1 A influência dos exercícios de Codman na síndrome do impacto no ombro um estudo restropectivo. Emmily Marques Santos1 [email protected] Luís Ferreira Monteiro Neto2 Pós-graduação em Fisioterapia em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapia Manual – Faculdade Ávila Resumo O presente artigo procurou, por meio de uma revisão bibliográfica, colocar em evidência a influência dos exercícios de Codman na síndrome do impacto no ombro e de forma sucinta, descrever anatomia do complexo articular do ombro, a complexidade da patologia síndrome do impacto no ombro com sua definição, etiologia, fisiopatologia, quadro clínico e os exercícios de Codman. Foi realizado um restropectivo baseado na literatura, fundamentada em livros, revistas científicas e pesquisa em sites de busca, coletando material bibliográfico compreendido entre os anos de 1995 até 2011, através das palavras chaves: síndrome do impacto, método de Codman, complexo do ombro, biomecânica e fisiologia articular. O método de Codman foi enfatizado nesse artigo como opção de tratamento fisioterapêutico para o alívio do quadro álgico, melhora da amplitude de movimento e ganho de flexibilidade, através de exercícios específicos. Palavras-chave: Complexo do ombro; Síndrome do Impacto; Exercícios de Codman; Fisioterapia. 1. Introdução Assim como a evolução do homem, as articulações passam por adaptações possibilitando um grande grau de liberdade da ação dos membros superiores, especialmente para os movimentos ilimitados das mãos. A estabilidade estática simples, que admitia a ação de dobradiça da articulação glenoumeral, agora está comprometida em auxiliar os movimentos da articulação, possibilitados pelas ações conjuntas e sincrônicas das articulações e músculos que compõem o complexo do ombro, na busca de condições de mobilidade com estabilidade. As ações realizadas pelo ombro são tão complexas que a limitação ou a hipermobilidade de uma de suas articulações compreendem em perda da funcionalidade das estruturas envolvidas. O ombro é considerado uma articulação complexa composta por cinco articulações e vinte músculos que proporcionam maior mobilidade do nosso corpo em relação às demais regiões, sendo a articulação mais móvel do corpo humano e também a mais instável, devido exatamente a este grande grau de mobilidade existente. É neste momento que os músculos passam a ter um papel fundamental de estabilidade, garantindo a integridade da articulação e diminuindo o processo de degeneração. A exposição ao trabalho e desordens do membro superior estão interligadas, pois são questões que pertecem a diversos países. A síndrome do impacto no ombro é uma das causas mais comuns de dor e expressa um grande impacto sócio-econômico devido à sua influência na habilidade de trabalhar. “Impacto” é atribuido à dor na região ântero-superior do ombro. Acredita-se que a dor seja decorrente de uma compressão e abrasão mecânica das estruturas subacromiais contra a superfície anterior do acrômio e o ligamento coracoacromial, principalmente durante a elevação do braço. 1 2 Pós-graduando em Fisioterapia em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapia Manual – Faculdade Ávila Mestre em Engenharia Biomédica – Universidade do Vale do Paraíba 2 A progressão da síndrome do impacto leva à perda de força e movimento, além de gerar dificuldade nas atividades diárias, como o simples ato de vestir-se. A perda de movimento pode progredir para outras patologias. A mesma trata-se de uma patologia caracterizada principalmente pela dor que pode aumentar com movimentos de acordo com o grau de inflamação. Alguns fatores contribuem para o desenvolvimento da síndrome do impacto no ombro, como má postura, alterações acromiais, encurtamento da cápsula posterior, instabilidade, alteração na cinemática escapular e glenoumeral, fraqueza muscular e sobrecarga, ou “ouveruse” secundário ao uso repetitivo e sustentado do braço durante atividades acima da cabeça. Indivíduos com patologias de ombro devem na sua maioria ser tratados por métodos não cirúrgicos. Poucos são os portadores que logo de início recebem indicação de cirurgia. O mesmo acontece com diversos pacientes que não obtiveram sucesso com o tratamento conservador. O tratamento, além das medidas gerais e uso de antiinflamatórios, consiste fundamentalmente no trabalho de ganhar amplitude de movimentos e em readquirir a força e harmonia dos músculos envolvidos nos complexos movimentos das articulações que compõem o ombro. Sendo os