Apresentação do PowerPoint

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude
Secretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Projetos e Capacitação
Centro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)
CURSO
ATUALIZAÇÃO SOBRE A
ORGANIZAÇÃO E OFERTA DOS
SERVIÇOS DE PROTEÇÃO SOCIAL
ESPECIAL
Módulo I
Facilitador(a): Lídia Lira
O Curso
A estruturação do SUAS e a consolidação
da
PNAS
estão
intrinsecamente
relacionados
as
práticas
dos
trabalhadores e gestores do SUAS que
deve
repercutir
diretamente
na
compreensão,
participação
e
protagonismo das famílias contempladas
pela política de Assistência Social. Nesse
sentido, O Curso atualiza o debate e
intensifica o compromisso com a
produção de proteção social especial na
perspectiva
da
integralidade
das
proteções
afiançáveis
e
da
intersetorialidade aproximando o pensado
do vivido numa ação em Rede.
Objetivo Geral
Desenvolver competências em gestores e
técnicos da gestão estaduais, distritais e
municipais para o desenvolvimento de
atividades inerentes à função da Proteção
Social Especial .
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL NO SISTEMA ÚNICO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS
Módulo 1
ch 12 horas
Seg / ter
Unidade I - INTRODUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAL SOBRE
A PROTEÇÃO SOCIAL
• PROTEÇÃO SOCIAL NA HISTÓRIA DO BRASIL;
• PROTEÇÃO SOCIAL PARA ALÉM DA ASSISTÊNCIA SOCIAL;
• INTERSETORIALIDADE E A TEORIA SISTÊMICA
FUNDAMENTANDO AS AÇÕES EM REDE.
Unidade 2 - PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL NO ÂMBITO DO
SUAS
• CONCEPÇÃO DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL,
CONCEITOS CENTRAIS PARA A OFERTA E SUA
IDENTIDADE NOS PROCESSOS E PROCEDIMENTOS
TÉCNICOS ( PÚBLICO ALVO E CARACTERÍSTICA DO
ATENDIMENTO )
• INTEGRALIDADE DAS PROTEÇÕES AFIANÇÁVEIS
(MATRICIALIDADE SOCIO FAMILIAR, PARTICIPAÇÃO E
PROTAGONISMO DAS FAMÍLIAS E USUÁRIOS,
AUTONOMIA E VÍNCULO).
GESTÃO DA REDE DA PSE
Módulo 2
ch 12 horas
Terça/quar
Unidade 1 - A GESTÃO DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
• O PAPEL DO ÓRGÃO GESTOR E DA COORDENAÇÃO DAS
UNIDADES NA PROTEÇÃO SOCIAL
• ESPECIAL
• MODELO DE GESTÃO NA PERSPECTIVA DA
INTEGRALIDADE DAS PROTEÇÕES E DA PARTICIPAÇÃO
ATIVA DOS(AS) USUÁRIOS(AS) E DOS PARCEIROS;
• VIGILANCIA SOCIOASSISTENCIAL E A PRODUÇÃO DE
INFORMAÇÃO PARA SUBSIDIAR A PROTEÇÃO SOCIAL
ESPECIAL - PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO,
AVALIAÇÃO E ANÁLISE DOS PROCESSOS.
Unidade 2 - RELAÇÕES INTERSETORIAIS COM OS SISTEMAS
DE JUSTIÇA E DE GARANTIA DE DIREITOS
Campos comuns e núcleos específicos das políticas sociais e
dos Sistemas de justiça e de garantia de direitos;
Metodologia de trabalho na perspectiva da
intersetorialidade
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL NO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL – SUAS – Objetivos módulo 1
• Compreender os principais conceitos que envolvem as
expressões da questão social no Brasil.
• Compreender a importância da política de seguridade social
como estratégia de cobertura de riscos e vulnerabilidades sociais.
• Conhecer os antecedentes históricos da constituição do
Sistema de Proteção Social no Brasil.
