VIVIANE TORQUETI FELISBERTO_160_68576

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VIVIANE TORQUETI FELISBERTO SOUZA
SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DIABÉTICOS E HIPERTENSOS
CADASTRADOS NO PROGRAMA HIPERDIA
Campo Grande - MS
2011
VIVIANE TORQUETI FELISBERTO SOUZA
SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DIABÉTICOS E HIPERTENSOS
CADASTRADOS NO PROGRAMA HIPERDIA
Projeto
de
Intervenção
apresentado
à
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
como requisito para conclusão do curso de Pós
Graduação à nível de especialização em
Atenção Básica em Saúde da Família.
Orientador (a): Profª. Msc. Luiza Helena de
Oliveira Cazola.
Campo Grande– MS
2011
2
RESUMO
Este estudo teve como objetivo caracterizar e descrever a satisfação dos pacientes
hipertensos e diabéticos frente à assistência prestada ao Programa HIPERDIA, em uma
unidade de Estratégia de Saúde da Família em Campo Grande-MS no período de julho
de 2011. O nível de satisfação foi avaliado, através da aplicação de um questionário
semi-estruturado. Foi identificado que 68% dos pacientes entrevistados encontram-se
satisfeitos com o atendimento da unidade e consideram satisfatório o acompanhamento
de saúde no controle da Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. Observou-se também
uma ampla satisfação frente ao atendimento dos profissionais: enfermeiro, técnico de
enfermagem, médico e agente comunitário de saúde. Respostas insatisfatórias deram-se
somente ao atendimento médico e da farmácia da unidade representando 4,5%. Ao
identificar os profissionais responsável pela orientação da administração dos
medicamentos, 40% referem que recebem orientação do profissional médico e apenas
32,5% do enfermeiro o que reflete na importância de práticas e ações voltadas para
educação em saúde. A aplicação da pesquisa de opinião tornou-se fundamental para a
elaboração de um plano estratégico situacional que enfoca a qualidade da assistência
bem como propõe a equipe ações e estratégias que irão favorecer a qualidade do
atendimento aos usuários cadastrados no Programa HIPERDIA.
Descritores: Satisfação, Hiperdia, Plano estratégico situacional
3
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 5
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ............................................................................... 6
2.1 A Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus ......................................................... 6
2.2 A Assistência Prestada pela Equipe de Saúde da Família ao Paciente Hipertenso e
Diabético ....................................................................................................................... 7
2.3 O Programa Hiperdia .............................................................................................. 8
2.4 A Satisfação dos Usuários Frente aos Serviços de Saúde ...................................... 9
2.5 Planejamento Estratégico Situacional ..................................................................... 9
3.CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE SAÚDE .................................................. 11
4. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA ........................................................................... 12
4.1. Pesquisa de Opinião ............................................................................................. 13
5 PLANO ESTRATÉGICO SITUACIONAL............................................................... 19
5.1 . Priorização de Problemas .................................................................................... 19
5.2. Seleção Dos Nós Críticos .................................................................................... 20
5..3. Desenhos das operações ...................................................................................... 20
5..4 Identificação dos Recursos Críticos ..................................................................... 22
5.5 Plano de Acompanhamento e gestão do Plano estratégico situacional................. 23
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 25
7. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27
APÊNDICE .................................................................................................................... 30
4
1 INTRODUÇÃO
A Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus constituem um dos principais
fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, representando um
problema de saúde pública, onde cerca de 60 a 80% dos casos podem ser tratados na
rede básica de saúde (BRASIL, 2002).
No Brasil foi criado em 2002 o Plano de Reorganização da Atenção à
Hipertensão arterial e Diabetes Mellitus (Hiperdia), para um constante acompanhamento
dos usuários por meio de ações e estratégias, devido ao aumento do número de
portadores de doenças cardiovasculares. (BRASIL, 2003).
Na Estratégia de Saúde da Família Nossa Senhora das Graças atualmente estão
cadastrados 384 usuários no Programa Hiperdia, sendo eles 297 hipertensos e 87
diabéticos. Porém, devido a falta de cobertura de Agentes Comunitários de Saúde em
todas as microáreas, este número encontra-se desatualizado. Mensalmente a equipe
realiza cerca de 250 atendimentos direcionados e estes usuários, divididos entre
atendimento, médico e de enfermagem.
Atualmente as instituições e os serviços de saúde encontram-se cada vez mais
preocupados em satisfazer os usuários e família, pois estudos evidenciam que quanto
melhor o atendimento prestado a comunidade, melhor será a adesão e a eficácia do
controle e tratamento e prevenção destas enfermidades.
Desta forma através da participação da comunidade podemos avaliar e planejar
alterações para melhorar a qualidade dos serviços. Assim o estudo da satisfação
possibilita um enriquecimento das ações realizadas pela equipe de saúde da família
