanoma. O teste ainda está 'cego', então
ainda não sabemos quais tratamentos os pacientes estão
recebendo, mas observei algumas respostas espetacula-
John Wagstaff, professor de oncologia
médica na Faculdade de Medicina de Swansea,GB
res", afirmou.
Para Peter Johnson, chefe clínico da Cancer Research
UK, ONG britânica especializada em pesquisa sobre o
câncer, é "animador ver a variedade de novos tratamentos que estão surgindo para pessoas com melanoma em
estágio avançado".
Mas os médicos pedem cautela. Os resultados divulgados ainda estão na chamada Fase 1, o que significa que
são testes em estágio inicial.
Os testes mais abrangentes, da Fase 3, ainda estão
sendo realizados e envolvem diversos hospitais britânicos. Apenas quando os resultados desses testes estiverem
prontos, dentro de cerca de um ano, os médicos poderão
ter certeza dos benefícios dos novos tratamentos.
Como acontece com todos os medicamentos, os tratamentos experimentais têm efeitos colaterais. Warwick
Steele, por exemplo, relatou que teve suores noturnos e
até chegou a sentir uns "apagões" rápidos durante o tratamento.
Mas, para Steele, valeu a pena e agora os médicos
estão tratando apenas desses sintomas.
ESSaúde
Ciência e saúde é aqui!
O divórcio dos pais pode estar associado ao sobrepeso dos
filhos, aponta um novo estudo realizado na Noruega.
Ainda segundo o trabalho, o risco é mais acentuado entre
os meninos. Os pesquisadores chegaram à conclusão com
base em uma amostra nacionalmente representativa de
mais de 3 mil alunos que frequentam as 127 escolas do
país.
As enfermeiras escolares mediram a circunferência, a
altura, o peso e a cintura das crianças - que tinha idade
média de 8 anos - para avaliar o excesso de peso global,
conforme os padrões definidos pela Força-Tarefa Internacional Obesidade (IOTF, na sigla em inglês).
Os resultados foram estratificados por sexo e estado
civil dos pais (casados, nunca se casaram, moram juntos,
separados e divorciados) e também levaram em conta
aspectos como nível educacional da mãe, origem étnica e
local de residência.
Geral
Cerca de uma em cada cinco (19%) crianças estava
com sobrepeso ou obesidade, de acordo com a definição
IOTF, enquanto 8,9% tinham obesidade abdominal.
As crianças com pais separados estavam mais propensas ao sobrepeso em comparação com os pequenos filhos
de pais casados. Elas têm 54% mais chance de estar acima
do peso e 89% com mais condições de apresentar obesidade abdominal.
As crianças cujos pais nunca havia se casado tiveram
uma prevalência semelhante de sobrepeso e obesidade em
relação àquelas com os pais casados.
Entre os meninos com pais divorciados, os índices de
propensão à obesidade chegaram a 63% (104%, em relação à obesidade abdominal). Entre as meninas, a diferença
não foi considerada estatisticamente significativas.
Os autores advertem que o estudo não fornece uma
base para o estabelecimento de causa e efeito em relação à
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11
característica. Eles, no entanto, sugeriram que a separação
pode representar menos tempo para tarefas domésticas,
como cozinhar, o que fortalece o consumo de alimentos
prontos.
Fonte: O Globo
Notícia, no entanto, não representa que o órgão hospeda micoorganismos nocivos
INDIANA (EUA) - A ideia de corpos estranhos habitando
o pênis é, para a maioria dos homens, um assunto desagradável. Um novo estudo realizado nos EUA chegou a resultados
não muito animadores. Cientistas que investigavam a
Chlamydia - bactéria que causa a clamídia - descobriram que,
mesmo em homens saudáveis, estes minúsculos organismos
estão sempre presentes no fundo do trato urogenital (termo
coletivo para a uretra e ureter), aponta o jornal britânico The
Independent.
De acordo com um relatório publicado na revista The
Scientist, a área já foi considerado por biólogos e médicos
completamente estéril, com ausência de infecções. No entanto, os especialistas acreditam agora que há muito mais microorganismos no pênis - e ocupando muito mais partes dele - do
que se achava antes.
David Nelson, professor de microbiologia e imunologia,
disse ao jornal que ele e seus colegas da Universidade de Indiana estavam estudando doenças sexualmente transmissíveis
quando encontraram evidências de que os patógenos (agente
infeccioso) estavam recebendo metabólitos - que promovem
o crescimento - de outra fonte microscópica.
