VIDEOCIRURGIA PROSTÁTICA EM CÃES

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Investigação,
Investigação, 15(7):1-5,
15(7):1-5, 2016
2016
REVISÃO DE
LITERATURA
|
CLÍNICA CIRÚRGICA DE
PEQUENOS ANIMAIS
VIDEOCIRURGIA
PROSTÁTICA EM CÃES
PROSTATIC VIDEOSURGERY IN SMALL ANIMALS
Me. Paulo H. S. Garcia1, M.V. Camila M. Gorricho1*,Dr. Felipe F. P. C. Barros1,2, Me. Renata S. G. Mariano1,
Dr. Ricardo A. R. Uscategui1, Dr. Wilter R. R. Vicente1.
1
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Univ Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Jaboticabal, São Paulo, Brasil.
2
Programa de Pós-graduação em Ciência Animal, Universidade de Franca – UNIFRAN, Franca, São Paulo, Brasil.
E-mail: [email protected]
RESUMO
ABSTRACT
A próstata é a única glândula sexual acessória do cão e sua função envolve a produção de fluído prostático
para a primeira e terceira fração do ejaculado e seu desenvolvimento e ação secretória são andrógenos
dependentes. As prostatopatias são comuns em cães, porém raras em gatos, dentre elas estão: hiperplasia
prostática benigna, metaplasia escamosa, prostatite bacteriana, cistos prostáticos e paraprostáticos, abcessos
e neoplasias. O tratamento medicamentoso e cirúrgico depende do grau de acometimento e tipo de patologia.
Enquanto a vídeo-cirurgia é frequentemente utilizada em abordagens cirúrgicas, minimamente invasivas,
de pacientes humanos com afecções prostáticas, na medicina veterinária seu uso ainda é limitado, devido
aos altos custos financeiros deste procedimento. Dessa forma, técnicas cirúrgicas tradicionais e invasivas
ainda são empregadas. Na medicina humana, a vídeo-cirurgia já é usada rotineiramente para as cirurgias
prostáticas e novas modalidades como a ressecção transuretral e a (RTU) e a laparoscópica robótica assistida
(RALPH) têm sido cada vez mais utilizadas, abrindo horizontes para o futuro das vídeo-cirurgias prostáticas
em cães. Assim, o presente trabalho visa revisar as principais afecções prostáticas, diagnósticos, tratamentos,
bem como abordar sobre técnicas cirúrgicas tradicionais, utilização da laparoscopia e as técnicas empregadas
na medicina humana que utilizam cães como modelo experimental.
The prostate is the only accessory sex gland of the dog, its function involves the production of prostatic
fluid for the first and third fraction of the ejaculate, and its development and secretion is highly androgen
dependent. Prostatic disorders are common in dogs but rare in cats, among them are: benign prostatic
hyperplasia, squamous metaplasia, bacterial prostatitis, prostatic and paraprostatic cysts, abscesses and
tumors. The clinical and surgical treatments depend on the degree of involvement and type of pathology.
While the videosurgery is frequently used in minimally invasive surgical approaches in human patients
with prostatic disorders, in veterinary medicine its use is still limited, due to the high financial costs of this
procedure. Thus, traditional and invasive surgical techniques are still used. In human medicine, video-surgery
is routinely used for prostate surgery and new modalities, such as transurethral resection (TUR) and assisted
robotic laparoscopic (RALPH) are increasingly being used, opening horizons for the future of prostate surgery
in dogs. Thus, this study aims to review the main prostatic diseases, diagnosis, treatment, traditional surgical
techniques, use of laparoscopy and the techniques used in medicine with dogs as an experimental model.
Key-words: prostate, dogs, laparoscopy.
Palavras-chave: próstata, cães, laparoscopia.ia.
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Investigação, 15(7):1-5, 2016
INTRODUÇÃO
A próstata é uma glândula retroperitoneal, bilobulada, localizada
em região pélvica, embora sua localização possa variar de acordo com
a idade ou doença. É a única sexual acessória do cão e circunda toda
a uretra no colo vesical. Possui desenvolvimento e ação secretória
andrógeno dependentes e auxilia no transporte espermático através
da produção de fluído prostático que compõe a primeira e terceira
fração do ejaculado (KUSTRITZ e KLAUSNER, 2014).
Embora as afecções prostáticas sejam raras em gatos, elas
são comuns em cães e, normalmente, identificamos: hiperplasia
prostática benigna, metaplasia escamosa, prostatite bacteriana,
cistos prostáticos e paraprostáticos, abcessos e neoplasias
(NELSON e COUTO, 2010; NASCIMENTO e SANTOS, 2011). O
diagnóstico geralmente é baseado de acordo com os sinais clínicos,
ultrassonografia e radiografia, porém é confirmado somente através
do exame histopatológico.
