IDOSO NO CONTEXTO FAMILIAR 1 Amitaly Ribeiro; 2Lucimara Contel Evangelista; 3 Viviane Alcassa Lopes Discentes do Curso de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Sociais com ênfase no Trabalho Social com Famílias do Centro Universitário de Lins - Unilins, Lins-SP, Brasil [email protected]; [email protected]; [email protected] 1, 2, 3 4 4 M.Sc. Lourdes Passaura (orientadora); Docente do Curso de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Sociais com ênfase no Trabalho Social com Famílias do Centro Universitário de Lins - Unilins, Lins-SP, Brasil [email protected]; Resumo: O artigo tem como objetivo tratar a importância do idoso no âmbito familiar, assim como as políticas públicas em que estão envolvidos. O presente estudo tem grande relevância na atualidade, considerando o crescente aumento populacional dos idosos e os desafios apresentados. Uma das preocupações é a falta de preparação ou de prioridade do Estado e da sociedade capitalista em assumir esta nova realidade. Desta forma é necessário que se estabeleça mudanças no modo de pensar, formação cultural, econômico e social, para que o idoso possa exercer seus direitos integrando-se de forma articulada nas políticas públicas existentes. Reconhece-se por outro lado, o papel da Política Nacional do Idoso e do Estatuto do Idoso, fortalecendo assim seus direitos e propiciando experiências de valorização com atividades de integração nos grupos na sociedade e intra-familiar. Palavras chave: Idoso; Família; Direitos; Estatuto do Idoso; Sociedade 1 Introdução O crescimento da população idosa está ocorrendo de forma acentuada sendo este um fenômeno mundial. O Brasil, já não é mais um país de jovens e, sim, um país em crescente e acelerado envelhecimento. processo de Hoje há uma estimativa de que essa população ultrapassou 15 milhões de pessoas. Em estudos realizados, é previsto que em 2020 os idosos serão 15% da população brasileira, ou seja, 32 milhões, dos quais 24, 576 acima de cem anos, e desses 10, 423 homens e 14, 153 mulheres. (IBGE, 2000). É necessário que o Brasil desenvolva mecanismos de assistência ao idoso conscientizando-os em relação aos direitos, agregando princípios de respeito e autonomia, o que submete ao poder público o desafio de criar condições e estratégias que possibilite à população idosa, melhor qualidade de vida. A Constituição Federal de 1988, artigo 3º preconiza que é dever da família, do Estado e da sociedade, amparar as pessoas idosas assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar como a garantia do direito a vida. A família deve atender a seus idosos com amor e respeito, aceita-los com seus defeitos e qualidades, preservar sua dignidade dar-lhes autonomia enquanto puderem responder por si, incentivá-los a viver e aproveitar a vida integrá-los à comunidade, ouvilos atentamente, acolhê-los nos momentos difíceis, tratá-los nos momentos de enfermidade e 1 partilhar com ele a fé e os sentimentos (CNBB, 2003, p.95). No Brasil o envelhecimento compreende repercussões preocupantes, principalmente, no campo social e econômico, considerando que boa parte dos idosos ocupa posição de chefe de família. O envelhecimento pode ser compreendido como um processo de mudanças contínuas, ao longo de toda a vida. Estes processos de certa forma são influenciados por fatores sociais e comportamentais da vida cotidiana (VONO, 2007). Ao se tratar da temática do idoso no contexto familiar este artigo objetiva desenvolver uma análise crítica relacionando a família contemporânea os idosos e os estranhamentos sociais1 dificultando a efetivação dos seus direitos preconizados nas legislações vigentes (Constituição Federal, Estatuto do Idoso entre outros). O estudo realizado apresenta dados teóricos realizados e pesquisa de campo como facilitador para compreensão da teoria e prática. 