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Investigação, 14(1):98-103, 2015
Revisão de Literatura | Reprodução Animal
PRINCIPAIS AFECÇÕES DA
PRÓSTATA EM CÃES
Revista
INVESTIGAÇÃO
PROSTATE DISORDERS IN DOGS
medicina veterinária
Renata Sitta Gomes Mariano1; Ricardo Andres Ramirez Uscategui1
1. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Jaboticabal, Brasil
Regina Mendes Medeiros1; Felipe Farias da Câmara Barros1
2. Universidade de Franca, UNIFRAN, Franca, Brasil
Wilter Ricardo Russiano Vicente1; Pedro Paulo Maia Teixeira2
RESUMO
ABSTRACT
A próstata é a única glândula sexual dos cães machos, e possui grande importância clínica devido à
quantidade de afecções que acometem estas espécies. Este trabalho tem como objetivo apresentar
uma revisão bibliográfica das principais afecções que acometem a próstata no cão. Os principais sinais
clínicos das doenças prostáticas estão relacionados ao sistema urinário, digestório e locomotor, podendo
estar presentes simultaneamente ou não. Algumas condições que podem acometê-la são: hiperplasias
benignas (aumento de tamanho), neoplasias (benigna e/ou maligna), inflamações (prostatites), presença
de cistos entre outras. Ela se localiza logo abaixo da bexiga e quando aumentada pode comprimir a
uretra, dificultando assim a saída da urina. Assim, conclui-se que este trabalho possui grande importância
na clínica veterinária por abranger os principais assuntos referentes à próstata do cão, facilitando o
diagnóstico de suas principais afecções.
The prostate is the only male sex gland of dogs, has great clinical importance in dogs due to the amount
of diseases that affect these species. This paper aims to present a literature review of the major diseases
that affect the prostate. The main clinical signs of prostate disease are related to the urinary system,
digestive and musculoskeletal and may occur simultaneously or not. Some of the problems that can
afflict it are benign hyperplasia (enlargement), hyperplasia malignant (cancer), inflammation (prostatitis),
presence of cysts among others. It localized just below the bladder and when increased can compress
the urethra, thus hindering the passage of urine. Them, conclused that this review has great importance
in a veterinary clinic cover the main issues related to the prostate of the dog facilitating the diagnosis of
its main conditions.
Keywords: prostate, dogs, disorders.
Palavras-chave: próstata, cães, afecções.
ISSN 21774780
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Investigação, 14(1):98-103, 2015
INTRODUÇÃO
A próstata é a única glândula sexual dos cães machos.
Caracteriza-se por ser andrógeno dependente, oval, bilobulada,
composta por tecido glandular e estromal, que circunda a uretra
caudal no colo da vesícula urinária (EVANS e ELAHUNTA, 2001),
e apresenta como principal função a produção de fluido para a
primeira e terceira frações do ejaculado (ENGLAND et al., 1990).
Ela é encontrada em todos os mamíferos, mas possui maior
importância clínica no homem e no cão devido à quantidade
de afecções que acometem estas espécies (APARÍCIO et al,
2006). No cão parece não existir predisposição racial (SEOANE e
CASTRO, 2008).
Sua função é produzir o fluido para a primeira e terceira frações
do ejaculado, o qual fornece um ambiente propício para a
sobrevivência e motilidade dos espermatozóides durante a
ejaculação (PIMENTEL, 2008).
Embriologicamente, a próstata é formada por brotos originários
da uretra pélvica, por volta da sexta semana de gestação. A
glândula situa-se no interior do abdômen após o nascimento,
até que ocorre a degeneração do úraco remanescente por volta
dos 2 meses de idade, e depois desta época, a próstata assume
posição na cavidade pélvica (LAUFER, 2001).
A próstata de animais pré-púberes é um pequeno aumento de
volume nodular em torno da porção proximal da uretra. Durante
a puberdade, a próstata já cresceu até suas proporções maduras,
limitando-se dorsalmente pelo reto, e ventralmente pela sínfise
pubiana e parede abdominal. Com o passar do tempo a próstata
continua a aumentar de volume por hiperplasia, e se desloca
cranialmente. Por volta dos 4 anos de idade, aproximadamente
metade da glândula está localizada no abdômen, e por volta
dos 10 anos, a próstata pode estar em posição completamente
abdominal (SLATTER, 1998).
Sua localização pode variar em função da distensão da bexiga e
de possíveis alterações neste órgão. No exame radiográfico devese ter atenção na demilitação da bexiga em relação a próstata,
na ocorrência de dúvidas é indicado o exame ultrassonográfico
e ou radiográrico contrastado, principalmente se a suspeita
clínica for a presença de cistos paraprostásticos. (FERNANDES,
2006).
A relação anatômica entre a próstata, a uretra proximal e a bexiga
reflete a elevada frequência das afecções prostáticas, devido à
infecção ascendente (APPARÍCIO et al., 2006).
