Baixar este arquivo PDF - Revista de Divulgação Científica Sena Aires

Avaliação Microbiológica de Coliformes Totais e Termotolerantes em
Água e Bebedouros de Uma Escola Pública no Gama ‑ Distrito Federal
Microbiological Evaluation of Total and Thermotolerant Coliforms in the Water
and Drinking Fountains of a Public School in Gama ‑ Distrito Federal
Juliana Arruda dos Santos1; Joaquim Xavier da Silva1,2; Antônio José de Rezende2
ARTIGO ORIGINAL
RESUMO
Introdução: A água é o recurso natural mais importante do planeta, indispensável para a manutenção da vida de todos os seres
vivos. Porém, ela pode veicular muitos microrganismos nocivos à
saúde humana.
Objetivo: Avaliar e identificar a presença de coliformes totais e
termotolerantes na água e nas torneiras de bebedouros escolares.
Métodos: Trata‑se de uma pesquisa quali‑quantitativa, na qual
foram coletadas cinco amostras de água em tubos de ensaio e cinco
amostras de esfregaço em superfície de torneiras por meio de swabs.
As análises de água foram avaliadas segundo a Instrução Normativa N°
62 do Ministério da Agricultura, obedecendo a uma série de diluições
de proporções 10‑1, 10‑2 e 10‑3. Essas amostras foram submetidas
à prova presuntiva de coliformes totais, sendo inoculadas em Caldo
Lauril Sulfato de Sódio em concentrações simples e dupla, e em seguida, foram incubadas a 36 ± 1º C por 24/48 horas. Os esfregaços
das torneiras foram semeados em placas de Petri em ágar sangue e
ágar MacConkey, e posteriormente incubados a 36 ± 1º C, por 24/48
horas. Essas placas foram submetidas aos testes de catalase, coloração
de Gram e coagulase.
Curso de Ciências Biológicas,
Universidade Paulista – UNIP,
Campus Brasília – DF.
2
Curso de Nutrição, Universidade
Paulista – UNIP, Campus Brasília – DF.
1
Correspondência:
Prof. MSc. Joaquim Xavier da
Silva. SEPS 712/912. Lote C. Bloco
C. Apartamento 121. Asa Sul. E‑mail:
[email protected]
Recebido em: 03/04/2014.
Aceito em: 24/05/2014.
Resultados: Das amostras analisadas nenhuma apresentou
contaminação por coliformes totais ou termotolerantes, embora as
amostras de superfície de torneiras apresentaram contaminação por
Staphylococcus aureus em 25% das amostras, Staphylococcus sp em
37,5% das amostras e Bacilos‑Gram‑Positivos em 37,5% das amostras.
Conclusão: Todas as amostras de água estavam em conformidade
com a Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde. Contudo, é
importante ressaltar que as torneiras não apresentaram resultados
satisfatórios quanto à presença de microrganismos, tendo em vista
que estes microrganismos podem ser patógenos à saúde humana.
Palavras‑chave: Coliformes totais; Termotolerantes; Água.
Revista de Divulgação Científica Sena Aires 2014; Janeiro-Junho (1): 11-18
11
Santos et al
ABSTRACT
Introduction: Water is the most important natural resource of
the planet and is essential for sustaining the life of all living beings.
However, it can also serve many microorganisms harmful to the human health.
Objective: To evaluate and identify the presence of total and thermotolerant coliforms in the water and faucets of drinking fountains
of a school.
Methods: This is a qualitative and quantitative research, which
collected five water samples in test tubes and five samples of smear
in the surface of faucets by means of swabs. The water samples were
evaluated according to Normative Instruction 62 of Brazil’s Ministry
of Agriculture, following a series of 10‑1, 10‑2 e 10‑3 dilutions. These
samples were subjected to the test of presumptive coliforms, which
were inoculated in Sodium Lauryl Sulfate concentrations in single
and double concentrations, and were then incubated at 36 ± 1 º C
for 24/48 hours. The smears of the taps were sown in Petri dishes
on blood agar and MacConkey agar, then incubated at 36 ± 1 º C for
24/48 hours. These dishes were tested for catalase, Gram staining
and coagulase.
Results: None of the analyzed samples presented contamination
by total or thermotolerant coliforms, although the faucet surfaces
were contaminated by Staphylococcus aureus in 25% of the samples,
Staphylococcus sp in 37.5% of the samples and Gram‑Positive Bacillus
in 37.5% of the samples.
Conclusion: All water samples were in conformity with Ordinance
2914/2011 of the Ministry of Health. However, it is important to note
that the faucets did not present satisfactory results as to the presence
of microorganisms, considering that these microorganisms can be
pathogenic to human health.
