DOSSIER Instalação de consultórios A importância do espaço Há cada vez mais médicos dentistas que decidem renovar o seu consultório, ainda assim «são poucos», queixam-se algumas empresas do sector. Remodelar um determinado espaço pode ser a resposta certa à concorrência e aos nichos de mercado que vão surgindo. Ter o melhor equipamento, dentro de um espaço moderno e confortável, deixou de significar um luxo para ser uma necessidade. imagem não é tudo», diz Jacqueline Mantinhas. Radicada em Lisboa, mas com origens brasileiras, a médica dentista garante que, «surgem cada vez mais consultórios que, por preços inferiores, garantem o mesmo serviço, em « A unidades, o paciente sente-se em segurança e bem recebido. Não será a imagem importante? «É fundamental que um consultório preencha os melhores requisitos, tenha bom equipamento, um espaço acolhedor e seja esteticamente agradável. Já lá vai o menos tempo. São locais modernos, muito bem apetrechados e confortáveis, mas que carecem de um serviço de qualidade. A factura final é menor do que na porta ao lado, porém o resultado pode não ser o melhor», assegura. O que é certo é que nestas tempo das salas frias e insensíveis, com cheiro a desinfectante e sem personalidade. É necessário dar um toque de elegância, até para desfazer a imagem negativa que estava associada a esta prática», defende Mário Souto, médico dentista no Porto. «Não chega a Medicina Dentária ser menos invasiva e dolorosa. A imagem de um consultório também conta», defendem médicos dentistas e empresas de instalação, remodelação e mobiliário de clínicas dentárias SO Julho-Agosto 2007 32 DOSSIER Há cerca de três anos, Mário Souto quis aperfeiçoar o serviço que prestava, transmitindo uma nova impressão àqueles que o visitavam. «Não tinha falta de pacientes, nem era isso que me preocupava», garante. «Sempre me dei bem com toda a gente, mas a verdade é que não bastam os nossos sorrisos e o bom serviço que prestamos, é necessário que todos percebam que ir ao médico dentista não é uma solução de último recurso,em caso de dor e de problemas graves de saúde oral: é possível, simplesmente, fazer um check up, branquear um dente ou esclarecer uma dúvida quanto a um tratamento. Ora, nesses casos, quando mais agradável for o espaço, maior desejo terá o paciente de regressar», sintetiza. A lei que não existe Além da simples mudança visual, há mais motivos que Através de técnicas de desenho a três dimensões é possível elaborar um projecto antes de o pôr em prática. Algumas empresas fornecem este tipo de serviço que permite articular regras básicas de ergonomia e segurança, bem como seleccionar melhor os materiais, cores e objectos necessários e de decoração levam os médicos dentistas a colocarem a hipótese de recuperarem um espaço, como a renovação do equipamento. «Quando adquiri o consultório, constatei que os anteriores donos não usavam algumas tecnologias mais evoluídas e não cumpriam algumas regras, como ter uma salinha de esterilização separada. Antes, funcionava tudo no mesmo sítio, agora o trabalho está mais organizado», relata Flora Almeida, médica dentista de Coimbra. Teve a sorte de poder adquirir, pouco tempo depois de terminar o curso, há quatro anos, duas clínicas próprias, em Soure e outra em Ancião, no concelho de Coimbra. Em ambos os locais acabaram por fazer obras, apesar de algum equipamento ter sido reaproveitado. «É uma questão de gestão financeira. Tinha necessidade de fazer uma série de obras importantes, mas também não tive um orçamento milionário para criar tudo de raiz. Isso seria óptimo», reconhece. Sem cheques em branco, Flora Almeida deu prioridade aos objectos mais importantes, como a cadeira do paciente, o RVG e os raios X. «Em termos estéticos fiz alguns melhoramentos, mas não foram obras Alguns conselhos De acordo com os dados da Direcção-Geral da Saúde, «o ratio população/médico dentista, em Portugal, situar-se-á em cerca de um clínico por cada 1.350 habitantes. «Um dos mais elevados da Europa e