LEAV et al. (2001); MAHAPOKAI et al. (2000) e HEVERHAGEN et
al. (2004) citam que as doenças prostáticas como a hiperplasia
prostática benigna (HPB), prostatites, cistos e neoplasias são
enfermidades comuns em cães machos não castrados, podendo
sendo o volume prostático em cães afetados duas a seis vezes
maior do que no cão normal (LAROQUE et al., 1994; BRANDÃO et
al., 2006). As doenças prostáticas são comuns em cães idosos e
podem se manifestar no que se denomina síndrome prostática,
com sinais clínicos relacionados ao sistema urinário, digestório
e locomotor, podendo estar presentes simultaneamente ou
não. Sinais clínicos mais comuns incluem: disúria, gotejamento
de sangue pelo pênis acompanhado ou não de micção,
hematúria e infecções urinárias não responsivas ao tratamento
médico, tenesmo, dificuldade em defecar (disquezia), fezes
secas em formato de “fita” com presença de estrias de sangue
(hematoquezia) e dificuldade de locomoção. Outros sinais
menos específicos e característicos de infecções agudas, tais
como hipertermia, febre, letargia e vômito, também podem estar
presentes. As complicações relacionadas às afecções prostáticas
incluem infecções urinárias recidivantes, doença renal crônica,
hidronefrose e hérnia perineal (APARÍCIO et al, 2006).
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O diagnóstico das afecções prostáticas é baseado na presença
de sinais clínicos, detecção de alterações anatômicas durante
a palpação, radiografia e ultrassonografia (VERTEGEN, 1998;
PACLIKOVA et al., 2006).
Há grande similaridade entre os sinais clínicos das patologias
que acometem a próstata havendo também a possibilidade de
ocorrer concomitantemente duas ou mais alterações, portanto
o diagnóstico destas alterações é um grande desafio sendo a
escolha do procedimento correto para concluir um diagnóstico
preciso de grande importância; exame ultrassonográfico e
a radiografia abdominal são métodos não invasivos e que
permitem visualização da próstata (DI SANTIS, 2003).
Sabe-se que a avaliação do tamanho da próstata é um fator
importante no diagnóstico das doenças da glândula e é
efetuada, habitualmente, através do toque retal, do exame
radiográfico e da ultrassonografia (VIANA, 2015). Neste aspeto,
a ultrassonografia destaca-se por ser uma técnica muito
superior a radiografia uma vez que através dela são obtidas
maiores informações no que diz respeito a estrutura, tamanho,
forma e arquitetura interna do órgão; já a radiografia abdominal
permite detectar se o aumento do volume da próstata é leve ou
moderado, com deslocamento dorsal do cólon e deslocamento
cranial da bexiga (MURASHIMA, 2001).
Também citado por BRUN et al. (1998) a utilização da
laparoscopia para a realização de aspirado prostático em cães
experimentalmente. Através de coleta única, é possível obter
amostras das células prostáticas em todos os animais.
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão
bibliográfica das principais afecções que acometem a próstata
no cão, ressaltando sua etiologia, sinais clínicos e tratamento.
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DESENVOLVIMENTO
Afecções prostáticas
Abcessos Prostáticos
A próstata do cão pode ser considerada uma sede de diversas
afecções que constituem um problema comum nos cães adultos
e idosos (Purswell et al., 2000).
Os abcessos prostáticos podem variar em tamanho e número,
normalmente ocorrem por infecção bacteriana ascendente,
sendo que 70% dos casos a bactéria envolvida é a Escherichia
coli, enquanto microorganismos anaeróbicos são encontrados
em 19% dos casos e Mycoplasma em 1% (MULLEN et a.,
1990). O abcesso caracteriza-se por lesões esféricas repletas
de exudado purulento, incluídas em uma cápsula espessa, e
pode ser resultante da dissolução dos mecanismos de defesa
da uretra, podendo também apresentar-se como secundário a
prostatite supurativa, culminando com a formação de abcessos
(FONSECA-ALVES et al., 2010; APPARÍCIO et al., 2006).
As doenças da próstata são comumente encontradas em cães
idosos e podem ser manifestadas no que se denomina síndrome
prostática, com sinais clínicos relacionados ao sistema urinário,
digestório e locomotor. As principais afecções prostáticas dos
cães incluem Hiperplasia Prostática Benigna, prostatite aguda
ou crônica, abcessos, cistos, cistos paraprostáticos e neoplasias
(VANNUCCHI et al., 1997).
A neoplasia prostática que é mais encontrada é o adenocarcinoma,
não sendo hormônio-dependente. Os sinais clínicos dessas
afecções variam de acordo com o tipo e gravidade da lesão.