exercícios de Codman bastante utilizado para o ganho do arco de movimento e minimização do quadro álgico. As técnicas de Codman são exercícios que atuam com ajuda da gravidade para ocorrer à separação do úmero da cavidade glenóide durante o movimento. Tais exercícios promovem o alívio da dor através de movimentos alternados que proporcionam uma mobilidade mais precoce as estruturas articulares. Para que o tratamento fisioterapêutico na síndrome do impacto seja eficaz é necessário que o fisioterapeuta tenha conhecimento sobre o complexo do ombro, os mecanismos envolvidos nas suas disfunções e na sua evolução, avaliando a articulação minuciosamente e não de maneira isolada. Sendo as técnicas de mobilização importantes para o reequilíbrio da estabilidade do ombro, permitindo a restauração dos movimentos acessórios e globais envolvidos na dinâmica articular. 2. Desenvolvimento 2.1 Articulação do ombro O complexo do ombro é um termo utilizado para abranger todas as estruturas envolvidas com o movimento do ombro (LIPPERT, 2003). Segundo Kapandji (2000), o complexo do ombro é constituído de três ossos (úmero, clavícula e escápula), três articulações sinoviais (esternoclavicular, acromioclavicular e glenoumeral) e duas articulações funcionais (escapulotorácica e subdeltóidea). As funções desse complexo estão compreendidas em posicionar a mão no espaço possibilitando ao indivíduo interagir com o seu meio e realizar as atividades motoras finas; suspender o membro superior; proporcionar fixação suficiente para que ocorra o movimento da extremidade superior; auxiliar a elevação do braço – escapulação (DUTTON, 2006; GOSLING et al, 2009). O resultado de tais funções é um arco de movimento que ultrapassa qualquer outra articulação do corpo humano (HALL et al, 2007). O ombro é um complexo inervado principalmente pelos nervos supraescapular e axial, todos pertencentes ao tronco superior do plexo braquial e irrigado por ramos articulares das artérias circunflexas anterior e posteriores do úmero e da supraescapular. O ombro tem suporte necessário para elevar o braço comumente em todos os planos relacionados ao tronco, permitindo assim que a extremidade superior levante e sustente grandes pesos acima do plano horizontal (FONTANA, 2005). 3 As grandes amplitudes de movimento do ombro ocorrem por ação do manguito rotador e pelos movimentos da artrocinemática, definidos como deslizamento, onde a superfície articular que se move influência a direção de deslizamento, sendo conhecida como regra convexo-côncava. Entretanto, o rolamento ocorre somente em combinação com os movimentos de deslizamento e rotação, pois quando age sozinho provoca compressão nas superfícies da estrutura em ação, a combinação desses movimentos proporciona o grande arco de movimento do ombro. Dentro da artrocinemática também acontecem movimentos acessórios que não podem ser realizados voluntariamente, mas são necessários para função articular sem dor (PACHECO, 2010). 2.1.1 Articulação esternoclavicular A articulação esternoclavicular é a única que liga o complexo do ombro ao tórax, é uma articulação sinovial que funciona com três graus de liberdade, existe um disco entre as duas superfícies ósseas e a cápsula é mais espessa anteriormente que posteriormente (ANDREWS et al, 2000). Seu funcionamento é do tipo articular esferóide, formada pela parte inferior da extremidade proximal da clavícula e as partes superior e lateral do manúbrio do osso esterno (WATKINS, 2001). O aumento da sua estabilidade dá-se através da separação entre o esterno e a clavícula pelo disco articular. Os ligamentos que constituem essa articulação são: o esternoclavicular anterior e posterior que sustentam a articulação anteriormente, o costoclavicular e o interclavicular, que restringem a elevação e a depressão excessiva dos mesmos. A articulação esternoclavicular permite movimentos de elevação, aproximadamente 55o; depressão de aproximadamente 5o; protração e retração diante a posição de repouso aproximadamente 30o; rotação de aproximadamente 45o após a flexão ou abdução do ombro a 90o (PACHECO, 2010). 