frente ao programa Hiperdia, proporcionando melhorias na qualidade da assistência.
Contudo o objetivo do projeto visa, levantar criticas e sugestões frente às ações e
assistência prestada aos usuários hipertensos e diabéticos cadastrados no programa
Hiperdia e elaborar um Plano estratégico situacional que possibilite a equipe visualizar e
identificar os problemas, sugerir mudanças e adequações quanto à assistência prestada.
5
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
2.1 A Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus
A Hipertensão arterial e o Diabetes Mellitus constituem os principais fatores de
risco para as doenças do aparelho circulatório. Entre suas complicações mais freqüentes
encontram-se o infarto agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral, a insuficiência
renal crônica, a insuficiência cardíaca, amputações de pés e pernas, a cegueira
definitiva, os abortos e as mortes perinatais (BRASIL, 2002).
Assim a educação em saúde é imprescindível no controle e acompanhamento,
esclarecendo e proporcionando o controle adequado da pressão arterial e glicemia
através da orientação sobre os cuidados e princípios em que se fundamenta o tratamento
(PAIVA, 2007).
Atualmente o Diabetes Mellitus é uma das doenças crônicas de maior
prevalência em diversos países e os fatores como aumento da urbanização,
industrialização, sedentarismo, obesidade e alimentação hipercalóricas contribuem para
o seu desenvolvimento (ZANETTI 1993).
Devido ao caráter crônico estas doenças geram incapacidade podendo deixar
graves seqüelas. Segundo o Instituto nacional de Seguro Social (INSS) cerca de 40% de
aposentadorias precoces ocorrem em conseqüência destas patologias (BRASIL, 2001).
O papel do enfermeiro frente à assistência a estas patologias merece destaque,
por meio das consultas, atendimentos e ações em grupos realizadas através das reuniões
do hiperdia. Por meio destas atividades o enfermeiro pode identificar as necessidades do
grupo e dificuldades de enfrentamento da doença, permitindo que estes realizem o auto
cuidado. A participação efetiva dos usuários hipertensos e diabéticos nas atividades
realizada pela equipe multidisciplinar deve motivá-los a alterar o estilo de vida,
melhorar a auto-estima e orientar sobre o manejo e aceitação da doença no contexto
familiar e social. (OTERO et al., 2008).
6
2.2 A Assistência Prestada pela Estratégia de Saúde da Família ao Paciente
Hipertenso e Diabético
Segundo Otero et al. (2008) a assistência de enfermagem ao paciente diabético e
hipertenso baseia-se em um conjunto de ações que visam à mudança de comportamento
e adesão ao tratamento com intuído de melhorar as condições de vida deste paciente
com o propósito de atuar preventivamente, capacitando para exercer habilidades no
auto-cuidado e assim obter independência. Porem a empatia com a equipe consistem em
uma peça fubdamental para obtenção destes resultados.
Frente às dificuldades apresentadas no setor de saúde pública em 1994 o
Ministério da Saúde, implantou o Programa Saúde da Família (PSF), que tinha como
objetivo reorganizar as práticas assistenciais da atenção básica, em substituição ao
modelo tradicional de assistência hospitalocêntrico , orientado pela a cura de doenças e
comorbidades, onde a assistência passaria a ter enfoque preventivo. Desta forma, a
Estratégia de Saúde da Família (ESF) pretende promover a saúde da comunidade,
através da inclusão de ações programáticas de forma mais abrangente (BRASIL, 2000).
A dinâmica proposta pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) está voltada
para a prevenção de fatores de risco, promoção da qualidade de vida e recuperação da
saúde, permite o diagnóstico precoce e um melhor acompanhamento dos indivíduos
diabéticos e hipertensos (PAIVA et al., 2007).
A equipe mínima de Saúde da Família é constituída por um médico, um
enfermeiro, um a dois auxiliares de enfermagem e quatro a seis agentes de saúde,
devendo atuar, de forma integrada e com níveis de competência bem estabelecidos, na
abordagem da hipertensão arterial e do Diabetes mellitus (BRASIL, 2002).
O processo de trabalho na Estratégia de Saúde da Família (ESF) possibilita às
equipes instituir vínculos, acolhimento e responsabilização pela população hipertensa e
Diabética e identificar os grupos populacionais em situação de risco. Desta forma o
acompanhamento e monitoramento proporcionam a identificação de problemas e
avaliação das ações executadas (BAPTISTA et al., 2008).
7
2.3 O Programa Hiperdia
O controle da hipertensão arterial e do Diabetes Mellitus caracteriza-se como um
desafio para o Sistema Único de Saúde, visto que estes necessitam de intervenções
imediatas, pela alta prevalência na população brasileira e pelo grau de incapacidade que
possam desenvolver (BRASIL, 2002).
O programa Hiperdia foi criado em 2002, através do Plano de Reorganização da
Atenção à Hipertensão Arterial e Diabetes mellitus, e objetiva estabelecer metas e
diretrizes para ampliar ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e controle dessas
patologias, através da reorganização do trabalho das equipes de saúde da Atenção
Básica (BRASIL, 2004).
Segundo Oliveira (2005) para garantir uma assistência adequada aos usuários
cadastrados no programa Hiperdia é necessário realizar um acompanhamento dos
pacientes com Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial oferecendo-lhes: consulta
médicas e de enfermagem bem como o fornecimento de medicamentos necessários para
o tratamento. Assim podemos também priorizar outras ações como o incentivo a prática
de exercícios físicos, bons hábitos alimentares, ofertando melhorias na qualidade de
vida dos usuários cadastrados no programa.
O SIS-HIPERDIA é um sistema informatizado de gestão clínica que permite
cadastrar e acompanhar os portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus
atendidos na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde. Favorece o controle de
vigilância em saúde, monitora a qualidade dos cuidados ao usuário portador de
hipertensão arterial e diabetes mellitus, bem como de fatores de risco e principalmente
oferece ferramentas gerenciais aos gestores municipais, estaduais e Ministério da Saúde
(BRASIL, 2002).
O Sistema ainda permite a garantia do recebimento dos medicamentos prescritos,
conforme estabelecido na Portaria Ministerial GM 371, de 04 de Março de 2002 e, a
médio prazo, pode fornecer indicadores para a construção do perfil epidemiológico da
população, e a conseqüente elaboração de ações e estratégias de saúde que visam a
qualidade de vida dessas pessoas e a redução do custo social.
Assim o Programa Hiperdia visa reorganizar a atenção básica, tendo como
estratégias principais a prevenção dessas doenças, suas complicações e a promoção da
saúde, objetivando, assim, uma melhor qualidade de vida.
8
2.4 A Satisfação dos Usuários Frente aos Serviços de Saúde
Segundo Vaitsman (2005), a satisfação do usuário pode sempre ser definida
como uma avaliação, abordando percepções, valores, desejos e expectativas que cada
indivíduo expressa em diferentes dimensões dos serviços de saúde. Assim,
proporcionam um instrumento para expressar suas necessidades, contribuindo para
promover ações que auxiliam na qualidade da assistência recebida.
No Brasil as instituições em saúde estão cada vez mais preocupadas em
satisfazer os usuários, uma vez que a satisfação do usuário determina o êxito no
tratamento à adesão dos usuários aos serviços de saúde, bem como a qualidade da
assistência. Segundo Zanetti (2007) os fatores como confiança, humanização,
competência, preparo e organização do ambiente, refletem na satisfação dos usuários
aos serviços de saúde e a realização de pesquisas de opinião, tornam-se relevantes por
possibilitar o enriquecimento e um valioso feedback das intervenções elaboradas pela
equipe de saúde, qualificando as assistências prestadas aos usuários.
A Satisfação pode ser avaliada a partir da opinião dos usuários acerca da
qualidade dos serviços prestados pela equipe de saúde, deste modo podemos avaliar a
eficácia, efetividade, eficiência e adequação da assistência e ações desenvolvidas
(ZANETTI et al., 2007).
Segundo Saraiva e Capelão (2000) é fundamental para as instituições públicas
de saúde a capacidade de oferecer uma assistência adequada, aos usuários, aumentando
assim a eficácia das ações direcionadas aos programas de saúde. Assim a satisfação dos
usuários consiste em um processo dinâmico de avaliação da assistência.
2.5 Planejamento Estratégico Situacional
O Planejamento Estratégico Situacional, originado e sistematizado pelo
Economista chileno Carlos Matus, refere a arte de governar e permite planejar
estrategicamente ações de acordo com a demanda e objetivos gerenciais. Portanto o
processo de planejamento consiste em um conjunto de princípios teóricos,
procedimentos metodológicos e técnicas de grupo que podem ser aplicados a qualquer
tipo de organização social permitindo uma visão futura. (TEIXEIRA, FERNANDES,
2003).
9
Segundo Melleiro et al. (2005) o planejamento estratégico situacional configurase em uma das atividades privativas dos enfermeiros, devido à divisão sócio-técnica do
trabalho que permite refletir sobre nossas atuações e como executamos o planejamento a
fim de aprimorar o processo e trabalho.
O Planejamento Estratégico Situacional pode ser dividido em momentos
explicativos onde é realizada a analise da situação de saúde. A definição dos problemas
permite conhecer as causas e as conseqüências dos problemas da área de abrangência da
equipe. A priorização dos problemas onde são selecionados problemas prioritários,
considerando sua importância, urgência e a capacidade de enfrentamento. Na descrição
dos problemas selecionados é necessário compreender o problema e na explicação é
importante saber identificar os fatores desencadeantes (TEIXEIRA, FERNANDES,
2003).
No momento normativo elabora-se o plano de intervenção baseando nas causas
criticas (nós críticos) onde identificamos os problemas a serem solucionados e quais
estão dentro da governabilidade da equipe. Desta forma são elaboradas as propostas de
ação, através da programação e construção de planilhas (CORREA et al., 2010).
No momento estratégico é identificado soluções e estratégias para o
enfrentamento do problema, iniciando assim a elaboração do plano estratégico
situacional composto por operações desenhadas para enfrentar e impactar as causas
mais importantes do problema selecionado. As operações são conjuntos de ações que
consomem recursos econômicos, organizacionais, cognitivos e político (MELLEIRO et
al., 2005).
Todo processo de transformação demanda mudanças e recursos, assim no
momento operacional considerado como a fase de gestão do plano, é viabilizada, a
criação de um sistema de alta responsabilidade, em que as pessoas assumem
compromissos de executar tarefas específicas, em tempos bem definidos, atraves da
viabilização das ações e definição de responsável de acordo com as ações (CORREA et
al., 2010).
10
3.CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE SAÚDE
A Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Nossa Senhora das Graças,
instalada em uma casa alugada, improvisada inadequadamente, é composta por duas
equipes de Saúde da Família, que prestam atendimento aos seguintes bairros: Nossa
Senhora Das Graças, Jardim Paradiso, Bosque da Saúde, Jardim Paquetá, Vila Nilza,
Jardim Fluminense e Jardim Veneza, Coophasul, Azaleia, Alto São Francisco e Jardim
das Acácias
A Unidade iniciou seu funcionamento em fevereiro de 2004 com apenas uma
equipe. A inauguração oficial ocorreu no dia 15 de dezembro de 2004 e devido ao
aumento da população da área de abrangência, houve a necessidade da ampliação para