É comum que aconteçam de forma simultânea, por exemplo,
cisto prostático com abscedação, hiperplasia prostática benigna
e neoplasia prostática com prostatite bacteriana (PIMENTEL,
2008).
O cão desenvolve espontaneamente a hiperplasia prostática e
o adenocarcinoma prostático, com características similares às
observadas em humanos, porém, no cão, as neoplasias são mais
agressivas e invasivas. Desta forma, o cão tem sido utilizado,
extensivamente, como modelo experimental na medicina,
contribuindo para avanços na área da urologia humana,
principalmente para os casos de tumores independentes de
andrógenos (FORK et al., 2008; GADELHA, 2008; LEAV E GERALD,
2006; LEROY e NORTHREP, 2009).
Prostatite Bacteriana
A inflamação da próstata pode ser aguda ou crônica. A fonte
de inflamação é geralmente uma infecção ascendente do trato
urinário com Escherichia coli, Proteus spp., estafilococos ou
estreptococos. Podem se formar microabscessos dentro do
parênquima ou podem se desenvolver grandes abscessos
flutuantes, distorcendo a forma da glândula (APPARÍCIO, 2006).
Em pacientes comprometidos com prostatite aguda, é comum
a presença de dor. Podem se encontrar presentes constipação,
tenesmo, retenção urinária ou incontinência. Ao toque retal
ou palpação retal a prostata pode se apresentar geralmente
dolorosa e esponjosa. Os episódios agudos não resolvidos de
prostatite progridem para uma afecção crônica. A glândula
cronicamente inflamada fica menos dolorosa, aumenta de
volume e pode ficar assimétrica. Não é incomum o gotejamento
de sangue e exsudato provenientes do pênis (BOJRAB, 2005).
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O exame radiográfico pode revelar uma mineralização
parenquimatosa granular. Com a ultrassonografia a glândula
pode exibir-se como estrutura difusa a multifocalmente
hipercóica, podendo haver mineralização multifocal. Somente a
ultra-sonografia não diferencia a prostatite crônica de hiperplasia
ou neoplasia. Nos exames laboratoriais complementares,
podem estar presentes no hemograma leucocitose neutrofílica
com desvio à esquerda, neutrófilos tóxicos e degenerados;
hematúria, piúria e bacteriúria são comuns na urinálise; também
pode ser observada a elevação das concentrações séricas da
fosfatase alcalina, alanina transaminase e creatinina (SMITH,
2008).
O tratamento da prostatite bacteriana crônica baseia-se na
administração de agentes antibióticos, sendo difícil a cura da
infecção. Os benefícios da castração são incertos nestes casos,
não obstante, a involução prostática ajudaria ao menos para
impedir a recidiva da infecção (NASCIMENTO, 2009).
Hiperplasia Prostática Benigna
A HPB é a afecção prostática mais frequente no cão (DIAS et
al, 2002), cerca de 100% dos cães não castrados desenvolvem
evidencias histológicas de hiperplasia com o avançar da idade
(SHIMOMURA et al, 2009).
Consiste no aumento do tamanho da próstata, como resultado
de um estímulo hormonal constante através de androgênios
em animais de idade avançada (DIAS et al, 2002).
Não há predisposição racial, o que se sabe é que animais de
grande porte são mais acometidos (DE MARZO et al., 1999).
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Animais castrados não apresentam hiperplasia prostática, mas
podem apresentar outras alterações, como prostatites que
podem ser agudas ou crônicas podendo formar abscessos;
neoplasias, que não são freqüentes; a metaplasia escamosa e
os cistos que podem ser prostáticos ou paraprostáticos (LADDS,
1993 ;FERNANDES, 2006).
No cão dois padrões histológicos são identificados: a hiperplasia
prostática glandular (HPg) e a hiperplasia prostática cística (HPc).
A HPg caracteriza-se histologicamente por aumento simétrico
da próstata, onde apenas células secretoras são proliferativas e
o epitélio hipertrófico e hiperplásico projeta-se em direção ao
lúmen. A HPc caracteriza-se pela presença de epitélio do tipo
cúbico, com formação de grandes cavidades e aumento na
relação estroma/epitélio, com áreas de hiperplasia glandular
intercaladas com focos de atrofia (SHIMOMURA et al, 2009).
Os sinais clínicos mais comuns são tenesmo anal com fezes em
forma de fita, hematúria ou corrimento uretral transparente,
disúria, infecção do trato urinário, hipertermia, depressão,
anorexia, vômito, diarreia, dor abdominal caudal, dor lombar e/
ou comprometimento de membro (DIAS et al, 2002). Devido à
obstrução do canal pélvico pela próstata aumentada de volume,
a defecação se torna difícil. Disquezia é muito mais comum que
a disúria. O esforço resultante pode levar à ruptura do diafragma
pélvico, resultando em hérnia perineal (JOHNSTON et al., 2001;
DIAS et al, 2002).