2 Referencial teórico 2.1 A organização contemporânea. familiar O conceito família remete à imagem imediata de um conjunto de pessoas ligadas por laços de consanguinidade vivendo juntas em regime de coabitação. Atualmente, na sociedade, o conceito família consiste na compreensão das variações que este grupo pode e vem assumindo. Na analise evolutiva da família 1 O fenômeno do estranhamento social começa com algumas reflexões teóricas gerais, na tentativa aplainar o terreno para uma melhor compreensão dos dilemas e conflitos que o mesmo provoca. Parte-se de uma discussão do texto “O Estranho”, no qual Freud busca compreender o que causa a sensação de estranhar algo. observa-se uma série de alterações ocorridas ao longo das ultimas décadas. Bruschini (2000) nos primeiros séculos de colonização apresenta como modelo dominante de organização, a família tradicional, patriarcal, extensa, rural resultante da adaptação do modelo de família vivido e trazido pelos portugueses inserida na realidade socioeconômico em vigor no país. Uma realidade de família constituída, além do núcleo conjugal e de seus filhos, acrescida de um grande número de criados, parentes, aderentes, agregados e escravos, submetidos todos ao poder absoluto do chefe de clã, que era, ao mesmo tempo, marido, pai, patriarca. No século XVIII, inicio do processo de industrialização a família patriarcal sofre mudança em seu conceito influenciada pelo desenvolvimento da família conjugal moderna, onde casamento era constituído com base na escolhas dos parceiros e por afinidades. Esse padrão apresentou-se como um padrão da família nuclear, reduzida a pai, mãe e filhos. Tal mudança no paradigma familiar envolveu aos poucos, novos aspectos de socialização, entre estes, o papel da mulher na sociedade, quando esta deixou de ser apenas responsável do lar, (afazeres domésticos) e da educação dos seus filhos. Quadro este mais visível na década de 1960, marcado pelo movimento feminista, em que a mulher inicia a sua emancipação social (inserção no mercado de trabalho) e sexual, a livre escolha da mulher à maternidade, e uso de anticoncepcionais, assumindo a autonomia sobre seu próprio corpo. No seguimento deste contexto histórico familiar é notório perceber as diversas transformações que se apresentam no âmbito familiar e social. A atualidade tem apresentado algumas situações que vêem afetando a estabilidade na vida conjugal colocando, de certo modo, novos conceitos e significados do papel e intervenção dentro dela mesma e na sociedade. 2 Na atualidade, a família deixa de ser aquela constituída unicamente por casamento formal. Hoje se diversifica e abrange as unidades familiares formadas seja pelo casamento civil ou religioso, seja pela união estável; seja grupos formados por qualquer um dos pais ou ascendentes e seus filhos, netos ou sobrinhos, seja por mãe solteira, seja pela união de homossexuais (ACOSTA 2007, p. 64). As mudanças nos papéis sociais de gênero ocorrem mediante conflitos, às vezes manifestadas sob forma de violência doméstica. Muitos casais não suportam as divergências e se desfazem. Deste modo muitas pessoas que já possuem filhos passam a estar “disponíveis” para novas relações. Quando se formam novos casais reunindo pessoas que já tem filhos e todos coabitam, o casal e os filhos de casamentos anteriores, surge a denominada família recomposta. De acordo com Debert e Simões atualmente os domicílios brasileiros se organiza na maior parte como “famílias”, é expressivo o crescimento dos arranjos “nãofamiliares” compostos por grupos sem relação de parentesco ou por pessoas que vivem sozinhas. Em 2001, cerca de 80% da população brasileira vivia em áreas urbanas. Dentre os domicílios urbanos, cerca de 86% organizavam-se segundo diferentes arranjos familiares, e os 14% restantes eram arranjos “nãofamiliares”. No período 1990-2001, os domicílios com famílias aumentaram cerca de 45%, enquanto os arranjos familiares aumentaram cerca de 75%.(apud Camarano, 2004). Nesta modalidade de família que vai além do grupo consangüíneo é que convive o idoso, objeto em estudo a seguir. 