duas equipes em 2006. Atualmente a Unidade atende uma população de
aproximadamente 8200 pessoas.
A unidade de Saúde da Familia é compostas por (01) Médico Generalista, pois o
outro profissional solicitou exoneração, (02) Enfermeiros, (01) Assistente Social, (01)
Técnico de Desporto – Projeto Viver Legal, (02) Dentista, (02) Auxiliares de
Consultório Odontológico, (04) Técnicos de Enfermagem, (02) Administrativo –
Recepção, (01) Administrativo – Farmácia, (01) Gerente, (13) Agentes Comunitários de
Saúde, (01) Funcionário de Serviços Diversos – terceirizado, alem dos profissionais do
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
Diariamente
são
agendadas
consultas
médicas,
exames
laboratoriais,
encaminhamento, para especialidades e referência. Realizados procedimentos como
curativo, inalação, aferição de pressão arterial, glicemia capilar, vacina, administração
de medicação dispensação de medicamentos. Alem dos atendimentos odontológicos,
consultas de enfermagem, visitas domiciliares e preventivos.
A UBSF Nossa Senhora das Graças não possui estrutura adequada para o
funcionamento de duas Equipes de Saúde da Família, pois possui somente um
consultório médico, consultório de enfermagem e odontológico, o que obriga os
profissionais a realizar uma escala de revezamento, assim quando uma equipe realiza
atendimentos na Unidade a outra necessariamente deve estar em campo.
Uma outra realidade enfrentada, relaciona-se a condição social e cultural da
comunidade, que caracteriza como uma população de baixo nível sócio-econômico
gerando diversas condições de vulnerabilidade.
11
4. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA
O trabalho realizado baseia-se em uma pesquisa de opinião para avaliar a
satisfação dos usuários cadastrados no programa hiperdia, por meio de aplicação de um
questionário composto por perguntas simples, diretas e de fácil compreensão. Os
resultados obtidos contribuíram para a elaboração de um Plano Estratégico Situacional,
que visa proporcionar a unidade sugestões e ações que possibilitem mudanças e
adequações, com intuito de fornecer um atendimento de qualidade ao programa
Hiperdia.
A presente pesquisa foi realizada no município de Campo Grande na unidade de
estratégia de Saúde da Família Nossa Senhora das Graças que pertence ao Distrito
Sanitário Norte. Realizada no período de 01 a 30 de julho de 2011, todas as terças-feiras
no centro comunitário e nas quintas-feiras no salão paroquial do bairro. A estratégia da
equipe é realizar o encontro mensal dos usuários cadastrados por microária dos Agentes
Comunitários de Saúde (ACS).
A pesquisa de opinião pode contemplar todos os usuários hipertensos e
diabéticos que participaram dos encontros mensais, não sendo atribuído nenhum critério
de exclusão. A equipe escolhida para a aplicação do projeto de intervenção foi a Equipe
48 devido a sua população estar instalada em área de grande vulnerabilidade, e a
realização das reuniões do Hiperdia serem freqüentes. É importante ressaltar que
realização da pesquisa de opinião consiste em um ponto de partida para novas ações e
projetos.
Primeiramente foi esclarecido os objetivos da ação e aplicado o questionário aos
participantes alfabetizados e sem déficits. Os participantes que apresentavam
dificuldades para responder o questionário contaram com o auxilio do autor do projeto e
do enfermeiro da unidade através da leitura do questionário e anotação das respostas na
integra, de acordo com a opinião dos participantes.
Após a analise das informações obtidas foi elaborado um Plano estratégico
situacional que tem como objetivo a aplicação do método do planejamento estratégico
situacional, com intuito de auxiliar a equipe na resolução dos problemas identificados
sugerir mudanças frente ao atendimento do programa Hiperdia.
O Plano é uma estratégia que visa aumentar a prevenção, diagnóstico precoce,
tratamento e controle da hipertensão arterial e do diabetes mellitus através da
12
reorganização da de ações desenvolvida nas unidades, dando-lhes qualidade no
atendimento e a conseqüentemente proporcionar qualidade de vida desta população.
4.1. Pesquisa de Opinião
Participaram da pesquisa de opinião 25% dos usuários cadastrados no Hiperdia,
que contribuíram na identificação de diferentes opiniões e problemas passiveis de
resoluções e adequações, frente ao atendimento dos usuários cadastrado no programa.
Foi identificada durante a experiência a diminuição da participação dos usuários
nos encontros sendo que 41% dos usuários pesquisados não participam mensalmente
dos encontros e dentre as causas citaram falta de interesse e indisposição, esquecimento
das datas, por apresentarem sempre níveis normais de pressão arterial e glicemia capilar,
residir na zona rural, dificuldade de locomoção e devido o encontro ser realizado em
horário de trabalho.
A Satisfação do paciente é também uma das dimensões envolvidas no cuidado
das pessoas, a verificação da qualidade do cuidado com o paciente vem sendo focada na
avaliação do conhecimento pessoal, das habilidades e experiência do profissional da
saúde. A satisfação está ligada de certa forma à qualidade técnica no que se refere ao
sucesso do tratamento, assim os usuários insatisfeitos apresentam menor adesão ao
tratamento (SUDA et al., 2009)
Portanto na análise da qualidade do atendimento na unidade Nossa Senhora das
Graças observamos que 68% dos entrevistados estão satisfeito com o atendimento da
unidade e 64% caracterizam satisfatório o acompanhamento de saúde no controle da
hipertensão arterial e Diabetes Mellitus.
A figura 1 sintetiza as respostas relativas a interação paciente/equipe e
exemplifica a avaliação da assistência prestada pelos profissionais: enfermeiro, médico,
técnico de enfermagem e ACS.
Desta forma podemos observar que 45,5% dos participantes caracterizaram a
assistência prestada pelo enfermeiro como muito satisfatória, 50% como satisfatória e