2.1.2 Articulação acromioclavicular A porção distal da clavícula é ligada à escápula pela articulação acromioclavicular, a qual é considerada uma articulação sinovial plana permitindo o movimento da escápula em três direções, sendo sua função primária manter a relação entre a clavícula e a escápula nos estágios finais de elevação, que acontece quando o braço é levantado para frente ou para o lado, na flexão, abdução e todos movimentos entre esses (ANDREWS et al, 2000; MAGEE, 2005). Os ligamentos acromioclavicular, coracoclavicular com a sua divisão em: trapezóide e conóide, promovem estabilidade a articulação, que permite movimentos de elevação, depressão, protração, retração e rotação (PACHECO, 2010). A articulação acromioclavicular é incongruente, visto que a inclinação das superfícies articulares varia de pessoa para pessoa. As facetas articulares dessa articulação são pequenas e possibilitam poucos movimentos, além de ter uma grande quantidade de diferenças individuais, por esse motivo os estudos são inconsistentes em identificar os movimentos e seus eixos característicos. Tal articulação tem tendência a lesões por estresse crônico devido atividades repetitivas, podendo ser atingida por fatores não-traumáticos, como artrite degenerativa e artropatia inflamatória (DUTTON, 2006). 2.1.3 Articulação Glenoumeral A articulação glenoumeral é descrita como sinovial esferóide tipo bola e soquete, possuindo quatro liberdades de movimento e uma estabilidade óssea suprida por um mecanismo harmônico e preciso de limitadores estáticos e dinâmicos (PACHECO, 2010; REGAZZO, 4 2007). É considerada a mais importante das articulações do ombro, constituída pela cabeça do úmero e pela fossa glenóide da escápula que é relativamente rasa e pequena (MALONE, 2000). O lábio glenóide é um anel de fibrocartilagem que aumenta a estabilidade da articulação glenoumeral proporcionando maior espaço articular, permitindo menos desgaste e fricção (DUTTON, 2006). A articulação também é composta por uma cápsula articular frouxa permitindo uma separação significativa das faces articulares durante o movimento umeral anterior e inferior, sendo sua força relacionada inversamente à idade, pelos ligamentos coracoumeral, glenoumerais superior, médio e inferior formando um ”z” sobre a cápsula articular e possibilitando maior estabilidade a mesma (SILVA et al, 2009). 2.1.4 Ritmo escapuloumeral O ritmo escapuloumeral ocorre com o movimento da escápula em harmônia com os movimentos do úmero, possibilitando 150 a 180 graus de amplitude de movimento no ombro para flexão ou abdução com elevação. A mobilidade varia entre indivíduos normais, a cada dois graus de movimento glenoumeral ocorre um grau de movimento escapular a partir de 30o de abdução ou flexão do ombro (HALL, 2000). 2.1.5 Articulação escapulotorácica Apesar de não ser considerada uma articulação anatômica verdadeira, pois não tem características anatômicas de uma articulação sinovial, a articulação escapulotorácica é necessária para integridade da mobilidade do complexo do ombro. Seu movimento ocorre de acordo com as ações das articulações acromioclavicular e esternoclavicular, geralmente há flexibilidade considerável de tecido mole, permitindo que a escápula participe de todos os movimentos do membro superior. A amplitude de movimento total da articulação escapulotorácica é de aproximadamente 60o de movimento para 180o de abdução ou flexão do braço (LIPPERT, 2003; SMITH et al, 1997; HAMILL et al, 2008). Conforme Dutton (2006), encontram-se diversas bolsas na articulação escapulotorácica e ao seu redor, a bolsa escapulotorácica está localizada entre o gradil torácico e a superfície profunda do músculo serrátil anterior, já a bolsa subescapular é geralmente posicionada entre a área superficial do serrátil anterior e o subescapular. A bolsa escapulotrapezial é encontrada entre as fibras médias e inferiores do trapézio e a escápula súpero-medial. As mesmas promovem um deslizamento suave das estruturas que a cercam. A inflamação de uma dessas bolsas provocam estalidos dolorosos no ângulo súpero-medial da escápula. 2.1.6 Músculos A força dos músculos do manguito rotador (subescapular, supra-espinhal, infra-espinhal e redondo menor) é de grande importância para estabilidade e mobilidade do ombro. Suas fibras musculares se encontram em proximidade da articulação e seus tendões se fundem à capsula articular. Sendo sua principal função, além de realizar rotação interna, abdução, abdução horizontal e rotação externa, é manter o úmero centralizado na cavidade glenóide e anular as forças de cizalhamento promovidas pelos músculos grande dorsal, redondo maior, deltóide e peitoral considerados motores primários. A compressão do manguito rotador pode ocorrer em atletas de várias áreas e outras atividades que envolvam o uso excessivo do braço no mesmo nível e acima de 90o de abdução do ombro (ANDREWS