2.2 O idoso e a convivencia familiar As relações familiares e intergeracionais vêm se pautando em diversas transformações nas estruturas familiares em geral. Entre estas, podemos citar a diminuição da taxa de natalidade, o aumento da taxa de expectativa de vida, o crescente número de divórcios e uniões estáveis, a maior participação da mulher no mercado de trabalho e aqui em destaque, na sua maioria, como arrimo de família e os novos modelos de arranjos familiares. Tais mudanças estão modificando cada vez mais o cotidiano da sociedade, e principalmente o mundo dos idosos. Porém, a interação familiar é vital para o bem-estar do idoso. É ali seu espaço de convívio, seu primeiro lugar social. Como integrante da família, o idoso acaba sendo sobrecarregado, assumindo na sua maioria as atividades como: organização doméstica, inclusive financeira2 cuidados na criação/educação dos netos, entre outros afazeres. Não se aplicando desta forma o que preconiza os artigos: A família é provedora de cuidados aos membros e, como tal, precisa também de cuidados e proteção do Estado. O reconhecimento da importância da família no contexto da vida está explicito no artigo 226 da Constituição Federal. Esta, por sua vez, endossa o artigo 16 da Declaração dos Direitos Humanos, que define a família como núcleo natural e fundamental da sociedade, com direito à proteção da sociedade e do Estado. O trabalho com idosos e sua interação no contexto familiar implica aos profissionais superação dos desafios no confronto ao que lhes é de direito preconizado na legislação e políticas públicas para esta população. 2 O BPC é um direito dos cidadãos garantido no artigo 203 da Constituição Federal de 1988 e, como tal, o acesso ao benefício não implica nenhuma contribuição, o beneficio é equivalente a um salário mínimo que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) proporcionado a: Idosos com 65 anos ou mais e Pessoas com deficiência e incapacitadas para o trabalho. 3 2.3 Idoso e as Politicas Públicas Importante referendar na discussão do idoso no contexto familiar, o papel das políticas públicas, em que o Estado tem papel fundamental. A Constituição Federal preconiza os direitos prioritários, ressaltando através da criação de leis suplementares mecanismo para que os direitos tenham sua efetivação. Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bemestar e garantindo-lhes o direito à vida. A família é provedora de cuidados aos seus membros e, como tal, precisa também de cuidados e proteção da sociedade e do Estado na garantia e efetivação de seus direitos como cidadão. O reconhecimento da importância da família no contexto de vida está explicito no Art. 226: Art. 226 a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado e da Constituição Federal. Em 1994 surge a Política Nacional do Idoso (PNI) lei 8842 garantindo ao idoso, sua autonomia, integração e participação efetiva como instrumento de cidadania. Sinaliza a necessidade de seu envolvimento na sociedade de um modo geral. Considera-se como sendo população idosa, o conjunto de pessoas ou indivíduos com 60 (sessenta) anos ou mais. Os idosos se vêem reassumindo papéis importantes na família, com reajustes familiares, assumindo responsabilidades para com seus familiares e estes, de certo modo, para com os idosos. Na garantida dos direitos do idoso, referente ao Artigo 3° torna-se indispensável desenvolver uma análise das obrigações da família e do poder público e da sociedade em geral na vida social do idoso: Art. 3° é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. O idoso na busca de efetivar seus direitos preconizados no seu Estatuto se depara com políticas públicas focalistas, residuais e seletivas, e, em algumas situações, tais políticas impossibilitam de usufruir de seus direitos conforme estabelecidos legalmente. Entende-se que: A violação dos direitos do idoso é um problema que toma maior amplitude a cada dia, em especial, pela forma como o idoso é socialmente caracterizado. Sendo pertinente, chamar a atenção para a necessidade de renovar os conceitos “mudança de mentalidade” em relação à figura do idoso na sociedade (CARTILHA, 2011). Com a