apenas 4,5% como pouco satisfatório. Quanto à assistência do profissional médico 23%
caracterizaram como muito satisfatória, 72,5% como satisfatória e 4,5% como
insatisfatória. Este resultado é uma resposta a ausência do atendimento do profissional
médico que estava em tratamento de saúde por tempo indeterminado, conforme
mencionado. Por esta razão não freqüentava os encontros e por referir-se a uma Unidade
13
Básica de Saúde da Família, não havia substituição do profissional. Assim a
comunidade permanecia sem a assistência médica adequada.
Na assistência prestada pelo Técnico de enfermagem 27% foi caracterizada
como muito satisfatória e 64% como satisfatória e apenas 9% como pouco satisfatória.
Frente a assistência prestada pelo agente comunitário de saúde cerca de 59% dos
participantes caracterizaram como muito satisfatório,o que indica uma boa dedicação e
participação do profissional na comunidade, 32% caracterizaram como satisfatória e
apenas 9% como pouco satisfatória.
Figura 1 Qualidade do Atendimento por Profissional de Saúde
Ao analisar a satisfação frente ao atendimento da Farmácia da Unidade,
responsável por dispensar os medicamentos mensalmente aos pacientes cadastrados no
programa Hiperdia identificamos que 32% dos participantes estão muito satisfeito com
o atendimento, 50% estão satisfeito, 14% pouco satisfeito e apenas 4,5% insatisfeito
conforme apresentado na figura 2
Segundo o manual de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus o
acompanhamento com a equipe de saúde principalmente a assistência de enfermagem é
14
essencial para a prevenção de complicações e a persistência de fatores de risco
(BRASIL, 2002).
Figura 2 - Qualidade do Atendimento da Farmácia
Outro ponto importante a destacar é referente à disponibilidade dos
medicamentos na unidade de saúde, conforme ilustrado na figura 3 e identifica a falta
dos medicamentos aos usuários cadastrados no programa Hiperdia.
Figura 3 – Disponibilidade de medicamentos na Unidade de Saúde
Frente à satisfação dos usuários quanto às formas de entrega dos medicamentos
realizada pelo responsável da farmácia, figura 4. O grupo em geral encontra-se
insatisfeito com a forma de entrega de dos medicamentos, alegando que muitas vezes ao
procurar a unidade para adquirir os medicamentos, são mal atendidos, não recebem
orientações e esclarecimentos adequado. Em alguns relatos eles descrevem a dificuldade
15
de buscar os medicamentos na farmácia popular e a disponibilidade de medicamentos
considerado de auto-custo não cadastrado na rede Municipal e Saúde Pública.
Figura 4- Satisfação frente à forma de entrega de medicamentos
realizada pelo responsável da Farmácia
Ao identificar os profissionais responsáveis pela orientação da administração
dos medicamentos, 40% dos participantes referiram que recebem orientação do
profissional médico, 32,5% do enfermeiro, 4,5% do técnico de enfermagem e 23% do
agente comunitário de saúde conforme figura 5.
Segundo Péres (2007) o paciente por muitas vezes pode-se cansar de viver com
uma doença crônica e o uso do medicamento de certo modo intensifica a presença de
uma enfermidade e por esta razão o usuário pode apresentar dificuldades de em aceitar o
uso do contínuo dos medicamentos e até mesmo apresentam duvidas quanto aos
horários e posologias. Assim a orientação e informações adequada, transmitida pelos
profissionais de saúde tornam-se muito importante no processo saber e fazer.
16
40%
Médico
32,5%
Enfermeiro
Técnico de
Enfermagem
4,5%
ACD
23 %
Figura 5 – Orientação sobre a administração dos medicamentos por
profissional de Saúde.
Ao avaliar a participação nas palestras educativas mais da metade, 54,5% dos
usuários cadastrados no Programa Hiperdia, não participou das palestras educativas.
Porém, 86% dos participantes consideram as informações recebidas nos encontros
importantes para o controle da Hipertensão Arterial e do Diabetes Mellitus e estão
satisfeito com as informações recebidas, apenas 14% não consideram importantes e
encontram-se insatisfeitos com as informações recebidas, conforme mostra a figura 6.
Segundo Zanete et al. , (2007) ao elaborar um Programa de Educação deve-se
considerar principalmente a satisfação do paciente nos temas abordados, pois é através
deste que conseguimos motivar o pacientes portador de doenças crônicas a adequar-se a
terapêutica, seja ela medicamentosa ou preventiva e ate mesmo incentivar ao auto
cuidados e prevenções de complicações através da pratica de exercícios físicos,
alimentação regular e controle da glicemia capilar e pressão arterial.
Dentre os temas sugeridos para abordagem durante os encontros, com assuntos
que possam auxiliar no processo de tratamento e prevenção são: alimentação, uso de
medicamentos, complicações, prática de exercício físicos e a prevenção de doenças
como (câncer de mama, colo do útero, próstata, Dengue, hepatites e DSTs). Desta forma
a equipe pode proporcionar aos usuários medidas de enfrentamento da doença crônica
(Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus) bem como a prevenção de outras patologias e
complicações.
17
Figura 6 – Participação e satisfação frente a Educação em Saúde
Dentre os itens analisados na pesquisa de opinião, poucos foram considerados
insatisfatórios, porem pontos críticos da assistência foram mencionados como o
absenteísmo do médico, dificuldades de agendamentos de consultas, devido ao número
pré definido das consultas médicas, devido ao médico realizar apenas dez consultas por
encontro, o que torna o intervalo entre consultas, muitas vezes, maior que três meses,
período mínimo sugerido pelo Ministério da Saúde para o acompanhamento do usuário
cadastrado no Programa Hiperdia.
Diante dos resultados da pesquisa de opinião, algumas sugestões importantes
para a construção do Plano estratégico situacional foram abordadas pelos participantes,
dentre elas:

Aperfeiçoar a comunicação dos encontros e ações realizadas pela equipe
de saúde entre a comunidade e os ACS;

Que o profissional médico realize visitas domiciliares aos usuários
acamados;

Melhorar a assistência médica, diminuir o absenteísmo e aumentar o
número de consultas;

Substituir o profissional médico durante os períodos de licença;

Aumentar o tempo de orientação e atendimento a comunidade;

Priorizar o atendimento dos idosos e alterar a rotina de agendamento de
consultas, evitando que o usuário permaneça de madrugada na unidade para conseguir
o agendamento;

Elaborar com maior freqüência a realização de educação em saúde;
18
5 PLANO ESTRATÉGICO SITUACIONAL
A aplicação da pesquisa de opinião tornou-se fundamental para a elaboração do
Plano estratégico situacional voltado para adequar e melhorar a assistência prestada aos
usuários cadastrados no programa Hiperdia. Pois através deste levantamos situações e
problemas que geram insatisfação e diminuem a qualidade da assistência prestada aos
usuários.
Contudo a construção de um plano de ações tem como intuito de reorganizar a
assistência e adequar o funcionamento da Unidade de Saúde da Família Nossa Senhora
das Graças.
5.1 . Priorização de Problemas
Quadro 1: Planilha de priorização de Problemas da Equipe
Problemas
Importância Urgência
Diminuição da participação dos usuários nos encontros
mensais do programa Hiperdia;
Presença de insatisfação frente ao atendimento médico;
Presença de insatisfação frente ao atendimento e entrega
de medicamento da farmácia;
Falta de medicamentos;
Pouca participação da equipe de enfermagem nas
orientações quanto à administração de medicamentos;
Pouca
participação
dos
usuários
nas
palestras
educativas;
Presença de usuários poucos satisfeito com a assistência
prestada pelo ACS;
Enfrentamento
Alta
1
Total
Alta
2
Parcial
Alta
3
Parcial
Alta
4
Parcial
Alta
5
Total
Alta
6
Parcial
Alta
7
Total
Alta
8
Parcial
Alta
9
Fora
Aperfeiçoar a comunicação entre ACS e comunidade
referentes aos encontros e ações realizadas pela equipe
de saúde;
Diminuir o absenteísmo do profissional médico.
19
5.2. Seleção Dos Nós Críticos
Diante da avaliação dos determinantes podemos identificar os principais
problemas que acarretam na insatisfação dos usuários cadastrados no Programa
Hiperdia.

Diminuição da participação dos usuários nos encontros mensais;;

Falta de interesse dos usuários e indisposição;

Dificuldade de participar dos encontros devido a realização em horários
comerciais;

Usuários insatisfeitos com o atendimento médico;

Absenteísmo do profissional médico;

Usuários poucos satisfeitos e insatisfeitos com o atendimento da
farmácia da unidade e com a forma de entrega dos medicamentos

A falta de medicamentos dos programas e de auto-custo;

Pouca participação da equipe de enfermagem nas orientações dos
usuários cadastrados no programa Hiperdia;

Usuários pouco satisfeitos com a assistência prestada pelos ACS (agente
comunitário de saúde)