Quando o tratamento medicamentoso não é eficaz, o cirúrgico
deve ser estabelecido, sendo que muitas vezes esse é complementar.
Com base nisso, técnicas cirúrgicas por videolaparoscopia são
utilizadas, principalmente em prostatectomias e omentalização
prostática, as quais diminuem o trauma cirúrgico e o tempo de pósoperatório do paciente, em relação às técnicas tradicionais. Assim,
o presente trabalho visa revisar as principais afecções prostáticas,
diagnósticos, tratamentos, bem como abordar sobre técnicas
cirúrgicas tradicionais, utilização da laparoscopia e técnicas
utilizadas na medicina humana utilizando o cão como modelo
experimental.
REVISÃO DE LITERATURA
Anatomofisiologia prostática
A próstata é a única glândula sexual acessória do cão. Esta
possui localização retroperitoneal, é bilobulada (dividida através
da rafe mediana), possui cápsula fibromuscular e, somente, sua
superfície craniodorsal é envolta por peritônio. Após 2 meses de
idade, sua localização é pélvica, embora possa variar de acordo
com a idade ou doença. Ainda, essa estrutura é delimitada pelo reto
e sínfise púbica, e circunda toda a uretra no colo vesical. Sua função
está diretamente relacionada à produção de fluído prostático que
compõe a primeira e terceira fração do ejaculado, o qual assiste o
transporte espermático. Além disso, o desenvolvimento e secreção
prostática são andrógeno dependentes (KUSTRITZ e KLAUSNER,
2014).
Afecções da próstata
As prostatopatias são comuns em cães, porém raras em
gatos. Dentre elas estão hiperplasia prostática benigna, metaplasia
escamosa, prostatite bacteriana, cistos prostáticos e paraprostáticos,
abscessos e neoplasias (NELSON e COUTO, 2010; NASCIMENTO e
SANTOS, 2011).
A próstata canina possui maior atenção dos pesquisadores,
devido ao fato de sofrer hiperplasia no decorrer dos anos,
semelhantemente ao que ocorre na espécie humana. A hiperplasia
prostática benigna (HPB) torna-se evidente principalmente em
cães, sendo que 95% dos machos acima de 9 anos de idade podem
ser acometidos (BAUZAITE e ANIULIENE, 2003; BRACKETT, 2014).
Essa afecção acontece devido à ação da dihidrotestosterona,
que promove aumento simétrico da glândula. Geralmente, é um
achado subclínico acidental, porém, quando há sinais clínicos,
pode-se observar tenesmo, hematúria e hematospermia. Através
da radiografia pode-se observar prostatomegalia, enquanto que
na ultrassonografia abdominal pode-se constatar acometimento
difuso e simétrico da próstata, sendo frequente a presença de
estruturas císticas, múltiplas e difusas. Entretanto, à palpação
retal da glândula, não há dor e o diagnóstico deve ser confirmado
por meio de exame histopatológico (NELSON e COUTO, 2010). A
glândula usualmente regride após a castração, porém o tratamento
medicamentoso com finasterida pode ser utilizado, uma vez que este
fármaco inibe a conversão de testosterona em dihidrotestosterona
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(NASCIMENTO e SANTOS, 2011). Além deste fármaco, pode-se fazer
uso da toxina botulínica tipo A, a qual inibe a proliferação celular,
promove denervação, diminuição do tecido e, subsequente, atrofia
glandular, entretanto seu custo financeiro é alto (SPOSITO, 2004;
KUO, 2005; LIN, 2007; SILVA et al., 2007; MOSTACHIO, 2008).
Também pode-se optar pela estrogenioterapia ou uso de
progestágenos, porém estes não são indicados, pois podem
predispor o desenvolvimentos de outras desordens, tais como:
infertilidade, metaplasia escamosa, abscedação, anemia aplásica,
hipotireoidismo e Diabettes mellitus (BAMBERG-THALEN e LINDEFORSBERG, 1993).
Quanto à metaplasia escamosa, acredita-se que está
relacionada à substituição do epitélio colunar ou cuboidal normal
por epitélio escamoso no interior da glândula. Isto ocorre a partir
de altas concentrações séricas de estrógeno, seja por administração
exógena ou devido ao declínio dos níveis de andrógenos em
cães idosos. Este quadro promove estase secretória e favorece a
prostatite, cistos de retenção (verdadeiros) e neoplasias, embora
as consequências dessa patologia não sejam bem esclarecidas
(KUSTRITZ e KLAUSNER, 2014).