aprovação do Estatuto do idoso – Lei Federal 10.741/03, que define os deveres da família, da sociedade e do Estado; regulamenta os direitos dos idosos; estabelece penalidades quando esses direitos são desrespeitados e determina as obrigações das entidades de atendimento aos idosos. O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo de proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhe por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para a preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social 4 em condições de liberdade e dignidade. (ESTATUTO DO IDOSO, Art. 2, 2004, p. 9). Contudo é necessária a criação de mecanismos em conjunto com a sociedade para que estes direitos preconizados possam ter sua efetividade nas políticas públicas existentes. Com a prática da cidadania em busca da garantia dos direitos em sua efetividade, contribuirá para o desenvolvimento de serviços, programas e projetos. Pode-se dizer que as relações familiares são reguladas pela sociedade através de normas e costumes, desta forma o Estado deveria reconhecer essas transformações que estão acontecendo, e redefinir suas políticas públicas, tendo como foco os grupos familiares, com finalidade de fortalecer vínculos na perspectiva de oferecer qualidade de vida e melhoria nas condições sociais. previstas na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes. (Art. 33, Estatuto, 2003) O Estatuto ressalta os direitos prioritários aos idosos resgatando sua dignidade e seus direitos como cidadão, já preconizado na Constituição Federal de 1988, LOAS e SUAS: A LOAS exige que as provisões assistenciais sejam prioritariamente pensadas no âmbito de garantir de cidadania sob vigilância do Estado, cabendo a este a universalização da cobertura e a garantia de direitos e acesso para serviços, programas, projetos sob sua responsabilidade (SUAS, 2005, p. 7) Diante destas questões faz-se necessário o debate desta temática, considerando-se a dicotomia entre as ações propostas e sua implementação. Pois neste contexto evidenciamos que as políticas públicas proporcionadas são ofertadas de forma parcial . Desta forma os idosos se deparam com ações seletivas muitas das vezes são oferecidos projetos estes tendo pequena duração e não os atendendo em sua integridade. A família e sociedade tem um importante e fundamental papel na busca e efetuação dos direitos em sua efetivação, qualidade e manutenção. O Estatuto do Idoso a Lei n. 10.741, em seu art. 9 prevê: É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção a vida e a saúde mediante efetivação das políticas sociais publicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade. (ESTATUTO DO IDOSO apud AGRIPINO, 2003, p. 16). As políticas sociais públicas devem estar articuladas entre si para prover a proteção social como um direito. Podendo atender e vivenciar a velhice no respeito às diferenças econômicas, social e cultural considerando o ser humano como prioridade absoluta, independente de sua faixa etária na garantia de uma inclusão para todos. Conforme o Estatuto [...] a assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada, conforme os princípios e diretrizes 3 Pesquisa de campo 3.1 Métodos e Técnicas A pesquisa de campo foi realizada em Agosto de 2013, em duas cidades, ambas de pequeno porte3 do interior do Estado de São Paulo, sendo realizada duas pesquisas no 3 Conforme IBGE cidade de pequeno porte é de 50 a 100 000 habitantes, cidade de médio porte de 100 000 500 000 habitantes e de grande porte acima de 500 000 habitantes. 