A falta de comunicação por parte dos ACS, na realização dos encontros e
ações de saúde;
5.3. Desenhos das operações
Quadro 2: Planilha Operacional
Nó critico
Operação
Resultados
Produtos
Recursos
esperados
esperados
Necessários
Cognitivo:
Diminuição da participação
Aumentar a adesão
dos usuários nos encontros
ao programa
mensais, falta de interesse,
Hiperdia e
indisposição e dificuldade de
incentivar a
conciliar os horários frente ao
participação dos
programa Hiperdia
usuários
Adesão e
Encontros semanais
sensibilizar
participação dos
por microareas de ACS profissionais e
encontros
em diferentes horários
comunidade;
semanais e
e encontro mensal da
Financeiros:
mensais do
equipe de Saúde com
realização de
programa
participação de todos
encontros com
Hiperdia
os profissionais
incentivos aos
usuários
20
Nó critico
Operação
Resultados
Produtos
Recursos
esperados
esperados
Necessários
Melhorar a
Usuários insatisfeitos com o
atendimento médico;
Diminuir o
qualidade da
absenteísmo do
assistência
profissional, realizar
prestada à
substituição do
comunidade
profissional em
Oferecer
longos períodos de
qualidade e
licença e
satisfação as
Realizações de
consultas medicas
Cognitivo: Sensibilizar
a todos os usuários
o médico da equipe em
cadastrado no
participar das VD;
hiperdia e visita
Financeiros: adequação
domiciliar aos
da escala de trabalho do
usuários acamados
profissional.
famílias
Capacitar os
Usuários insatisfeitos com o
atendimento da farmácia e
forma de entrega de
medicamentos
Melhorar o
atendimento da
farmácia
Oferecer um
atendimento de
qualidade aos
usuários
profissionais quanto
a Humanização do
atendimento e
orientações quanto à
administração dos
Organizacional: realizar
capacitação quanto a
humanização do
atendimento. Cognitivo:
sensibilizar os profissionais
medicamentos
Políticos: articulação
Oferecer
A falta de medicamentos do
programa Hiperdia e de autocusto;
Adequar a
quantidade
fornecimento de
adequada de
medicamentos na
medicamentos aos
rede de saúde
usuários e
comunidade;
intersetoriais para
Programa de
aquisição de fármacos
controle de
Financeiros: previsão
medicamentos
semestral de
padronizados na
medicamentos fornecidos
rede.
no programa e aquisição
de medicamentos de autocusto.
Cognitivos: trabalhar
Capacitar e
Pouca participação da equipe
de enfermagem nas
educação em saúde;
sensibilizar a equipe
de enfermagem
Orientar e informar Oficina de
orientações dos usuários
quanto a abordagem
todos os usuários
capacitação para
cadastrados no programa
e orientações
cadastrados no
os profissionais
necessárias aos
programa Hiperdia na ESF
Hiperdia;
usuários cadastrados
no programa
Políticos: Mobilização e
participação profissional,
articulação intersetoriais,
Financeiros: Aquisição de
equipamentos áudio
visuais e folhetos
informativos.
21
Nó critico
Operação
Resultados
Produtos
Recursos
esperados
esperados
Necessários
Organizacional: realizar
Usuário pouco satisfeito
com a assistência prestada
pelos ACS e a falta de
comunicação com a
comunidade frente aos
encontros e ações realizadas
capacitação quanto a
humanização do
Adequar e melhorar a Satisfação dos
assistência e a
usuários frente à
comunicação entre
assistência prestada
ACS e comunidade
pelo ACS
atendimento.
Capacitação dos ACS Cognitivo: sensibilizar os
profissionais
Financeiros: Aquisição
na unidade de saúde
de meios de informação
5..4 Identificação dos Recursos Críticos
Operação / Projetos
Recursos Críticos
Políticos: Articular a realização de encontros semanais por
microareas de ACS em diferentes horários e e a realização de
encontro mensal da equipe de Saúde com participação de
Aumentar a adesão ao programa Hiperdia e
incentivar a participação dos usuários
todos os profissionais;
Cognitivo: sensibilização do profissional e dos usuários frente
as diretrizes do programa;
Financeiros: organização dos encontros mensais com a
inclusão de incentivos aos usuários, e materiais áudio visuais.
Político: Articulação quanto ao cumprimento de carga horária
e adequação quadro profissional e competências instituídas
Diminuir o absenteísmo do profissional, realizar
aos profissionais da UBSF,
substituição do profissional em longos períodos
Cognitivo: sensibilização do profissional quanto o regimento
de licença
da Secretaria Municipal de Saúde;
Financeiros: Contratação de profissionais médicos para
adequação do quadro de funcionários
Organizacional: realizar capacitação quanto à humanização do
Melhorar o atendimento da farmácia
atendimento.
Cognitivo: sensibilizar os profissionais quanto a humanização
do atendimento em saúde.
22
Operação / Projetos
Recursos Críticos
Adequar a fornecimento de medicamentos do
Políticos: articulação intersetoriais para aquisição de fármacos
programa Hiperdia e de auto-custo na rede de
de auto custo e dos programas;
saúde
Financeiros: Previsão e aquisição de medicamentos.
Organizacional:
Capacitar e sensibilizar a equipe de enfermagem
quanto a abordagem e orientações necessárias
aos usuários cadastrados no programa
realização
de
oficinas
quanto
o
acompanhamento do usuário cadastrado no programa Hiperdia;
Cognitivo: sensibilizar os profissionais e trabalhar educação em
saúde;
Financeiros: estrutura para realização das oficinas e aquisição
de materiais áudios-visuais.
Organizacional: realizar capacitação quanto o acompanhamento
do usuário cadastrado no Hiperdia e a humanização do
Adequar a assistência e melhorar a comunicação atendimento.
entre ACS e comunidade.
Cognitivo: sensibilizar os profissionais
Financeiros: estrutura para realização das capacitações e
aquisição de materiais áudios-visuais.
5.5 Plano de Acompanhamento e gestão do Plano estratégico situacional
Quadro 3: Planilha de Acompanhamento de gestão
Produtos
Encontros
semanais
Responsável
Prazo
Situação atual
por
microareas de ACS em diferentes
horários e encontro mensal da
Necessidades de Apoio da
UBSF
2 meses
equipe de Saúde com participação
Secretaria de saúde e conselho
local
de todos os profissionais
Realização de consultas medicas a
todos
usuários
cadastrado
no
hiperdia e visita domiciliar aos
usuários acamados
Serviço Médico da
SESAU – SESFACS
Maior vistoria da Secretaria de
2 meses
Saúde e apoio dos gestores
municipais
23
Produtos
Responsável
Capacitar os profissionais da
UBSF, CAB e
farmácia quanto a Humanização do
SESFACS em
atendimento e orientações quanto o
parceria com a
acompanhamento dos usuários
Coordenadoria de
cadastrados no programa Hiperdia
Humanização
Programa de controle de
Prefeitura municipal
medicamentos padronizados na
de campo grande,
rede.
SESAU
Oficina de capacitação para os
profissionais na ESF
Capacitação dos ACS
Prazo
Situação atual
Atividades em 4
Articulação com setores e
meses
apoio da SESAU
Projeto em 3
meses e
atividades em 6
meses
Elaboração dos projetos e
articulações intersetoriais,
licitações para aquisição de
medicamentos
UBSF, CAB e
Atividades em 4
Articulação com setores e
SESFACS
meses
apoio da SESAU
Capacitações a
Após elaboração dos projetos e
cada bimestre
aprovação dos protocolos
UBSF e SESFACS
24
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa referente à satisfação dos pacientes Diabéticos e
Hipertensos cadastrados no programa Hiperdia que teve como enfoque identificar
críticas e sugestões frente à assistência prestada pelos profissionais de saúde aos
usuários. Portanto ao considerar todas as sugestões pode-se elaborar um Plano
Estratégico Situacional que enfoca a qualidade da assistência bem como fornece
estrategicamente ações que irão favorecer a qualidade de atendimento a esse grupo em
especial.
Através da analise dos dados pode-se observar a satisfação dos usuários quanto a