• Compreender o papel da assistência social enquanto política de
proteção social não contributiva e de garantia de direitos
assegurada na Constituição Federal de 1988.
• Identificar os objetivos e as seguranças socioassistenciais
afiançadas pela política de assistência social.
• Definir e distinguir os níveis de proteção social previstos na
Política Nacional de Assistência Social – PNAS/04.
• Conceituar a proteção social especial no âmbito da política de
assistência social, demarcando sua conformação e especificidades.
• Identificar os fundamentos, objetivos e alcances da proteção
social especial na perspectiva coletiva.
• Identificar a relação dos serviços da proteção social especial com
os públicos que, historicamente, sofrem com a ausência de
proteção social e acesso a direitos sociais.
PRA COMEÇO DE CONVERSA ...
Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos. E é
como sujeito e somente enquanto sujeito, que o
homem pode realmente conhecer.
Paulo Freire
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL NO SISTEMA ÚNICO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS
Módulo 1
Questões
chaves
Qual o modelo de proteção
construído na história do Brasil?
Quem produz proteção social
diferentes cenários e territórios?
social
nos
O que há de novo no modelo de proteção
social do SUAS?
Quando em nome da proteção cometemos
a exclusão ?
PROTEÇÃO SOCIAL : A CONSTRUÇÃO DE UM MODELO NO
DECORRER DA HISTÓRIA DA CIDADANIA BRASILEIRA.
(...) um modelo não tem aplicação
quando é concebido sob o
estranhamento do real. Sua aplicação
supõe conhecer fatos e fatores do real
que podem fragilizá-lo, isto é, que
retiram a força dos fatores que
estrategicamente lhe dão mais força.
Aldaisa Sposat
PROTEÇÃO SOCIAL : A CONSTRUÇÃO DE UM MODELO NO
DECORRER DA HISTÓRIA DA CIDADANIA BRASILEIRA.
O modelo de proteção social não
contributivo é uma direção , ou um
norte. Isto supõe conhecer e enfrentar
obstáculos nesse percurso e também,
não desistir da chegada pelo fato de ter
que realizar mudanças durante o
processo. Portanto...
PROTEÇÃO SOCIAL : A CONSTRUÇÃO DE UM MODELO NO
DECORRER DA HISTÓRIA DA CIDADANIA BRASILEIRA.
É preciso ter claro que a realidade e a
concretude dos fatos, não são males ou
empecilhos e sim, as efetivas configurações
ou condições com que se deve lidar. Nesse
sentido se o modelo não dá conta (em seus
elementos de base) das configurações do
real ele se transforma em discurso como
mero arranjo de palavras impactantes, mas
isto não significa o efetivo alcance de
mudanças e resultados esperados.
PROTEÇÃO SOCIAL : A CONSTRUÇÃO DE UM MODELO NO
DECORRER DA HISTÓRIA DA CIDADANIA BRASILEIRA.
Ter um modelo brasileiro de proteção social
não significa que ele já exista ou esteja
pronto, mas que ele é uma construção que
exige muitos esforços de mudanças.
O que é importante destacar na
construção desse modelo de proteção
social ?
A história da colonização, a banalização
da cidadania, as lutas sociais, as
conquistas, os desafios,
O Modelo de estado brasileiro ;
Os Territórios consolidados.
MAIS ISSO NÃO ESTÁ SOLTO NO TEMPO E
NO ESPAÇO...
O QUE INTERFERE DIRETAMENTE NO
POSICIONAMENTO
POLÍTICO
DAS
PESSOAS, DOS ORGANISMOS DO ESTADO
DE DIREITOS?
VARIAÇÕES HISTORICAS E CULTURAIS;
OFERTA
DE
BENS
MATERIAIS
E
CULTURAIS;A RELAÇÃO DE PODER QUE SE
ESTABELECE (OPRESSOR X OPRIMIDO);
PROCESSOS DE EXCLUSÃO...
QUAL A INTERFERÊNCIA DO CAPITAL NESSE
PROCESSO?
