MUDANÇA DE PARADIGMA Modelo linear Relação linear entre as partes. Modelo circular (sistêmico) Constituída de partes em interação; Modelo circular (sistêmico) Constituída de partes em interação. Efeitos podem retroalimentar suas supostas causas dentro do sistema. Os observadores podem modificar, pela interação, o que estão a observar. Permite a interdisciplinariedade. A mudança de uma parte altera todas as outras partes e o sistema como um todo. Circularidade TEORIA DA COMUNICAÇÃO HUMANA Duplo vínculo Impossibilidade de não comunicar Comunicação tem aspectos de conteúdo e de relação Comunicação digital e analógica Comunicação simétrica e complementar MULTIDISCIPLINAR Crescente especialização que acompanhou o progresso científico e tecnológico; Necessidade de estabelecer interfaces entre os saberes das disciplinas INTERDISCIPLINAR Cada um com sua cota de saber não era suficiente para diminuir os prejuízos da fragmentação; necessário algo que fosse maior que a mera soma das partes; necessário a interação, a troca, o feedback entre essas partes; Interdisciplinaridade é conexão entre as disciplinas, é uma prática grupal. Transdisciplinar Visa articular uma nova compreensão da realidade entre e para além das disciplinas especializadas A equipe de saúde mental é multidisciplinar, interdisciplinar e sobretudo, transdisciplinar. intersetorialidade processos organizados e coletivos, ações deliberadas que pressupõem o respeito à diversidade e as particularidades dos atores envolvidos; interação permanente entre os diferentes segmentos; ações permitem certa superação da fragmentação de conhecimentos e das estruturas sociais, novo arranjo para intervenção e participação para resolução de questões amplas e complexas. Os espaços da intersetorialidade são lugares de compartilhamento de saber e de poder, de construção de novas formas de agir que não se encontram estabelecidas ou suficientemente experimentadas. Processos obstrutivos num grupo de trabalho Narcisismo – “não sai de dentro de si mesmo”, Inveja – sabota o grupo que participa, Arrogância – atribui-se um valor que não tem e desqualifica os outros, Servilismo interesseiro – o “bajulador”, Hipocrisia – subvertem o processo de mudança. Identificar esses comportamentos para evitar obstrução no trabalho da equipe Relações interpessoais Trabalhar as relações interpessoais objetivando minimizar o desgaste relacional (o que inclui atividades sociais); Estimular atividades relacionais que promovam a integração da equipe para se vencer a falta de diálogo entre as diferentes formações. A Equipe como um recurso valioso do serviço A organização Estilo de trabalho da equipe são variáveis determinantes para a eficácia do cuidado e para a própria saúde mental dos usuários A equipe está favorecendo ou desfavorecendo o cuidado com os usuários? Há distribuição do poder? e não sua centralização através de uma hierarquia rígida de papéis, de profissionais ou de especialidades? São valorizados os diversos saberes da equipe, a responsabilidade no cuidado e a afetividade ? Há comunicação clara e facilitada? O trabalho é coletivo, planejado junto, executado junto? O trabalho está ancorado nas necessidades dos usuários? Ou conforme as especialidades da equipe? Ou de acordo com patologias? Há socialização dos conhecimentos, troca e aprendizado na equipe? A equipe se avalia? Tem auto-crítica? Revê suas intervenções? A Equipe como um recurso valioso do serviço Atribuições básicas de uma equipe de saúde mental: A equipe atende aos usuários? Trabalha-se enquanto equipe? Favorece seu aprendizado e formação? Integra-se aos outros serviços de saúde? Integra-se à comunidade? Estas são questões podem colaborar na auto- avaliação constante das equipes Como se comunicar Ouvir atentamente, com calma; Entender os sentimentos da pessoa; Falar claro; Expressar respeito pelas opiniões, valores, cultura e hábitos; Conversar honestamente; Esclarecer o nome e a atividade do profissional que está atendendo; Ser franco, honesto, claro e não ameaçador Ser continente O que evitar Interromper muito frequentemente; Ficar chocado ou muito emocionado; Dizer que você está ocupado; Fazer o problema parecer trivial; Tratar o paciente de forma que possa colocá-lo em posição de inferioridade; Fazer perguntas indiscretas; Emitir juizo de valor Tentar doutrinar Atributos indispensáveis para os profissionais Possuir empatia Não favorecer a discriminação Aceitar novos modelos de identificação Estabelecer comunicação como emissor e como receptor Ser verdadeiro Ter senso de humor Apresentar poder de integração e síntese Desafios Atuais Profissional Formação em saúde mental insuficiente; Dificuldades para diagnosticar precocemente e lidar com recaídas e reinternações; Desconhecimento da demanda de sofrimento psíquico e de tratamento na comunidade; Agressividade, co-morbidades e complicações clínicas ÉTICA NO CUIDADO uso das emoções, da empatia, da linguagem compartilhada da escuta do outro,como recursos técnicos imprescindíveis na compreensão do outro em sua singularidade, liberdade e autonomia para tomar decisões sobre a condução de sua vida. Fatores que dificultam o trabalho da equipe Rotatividade dos profissionais e/ou número de profissionais insuficiente na unidade; Pouco conhecimento teórico; Disputa de poder entre os profissionais; Condições de trabalho precárias; Falta ou pouca interação entre os profissionais; Pouco conhecimento das ações da rede Fatores que facilitam o trabalho da equipe Reuniões de equipe regulares; Discussão de casos e elaboração de PTI; Compartilhamento do projeto terapêutico da unidade e dos projetos terapêuticos individuais; Prontuário único, com evolução por todos os profissionais; Pedir ajuda ao(a) colega sempre que for necessário: pacientes agressivos, deprimidos, desorientados, delirantes, paranóicos; intoxicados, em abstinência; Num atendimento que está difícil, chamar um(a) colega para atender em conjunto, sem se sentir diminuído com isso; Realizar os atendimentos em 2 profissionais, quando necessário; Seguir as normas do serviço, mas usar o bom senso; No atendimento em grupo, procurar fazer em cooterapia; OBRIGADA Maria Cecilia Rodrigues Heckrath Enfermeira, grupoterapeuta e tarapeuta de família Coordenação Estadual de Saúde Mental Secretaria de Estado da Saúde