Mecanismos de defesa como fluxo urinário, alta pressão
no espaço uretral, efeitos antibacterianos do fluído prostático e
presença local de imunoglobulinas A, usualmente, impedem a
colonização bacteriana na próstata. Porém, qualquer anormalidade
que promova o aumento no número de microrganismos,
particularmente de Escherichia coli, Staphylococcus sp., Streptococcus
sp. e Mycoplasma sp., ou altere a secreção prostática, predispõe à
infecção, seja ela ascendente, proveniente da flora uretral, ou por
via hematógena. A prostatite bacteriana pode ser aguda ou crônica
e predispõe os animais acometidos à formação de abscessos
(DORFMAN e BARSANTI, 1995; NELSON e COUTO, 2010). A infecção
aguda é detectada por meio de sinais clínicos de anorexia, febre,
corrimento uretral transparente ou hemorrágico, dor abdominal
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caudal, andar rígido, disúria e polaciúria, disquesia e edema escrotal
e prepucial (JOHNSTON et al. 2000; GADELHA et al. 2009).
Técnicas cirúrgicas tradicionais
A orquiectomia é um procedimento cirúrgico indicado para
cães com HPB e, quando associada a outras técnicas, pode ser
empregada em casos de cistos prostáticos, abscessos, prostatite e
metaplasia escamosa. Cães acometidos por HPB, apresentam uma
redução de 81% do volume prostático 90 dias após a castração, o
que torna a orquiectomia uma terapia eficiente para a redução do
volume prostático. A HPB não recidiva em cães orquiectomizados,
devido baixa concentração sérica de andrógenos (BRANDÃO et
al. 2006; SMITH 2008). Porém, a castração de machos nos casos
de neoplasias prostáticas, se mostra ineficaz, pois a privação dos
andrógenos não contribui para a remissão da doença (PARRY, 2007),
exceto quando esta está associada à HPB (DOMINGUES, 2009).
O procedimento cirúrgico é a opção terapêutica para abscessos,
cistos prostáticos de tamanho médio a grande e paraprostáticos. As
técnicas normalmente usadas são: omentalização, marsupialização
e colocação de drenos cirúrgicos (APPARICIO, 2006; SMITH, 2008).
A omentalização prostática é uma técnica cirúrgica utilizada
em casos de cistos e abscessos prostáticos. Após a drenagem
cirúrgica da estrutura (cisto ou abscesso) é realizada uma incisão
na mesma e inserido o omento até o seu preenchimento. Este
atua como um dreno natural, além de auxiliar na revascularização
local e reduzir o tempo de cicatrização prostática (APPARÍCIO et al.
2006). Comparada às demais técnicas, as principais vantagens da
omentalização são: curto período de hospitalização e redução de
custos; baixa taxa de complicações e aderências pós-operatórias;
pouca manipulação e mínima lesão de tecidos neurovasculares
(WHITE, 2000; APPARÍCIO, 2006; FREITAG, 2007). No entanto, é de
extrema importância o posicionamento adequado do omento no
interior da próstata na prevenção de recidivas (DOMINGUES, 2009),
as quais são rotineiras na marsupialização e drenagem cirúrgica e
favorecem infecção prostática persistente ou ascendente (BORGES
et al., 2007). Para reduzir o tamanho das incisões nas cirurgias
prostáticas tradicionais, que vão da cicatriz umbilical até a sínfise
púbica, alguns autores propõem a microlaparotomia pré-púbica
como método útil para o acesso cirúrgico à próstata em cães,
especialmente para pequenos procedimentos cirúrgicos, por
exemplo, a amostragem de grandes fragmentos de tecido para
exame histopatológico, prostatectomia parcial, ou o tratamento
de lesões cavitadas intraparenquimatosas. No caso de grandes
procedimentos, por exemplo, a prostatectomia total, há um acesso
limitado para a parte dorsal da próstata, da bexiga urinária, e uretra
pélvica, assim, esses procedimentos devem ser realizados por meio
de uma abordagem cirúrgica convencional. A segunda limitação
para a utilização do acesso pré-púbico minilaparotômico referese à localização da próstata. Devido às pequenas dimensões do
campo operatório, o melhor acesso à próstata pode ser conseguido
quando ela está localizada cranialmente à sínfise púbica (TREBACZ
e MAREK-GALANTY, 2012).