5 assentamento (Rural) e quatro na cidade (Urbano). Que objetivou analisar a importância do idoso no contexto familiar e os desafios na efetivação de seus direitos. A pesquisa foi aplicada junto aos idosos que residem com suas famílias, assim como entrevistamos seus familiares. O procedimento da escolha foi aleatório, com perfil social diversificado. A metodologia usada foi descritivo-qualitativa. Utilizou-se como técnica o questionário que foi aplicado a 6 idosos e 6 familiares. As técnicas utilizadas foram observação sistemática e entrevista com os seguintes instrumentos: Roteiro de Entrevista para os idosos (Apêndice A); Roteiro de Entrevista para os Familiares (Apêndice B). Na figura abaixo se observa o nível de escolaridade, renda e se ainda efetuam atividades laborativas. Atividades L aborativas Acima de 900 R eais 1 S alario Mínimo 5ª á 8ª série 1ª á 4ª série 0,00% 3.2 Identificação Entrevistados e Perfil 3.2.1 Idosos Entrevistados Os idosos abordados foram respectivamente 50% do gênero feminino e masculino. Os idosos entrevistados nesta amostragem estão na faixa etária de 60 a 75 anos. Gráfico 1 Idade dos Idosos Entrevistados 100% 90% 80% 70% 33,33%3 60% 33,33%2 50% 33,33% 40% 30% 20% 10% 0% 60 a 65 anos 65 a 70 anos 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% dos 70 a 75 anos Fonte: Elaborado pelas autoras Figura I: Idade Gráfico 2 Escolaridade, Renda e se executa algum tipo de trabalho. E scolaridade R enda T rabalho Fonte: Elaborado pelas autoras. Figura 2: Trabalho, Renda e Escolaridade. É possível observar que 50% dos idosos ainda executam algum tipo de trabalho esporádico para complementação da renda familiar. Embora a renda proveniente do trabalho seja, em geral, responsável pela maior parte da renda familiar. No caso dos idosos homens, os rendimentos de aposentadoria representavam o principal componente da renda (54,1%), enquanto o rendimento do trabalho respondia por apenas 36%. Já para as idosas, quase 80% da renda era formada pelos rendimentos de pensão e aposentadoria. (IBGE, 2002) Pode-se analisar que a aposentadoria do idoso está comprometida com o pagamento de sua moradia, alimentação e medicamentos, conseqüentemente, há necessidade de continuar trabalhando para se manter e ajudar nas despesas de casa, uma vez que a aposentadoria é insuficiente 6 para suprir as necessidades básicas. Estes idosos, para ter um envelhecimento com qualidade e dar um pouco de condição à sua família, submetem-se a trabalhos esporádicos para cumprir com seus compromissos. Na amostra pesquisada é possível observar que 80% dos idosos entrevistados não concluíram o ensino médio, e 20% tem apenas a escolaridade fundamental. Sendo este um fator agravante na perspectiva sócio econômicas. Conseqüentemente a maioria dos idosos se veem sem profissão definida trabalhando em serviços gerais por não obter uma formação. Apesar dos avanços, a proporção de idosos com escolaridade mais alta ainda é pequena. Em 1991, 2,4% dos idosos tinham de 5 a 7 anos de estudo, em 2000, essa proporção passa para 4,2%. Para aqueles que concluíram pelo menos o ensino médio, a proporção passou de 7,5% para 10,5%, um aumento de 40%.(IBGE, 2002). Quando perguntamos aos idosos entrevistados, sobre a importância da família para eles e suas responsabilidades no contexto familiar e se este já passou por algum tipo de discriminação, relataram: A família é a base de tudo é no contexto familiar que construímos nossos laços de afeto um com o outro. Nunca vivenciei nenhum tipo de discriminação (Idoso A) A importância é grande, pois é no seio familiar que vamos adquirir os valores que vão nos acompanhar por toda vida. Nunca vivenciei nenhum tipo de discriminação. (Idoso B) É muito importante desde os aspectos financeiro, emocional e social. Nunca vivenciou nenhum tipo de discriminação por ser idoso. (Idoso C e D) Muito importante, vai-se envelhecendo e ai se vê a importância. As responsabilidades são iguais, com a vida não se brinca, é preciso ter respeito acima de tudo. Já sofreu preconceito racial pela sociedade. (Idoso E) É tudo para mim, os frutos que Deus me deu. Ajudar zelar, se tem que sair eu cuido das crianças para resolver o que tem para resolver. Não sofri discriminação, mas tenho vergonha por ser gordinha. Já presenciei alguns casos em ônibus e outros como ao atravessar a rua (Idoso F) Os entrevistados entendem que a família é de extrema importância, em todos os aspectos e que apenas um dos entrevistados vivenciou discriminação racial, porém, nenhum dos abordados