mais do que suficiente para as necessidades do país», reconhece a Ordem dos Médicos Dentistas. A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) lembra, ainda, que se se considerar que «Portugal tem um dos menores poderes de compra da União Europeia (calcula-se que 40% da população não tem capacidade económica para aceder ao dentista no sector privado), o mercado terá que se readaptar», escreve um relatório da ANJE. A maioria das empresas que fornece serviços nestas áreas considera a parte financeira como o principal factor de decisão quando um médico dentista pensa em edificar ou remodelar o seu consultório. Por isso, muitas apresentam nos seus catálogos soluções económicas e menos dispendiosas. Elaborar um projecto num curto espaço de tempo é uma forma de reduzir custos, como os chamados “projectos chave na mão”, onde todo o serviço é assegurado por uma única entidade que, perante os pedidos do clínico, elabora um projecto, um orçamento, executa-o e, muitas vezes, faz a manutenção. Um processo que se desenrola por meio de parcerias com empresas construtoras, de materiais e consumíveis. Outra das soluções também muito utilizada é a prestação de serviços numa clínica de saúde. Uma determinada empresa fornece o espaço, a recepção, assistência técnica, esterilização, enfermagem, em troca de uma mensalidade, por exemplo, o que pode ser uma alternativa para início de carreira. A variedade é muita e o melhor conselho é informar-se antes de avançar com o quer que seja. “Quem não arrisca não petisca”, diz o ditado, mas “quem vai ao mar avia-se em terra”. SO Julho-Agosto 2007 34 profundas, porque o gabinete já estava bem adaptado». Mas nem sempre é assim e erguer tudo de novo pode ser a única solução. «O primeiro passo deverá ser escolha do local, no caso de uma instalação. Deve ser uma clínica visível ao nível do solo, devido a aspectos legislativos e de comodidade dos clientes. Por causa do aumento do número de profissionais no mercado, a localização é extremamente importante», refere uma das empresas do sector, contactadas pela revista SAÚDE ORAL. «No caso de um meio interior, deve-se ter em atenção o número de clínicas existentes, pois tudo vai depender dos primeiros tempos: caso a fase inicial não seja promissora, vai ser muito difícil no futuro recuperar, visto nesses meios a população não aumentar muito». Em meios populacionais maiores, a mesma fonte lembra que «o público-alvo poderá servir para escolher o rumo a dar à clínica. Mesmo que o início não seja auspicioso, as perspectivas futuras melhoram com estratégias bem definidas. Tudo depende do projecto, empenho e trabalho do director clínico». Existem, ainda, alguns requisitos legais, embora em Portugal se viva uma situação caricata: «não há, no país, qualquer unidade licenciada devido à impossibilidade de constituição de comissões e, consequentemente, da elaboração do manual de boas práticas, em resultado das discordâncias entre os vários intervenientes no processo, como a Ordem dos Médicos, Ordem dos Médicos Dentistas e associações de odontologistas», afirma um estudo da Entidade Reguladora da Ao nível da remodelação dos móveis, podem-se obter grandes melhorias em ergonomia e design, dada a constante inovação dos materiais usados, e das novas técnicas industriais que são utilizadas no fabrico Saúde (ERS) (ver caixa Os Aspectos Legais). Um responsável empresarial aconselha: «os profissionais que querem instalar ou remodelar as suas clínicas devem procurar ajuda e aconselhamento para os aspectos legais. A actividade diária na clínica não permite disponibilizar muito tempo para esses assuntos e, por isso, deve-se delegar essa responsabilidade a uma empresa ou responsável especializado na matéria», sugere. «Com essas garantias, pode-se arrancar com o projecto, privilegiando o aspecto visual, a organização e a prontidão de serviços», explica uma outra empresa especializada na instalação de clínicas dentárias que, não obstante, avisa que o orçamento disponível é