- Houve uma assinatura no genoma das clamídias que
sugeriu que este organismo poderia estar interagindo com
outros microorganismos. Isso foi o que despertou o nosso
interesse. Quando entramos e começamos a olhar, percebemos que havia muito mais do que pensávamos - disse ele.
É um pouco prematuro, entretanto, acreditar que o pênis
abriga bactérias nocivas. Nelson disse que pessoas diferentes
participaram dos testes e receberam variadas misturas de
micróbios. Não foi verificado que estas bactérias formam um
grupo específico que cause mal ao trato urogenital.
- Enquanto algumas bactérias podem tornar um homem
mais suscetível à infecções, como a clamídia, outras podem
realmente ajudar a preveni-las. Nós simplesmente não sabemos, neste momento - disse Nelson.
Atualmente, existem apenas dois fatores responsáveis por
Segundo a agência, registro do medicamento foi
suspenso porque fabricante não apresentou estudo
clínico que comprove eficácia do remédio
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
suspendeu nesta sexta-feira a distribuição e venda do medicamento Resfenol solução oral em gotas. De acordo com o
órgão, o registro do produto foi cancelado porque a fabricante Kley Hertz não apresentou estudos clínicos que comprovem a eficácia do antigripal. A empresa fica responsável por retirar o medicamento do mercado.
Em nota de esclarecimento a empresa declarou que,
"por falta de interesse comercial, decidiu não renovar o
registro da apresentação do medicamento Resfenol solução oral em gotas. Dessa forma decidiu por não realizar os
estudos clínicos necessários para a renovação. Salientamos que essa apresentação está em comercialização há
mais de 20 anos no mercado não havendo nenhum registro
de problemas ou reclamações sobre sua eficácia ou segurança."
Também nesta sexta-feira, a Anvisa suspendeu as ven-
impactar o número de micróbios encontrados no pênis: a circuncisão e o sexo.
De acordo com um estudo de 2010 publicado na revista
PLoS One, os homens que são circuncidados apresentam
significativamente mais bactérias em, e os tipos de bactérias
também são muito diferentes.
O mesmo estudo também descobriu semelhantes conjuntos de bactérias entre os parceiros sexuais, o que apoia a ideia
de que os parceiros partilham micróbios genitais. Os especialistas, no entanto, dizem que muito mais pesquisas são necessárias antes que novos conselhos sobre o assunto sejam emitidos.
Fonte: O Globo
das do lote 09411231 do medicamento genérico e antibiótico Cefalexina 500mg comprimido, fabricado pelo Laboratório Teuto Brasileiro e com validade até janeiro de 2016.
Segundo a agência, o lote apresenta apenas oito comprimidos na embalagem, que deveria conter dez.
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L
idar com as exigências de uma sociedade contemporânea com o imperativo da pressa e das incertezas,
sem falar na quase obrigação de estar sempre conectado, ligado e produtivo, não é fácil. Não raro, esse pacote
provoca um desequilíbrio do ritmo biológico, levando ao
desenvolvimento de uma série de distúrbios igualmente contemporâneos. Até a Justiça já começa a se
preocupar com eles. Recentemente, uma decisão favoreceu uma jovem atendente de telemarketing que teve
uma crise nervosa e xingou um cliente. Demitida por
justa causa, teve o desligamento revertido ao ser constatado que sofria da síndrome de burnout. Acabou
ganhando o direito a uma indenização da empresa.
Profissionais que vivem sob pressão extrema até
que se sintam exauridos e incapazes de lidar com a
rotina, muitas vezes desenvolvendo comportamentos
agressivos e crises de ansiedade são candidatos clássicos ao diagnóstico de burnout (algo como apagado,
em tradução livre). Mas essa não é, nem de longe, o
único problema do tipo. Por trás deles está, geralmente, uma condição conhecida da maioria: o estresse, que
atinge, em diferentes níveis, 70% dos trabalhadores
brasileiros, segundo estudo da ISMA-BR, uma organização para pesquisa e prevenção da estafa no Brasil. Só o
burnout afetaria 30% da população economicamente ativa
do país.
— O estresse em si não é uma doença, mas pode ser o
gatilho, e é preciso estar alerta — explicou a psicóloga Ana
Maria Rossi, presidente da ISMA-BR.
O truque, segundo Ana Maria, é manter o ritmo. Não
aquele imposto pelos fatores externos, mas o do corpo.