Keywords: Total coliforms; Thermotolerant coliforms; Water.
12
Revista de Divulgação Científica Sena Aires 2014; Janeiro-Junho (1): 11-18
Avaliação microbiológica de bebedouros
A água é o recurso natural mais importante
do planeta, indispensável para manutenção da
vida de todos os seres vivos. O constante contato com a água facilita com que parasitas macroscópicos e microscópicos atinjam o homem
e que nele se desenvolvam1,2. Embora a água
seja um recurso indispensável à vida, ela pode
veicular muitos microrganismos nocivos à saúde
humana3.
No final do século XIX e início do século XX,
a água se tornou uma questão de interesse para
a saúde pública. Anteriormente a qualidade da
água era associada apenas a aspectos estéticos e
sensoriais como cor, gosto e odor4.
A qualidade de vida humana está relacionada à qualidade da água em que bebem, por ser
importante na preparação de alimentos, manutenção de higiene pessoal e utensílios de limpeza.
O acesso à água potável é fundamental para se
obter boas condições de saúde, portanto, a água
potável não pode ter quaisquer patógenos que
possam lesar os organismos humanos. Patógenos
como bactérias, vírus e protozoários são capazes
de causar doenças em seres humanos, através
da ingestão de alimentos ou água contaminada5.
É necessário reconhecer o papel decisivo da
água no desencadeamento direito e indireto de
uma grande quantidade de patologias, e no condicionamento da mortalidade geral e em especial
a infantil, na maioria dos países em desenvolvimento6. Estima‑se que as doenças transmitidas
pela água sejam responsáveis por mais de dois
milhões de mortes ao ano, principalmente entre
crianças menores de cinco anos7.
mentam lactose a 44,5º C ± 0,2º C em 24 horas
e têm a Escherichia coli como principal representante de origem exclusivamente fecal11. Os
coliformes termotolerantes não se multiplicam
com facilidade no ambiente externo, embora sejam capazes de sobrevier de modo semelhante
às bactérias patogênicas, evidenciando, portanto,
indicadores de contaminação fecal10.
A Portaria nº 2914/2011 do Ministério da
Saúde estabelece, entre outros parâmetros, a
análise de coliformes totais, termotolerantes ou
Escherichia coli e de bactérias heterotróficas para
análise de água para consumo humano em toda
e qualquer situação12. De acordo com essa Portaria, a água potável deve apresentar ausência
de coliformes termotolerantes ou Escherichia
colie ausência de coliformes totais em 100 mL
de amostra12.
Portanto, entende‑se por água potável, aquela de consumo humano, cujos aspectos microbiológicos atendam ao padrão de potabilidade
que não ofereça riscos à saúde13,14.
ARTIGO ORIGINAL
INTRODUÇÃO
O objetivo dessa pesquisa foi avaliar os aspectos microbiológicos da água e das superfícies
de torneiras de bebedouros quanto à presença
de coliformes totais, termotolerantes, bem como
outros microrganismos associados, de uma escola pública no Gama ‑ Distrito Federal.
MATERIAL E MÉTODOS
A contaminação do sistema público de abastecimento de água é detectada pela presença
de coliformes na água. Em um sentido geral, o
termo “coliforme” inclui Escherichia coli, Ente‑
robacter e Klebsiella8. Embora o habitat dessas
bactérias seja o trato intestinal do homem e de
outros animais, exemplos como Enterobacter e
Klebsiella podem persistir longos períodos e se
multiplicar em ambientes não fecais9. Coliformes totais são também encontrados no solo e
nos vegetais, possuindo relativa capacidade de
se multiplicarem na água10.
Trata‑se de uma pesquisa quali-quantitativa,
onde foram avaliados os aspectos microbiológicos de dois bebedouros do Centro Educacional 06 do Gama‑ Distrito Federal. As amostras,
tanto de água quanto de superfície de torneiras
foram coletadas dia 16 de outubro de 2013, às
15h30min horário de intervalo das aulas, onde
há uma maior manipulação dos bebedouros. A
escola possui dois bebedouros, um deles goza
de três torneiras e o outro de duas. As torneiras foram denominadas de T1, T2, T3, T4 e T5.
Assim como as amostras de água, que foram denominadas de Am1, Am2, Am3, Am4 e Am5.
As amostras de água e superfície de torneira são
correspondentes, ou seja, a amostra de superfície
de T1 é correspondente à amostra de água Am1
e assim sucessivamente.