preponderante. «Tanto na instalação como na remodelação deve-se realizar uma análise de custos bastante precisa». As preocupações estéticas De acordo com a opinião da maioria dos médicos dentistas e empresas de instalação de clínicas, Portugal tem um potencial de crescimento neste sector de cerca de 50%. «Os consultórios podiam ou deviam sofrer remodelações para se adaptarem ao nossos tempos. O problema é a falta de dinheiro», esclarece o porta-voz de uma empresa de equipamentos médico-dentários. «Era bom que o mercado estivesse em mutação, pois existem DOSSIER Os aspectos legais muitos consultórios com móveis remediados para determinadas situações, ou construídos em materiais que não garantem a higiene nem o bom funcionamento que devem ter, que rapidamente se estragam e não transmitem a arrumação, limpeza e funcionalidade que deveriam», refere uma especialista em design de equipamentos. Ao contrário do que acontece em Espanha, onde o mercado «é muito mais interessante», o nosso país é pequeno e isso reflecte-se na capacidade económica. Para um dos empresários auscultados, «de facto não faz sentido, em alguns locais, investir em grandes projectos As clínicas ou consultórios dentários são, segundo a legislação em vigor, «unidades ou estabelecimentos de saúde privados que prosseguem actividades de prevenção, diagnóstico e tratamento das anomalias e doenças dos dentes, boca, maxilares e estruturas anexas». Curiosamente, há falta de consenso entre a Ordem dos Médicos, Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) e associações de odontologistas, o que provoca a situação insólita de inexistência de licenciamento nestes espaços. Neste quadro, aplicam-se as regras do decreto-lei 13/93 de 5 de Janeiro de 1993, que regula a criação e fiscalização das unidades privadas de saúde. O decreto-lei 233/2001 de 25 de Agosto de 2001, estabelece o regime de licenciamento e de fiscalização das clínicas e dos consultórios dentários. No caso de ser um consultório, necessita de apenas uma assistente. Caso se opte por uma clínica dentária, deverão ser incluídos dois ou mais gabinetes dentários com dois ou mais médicos dentistas de várias especialidades, e que necessitarão de mais assistentes. Normalmente, deve existir um assistente por cada clínico. A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) elaborou um guia prático intitulado “Como Criar uma Clínica Dentária” e que pode ser útil para quem está a iniciar a sua carreira como médico dentista independente. Como recorda o documento, antes de mais, o profissional «deve estar inscrito na OMD e dispor de pessoal de atendimento e de assistência dentária». Mas não basta. Aqui ficam alguns conselhos. - As instalações devem situar-se em meios físicos salubres, de fácil acessibilidade e que disponha de infra-estruturas viárias, de abastecimento de água, de sistema de recolha de águas residuais e de resíduos, de energia eléctrica e de telecomunicações de acordo com a legislação em vigor. - É importante que haja, no mínimo, uma área clínica composta por gabinete clínico e sala de esterilização, e uma área não clínica que compreenda um sector de recepção e atendimento de utentes e sala de espera com instalações sanitárias. - Deve existir um director clínico, que deve ser ou formado em Estomatologia ou em Medicina Dentária. - É o director-técnico que terá que elaborar um regulamento interno. - Do lado exterior, a clínica tem que estar identificada com o nome e habilitação profissional do director clínico. - A existência de livro de reclamações de modelo normalizado é obrigatória. Fonte: ANJE arquitectónicos ou de equipamento topo de gama, visto a amortização desses projectos nunca vir a realizar-se. Penso que cada caso deve ser adaptado à realidade financeira do meio onde estão inseridos. Hoje em dia existem, também, créditos bancários, mais ou menos flexíveis, para cada obra. Penso que se deve, primeiro, analisar qual é objectivo final do projecto e do serviço que se pretende prestar», acrescenta