sofreram discriminação por serem idosos. Na questão que aborda as Políticas Públicas voltada para o idoso, e, em qual o Serviço Social atua oferecendo condições adequadas para sua autonomia e qualidade de vida, relataram: Conhecem o Estatuto do Idoso, e que o Serviço Social atua em Instituição seja ela Pública ou Privada em Ongs entre outros. Sim, pois recebo ajuda com remédios da Farmácia Popular e na gratuidade dos Transportes coletivos (Idoso A e B) Temos aqui o Serviço Social do INCRA (Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agrária) é a Assistência que mais se aproxima da realidade do assentamento desenvolvendo seus trabalhos nas variadas expressões socioeconômicas entre elas famílias, crianças, adolescentes e idosos, gêneros e etnias entre outros, juntamente com planos programas e projetos direcionado a essa população, com reuniões palestras de fortalecimento de grupos como os projetos sociais dentre eles Associações de Mulheres, Projetos do Governo Federal como o Apoio Mulher, Terra Forte, P.A.A. (Programa de Aquisição de Alimentos) Doação Simultânea. Na questão econômica dos mesmos no incentivo ao plantio 7 e uso da terra e suas conquistas para os projetos destinados aos Assentamentos sendo eles citado acima, entre outros benefícios como aposentadoria, BPC (Beneficio de Prestação Continuada), Auxilio Maternidade, invalidez entre outros. (Idoso C e D) SUS- Sistema Único de Saúde. Procurei o Serviço Social para solicitar a carteira passe coletivo, porém foi negado. (Idoso E) Posto de saúde, Centro de referência de assistência social (CRAS) e ASDIL.(Idoso F) Analisa-se conforme os dados acima, que os idosos A, B, C e D, estão cientes de seus direitos e deveres contidos no Estatuto do Idoso entre eles, os programas e projetos destinados aos Assentamentos da Agricultura Familiar como contribuição na renda mensal e anual, e a inclusão sentiremse importantes no desenvolvimento de algumas atividades sociocultural e ou econômica. Porém os idosos E e F, apresentam desconhecer os seus direitos, demonstrando desfrutar apenas de alguns direitos básicos preconizados na constituição. O idoso E, quando necessitou de um laudo da Assistente Social, obteve um resultado negativo pela direção da instituição. Deste modo, pensar em Políticas Públicas no Brasil irá requerer uma reflexão frente à situação do Idoso no país, e o seu papel na atual conjuntura social. Ou seja, num país em processo de acelerado crescimento da população idosa não se poderá negligenciar a realidade deste segmento, seus direitos e suas necessidades (SIQUEIRA, 2007). Na questão referente às públicas abordamos quais as existentes que oferecem adequadas para sua autonomia e de vida, relataram: políticas políticas condições qualidade Tem melhorado muito hoje, tem coisas que não existiam como o Estatuto a Política o SUS Universalizado, tendo algumas coisas que avançaram de forma positiva isso nos favorece como cidadão de direitos e assegurados pelo Estado. Podemos observar coisas negativas que enfrentamos no dia a dia por sermos idosos. (Idoso A, B e E) Proporcionam cursos de artesanato, exercícios físicos e a inclusão da população idosa nos projetos e programas faz com que sentimos incluído na sociedade. (idoso C, D e F) Foi possível perceber através das respostas obtidas que os idosos conhecem seus direitos, assim como o Estatuto do Idoso, a Política Nacional do Idoso e as políticas públicas. Sua participação e inclusão em projetos e programas, faz com que se sintam inseridos na sociedade e exercendo papel de cidadão de direitos. Perguntamos se a renda é suficiente para atender as necessidades, relataram que: Não, com a minha renda eu consigo sobreviver, mas com algumas dificuldades, pois há muitos gastos com remédios. Alguns eu consigo gratuitamente, mas outros são muitos caros. Assim o beneficio que recebo se torna pouco para se ter uma vida melhor. (Idoso A e B) Para atender as necessidades básicas como alimentação, vestuário ate dá, mas se for querer alguma coisa a mais, como um