assistência da unidade de saúde em vários aspectos, constituindo em um valioso
feedback para a equipe de saúde para validar estratégias utilizadas no processo de
trabalho. Foi identificada a insatisfação dos usuários somente nos aspectos do
atendimento médico e da farmácia, o que nos indica que melhorias e capacitações
voltadas à humanização do atendimento precisam ser aplicadas a esses profissionais
bem como solucionar problemas gerenciais, como o absenteísmo médico e a falta de
medicamentos na farmácia popular.
Outras críticas foram identificadas, embasada e justificadas por problemas
estruturais, sócio econômico e de gestão, como priorizar o atendimento do idoso,
evitando que o mesmo necessite procurar a unidade durante a madrugada, visto que
trata-se de uma demanda programada, pois este idoso esta cadastrado no programa,
substituir o profissional médico durante os períodos de licença, exigir ao profissional
que realize visitas domiciliares aos pacientes acamados.
Embora os problemas sejam de enfoque na assistência médica, a equipe deve
estar fomentada em práticas e estratégias para adequar a assistência as famílias e
principalmente aos grupos de risco.
Outro aspecto importante identificado na pesquisa de opinião foi a falta de
orientação da equipe de enfermagem aos usuários frente a administração e de
medicamentos. Indicado a necessidade de obter-se uma participação efetiva nos
encontros e a importância da educação em saúde.
Contudo o Plano estratégico situacional elaborado é apenas uma proposta de
gestão para a Estratégia de Saúde da Família, bem como pode ser aplicada a outras
25
unidades com o mesmo perfil epidemiológico e social que encontra-se com as mesmas
dificuldades assistenciais. Assim as ações e estratégias proposta nesse plano após
executadas visam solucionar os problemas identificados na pesquisa de opinião, bem
como apresentar sugestões e propostas enfatizadas pelos usuários.
26
REFERÊNCIAS
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Diabetes e Hipertensão Arterial. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e Diabetes
Mellitus (DM): protocolo. Caderno de Atenção Básica nº 7. Brasília: Ministério da
Saúde, 2001. 96p
BRASIL, Ministério da Saúde. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial
e ao diabetes mellitus. Manual de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Brasília:
Ministério da Saúde; 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Avaliação do Plano de Reorganização da Atenção à
Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus no Brasil: Organização Pan-Americana
da Saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. p.18 - 65.
BRASIL, Ministério da Saúde; Secretária de Atenção a Saúde; Departamento de
Atenção Básica. Prevenção clínica de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares
e renais – Caderno de Atenção Básica nº14 Série A. Normas e Manuais Técnicos.
Brasília: Ministério da Saúde, 2006. p. 08 - 40.
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Assistencial das Equipes de Saúde da Familia as Pessoas que Faleceram por
Doenças Cerebrovasculares em Maringá Paraná, Brasil. Cad.Saúde Pública, Rio de
Janeiro, 2008, 24(1), 255-229.
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acerca de sua doença, antes e depois da implementação de um programa de
educação em diabetes. Rev. Latino Americana Enfermagem, 2008; 16 (2)
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Estratégico Situacional no Ensino do Gerenciamento em Enfermagem. Rev. Acta
Paul Enfermagem, 2005;18 (2) 165-171.
27
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2002-2004, implantação e qualidade das informações: 2005.108 f. Dissertação
(Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. USP, Universidade de São
Paulo, São Paulo. Disponível em http://www.teses.usp.br. Acessado em 01/11/2011.
PACE.E.A., NUNES.D.P, VIGO.O.K. Conhecimento dos familiares acerca da
problemática do portador de diabetes mellitus. Rev. Latino-Americana Enfermagem,
2003 11(3):312-9.
PAIVA DCP, BERSUSA AAS, ESCUDER MML. Avaliação da assistência ao
paciente com diabetes e/ou hipertensão pelo Programa Saúde da Família do
município de Francisco Morato. Arq Ciênc Saúde. 2007;14(2):88-94.)
SILVA RCC, Lima EJB, Evangelista RA. Adesão ao tratamento de hipertensão
arterial no PSF Alvorada – Equipe 13. erquirere, Patos de Minas: UNIPAM.
2009;6(6):118-25.
SUDA.Y.E, U,D.M, V.E,. Avaliacao Da Satisfaçao dos Usuários atendidos em uma
Clinica-escola de Fisioterapia de Santo Andre, SP. Fisioter Pesq. V 16 n.2 São Paulo
2009.
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Gestão da Atenção de um Serviço Hospitalar: o caso da Unidade de Cardiologia
Intensiva do Hospital Geral de Bonsucesso –Ministério da Saúde – RJ. Monografia
apresentada no curso de Especialização em Gestão Hospitalar da Fundaçao Oswaldo
Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública. Rio de Janeiro, 2003.
VAITSMAN J, ANDRADE GBR. Satisfação e responsividade: formas de medir a
qualidade e humanização da assistência a saúde. Ciência saúde Coletiva, 2005.
ZANETTI ML, MENDES IAC. Tendência do lócus de controle de pessoas
diabéticas. Revista Esc Enfermagem USP 1993 agosto: 27 (2): 246-62.
28
ZANETTI ML, MENDES IAC. Satisfação do Paciente Diabético em Seguimento em
Um Programa de Educação em Diabetes. Revista Latino-Am Enfermagem 2007
15(4)
29
APÊNDICE
PESQUISA DE OPINIÃO
1.
Realiza acompanhamento mensal no programa Hiperdia?
Sim ( )
Não ( )
Se não Porque?_____________________________________________________
2.
Como você avalia o atendimento da unidade de saúde Nossa Senhora das
Graças?
Muito satisfeito (
Insatisfeito(
3.
)
Satisfeito (
)
Pouco Satisfeito (
)
)
Como você caracteriza o acompanhamento da equipe de saúde no controle da
Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus?
Muito satisfatório ( )
Satisfatório ( )
Pouco Satisfatório ( )
Insatisfatório( )
4.
Como você avalia a assistência prestada pelo Enfermeiro?
Muito satisfeito (
Insatisfeito(
5.
)
Pouco Satisfeito (
)
Como você avalia a assistência prestada pelo médico?
Insatisfeito(
)
Satisfeito (
)
Pouco Satisfeito (
)
)
Como você avalia a assistência prestada pelos técnicos de enfermagem
Muito satisfeito (
Insatisfeito(
7.
Satisfeito (
)
Muito satisfeito (
6.
)
)
Satisfeito (
)
Pouco Satisfeito (
)
)
Como você avalia assistência prestada pelo agente comunitário de saúde?
Muito satisfeito (
)
Satisfeito (
)
Pouco Satisfeito (
)
Insatisfeito(
30
8.
Como você avalia o atendimento da farmácia da unidade Nossa Senhora das
graças?.
Muito satisfeito (
Insatisfeito(
9.
)
Satisfeito (
)
Pouco Satisfeito (
)
)
Há disponibilidade de medicamentos na unidade de saúde toda vez que você
procura?
Sim ( )
10.
Não ( )
Você está satisfeito com a forma de entrega dos medicamentos realizada pelo
profissional da farmácia?
Sim ( )
Não ( )
Se não por quê? _____________________________________________________
11.
Você recebe orientação sobre a administração dos medicamentos de quem?
Médico ( )
12.
Não ( )
Não ( )
Você esta satisfeito com as informações recebidas durante os encontros?
Sim ( )
15.
( )
As informações recebidas nos encontros colaboram para o controle da doença?
Sim ( )
14.
técnicos de enfermagem ( ) ACS
Participa das palestras educativas?
Sim ( )
13.
enfermeiro ( )
Não( )
Qual assunto você considera importante para seu tratamento?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
16.
Que sugestões você daria para melhorar o atendimento?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
31
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