o mesmo responsável. O médico dentista é, invariavelmente, um empresário com um negócio para gerir, mas é, igualmente, um prestador de cuidados de saúde. O objectivo é Raios X, cadeira, lâmpada de branqueamento, sistema de aspiração, compressor, máquina de vácuo… a lista de aparelhos é infindável. Antes de os comprar, faça uma lista e compare preços SO Julho-Agosto 2007 36 servir melhor o paciente e para isso basta investir no bem-estar tanto do indivíduo, como do profissional. «Eliminando equipamento obsoleto, por exemplo, ganha-se uma maior eficácia no tratamento do paciente e conforto de trabalho. É um ganho para ambos. Actualmente, não nos podemos dar ao luxo de dispensar pacientes só porque um equipamento está avariado. No caso de instalações antigas, a remodelação faz todo o sentido», alega Flora Almeida. Opinião partilhada por Lopes Machado. Em exercício há mais de 20 anos, o médico dentista do Porto passou por vários processos de remodelações. Primeiro, instalando o seu consultório, em 1986, e, depois, efectuando obras regulares (as últimas há dois anos). «Os olhos também comem e o aspecto, a cor, a luz interior, DOSSIER são preocupações dos nossos dias. Surgem, constantemente, conceitos novos, que inovam nos materiais e nas formas de apresentação. O meu consultório, por exemplo, tem o chão cor de laranja e um dos aparelhos é amarelo. Mais colorido seria impossível», brinca. Uma realidade bem diferente de há algumas décadas, quando a funcionalidade era, praticamente, o único requisito exclusivo de funcionamento das clínicas dentárias. «Quando criei o consultório, a minha preocupação máxima era pôr a maquinaria a funcionar. O chão era em cortiça, as paredes laváveis, algo que condizia com a época», lembra. Em Vizela, o médico dentista abriu, este ano, mais um consultório onde «o chão é cor-de-rosa e os equipamentos mais claros. Tudo depende do gosto da pessoa e do ambiente em que se está inserido e do sinal dos tempos». Outros pormenores podem contactados pela SAÚDE ORAL. Até porque, como defende Lopes Machado, «as preocupações pelo aspecto evoluíram muito, mais até que os próprios equipamentos. Para mim, os aparelhos que uso hoje são, na generalidade, idênticos aos do passado. A mecânica é semelhante, apenas foram introduzidas alterações à medida que a legislação impôs novos requisitos. Isso aconteceu com os separadores de amálgama, que não existiam e agora fazem parte de todos os aparelhos», exemplifica. De resto, as aplicações informáticas e as novidades digitais são as grandes promessas para o futuro desta e de quase todas as áreas profissionais. Para um porta-voz da Associação Nacional de Jovens Empresários, «apostar nos nichos de mercado tem sido uma das formas utilizadas para vencer no meio. Recentemente, surgiram as clínicas de luxo, que fazer a diferença, como a música, a existência de televisão, livros, quadros, «objectos que desviem a atenção do paciente, para que, por momentos, deixe de pensar no problema que ali o traz», sugere um porta-voz de uma das empresas que fornece serviços nesta área. Lopes Machado recorda: «tive pacientes que quando entravam no meu consultório pediam sempre músicas dos Pink Floyd. Eu nunca me importo, até porque durante as cirurgias tenho sempre música de fundo. Uma prática cada vez mais comum», frisa. A evolução dos tempos A adaptação tecnológica e estética é uma consequência obrigatória, «à qual os médicos dentistas não podem passar indiferentes», como assumem, unanimemente, os médicos dentistas O médico dentista é, invariavelmente, um empresário com um negócio para gerir, mas é, igualmente, um prestador de cuidados de saúde SO Julho-Agosto 2007 38 tratam os pacientes com requinte e massagens shiatzu antes de uma cirurgia, e há já clínicas de serviços rápidos, que branqueiam os dentes, fazem uma destartarização, ou colocam um piercing, numa questão de minutos, a preços mais acessíveis». Neste tipo de consultórios, exclusivamente estéticos, a escassez de aparelhos é a