et al, 2000). O deltóide, o coracobraquial, o redondo maior e os músculos do manguito rotador são denominados como músculos glenoumerais intrínsecos, tendo origem na escápula e na 5 clavícula, o grande dorsal e o peitoral maior são os músculos glenoumerais extrínsecos (FLOYD et al, 2002). Somente a boa estabilidade da escápula contra o tronco é que permite a atuação do membro com destreza e força. A estabilização da mesma depende basicamente da ação muscular do trapézio, rombóides, elevador da escápula e serrátil anterior. Na posição ereta, esses músculos estão constantemente se contrapondo à ação da gravidade (PALASTANGA et al, 2000). Os vícios posturais, desvios do tronco ou posições inadequadas da escápula podem ocasionar desequilíbrios no espaço subacromial e conseqüências no seu conteúdo (bursas e tendões). Caso não ocorra movimento em alguma das articulações, mesmo nas menores (acromioclavicular, esternoclavicular) provoca sobrecarga nas outras, podendo ser a origem de lesões degenerativas ou inflamatórias dessas últimas. Estes desequilíbrios se exacerbam quando o limite fisiológico dos tecidos é ultrapassado, situação não incomum na prática de esporte ou nas lesões do tipo overuse (PALASTANGA et al, 2000). 2.1.7 Bolsas subdeltóidea e subacromial As bolsas subdeltóidea e subacromial localizam-se acima da articulação glenoumeral para evitar atrito entre as partes ósseas e os tecidos moles adjacentes (HALL, 2007). Essas bolsas são importantes no deslizamento dos tendões do músculo supra-espinhal e da cabeça longa do bíceps braquial que ocorrem abaixo do acrômio. As mesmas também fornecem nutrientes para os músculos do manguito rotador (MAGEE, 2005; ANDREWS et al, 2000). Geralmente são mencionadas como bolsa subacromial, pois na maioria das vezes são de formação contínua. Esta dispõe de duas camadas serosas lisas, uma é fixada ao músculo deltóide e a outra ao manguito rotador, estando interligada ao acrômio, ao tubérculo maior e ao ligamento coracoacromial, sendo uma das maiores do corpo humano (DUTTON, 2006). 2.2 Síndrome do Impacto Para Mendonça et al (2005), a articulação do ombro é uma região que pode ser acometida por uma variedade de lesões com causas diversas. Os distúrbios causados são raros antes dos 40 anos e aumentam continuamente depois de 50 anos. Atualmente, lesões originadas de atividades repetitivas e movimentos exagerados tornaram-se acontecimentos comuns na vida de pessoas que realizam trabalhos que necessitam de tais esforços. A síndrome do impacto é a segunda maior incidência de queixa das doenças musculoesqueléticas (SOUZA, 2001). Existem diversas patologias relacionadas à articulação do ombro, nas quais podemos classificá-las por: lesões decorrentes do esporte, lesões por acidente automobilístico, dentre outras. Uma importante doença que acomete o ombro é a síndrome do impacto, sendo descrita como uma síndrome dolorosa do ombro, de natureza micro traumática e degenerativa, acompanhada ou não, pela diminuição da força e caracterizada por tendinite do manguito rotador que dependendo da fase clinica pode haver ruptura parcial ou total de um ou mais tendões (LASMAR, 2002). Neer foi quem individualizou a patologia “Impingement Syndrome” em 1972. A tradução “Síndrome do Impacto” foi proposta no Brasil pelo Prof. Dr. Arnaldo Amado Ferreira Filho a partir de 1986, atualmente aceita pela maioria dos estudiosos das afecções do ombro (SILVA et al, 2009). A síndrome do impacto no ombro é uma das principais patologias que causam dor no ombro, podendo levar a redução da função desta articulação e da qualidade de vida (MARCONDES et al, 2011). Segundo Weinstein et al (2000), o processo contínuo de passagens do manguito rotador sob o 6 arco coracoacromial resultam na irritação progressiva do tendão supraespinhal, levando ao aumento da espessura da bursa subacromial por fibrose, reduzindo cada vez mais o espaço comprometido. Dessa forma é possível observar a relação entre a compressão e a degeneração do manguito rotador, que através do uso excessivo do membro superior em elevação choca-se contra a parte ântero-inferior do acrômio, ligamento coracoacromial e a articulação acromioclavicular, além de poder lesar a cabeça longa do bíceps e a bursa subacromial favorecendo o surgimentoda síndrome do impacto. Há outras diversas formas que levam a síndrome do impacto, como indivíduos com o acrômio plano e pouca inclinação, presença de esporões na articulação acromioclavicular ou cabeça umeral posicionada mais superiormente, formas acromiais curvas e ganchosas, fraqueza do manguito rotador (HALL, 2007; BROWN et al, 2001). De acordo com o que já foi exposto, a falta de moderação da atividade do membro em flexão anterior ou abdução predispõe o impacto, dessa forma podendo acometer indivíduos jovens, com idade inferior a 20 anos, devido fatores biomecânicos segundo o trabalho realizado, como nos casos de carregamento de carga excessiva, vibrações e flexão com abdução dos braços por longos períodos (CAMARGO et al, 2007). 