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65 PD Oliveira, BP Soares, AMM Santiago, RLS Rodrigues, RIFM Chaves, CS Oliveira
Uso do antígeno prostático específico na detecção
do câncer de próstata
Pablo Dias Oliveira¹
Bruno Porto Soares¹
Anthony Magalhães Morais Santiago¹
Ronneo Lúcio Silva Rodrigues2
Renata Inez de Freitas Marques Chaves3
Christiano Simões de Oliveira4
¹ Graduandos do curso Médico das Faculdades Unidas do Norte de Minas –
FUNORTE.
2
Fisioterapeuta. Graduando do curso Médico na FUNORTE.
3
Odontóloga. Graduanda do curso Médico na FUNORTE.
4
Médico Urologista, especializado no Hospital Evangélico de Belo
Horizonte.
Autor para correspondência:
Pablo Dias Oliveira
Rua Gabriel Passos,
nº 130, apto. 502, Centro
Montes Claros, MG, Brasil
CEP 39400-112
E-mail: [email protected]
Resumo
Introdução: O Antígeno Prostático Específico (PSA) se trata de
uma protease produzida quase exclusivamente pelas células
epiteliais da próstata, cuja função consiste em liquefazer o
esperma. Esse antígeno foi identificado no soro de pacientes
com neoplasia de próstata em 1980, estando disponível o
primeiro ensaio desse antígeno (ELISA) logo após essa data. O
PSA é órgão-específico, mas não é câncer-específico. Este pode
estar aumentado por hiperplasia prostática benigna, prostatite,
infarto e ejaculação. Objetivo: Avaliar o uso do antígeno
prostático específico na detecção do câncer de próstata.
Material e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura
Edição Especial
PD Oliveira, BP Soares, AMM Santiago, RLS Rodrigues, RIFM Chaves, CS Oliveira
realizada nas bases de dados SciELO e LILACS, realizada no período de Maio à Junho de 2014,
sendo utilizados 16 artigos. Resultados/Discussão: Em 1986, o FDA (Food and Drugs
Administration) aprovou a dosagem plasmática de PSA para monitoração da neoplasia prostática.
Em 1994, essa dosagem foi aprovada para detecção precoce dessa neoplasia, em conjunto com o
toque retal. Não se recomenda fazer uma abordagem simplificada frente aos exames plasmáticos
de PSA, uma vez que tal fato pode levar a retardos no diagnóstico, em virtude de que 20 a 40% dos
pacientes com câncer de próstata confinado ao órgão apresentam um valor de PSA de 4ng/ml ou
menos, valor considerado ponto de corte. Quando o PSA estiver acima de 10 ng/ml há indicação
formal para biópsia. Para valores entre 4-10 ng/ml deve-se também levar em consideração a
velocidade do PSA, o volume da glândula prostática (densidade do PSA), uso de valores de
referência ajustados à idade, e a razão entre PSA livre e ligado no plasma. A aplicação do teste de
PSA aumentou significativamente a taxa de detecção de câncer de próstata. Teste feito com 1.282
pacientes, com idades entre 43 e 93 anos, constatou que, entre os que apresentavam o câncer, 24
(1,87%) detinham nível de PSA igual ou inferior a 4ng/ml, enquanto 342 (26,6%) possuíam nível de
PSA entre 4-10 ng/ml. Conclusão: Conclui-se que quando o PSA é utilizado como uma ferramenta
de rastreio, a taxa de detecção de câncer prostático em pacientes com níveis de PSA superior a 4
ng/ml não é elevada como esperado, de modo que o teste tem uma especificidade baixa para a
detecção do câncer da próstata. Portanto, o PSA plasmático, por si só, não pode ser usado para
detecção precoce de câncer de próstata. É útil quando combinado ao exame retal e à
ultrassonografia. As mensurações seriadas de PSA são de grande valor na avaliação da resposta à
terapia (indicativo de doença recorrente ou disseminada).
Revista Norte Mineira de Enfermagem. 2015; 4(Edição Especial):65-66
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