Os coliformes termotolerantes são bactérias
de um subgrupo dos coliformes totais que fer-
Foram coletados cerca de 100 mL de água
de cada torneira supracitada em tubos de ensaio
Revista de Divulgação Científica Sena Aires 2014; Janeiro-Junho (1): 11-18
13
Santos et al
com tampa autoclavados e com toda a assepsia
correta, uso de luvas e jaleco. As coletas da superfície das torneiras foram realizadas por meio
de swabs com meio Stuart. Ambas as amostras
foram acondicionadas em caixa de isopor com
gelo e levadas imediatamente ao Laboratório de
Microbiologia da Universidade Paulista ‑ UNIP.
Os parâmetros para qualidade de água utilizados neste trabalho estão de acordo com a
Portaria nº. 2914 do Ministério da Saúde, esta
por sua vez, estabelece que a água para consumo
humano esteja livre de coliformes totais, termotolerantes e Escherichia coli12.
As análises microbiológicas da água foram
realizadas de acordo com a Instrução Normativa
(IN) nº 62 do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento15. As amostras de água foram
submetidas à série de diluições nas seguintes
proporções: 10‑1, 10‑2 e 10‑3, na prova presuntiva para coliformes totais. Onde na primeira
série de três tubos, foram inoculados 10 mL da
amostra em 10 mL de Caldo Lauril Sulfato de
Sódio em concentração dupla, dentro de tubos
de ensaio com tubos de Durhan invertidos. Na
segunda série de três tubos, foram inoculadas 1
mL da amostra em 10 mL de Caldo Lauril Sulfato de Sódio em concentração simples, em tubos
de ensaio com tubos de Durhan invertidos. Na
terceira série de três tubos, foram inoculados 1
mL da diluição 10‑1 em 10 mL de Caldo Lauril
Sulfato de Sódio em concentração simples, em
tubos de ensaio com tubos de Durhan invertidos.
Esse procedimento foi realizado em todas
as amostras e posteriormente foram incubadas
em estufa bacteriológica a 36 ± 1º C por 24/48
horas. A presença de coliformes totais é evidenciada pela formação de gás dentro dos tubos de
Durhan, a leitura dos tubos pode ser feita após
24 horas, mas somente os tubos positivos são
considerados, os demais devem ser incubados
por mais 24 horas.
As amostras de superfície das torneiras foram
semeadas em placas de Petri contendo ágar sangue e ágar MacConkey e incubadas em estufa
bacteriológica a 36 ± 1º C por 24/48 horas. As
placas de Petri que apresentaram crescimento
bacteriano foram repicadas em novas placas contendo o mesmo meio de cultura, pois algumas
placas apresentavam mais de uma colônia de
bactéria, foram levadas a estufa bacteriológica
por mais 24/48 horas. Aquelas que apresenta14
vam crescimento bacteriano foram submetidas
ao teste da Catalase, que consiste em um teste
para avaliar a presença de Staphylococcus, pois
esse gênero de bactéria na presença do peróxido de hidrogênio (H2O2) consegue quebrar esta
reação, formando uma molécula de água (H20)
e uma molécula de oxigênio (02), evidenciado
pela presença de bolhas imediatamente quando
a bactéria é exposta ao peróxido de hidrogênio.
Após a evidência de Staphylococcus na prova
da catalase, as amostras foram submetidas ao teste
da coagulase (Staphy test), para identificar a presença de Staphylococcus aureus, pois essa enzima
interage com o reagente citado e coagula o meio.
O último teste realizado foi a coloração de
Gram, para identificar as bactérias quanto suas
paredes celulares, aquelas coradas em púrpura são as bactérias gram positivas, já as coradas
em vermelho são as gram negativas. O software
Microsoft® Excel 2010 foi usado para a análise
dos dados e ilustração dos resultados.
RESULTADOS
Todas as amostras analisadas neste estudo,
tanto de água quanto de torneira não apresentaram nenhuma contaminação por coliformes
totais ou termotolerantes (Tabela I).
Tabela I ‑ Resultados das análises de água e torneiras
do Centro Educacional 06 do Gama ‑ Distrito Federal.
Outubro/2013.
Amostras
Torneiras
T1
T2
T3
T4
T5
Água
Am 1
Am 2
Am 3
Am 4
Am 5
Total
Coliformes Totais
Coliformes
Termotolerantes
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
Ausente
0
0
Fonte: Os próprios autores.