2.2.1 Quadro Clínico O quadro clínico varia conforme a fase de evolução da patologia, sendo a dor e a consequente limitação funcional compreendidas independentes da fase de progressão da doença. As fazes clínicas são descritas frequentemente da seguinte maneira: a fase I é caracterizada por quadro álgico devido esforço prolongado, no esporte ou profissão, sendo a tal reversível através de repouso, ocorre na faixa etária abaixo dos 25 anos, com possível edema e hemorragia ao nível da bolsa e tendões; na fase II, nota-se um processo inflamatório seguido por fibrose e espassamento da bolsa subacromial, além de tendinite no manguito rotador, sendo observada em indivíduos entre 25 e 40 anos; finalmente, na III fase é característico dor constante e perda da força de elevação do membro superior, devido a lacerações parciais ou totais de um ou mais tendões do manguito rotador ou bíceps braquial, ocorrendo com mais freqüência em indivíduos a partir da 4a década de vida (NEER, 1995; LIMA et al, 2007; SOUZA et al, 2009). 2.2.2 Diagnóstico O diagnóstico da síndrome do impacto no ombro é essencialmente fundamentado na tríade anamnese, exame físico e exames de imagens. Através da anamnese pode ser descoberto normalmente que o intivíduo sente dor no ombro, geralmente difundida para o trapézio superior e para face lateral do braço acometido. O quadro álgico pode ser contínuo ou intermitente e diária, ocorrendo principalmente à noite. Agrava-se por atividades de vida diária como movimentar o membro superior para escovar os dentes, pentear os cabelos, vestir ou retirar camisas. Esse tipo de atuação produz movimentos de abdução e rotação, interna e externa do braço. A síndrome somente acomete os jovens quando está relacionada a certas atividades e profissões como atletas e trabalhadores braçais (CASTRO, 2009). Segundo Castro (2009), no exame físico ocorre primeiramente a palpação do ombro e do tendão da cabeça longa do bíceps braquial no sulco intertubercular do úmero. Logo solicita ao paciente fazer uma abdução ativa do braço, se o mesmo referir dor, sugere acometimento do subescapular. Caso a dor se repita na rotação externa indica lesões dos músculos infraespinhal e redondo menor. Estas dores estão normalmente relacionadas com tendinite, ruptura parcial ou total dos tendões e bursite subacromial-deltóidea. Contudo, a forma mais prática examinar estes músculos e tendões é conseguir com que o paciente realize uma adução com rotação 7 interna e uma abdução com rotação externa do braço, se a manobra gerar dor, consiste em sinal positivo para lesões dos respectivos músculos associados aos movimentos realizados. Pode-se observar que pontos gatilhos nos músculos trapézio fibras superiores, supraespinhal e infraespinhal são lugares geralmente associados à síndrome do impacto no ombro, pois quando não são descobertos, localizados com precisão e inativados durante a reabilitação, são considerados o motivo da continuidade do quadro de dor do paciente, podendo causar dúvida sobre a melhora da síndrome do impacto através do tratamento proposto. 2.2.3 Exames Complementares Para comprovar os achados alcançados pelo exame físico é essencial realizar os exames complementares, sendo os mais aplicados a patologia, a radiografia e a ultrassonografia do ombro. A radiografia é capaz de mostrar a desmineralização óssea, focos de calcificação e osteoartrose. A ultrassonografia, além de ser de grande importância em virtude do seu baixo custo e da facilidade de acesso, pode mostrar uma tendinopatia, revelar ruptura parcial ou total de tendões, bursite e tenossinovite. Embora o ultrassom não seja o melhor método para se analisar o osso, osteófitos podem ser vistos e fraturas podem ser detectadas. Pode ainda ser usado nas lesões que causam instabilidade, sendo a medida da distância do deslocamento glenoumeral de grande valia (CASTRO, 2009). Além disso, para Ejnismann et al (2008), os exames complementares podem fornecer o grau de retração tendínea, de degeneração muscular e lesões associadas. A radiografia provê as alterações ósseas, já a ultrassonografia torna-se interessante por não ser invasivo e por apresentar lesões incompletas. A ressonância nuclear magnética pode ser feita com ou sem contraste sendo o melhor sistema de imagem para averiguar lesões do manguito rotador. 