Utilização da laparoscopia no trato reprodutivo de cães
Alguns estudiosos desenvolveram uma técnica laparoscópica
para a realização de prostatectomia total em cães, como modelo
experimental para humanos. A técnica descrita permitiu a
realização do procedimento cirúrgico completo sem a ocorrência
de complicações transoperatórias (PRICE et al. 1996)
Em 2004 colocaram a hipótese de que a ressecção transuretral
(RTU) poderia ser usada para remover o tecido neoplásico a partir
do lúmen da uretra e restabelecer o fluxo de urina em cães com
dificuldades urinárias causadas por envolvimento neoplásico da
uretra. Foi empregada a técnica de ressecção transuretral por
cistoscopia em 3 cães com carcinoma prostático e 3 fêmeas com
carcinoma de células de transição da uretra. Após a realização de tal
técnica, autores observaram como complicações em cães, infecção do
trato urinário, progressão e disseminação tumoral para outros órgãos,
principalmente quando em contato com a uretra (LIPTAK et al. 2004).
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Já em 2010, pesquisadores utilizaram a videolaparoscopia
para a terapêutica cirúrgica de criptorquidismo unilateral,
omentalização de cisto prostático e redução de hérnia perineal por
meio de uma única abordagem laparoscópica, mostrando que esta
é viável e pode contribuir significativamente para a diminuição da
morbidade e mortalidade pós-operatórias (BASSO et al. 2010).
Técnicas utilizadas na medicina utilizando cães como
modelo experimental
Histotripsia, uma tecnologia experimental extracorpórea
não invasiva de ultrassom focado (US), é capaz no fracionamento
do tecido prostático em modelo canino in vivo resultando de
citorredução tecidual. A histotripsia envolve o emprego de alta
amplitude, de curta duração (4 LS) de pulsos de energia ultrassonora
para um volume focal geométrico, em forma de charuto resultando,
no desenvolvimento de microbolhas. A oscilação, coalescência
e colapso destas bolhas produz fracionamento mecânico dos
tecidos-alvo, reduzindo a arquitetura do tecido e estruturas
celulares a uma lama fina de detritos acelulares. A ablação
volumétrica é conseguida movendo o volume focal do transdutor
ao longo da região alvo. Esta técnica foi realizada em 17 cães e mais
um cão onde houve um procedimento simulado (placebo) como
controle, em um total de 35 sessões de histotripsia prostática (1-3
sessões por próstata, dependendo do tamanho da próstata). A
média de volume da próstata foi de 20,7-5,2 cm. Durante o curso
do tratamento de histotripsia, a nuvem de bolhas de cavitação
foi facilmente observada com ultrassonografia guiada transretal
(TRUS), e o tecido do parênquima alvo se tornou progressivamente
hipoecoico, enquanto a uretra apareceu estruturalmente intacta
em imagens do ultrassom (SCHADE, 2011).
O tratamento cirúrgico do câncer de próstata e HPB tem mudado
drasticamente na última década, com a maioria das prostatectomias
realizadas por meio de abordagem minimamente invasiva. Em 2005,
mais de 10% de todos os casos de prostatectomias radicais (PR),
realizada em humanos, nos EUA foram feitas utilizando a cirurgia
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laparoscópica robótica assistida. Apenas 2 anos depois, a roboticPR e a laparoscópica robótica assistida (RALPH) foram estabelecidas
como o padrão para PR. Na verdade, existem atualmente mais
RALPHs realizadas nos EUA do que prostatectomias abertas (HERATI,
2011).
Com o avanço de novas tecnologias foi desenvolvido um
sistema de ultrassonografia transretal robótica, que monitora
os instrumentos do Sistema Cirúrgico Da Vinci®, para fornecer
orientações de imagens de ultrassom em tempo real, sem
restrições, durante a prostatectomia radical por laparoscopia
robótica assistida. Nessa técnica, o instrumento cirúrgico e o
transdutor transretal se alinham de tal modo que o plano de
imagem de ultrassonografia transretal rastreia fielmente a ponta
do instrumento Da Vinci controlada pelo cirurgião, ao passo que as
imagens de ultrassom transretal em tempo real são retransmitidas
para o cirurgião na console Da Vinci. Essa técnica se mostrou de
grande utilidade na identificação da uretra, a qual define a interface
de próstata e bexiga, durante a dissecção, identificando as vesículas
seminais e a sua localização em relação à parede retal, e o limite
distal da próstata no vértice, aumentando a destreza do cirurgião e,
consequentemente reduzindo o risco cirúrgico (MOHARERI, 2015).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente na medicina veterinária, a vídeo-cirurgia é uma
técnica que pode ser utilizada para realização de prostatectomias e
omentalização prostática, reduzindo o trauma cirúrgico e o período
de pós-operatório de cães submetidos a este procedimento.
Mesmo sendo, ainda, uma utopia em nosso meio, podemos antever
futuramente, assim como é realizado atualmente na medicina
humana, a laparoscopia robótica assistida poderá fazer parte da
rotina cirúrgica para os procedimentos prostáticos.
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