A importância actual do exercício físico e do desporto na sociedade

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Deporto saúde segurança
Congresso do desporto PORTALEGRE
A importância actual do exercício físico e do desporto na sociedade portuguesa
ganhou amplitude pelas constantes notícias de eventos que pela sua dimensão
tiveram impacto na comunicação social.
O exercício físico é por todos reconhecido como essencial à promoção da
saúde e prevenção de uma lista alargada de doenças. O desporto, como
actividade física competitiva organizada, tem também um papel relevante quer
pelas suas implicações na vida social quer pelas preocupações sobre a
verdade desportiva.
Sem dúvida que as recomendações para a prática do exercício físico como
meio de prevenção da doença se encontram largamente demonstradas em
estudos cientificamente comprovados podendo hoje afirmar-se que as grávidas,
as crianças, os adolescentes, os idosos as mulheres têm hoje a ganhar com a
actividade física regular, intensa e duradoura.
O desporto emanação dessa prática que se recomenda no pleno respeito das
regras do “fair play”, da socialização obriga-nos em termos médicos a acautelar
alguns procedimentos. As preocupações de uma prática desportiva saudável
colocam-nos questões de segurança na avaliação pré competitiva e
acompanhamento de atletas quer no terreno quer na assistência clínica, na
estratificação do risco, na prescrição da modalidade desportiva adequada às
patologias de base ou mesmo na melhoria da performance do desportista (com
testes cada vez mais sofisticados).
Em Portugal, como no resto do mundo civilizado a ideia de vencer e gerar
campeões obriga a um constante e redobrada energia aos atletas pelas
exigências de alto nível.
O contributo da medicina desportiva situa-se pois na confluência de todos
aqueles que no movimento associativo, na escola, no trabalho, nas autarquias
se revêem numa prática desportiva segura e competitiva.
As disciplinas que a medicina desportiva agrega ao seu redor são sérias mais
valias para o desportista no seu desempenho pelo que as propostas
profissionais se nos afiguram como irrecusáveis.
Os modelos mais ajustados devem ser considerados de acordo com as
diferentes realidades do país. Parece contudo que a exiguidade de recursos
financeiros impõe a repartição de responsabilidades pelos atletas
individualmente ou suas famílias, clubes associações ou federações, autarquias
e escolas.
Desta forma e tendo em conta as possibilidades de cada região e as sinergias
aí criadas parece útil encontrar com os próprios serviços de saúde a
possibilidade de realizar melhorias de economia de escala que possam de igual
modo reverter para os utentes do Serviço Nacional de Saúde a melhoria no
combate às morbilidades identificadas com o sedentarismo.
A medicina desportiva e os seus profissionais podem e devem contribuir para a
reforma do sistema desportivo proporcionando a prática saudável e exigente
que na actualidade se requer para Portugal.
CARLOSVINAGRE
Médico especialista em medicina desportiva
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