2.3 Intervenção Fisioterapêutica De acordo com Souza et al (2006), a fisioterapia possui diversos recursos eletrotermoterapêuticos e cinesioterapêuticos que reduzem o processo inflamatório, levando a diminuição do quadro álgico e aumentando o arco de movimento. Incluem-se no tratamento fisioterapêutico a estimulação nervosa elétrica transcutânea para combater a dor quando diagnostica, o ultra-som terapêutico empregado como opção para as desordens musculoesqueléticas dolorosas, a crioterapia com efeitos analgésicos na região atingida, a cinesioterapia abrangendo protocolos de exercícios como alongamentos, fortalecimentos musculares e mobilizações articulares propostos de acordo com a fase da síndrome do impacto (GOSLING, 2009). Para Silva et al (2009), durante a fase aguda (0 à 4 dias) da patologia estudada, os recursos utilizados são a crioterapia, estimulação nervosa elétrica transcutânea, iontoforese, galvanização e mobilização com oscilação de pequena amplitude respeitando o quadro de dor do paciente objetivando o alívio da mesma e prevenir a rigidez. Na fase subaguda que varia de 1 à 3 semanas, são compreendidas medidas eletrotermoterápicas analgésicas como calor superficial, crioterapia entre outros durante 20 à 30 minutos para redução da dor e espasmo, exercícios pendulares de Codman com bastão ou livre para a melhora do arco de movimento. Finalizando, na fase crônica (acima de 3 semanas) pode-se começar o tratamento com aplicação do calor (ulta-som, ondas-curtas, compressas quentes e infravermelho), seguido por exercícios mecanoterápicos como polia de teto, roda de ombro e auto alongamentos, exercícios de cadeia cinética fechada e atividades com thera band e halteres que ajudam na recuperação da afecção através do fortalecimento e do ganho de flexibilidade. Na síndrome do impacto e em diversas patologias, a fisioterapia é selecionada como a primeira opção de tratamento, devido a melhora do equilíbrio muscular da região, elevar o 8 grau de funcionalidade do membro atingido e contribuir brevemente para a volta à rotina do dia-a-dia, através da redução da dor. Aliás, há recomendações seguras de que no tratamento cirúrgico não ocorre mudanças significativas quanto à melhora da funcionalidade e diminuição da dor, como acontece com a intervenção fisioterapêutica. Não existe concordância generalizada para tais informações (HAAR et al apud BATISTA et al, 2010). 2.4 Exercícios de Codman Ernest Amory Codman, foi um cirurgião que colaborou para o crescimento das diversas áreas da medicina (anestesiologia, radiologia, cirurgia de úlcera duodenal, oncologia ortopédica, cirurgia do ombro e conclusões clínicas), sendo estimado um dos pais da medicina baseada em evidências. Ele sugeriu um modo especial de mobilização do ombro, principalmente após o reparo do manguito rotador. Os exercícios de Codman ou exercícios pendulares, como também são conhecidos, são compostos pela automobilização através de movimentos circulares e pendulares com o braço, alcançados com leves movimentos do tronco, sem qualquer contração muscular do ombro. Esses exercícios promovem o alívio do quadro álgico por meio de movimentos oscilatórios com pouca tração e permitem mobilidade precoce as estruturas articulares e líquido sinovial. É necessário a compreensão de manter o ombro e o braço mais relaxados o possível. Inicialmente não é acrescentado peso até que a dor seja reduzida, quando tolerada, adiciona-se um peso para aumentar a tração articular (KISNER et al, 2009). O exercício ocorre da seguinte maneira: o paciente deve ficar em pé com o tronco fletido, em uma angulação de aproximadamente 90o graus, ou ainda em decubito ventral com o ombro apoiado na beira da maca, dessa forma o braço ficará apoiado para baixo. Para realização dos movimentos, sugere-se que o paciente execute movimentos de flexão, extensão, adução e abdução horizontal, além desses também podem ser feitos movimentos de circundação. Alguns cuidados devem ser tomados, se o paciente não conseguir segurar o peso sozinho ou sente algum incomodo, dor, na coluna na posição inclinada, o melhor modo de efetuar o exercício é em decúbito ventral, com o membro superior pendendo na lateral da maca (KISNER et al, 2009). Os objetivos dos exercícios de Codman ou exercícios pendulares são de aumentar e manter o arco de movimento do ombro e a flexibilidade dos tecidos moles, através da utilização da gravidade para separar o úmero da cavidade glenóide, gerando uma leve tração (grau I e grau II) e à medida do controle do quadro álgico, pode-se introduzir pesos nos punhos para gerar uma força de separação articular (grau III e grau IV). 