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA FRANÇA E
NA INGLATERRA TRAZ UM NOVO
PROLETARIADO COM DEMANDAS QUE
LEVAM A ORGANIZAÇÃO DE CLASSES...
SURGEM AS ENTIDADES REPRESENTATIVAS
E INDICATIVOS DE UM MODELO DE ESTADO
“DEMOCRÁTICO”.
TEMPESTADE DE IDEIAS RECONHECENDO O
TERRITÓRIO?
QUEM PRODUZ PROTEÇÃO SOCIAL NO
MUNICÍPIO?
PROTEÇÃO SOCIAL
A proteção social não é objeto de definição
consensual. Há diferenças expressivas entre
as experiências nacionais e suas trajetórias
históricas e institucionais. Há ainda
diferenças entre autores e correntes
analíticas quanto ao conceito, ao escopo
das ofertas, às políticas que as integram ou
sobre seu papel na regulação das
sociedades modernas.
PROTEÇÃO SOCIAL TEM RELAÇÃO DIRETA
COM O ACESSO AOS DIREITOS DE
CIDADANIA NA FORMAÇÃO INTEGRAL DO
SER, O QUE REVELA A NECESSIDADE DE
AÇÕES INTERSETORIAIS E EM REDE.
Contudo, pode-se afirmar que, iniciadas a
partir do século XIX, e se expandindo
progressivamente ao longo do século XX, a
proteção social sob a responsabilidade do
Estado é reconhecida por implementar
benefícios monetários e serviços públicos
que vem, progressivamente, sendo
associados a um sistema de obrigações
jurídicas que dão origem a novos direitos na
esfera pública: os direitos sociais.
Os sistemas de proteção social têm como
objetivo realizar, fora da esfera privada, o
acesso a bens, serviços e renda. Seus
objetivos são amplos e complexos, podendo
organizar-se não apenas para a cobertura
de riscos sociais, mas também para a
equalização
de
oportunidades,
o
enfrentamento das situações de destituição
e pobreza, o combate às desigualdades
sociais e a melhoria das condições sociais
da população (JACCOUD, 2009, p.60).
Os modernos sistemas de proteção social
não são apenas respostas automáticas e
mecânicas às necessidades e carências
apresentadas e vivenciadas pelas diferentes
sociedades. Muito mais do que isso, eles
representam formas históricas de consenso
político, de sucessivas e intermináveis
pactuações que, considerando as diferenças
no interior das sociedades, buscam,
incessantemente, responder a pelo menos
três questões: quem será protegido? Como
será protegido? Quanto de proteção?
No Brasil, a Constituição Federal de 1988
alargou o campo de responsabilidade
pública no âmbito da proteção social.
Entre outras importantes inovações no
campo social, o texto constitucional
acolheu a Assistência Social como política
pública não contributiva, colocando sob a
sua responsabilidade publica um conjunto
de temas e situações até então entendidos
como de ordem familiar ou privada.
Regulada pela Lei Orgânica da Assistência
Social, a política pública de Assistência
Social é responsável por benefícios
monetários, serviços socioassistenciais,
programas e projetos, e integra, com a
política de saúde e previdência social, a
seguridade social, direito constitucional
assegurado pela Constituição democrática
de 1988.
A política pública de Assistência Social
assegura determinados direitos de
proteção social inscritos no âmbito da
seguridade social brasileira, cuja declinação
se sustenta e se orienta pela declinação das
seguranças sociais pelas quais a política de
assistência social é responsável (SPOSATI e
REGULES, 2013, p.13).
A PNAS (2004) identifica as seguranças sob
a responsabilidade da Assistência Social, e
em torno das quais se consolida o campo
protetivo desta política:
•
•
•
•
SEGURANÇA DE ACOLHIDA;
SEGURANÇA DE CONVÍVIO;
SEGURANÇA
DE
RENDA
SOBREVIVÊNCIA;
SEGURANÇA DE AUTONOMIA.