Não houve formação de gás nos tubos de
Durhan em nenhuma das etapas de diluições,
portanto não foi necessário realizar a prova
Revista de Divulgação Científica Sena Aires 2014; Janeiro-Junho (1): 11-18
Avaliação microbiológica de bebedouros
confirmativa para coliformes totais e termotolerantes. Entretanto, as placas com ágar sangue
que foram repicadas, perfazendo um total de
oito placas, evidenciaram crescimento bacteriano.
(A) Suspeita de Corynebacterium
ARTIGO ORIGINAL
De acordo com as análises realizadas no Laboratório de Microbiologia da UNIP, desse total
de oito placas com ágar sangue, 25% são Sta‑
phylococcus aureus, 37,5% são Staphylococcus
sp e 37,5% são bacilos gram positivos (Figura
1). Embora estes bacilos obtiveram resultado positivo para o teste da catalase foi possível observar na coloração de Gram que não se tratavam
de Staphylococcus. As demais bactérias foram
também avaliadas através dos testes de catalase,
coagulase e coloração de Gram (Tabela II).
Figura 1 ‑ Percentual das bactérias encontradas em placas
com ágar sangue em bebedouros do Centro Educacional 06
do Gama ‑ Distrito Federal. Outubro/2013.
Fonte: Os próprios autores.
Tabela II ‑ Resultados das bactérias encontradas em ágar
sangue em bebedouros do Centro Educacional 06 do Gama ‑
Distrito Federal. Outubro/2013.
Amostras
(n=8)
T1
T1
T2
T2
T2
T4
T4
T5
Ágar
Sangue
As. 1
As. 2
As. 1
As. 2
As. 3
As. 1
As. 2
As. 1
Catalase
Coagulase
Coloração de
Gram
+
+
+
+
+
+
+
+
‑
‑
‑
‑
‑
+
‑
+
CGP
CGP
CGP
BGP
BGP
CGP
BGP
CGP
Nota: As.= Ágar sangue; BGP= Bacilos Gram Positivos; CGP= Cocos Gram Positivos.
Fonte: Os próprios autores.
DISCUSSÃO
Por limitação de pesquisa não se conseguiu
chegar ao gênero dos bacilos gram positivos
encontrados, porém, há uma hipótese de que
possam ser bactérias do gênero Corynebacterium,
pois através da coloração de Gram observou‑se
que a morfologia dos bacilos encontrados é semelhante à morfologia desse gênero de bactéria
(Figura 2).
(B) Corynebacterium.
Figura 2 ‑ Morfologia vista em coloração de Gram
do achado bacteriano no presente estudo (A) e
Corynebacterium (B).
Fonte: (A) Autores e (B) Microbiologia Médica e Imunologia (Warren8).
Embora as amostras não tenham apresentado
contaminação por coliformes totais ou termotolerantes, o número das demais bactérias encontradas é relevante, visto que, segundo Warren8,
as bactérias do gênero Staphylococcus podem
causar diversas doenças. São três principais espécies, Staphylococcus aureus, Staphylococcus
epidermidis e Staphylococcus saprophyticus.
Sendo Staphylococcus aureus a mais importante como patógeno humano, pois esta pode
desencadear doenças como abscessos, infecções
piogênicas, intoxicação alimentar, síndrome da
pele escaldada, síndrome do choque tóxico, sep-
Revista de Divulgação Científica Sena Aires 2014; Janeiro-Junho (1): 11-18
15
Santos et al
ticemias, infeções em feridas cirúrgicas e infecções cutâneas. As demais espécies de Staphy‑
lococcus podem causar endocardites, infecções
em articulações prostéticas e infecções do trato
urinário.
Por limitações de pesquisa, os demais gêneros de Staphylococcus encontrados nesta pesquisa não puderam ter sua espécie confirmada.
Burgos et al13 mostraram resultados semelhantes aos obtidos nesta pesquisa. Ao avaliarem bacteriologicamente a qualidade das águas
de bebedouros da Faculdade Estadual de Londrina‑PR, obtiveram resultados negativos para
coliformes totais e termotolerantes em todas as
amostras.
Cruz et al3 ao realizarem análise microbiológica da água em estabelecimentos da educação
infantil da rede pública no Gama‑DF obtiveram
ausência de coliformes totais e termotolerantes
em todas as amostras analisadas.
CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos nesta pesquisa, pode‑se concluir que todas as amostras de
água e torneira encontram‑se de acordo com a
Portaria nº 2914 do Ministério da Saúde, sendo assim, apropriadas para o consumo humano.
Embora não haja contaminação por coliformes
totais e termotolerantes, o número de bactérias
encontradas, em maior quantidade o gênero
Staphylococcus, é relevante, visto que, essas
bactérias podem ser patogênicas aos seres humanos. Portanto, tem‑se a necessidade de um
monitoramento quanto à qualidade microbiológica dos bebedouros e alertar a comunidade
escolar quanto à profilaxia correta das torneiras
dos bebedouros avaliados.