Enxergar a alimentação saudável, a atividade física, o lazer
e o sono de qualidade como prioridades, e não meros coadjuvantes. Isso significa estabelecer objetivos e impor limites, mesmo que, para isso, às vezes seja necessário reduzir
expectativas.
Insônia e depressão
Foi o que precisou aprender um profissional de 36 anos
do ramo de seguros. Ele conta que adorava o cargo de coordenador, era produtivo, considerava-se um dos melhores do
setor. Doava-se quase que integralmente, esquecia de almoçar e até de ir ao banheiro. Por mais de uma década, sua rotina era de dez a 18 horas de trabalho diárias.
Geral
— Não percebi que estava me deixando levar demais —
lembra-se. — Há três anos, notei que algo estava estranho;
num relatório que levava 30 minutos para fazer, comecei a
gastar dois dias. Passei a ter dificuldade de me concentrar e
comunicar, gaguejava, estava exausto e, ainda assim, passa-
va noites inteiras sem dormir; tinha crises de choro sem
motivo, dores de cabeça, gastrite... Cheguei a não conseguir
nem tomar banho...
Levado pela esposa, começou o tratamento psicológico
e, logo, precisou se afastar do trabalho. Nesse período, chegou a pensar em suicídio. Voltou, depois de um tempo, para
a mesma função. Porém, passado o ano seguinte no cargo —
garantido pelo direito de estabilidade —, foi demitido. Ele
alega que até conseguia realizar os projetos, mas não na
velocidade ou da forma requeridas pela empresa.
Autoconhecimento é um fator-chave nesse processo,
defende a psiquiatra Deborah Duwe, especialista em tratamento de estresse:
— É preciso se conhecer e ter a qualidade de vida como
um valor. Essas pessoas, quando chegam a uma situação
perigosa, param. É bom também ter alguém próximo que
possa levantar o cartão amarelo.
O chamado jetlag social, por exemplo, é uma sensação
de cansaço permanente de quem tem muitos compromissos
e não consegue acompanhá-los. A qualidade de sono é a
primeira a ser afetada. Há um total descompasso entre rotina
ESSaúde
Ciência e saúde é aqui!
e relógio biológico. A referência, não à toa, é à fadiga provocada por viagens a lugares com o fuso horário diferente.
A doença da pressa é um sentimento ininterrupto de
urgência, de fissura na contagem do tempo.
— É a sensação de que não vai dar tempo para nada. Daí
surge a hostilidade a qualquer coisa ou pessoa que retarde o
desenvolvimento das tarefas. Por exemplo, alguém que
venha querer conversar — explicou pesquisadora do Instituto de Psicologia e Controle do Estresse, Marilda Lipp,
Dependência tecnológica
Numa sociedade cada vez mais conectada, a dependência da tecnologia também virou síndrome. Atinge
cerca de 10% dos brasileiros, segundo estudos.
Viciadas em internet e redes sociais ou incapazes de
desligar o celular, as vítimas têm até setor especializado para tratamento no Hospital das Clínicas de
São Paulo.
— Está explodindo o número de dependentes do
Facebook, do WhatsApp... Há pessoas que simplesmente não conseguem se desligar hora nenhuma —
comenta Deborah Duwe.
Por isso algumas iniciativas tentam ir no sentido
contrário. Movimento internacional chamado Slow
(lento) prega uma desaceleração radical. Em alguns
momentos, adeptos se encontram para não fazer
absolutamente nada. E sem culpa.
Desfecho contra empresa
O processo iniciado em 2010 por uma operadora
de telemarketing que alegou sofrer de burnout teve um desfecho surpreendente. Guaciara Cristóvão de Souza, de 23
anos, ganhou a causa contra a empresa da Atento Brasil S.A,
que a demitiu por justa causa.
— Eu ficava na Ouvidoria, uma área em que ouvia muitas críticas do serviço de celular, mas não podia resolver
nada. Os clientes ficavam muito irritados. Depois de um
tempo, comecei a chorar direto, tremer, tinha medo das
pessoas até na rua — conta Guaciara, que começou tratamento psicológico e pediu licença após gritar com um dos
clientes.
O pedido não foi aceito, e ela foi dispensada. Mas o Tribunal Superior do Trabalho decidiu, em 30 de abril, pela
indenização de R$ 5 mil à jovem. Para a advogada trabalhista Maria Fernanda Ximenes, isso mostra que a Justiça está
atenta:
— É um problema sério, que não pode ser encarado com
leviandade. Se diagnosticado, é preciso levar em conta na
hora de uma decisão que envolva questões trabalhistas.
Fonte: O Globo
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