E
A SEGURANÇA DE ACOLHIDA deve garantir
alojamento e condições de sobrevivência
para aqueles que, por quaisquer
circunstâncias, estejam em situação de
abandono ou ausência de moradia;
A SEGURANÇA DE CONVÍVIO busca impedir
o isolamento e afirmar e fortalecer relações
de sociabilidade, reconhecimento social,
troca e vivencia, seja na família ou na
comunidade;
A
SEGURANÇA
DE
RENDA
E
SOBREVIVÊNCIA implica tanto na garantia
de acesso a uma renda mínima, seja para as
famílias pobres ou para idosos ou pessoas
com deficiência, impossibilitados para o
trabalho quanto benefícios eventuais, como
nos casos de calamidade, carências ou
urgências especificas;
A SEGURANÇA DE AUTONOMIA visa atuar
na promoção do protagonismo, participação
e acesso a direitos.
PORTANTO ...
Proteção Social Social
É a garantia de inclusão a todos os cidadãos que encontram-se
em situação de vulnerabilidade e/ou em situação de risco,
inserindo-os na rede de Proteção Social local. A Proteção Social é
hierarquizada em Básica e Especial.
Proteção Social Especial
É a modalidade de atendimento assistencial destinada a famílias e
indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social
por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos,
abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de
medidas sócio-educativas, situação de rua, situação trabalho
infantil, entre outras.
São situações que requerem acompanhamento individual e maior
flexibilidade nas soluções protetivas, comportam
encaminhamentos monitorados, apoios e processos que
assegurem qualidade na atenção protetiva e efetividade na
reinserção almejada.
Os serviços de proteção especial têm
estreita interface com o sistema de
garantia de direitos, exigindo muitas
vezes uma gestão mais complexa e
compartilhada
com
o
Poder
Judiciário, Ministério Público e outros
órgãos e ações do Executivo.
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL E A
TEORIA SISTÊMICA
Proteção Social Especial de Média Complexidade
Atendimentos às famílias e indivíduos com seus direitos
violados, mas cujos vínculos familiares não foram
rompidos. Requerem maior estruturação técnicooperacional e atenção especializada e individualizada com
um acompanhamento sistemático e monitorado, tais
como:
•
•
•
•
•
Serviço de orientação e apoio sociofamiliar;
Plantão social;
Abordagem de rua;
Cuidado domiciliar;
Serviço de habilitação e reabilitação na comunidade
das pessoas com deficiência;
• Medidas socioeducativas em meio-aberto (PSC e LA).
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL E A
TEORIA SISTÊMICA
Proteção
Social
Especial
de
Alta
Complexidade
Garantem proteção integral - moradia, alimentação, higienização
e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram
sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando ser
retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário, tais como:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Atendimento Integral Institucional;
Casa Lar;
República;
Casa de Passagem;
Albergue;
Família Substituta;
Família Acolhedora;
Medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade
(semi-liberdade, internação provisória e sentenciada);
Trabalho protegido.
A Teoria Sistêmica surgiu nas décadas de
40 e 50, chegando ao Brasil na década de
70. Tem suas origens na Física a partir do
pensamento sistêmico o qual entende o
mundo em constante inter-relação, onde
estamos
influenciando
e
sendo
influenciados a todo o momento por tudo
que nos rodeia (família, sociedade,
trabalho, meio ambiente, etc), direta ou
indiretamente. A proposta é olhar para as
relações (mundo externo), bem como a
forma que as pessoas se colocam nelas
(mundo interno).
A visão de mundo é holística onde o universo é uma
rede de inter-relações, no qual nada existe se não
em relação. Desse modo, o homem é parte desta
rede que está em constante mudança.
A objetividade é considerada relativa. Desta forma,
abre-se mão de verdades absolutas, e as verdades
passam a existir de acordo com a visão de cada
pessoa.