CONFLITOS DE INTERESSE
Não há conflitos de interesse.
Zulpo et al10 ao analisarem a qualidade microbiológica da água consumida nos bebedouros da Universidade Estadual de Guarapuava‑PR,
concluíram que, de 47 amostras avaliadas, 8,5%
apresentavam resultado positivo para coliformes
totais e 2% para coliformes termotolerantes.
Fortuna et al9 ao analisarem microbiologicamente a água dos bebedouros da Universidade
Federal de Juiz de Fora‑ MG, demonstraram que
em 2,78% de suas amostras apresentavam coliformes totais e termotolerantes.
Dentre os dados apresentados de avaliação
microbiológica da água, foi possível observar
uma divergência entre os resultados, apontando
que a contaminação pode ser devido aos métodos de conservação da água, sua má distribuição
e falta de manutenção dos filtros podem ser também um indicativo de contaminação.
16
Revista de Divulgação Científica Sena Aires 2014; Janeiro-Junho (1): 11-18
Avaliação microbiológica de bebedouros
REFERÊNCIAS
2.Carvalho HF, Recco‑Pimentel SM. Moléculas importantes para a compreensão da célula e do seu
funcionamento. In: A célula. 2. ed. São Paulo: Manole, 2007, p.7‑28.
3.Cruz JBF, Cruz AMS, Resende A. Análise microbiológica da água consumida em estabelecimentos da
educação infantil da rede pública do Gama, DF. SaBios ‑Revista de Saúde e Biologia 2009; 4(1):21‑23.
4.Freitas MB, Freitas CM. A vigilância da qualidade
da água para consumo humano: desafios e perspectivas para o Sistema Único de Saúde. Ciênc. saúde
coletiva 2005; 10(4):993‑1004.
5.Alves NC, Odorizzi AC, Goulart FC. Análise microbiológica de Águas Minerais e de Abastecimento de
Água potável, Marília, SP. Rev Saúde Pública 2002;
36(6):749‑751.
6.Augusto LGS, Gurgel IGD, Câmara Neto HF, Melo
CH, Costa AM. O contexto global e nacional frente aos desafios do acesso adequado à água para
consumo humano. Ciênc. saúde coletiva 2012;
17(6):1511‑1522.
7.Tortora GJ, Funke BR, Case CL. Microbiologia. 8ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
8.Warren L. Microbiologia Médica e Imunologia. 10ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
9.Fortuna JL, Rodrigues MT, Souza SL, Souza L.
Análise microbiológica da água dos bebedouros do
campus da Universidade Federal de Juiz de Fora
(UFJF): coliformes totais e termotolerantes.Revista
Higiene Alimentar 2007; 21(153):102‑105.
10.Zulpo DL, Peretti J, Ono LM, Garcia JL. Avaliação
microbiológica da água consumida nos bebedouros da Universidade Estadual do Centro‑Oeste,
Guarapuava, Paraná, Brasil. C Agrárias 2006;
27(1):107‑110.
11.Michelina AF, Bronharoa TM, Daréb F, Ponsanoc
EHG. Qualidade microbiológica de águas de
sistemas de abastecimento público da região de
Araçatuba, SP. Revista Higiene Alimentar 2006;
20(147): 90‑95.
12.Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº. 2914 de 12 de Dezembro de 2011. Diário Oficial da União, Brasília,
2011. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.
html>. Acesso em: 10 set. 2013.
13. Seco BMS, Burgos TN, Pelayo JS. Avaliação bacteriológica das águas de bebedouros do campus
da Universidade Estadual de Londrina – PR. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde 2012; 33(
2):193‑200.
ARTIGO ORIGINAL
1.Cabral JPS. Water microbiology: bacterial pathogens and water. Int J Environ Res Public Health
2010; 7(10): 3657–3703.
14.Coelho DA, Silva PMF, Veiga SMOM, Fiorini JE.
Avaliação da qualidade microbiológica de águas
minerais comercializadas em supermercados da
cidade de Alfenas, MG. Revista Higiene Alimentar
2007; 21(151): 88‑92.
15.Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária (DISPOA). Instrução Normativa nº 62, de 26
de agosto de 2003. Disponível em: < http://www.
legisweb.com.br/legislacao/?id=75773>. Acesso
em: 26 ago 2013.
Revista de Divulgação Científica Sena Aires 2014; Janeiro-Junho (1): 11-18
17