3. Materiais e Métodos O efetivo estudo caracterizou-se como um estudo retrospectivo de revisão bibliográfica, visto que é um processo de levantamento e análise do que já foi publicado sobre o tema de pesquisa escolhido, permitindo efetuar um mapeamento do que já foi escrito e de quem já escreveu algo sobre o tema da pesquisa. A revisão bibliográfica não produz conhecimento novo. Ela apenas supre as deficiências de conhecimento do pesquisador no tema de pesquisa (Moresi, 2003; Wazlawick, 2009). O trabalho apresentado, de acordo com Ribeiro (2007), é a base que ampara qualquer pesquisa científica e contribui para: definição dos objetivos do trabalho, construções teóricas, planejamento da pesquisa, comparações e validação. A revisão foi feita segundo a análise de livros a partir do ano de 1995 e artigos científicos publicados a partir de 2005, através do mecanismo de busca com as seguintes palavras-chaves: síndrome do impacto, exercícios de 9 codman, complexo do ombro, biomecânica e fisiologia articular do ombro. Esta revisão foi realizada da seguinte maneira: pesquisando e selecionando os artigos encontrados com as palavras-chaves e após análise da leitura, escolhendo dentre o material encontrado, artigos diretamente ligados ao tema proposto e finalizando, excluindo artigos que não tinham como foco principal do trabalho o tema sugerido. 4. Resultados Neste presente estudo, buscaram-se resultados da influência do método de Codman na síndrome do impacto no ombro através de uma revisão de literatura, tendo como base livros de acervo particular e do acervo da biblioteca da Universidade Nilton Lins – Manaus, além de pesquisa em revistas e sites de busca Scielo, Pubmed e Google. Foram selecionadas 39 literaturas, dentre as quais, 14 descreveram sobre o complexo articular do ombro, 12 abordaram os exercícios de Codman como tratamento conservador, 13 estudaram a síndrome do impacto no ombro apontando a patologia como uma das principais afecções do ombro e 3 como embasamento de metodologia. Os estudos também mostram que os exercícios pendulares de Codman representam uma ferramenta que deve fazer parte do protocolo de tratamento da Síndrome do Impacto, oferecendo excelentes resultados, especialmente se associado a outros recursos. Os achados também propuseram que a técnica oferece efeitos satisfatórios quer seja associada a recursos eletrotermoterapêuticos (ondas curtas, laser, eletroestimulação transcutânea) ou, a crioterapia, alongamentos e cinesioterapia convencional (exercícios istotônicos, fortalecimento, mobilização ativa e passiva). Embora os resultados variem conforme o sistema de classificação utilizado, em todos os casos foi observado ganhos significativos com a utilização da técnica. Os achados ratificam a utilização da técnica como parte do protocolo de tratamento da síndrome do impacto, inclusive em pacientes portadores de disfunções crônicas, tendinite e fibrose, oferecendo resultados indiscutíveis no quadro do paciente. 5. Discussão De acordo com Brown et al (2001) a estrutura do ombro possibilita grande amplitude de movimento, devido a contribuição de diversas articulações que o compõem, predispondo, dessa forma, o acometimento por afecções como a síndrome do impacto. A dor no ombro é a segunda causa de queixa de dor no aparelho locomotor, precedida apenas pela dor referida na coluna vertebral. Conforme Garzedin et al (2008), a dor no ombro é uma das queixas mais comuns e incapacitantes do sistema musculoesquelético na população em geral. Apresenta prevalência estimada entre 15% a 25% nos pacientes que procuram clínicas ortopédicas e de fisioterapia. O motivo mais freqüente do quadro álgico no ombro é a lesão do manguito rotador que pode se manifestar em qualquer idade sendo potencializada com o envelhecimento e a ocupação laboral ou recreativa. Geralmente, a síndrome do impacto é tratada de maneira conservadora por meio de medicamentos e fisioterapia, quando deixada de lado leva a longos períodos de dor e limitações funcionais. Conti (2009), relata em um estudo sobre a análise eletromiográfica da ação muscular intríseca do ombro durante a realização dos exercícios de codman que ao fazê-lo com ou sem peso, halter, existe ativação elétrica da mesma forma, sendo que alguns músculos apresentam maior ativação de acordo com o exercício realizado, como durante a flexão do ombro, o músculo deltóide é o que apresenta maior ativação elétrica. Dessa forma tais exercícios promovem um 10 papel importante complementando o tratamento de diversas afecções que comprometem a articulação do ombro. O tratamento utilizado em indivíduos com síndrome de impacto do ombro apresentam diversas técnicas associadas ou isoladas, de acordo com a avaliação preliminar da experiência e da disponibilidade de recursos do profissional. As literaturas que descrevem sobre este tema, recomendam um plano de reabilitação que deve respeitar três fases: fase I movimentos passivos, fase II movimentos ativos e fase III movimentos resistidos. Sendo aconselhadas atividades que se destacam por promover mobilidade articular, favorecer o trabalho de propriocepção neuromuscular e estiramento capsular, visando o controle da dor, a restauração do movimento e melhora da funcionalidade do ombro (GUIMARÃES, 2006). Para Santos et al (2011), o tratamento de patologias da articulação do ombro pode introduzir várias condutas, como eletroterapia, exercícios, mobilização e manipulação, sendo a mobilização passiva geralmente a mais aplicada, apesar da inadequada caracterização da mesma empregada em seu estudo não ser consentida para indicações de prática clínica sobre o tipo de mobilização passiva, sua duração ou o local de aplicação mais apropriados. Mas, de acordo com seus resultados esse método deverá fazer parte do plano de tratamento de pacientes com síndrome do impacto. Existe bastante polêmica sobre qual seria a melhor intervenção fisioterapêutica para a redução da dor e a melhora da função do ombro em portadores da sindrome do impacto. De acordo com um estudo realizado pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo, com a associação da técnica à crioterapia, já nas primeiras sessões é possível observar a melhora do quadro álgico (através da Escala Visual Analógica). Çitaker et al (2005), compararam dois grupos portadores desta síndrome, um tratado com mobilização e outro com facilitação neuromuscular proprioceptiva, após 20 sessões, verificou-se que os dois tipos de intervenção apresentaram resultados satisfatórios, no entanto, o grupo que realizou exercícios de mobilização relatou acentuada diminuição da dor em relação ao outro grupo. Um outro estudo realizado pela Clínica de Ortopedia e Fisiatria Dr. Giordano LTDA, conseguiu excelentes resultados após 18 sessões, utilizando como protocolo além dos exercícios de Codman, recursos eletrotermoterpêuticos, como laser, ondas curtas e eletroestimulação transcutânea. Embora o tratamento da síndrome do impacto ainda seja um assunto muito discutido, há quem defenda a cirurgia como melhor alternativa de tratamento uma vez que se trata de uma doença evolutiva, os exercícios de Codman, associados a Fisioterapia convencional vem se mostrando como uma alternativa menos agressiva para minimizar a dor e melhorar a funcionalidade do paciente acometido. 6. Conclusão Os resultados do presente estudo permitem concluir que a síndrome do impacto é uma das mais comuns disfunções do complexo do ombro, justificando a necessidade de um estudo acerca do tema. Os indivíduos portadores da mesma, com dor e limitação funcional, são beneficiados por meio de um programa de intervenção fisioterapêutica, demonstrando que os exercícios de Codman promovem a diminuição da dor, relaxamento muscular, melhorando a lubrificação intracapsular e aumentando o ganho de mobilidade do membro afetado, contribuindo para uma evolução mais rápida do tratamento. Porém, quando não é possível a reversão do quadro apenas com o tratamento conservador, a cirurgia é uma alternativa importante e eficaz para os casos crônicos resistentes ao tratamento conservador. A carência de estudos sobre os exercícios pendulares de Codman na síndrome do impacto dificultam a discussão deste trabalho. Sugere-se então a continuidade deste trabalho, com diferentes abordagens e metodologias, com a intenção de aumentar o entendimento quanto às 11 respectivas aplicações funcionais terapêuticas e estabelecer pilares científicos mais fidedígnos acerca deste assunto. 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