imagem de marca. Em comum com os consultórios dentários tradicionais, apenas têm a cadeira articulada. Falta o cheiro característico dos produtos de desvitalização e as batas brancas. As novidades são muitas e cada empresa faz a sua aposta. Existem, por exemplo, máquinas que produzem aromas frescos, citronados, antipânico, happy mind, entre outros. Outros adquirem os melhores aparelhos da Era digital, como os ortopantomógrafos, sistemas de imagem a três dimensões, os tomógrafos, e outras estruturas específicas para as áreas dentária e maxilofacial. Os mais higiénicos, «têm à sua disposição uma linha de toalhetes húmidos, quentes e esterilizados, à base de ultravioleta para um maior cuidado na desinfecção». Finalmente, no mobiliário, há gavetas que abrem e se fecham sozinhas, com amortecedores e corrediças automáticas que deslizam suavemente, elementos superiores elevatórios possíveis de personalizar com imagens de pessoas, que humanizam e divertem o consultório, que arrumam e arrecadam todos os consumíveis sem que estes estejam à mostra; tampos e bancadas sem juntas e poros, sendo possível a desinfecção e esterilização total, por exemplo. Portugal e o estrangeiro A Medicina Dentária em Portugal sempre foi conhecida por não andar a reboque dos países mais evoluídos. Contudo, neste caso, algumas novidades correm o risco de chegar tarde, embora tudo dependa da apetência dos mercados. «Na montagem de clínicas, o médico dentista português prefere o chamado sistema de mangueiras em colibri, ao contrário de alguns países da Europa, como a Alemanha, ou da Ásia e dos Estados Unidos, que utilizam o sistema de mangueiras suspensas», esclarece um especialista em equipamentos. O que parece semelhante na maioria dos países é a vontade de branquear os dentes, «um sector que tem bastante procura», garante. Outro responsável corrobora: «estamos a acompanhar a Europa nesse sentido, mas, em muito menos número, agora é que se começa a notar a aposta na qualidade em busca da diferenciação, que há uns anos era completamente inexistente». Segundo esta empresária, «começa a haver cada vez mais preocupações de ergonomia e design por parte dos profissionais de saúde que queiram montar ou remodelar uma clínica privada. E os produtos tendem a acompanhar o desenvolvimento existente a nível dos materiais e conceitos modernos. Normalmente o clínico que aposta num atendimento personalizado, distinto e num segmento mais elevado, também se preocupa com a estética e o design do seu consultório, porque hoje não é só o acto médico que faz a diferença, é todo o serviço e a qualidade do ambiente criado no consultório que permitem que os doentes e os profissionais que nele operam se sintam bem». Já lá vai o tempo em que equipar um consultório «custava 200 contos», como recorda Lopes Machado. Hoje, os números podem ultrapassar os milhares de euros, mas também os limites e as exigências são diferentes. «Quando dei aulas de Prótese Fixa, lembro que os meus alunos já levavam consigo uma postura de modernidade e olhavam o futuro de uma forma diferente, mais aguerrida». Muitos, provavelmente, terão as condições económicas que possibilitaram a Lopes Machado iniciar a sua carreira nos anos 80. «Sempre tive um consultório de elite. Adquiri exames de pantografias, consultórios independentes e os panorâmicos que eram, praticamente, inexistentes em Portugal, e por aí fora. É uma aposta que se faz e não estou nada arrependido no investimento e nas decisões que tomei». No novo consultório que montou, em Vizela, a 50 quilómetros do Porto, o médico dentista repetiu a receita: todos os aparelhos são completamente digitalizados e possui toda uma panóplia de instrumentos de diagnóstico e imagiologia topo de gama. «Não vale a pena escondermo-nos no casulo do tempo. Há que olhar a realidade de frente. É certo que a concorrência é feroz e a procura não está a acompanhar o crescimento da oferta. Reinventarmo-nos faz parte da vida e é a chave do sucesso», concluiu um dos empresários.