O toque retal revela a próstata indolor, com aumento de volume
simétrico, e com consistência esponjosa normal. As culturas
bacterianas são negativas (LEAV et al., 2001).
O exame histopatológico associado a biópsia são procedimentos
necessários para a obtenção do diagnóstico definitivo, mas
raramente é indicada, a menos que a resposta ao tratamento
seja insatisfatória (SLATTER, 1998).
Os objetivos terapêuticos consistem na redução do tamanho
da próstata e no alivio dos sinais de obstrução do canal
pélvico. O tratamento recomendável é a castração. A involução
permanente da próstata e o alivio dos sinais clínicos ocorrem
em 2 a 3 semanas (SLATTER, 1998).
Neoplasia Prostática
Cistos Prostáticos e Paraprostáticos
Os fatores envolvidos no processo de carcinogênese são
representados principalmente por um desequilíbrio hormonal
advindo com a idade (TERAZAKI, 2009). O local específico
de origem das neoplasias prostáticas no cão ainda não foi
identificado, mas acredita-se que o componente hormonal
andrógeno não é suficiente para desencadear o processo de
carcinogênese (MOURA, 2004).
Os cistos prostáticos são cavidades não sépticas preenchidas
com fluido, no interior ou exterior à próstata. Eles podem ser
únicos ou múltiplos e são classificados de acordo com sua
etiologia (FROES et al., 2003).
Os de ocorrência mais comum, segundo são:
a) Congênitos: geralmente localizados na base da bexiga
com comprometimento da superfície prostática; são pouco
freqüentes e acredita-se
serem vestígios embrionários dos ductos müllerianos;
b) Cistos associados à metaplasia escamosa: o lúmen glandular
apresentasse repleto de queratina, levando a obstrução.
Usualmente estão relacionados ao hiperestrogenismo;
c) Cistos de retenção: formam-se a partir da obstrução de ductos
excretores com posterior retenção do material secretado palas
células epiteliais;
d) Cistos associados à HPB: são indubitavelmente os mais
freqüentes, relacionados à hiperplasia e ao aumento na secreção
das células acinares (FERNANDES, 2006).
Cistos prostáticos parenquimatosos ocorrem dentro do
parênquima prostático ou possuem uma comunicação física
com o mesmo. São comuns nos cães e podem se associar a HPB.
Desconhece-se sua etiologia, mas alguns deles são congênitos
(FERNANDES, 2006).
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O cão é a única espécie, além do homem, em que o câncer de
próstata espontânteo ocorre com uma freqüência significativa.
Histologicamente podem ser classificadas em adenocarcinoma
e carcinoma indiferenciado (TESKE et al., 2002).
As neoplasias prostáticas acometem na maioria das vezes
os cães mais idosos; o prognóstico é desfavorável. Não há
necessidade de influência hormonal androgênica direta oriunda
dos testículos, porque a castração não impede o carcinoma
prostático (SLATTER, 1998).
Estudos demonstram que cães não orquiectomizados
apresentam adenocarcinoma prostático com comportamento
biológico agressivo ocorrendo inclusive metástase em
linfonodos ilíacos e sublombares, pulmão e ossos, enquanto
que em cães orquiectomizados essa estatística é bem reduzida
(CORNELL et al., 2000).
O carcinoma prostático pode ser focal ou disseminado, por toda
a glândula; a metástase é comum. É observada a metástase
local na bexiga, reto, pelve, vértebras lombares, e musculatura
pélvica. A metástase à distância é menos comum (SLATTER,
1998).
Os sinais clínicos são: debilitação dos membros pélvicos, edema,
estrangúria, tenesmo, poliúria, polidipsia e emaciação. Também
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podem ocorrer hematúria, sangramento uretral e incontinência
urinária (SLATTER, 1998).
O prognóstico ruim desta afecção pode ser atribuído, em parte,
ao diagnóstico tardio (MOURA, 2004).
CONCLUSÕES
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Diante da presente revisão de literatura, conclui-se que as
doenças prostáticas são raras em gatos e comuns em cães idosos.
A próstata de cães adultos e idosos é sem dúvidas nenhuma a
sede para diversas afecções principalmente para a HPB e para
as prostatites.
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É importante o diagnóstico precoce dos processos patológicos
para que possamos usar uma melhor conduta terapêutica no
cão e termos um bom prognóstico, visto que clinicamente
as diferentes prostatopatias são similares, entretanto o que
as diferencia é o exame histopatológico a partir da biópsia
prostática, mesmo não sendo de rotina na prática clínica,
mas existem recursos diagnósticos de fácil acesso tais como
a ultrassonografia e o raio-x. A castração também pode ser
considerada um método de se prevenir as afecções, uma vez
que estudos mostraram que a incidência das doenças em
animais orquiectomizados é bem reduzida.
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