Não havendo uma objetividade, o que vemos ou
fazemos é construído com outros, na linguagem, a
partir de nosso ponto de vista. Esta concepção ética
consiste em legitimar a existência do outro e a
responsabilidade pelo agir e interagir com ele. O
mundo é o mundo que criamos com o outro, e não
o “MUNDO”. Refletir sobre a ação com o outro é o
centro da “Ética Sistêmica”.
OS SISTEMAS DENTRO DO SISTEMA ...
SISTEMA DE SAÚDE;
SISTEMA DE GARANTIA DOS DIRETIOS DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE;
SISTEMA DE EDUCAÇÃO;
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTENCIA SOCIAL.
.
As mudanças acontecem com a educação
que gera a transformação a partir da
tomada de consciência.
A Proteção Social Especial – PSE traz, na
sua essência, a defesa da educação crítica e
da conscientização sobre o processo de
exclusão social .
OFICINA 2
GT1 – IDOSOS
GT 2 – CRIANÇA E ADOLESCENTE
GT 3 – MULHERES
GT4 – PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
PRODUTO :
ALTERAÇÕES NECESSÁRIAS NA ATUAL METODOLOGIA DE
ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO NA PERSPECTIVA DO
DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES EM REDE INTERSETORIAL
Ponto de partida :
• Quais as principais causas das situações de risco em
relação ao segmento ?
o trabalho itersetorial?
• O que ameaça a integralidade das proteções sociais e a
intersetorialidade das ações?
• Quais as alternativas para alterar o cenário de
ameaças?
INTERSETORIALIDADE E AÇÕES EM REDE :
DO QUE ESTAMOS FALANDO ?
QUAL A IMPORTÂNCIA E AS PRÁTICAS
NESSA DIREÇÃO?
INTERSETORIALIDADE E AÇÕES EM REDE : DO QUE ESTAMOS
FALANDO ? QUAL A IMPORTÂNCIA E AS PRÁTICAS NESSA
DIREÇÃO?
Destaques desse processo:
Os processos de democratização política nos países
latino-americanos, somados à revitalização e ao
surgimento de novos movimentos sociais, abriram
espaço para a constituição de novos espaços
voltados para a participação da sociedade nas
esferas decisórias.
Nesse sentido, a abordagem em Rede emergiu como
um dos novos arranjos voltados para a superação da
centralização das decisões no Estado na formulação
e implementação de políticas públicas, em direção à
constituição de relações mais horizontais entre a
sociedade e o poder estatal.
REDES
A defesa das Redes de movimentos sociais
, não significa advogar em favor de sua
participação na execução de políticas, na
oferta de serviços.
É esse o diferencial nas noções de
descentralização constitucional daquela
praticada pelos neoliberais que a
entendem
como
repasse
de
responsabilidade para a sociedade civil,
como forma de desregulamentar e
flexibilizar as ações do Estado.
A maioria das concepções de Rede, em
especial no campo das políticas sociais,
remete para a noção de interconexão,
articulação,
parceria,
interação,
cooperação
entre
organizações
governamentais e não governamentais,
portanto, na defesa do pluralismo de bemestar social, da corresponsabilização de
todos, não apenas do financiamento das
políticas sociais, mas na prestação de
serviços sociais e na utilização dos
recursos mobilizados por cada tipo de
organizações.
VER VENDO
OTTO LARA REZENDE
... De tanto ver, a gente banaliza o olhar... Vê não
vendo.
Experimente ver pela primeira vez o que você vê
todo dia, sem ver.
Parece fácil, mas não é...
O que nos cerca, o que nos é familiar, já não
desperta curiosidade.
O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.
Se alguém lhe perguntar o que você vê no seu
caminho, você não sabe.
De tanto ver, você não vê.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo
mesmo hall do prédio de seu escritório.
Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro.
Dava-lhe um bom dia e às vezes lhe passava um
recado ou uma correspondência...
Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele?
Sua cara?
Sua voz?
Como se vestia?
Não fazia a mínima idéia.
Em 32 anos, nunca o viu.
Para ser notado, o porteiro teve que morrer.
Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa,
cumprindo o rito, pode ser que também ninguém
desse por sua ausência.
O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
Mas há sempre o que ver.
Gente, coisas, bichos.
E vemos?
Não, não vemos.
Uma criança vê o que um adulto não vê.
Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do
mundo.
O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de
tão visto, ninguém vê.
Há pai que nunca viu o próprio filho.
Marido que nunca viu a própria mulher (e
desconhece os seus segredos e desejos), isso existe
às pampas.
Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos.
É por aí que se instala no coração o monstro da
indiferença.
O TRABALHO EM REDE PODE SER COMPREENDIDO
COMO “UMA TEIA DE VÍNCULOS, RELAÇÕES E
AÇÕES ENTRE INDIVÍDUOS E ORGANIZAÇÕES, QUE
SE TECEM OU SE DISSOLVEM CONTINUAMENTE EM
TODOS OS CAMPOS DA VIDA COTIDIANA, NO
MUNDO DOS NEGÓCIOS, NA VIDA PÚBLICA E ENTRE
ELAS” (CARVALHO, 2003, P. 1). ROSSETTI-FERREIRA E
COLABORADORES (2008)
Nessa lógica, uma rede pode ser entendida como um
sistema no qual circulam não apenas pessoas e
informações, mas também valores, crenças,
tradições e intenções. As dimensões
cultural e histórica, portanto, ganham igual
importância frente às demais.
TIPOS DE REDE
Redes primárias ou de proteção espontânea (sustentadas pelos
princípios da solidariedade e do apoio mútuo, são constituídas
pelo núcleo familiar, pelas relações de amizade e de vizinhança);
Redes sociocomunitárias (são constituídas por organizações
comunitárias, por associações de bairro e por organização
filantrópicas, que sustentadas no princípio da confiança ativa
oferecem serviços às suas microlocalidades);
Redes sociais movimentalistas (são formadas por movimentos
sociais, cujo objetivo gira em torno da defesa dos direitos, da
vigilância e da luta pela garantia da participação popular);
Redes setoriais públicas (formadas por serviços de natureza
especializada, resultantes da ação do Estado por meio das
políticas públicas);
Redes de serviços privados.
INTEGRALIDADE DAS PROTEÇÕES AFIANÇÁVEIS
SOCIAL BÁSICA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE MÉDIA E ALTA
COMPLEXIDADE
PSB
PSEM
PSEA
MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR
Sugestões Bibliograficas:
CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo:
Editora Cultrix, 2000.
RAPIZO, Rosana. Terapia sistêmica de família: da instrução à construção. Rio de Janeiro:
Instituto NOOS, 1996.
VASCONCELLOS, Maria José Esteves de. Terapia familiar sistêmica: bases cibernéticas. São
Paulo: Editorial Psy, 1995.
GOUGH,Ian; DOYAL, L. O direito à satisfação das necessidades. Revista Lua Nova, São Paulo,
pág. 97-121, 1991. IBANEZ, N; ELIAS P., VIANA A. (org) Proteção Social: Dilemas e Desafios.
São Paulo, Hucitec, 2005.
MDS/SNAS – Política Nacional de Assistência Social. Brasília,nov. 2004. site: www.mds.gob.br.
MDS/SNAS. SUAS-2012 – Norma Operacional Básico do Sistema Único de Assistência Social.
Brasília, 2012. site: www.mds.gov.br.
SPOSATI, Aldaíza. A menina LOAS. Um processo de construção da Assistência Social. São
Paulo. Cortez Ed, 2005. SPOSATI, Aldaíza. Especificidade e intersetorialidade da política de
assistência social. Revista Serviço Social e Sociedade. Cortez Ed. nº 77, p. 50-53, 2005.
SPOSATI, Aldaíza. Gestão Pública Intersetorial: sim ou não? Comentários de Experiências. In
Revista Serviço Social e Sociedade São Paulo. Cortez Ed. nº 85 março,pág. 133-141, 2006.
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