carro, computador etc, já fica difícil na conquista desses bens. Portanto o que ajuda na renda mensal e anual é que temos variedades de alimentos entre frutas, legumes e verduras, assim não dependo apenas do benefício, aposentadoria ou pensão. (Idoso C e D). A renda é insuficiente pois faço uso de medicamentos tem mês que acho no SUS, porém o mês que não acho tenho que comprar e não tenho condição de fazê-lo, assim como alguns exames médicos. (Idoso E) 8 Quero ter melhor condições na questão material, necessito de um convênio, pois estou aguardando a realização de alguns exames, já faz algum tempo e até então não fui chamada por falta de vaga. (Idoso F) É possível observar nos relatos, que todos os entrevistados têm a percepção de que sua renda é insuficiente para se ter uma vida digna. Conseqüentemente entendem que o beneficio ao qual recebem é mínimo, suprindo apenas suas necessidades básicas (sub existência). Fator que os levam a realizar trabalhos esporádicos e outros como bicos em busca de prover seus compromissos existentes e obter melhores condições de vida. No momento, alguns planos de saúde estão desligando de seus quadros as pessoas com mais de 85 ou 90 anos. No Brasil, se os filhos não assumem a responsabilidade de pagar o plano de saúde para os pais, estes não tem condições de fazê-lo (CNBB, 2003, p. 21) No Brasil é possível observar as problemas enfrentadas pelo SUS – Sistema Único de Saúde, que esta enfrentando dificuldades em atender esta demanda emergente, que cresce a cada dia e tem necessidades peculiares e emergentes necessários para sua promoção, proteção e reabilitação. Desta forma, é possível observar os enfrentamentos dos idosos e suas fragilidades na busca da efetivação de seus direitos, tendo em vista que as políticas públicas ofertadas em sua maioria são fragmentadas, residual, focalista e de baixo custo não atendendo assim as necessidades apresentadas por esta população. 3.2.2 Famílias dos idosos Entrevistadas Nos estudos teóricos com os idosos abordamos suas famílias, enfatizando a importância do idoso no núcleo familiar. Constatamos na pesquisa que os familiares têm a percepção da importância do idoso em seu cotidiano, assim como seu papel no contexto familiar, papéis que se articulam no âmbito das relações familiares. Tal vivência depara-se num processo de troca de experiência, cultura, educação, trabalho e qualidade de vida. Iniciamos a pesquisa da família com a análise da composição familiar, sendo constatado que 50% das famílias são constituídas por três membros, 16,6% com 4, 5 e 10 membros. Na entrevista com as famílias, perguntou-se como a mesma define o idoso na família e se estes desenvolvem alguma atividade, estas relataram: A filha expõe a importância dos vínculos familiares como nas atividades desenvolvidas na horta, pecuária, olericultura e na agricultura. Aqui na nossa família respeitamos e consideramos o idoso como parte importantíssima das relações familiares. (Filha, 25 e Filho 18). Desenvolve apenas atividades físicas e ajuda na parte da organização da casa. (Neta, 23) Tem um papel importante na família sempre prestativa e atenciosa com todas as atividades da casa nos jogos e participam dos bailes da Terceira Idade. (Filha, 30) É a base estrutura familiar ajuda na criação, educação e muito mais. (Filha, 30) Aconselhador ensina de tudo um pouco nos problemas emocional a família é tudo. (Neto, 24) Percebe-se nas respostas, que as famílias conseguem assimilar a importância do idoso neste contexto, fator que fortalece os vínculos familiares. Os familiares assumem que o idoso tem papel fundamental na dinâmica familiar e que acabam contribuindo nos afazeres domésticos. Em relação às Políticas Públicas existentes no município perguntamos aos familiares: Se o idoso participa das ações 9 oferecidas a eles, e, se as mesmas atendem as suas necessidades. E se já foram atendidas em algum momento, pelo Serviço Social: Sim, atenção a saúde do idoso, para uma triagem, tratamento de doença e encaminhamento para transporte. (Filha, 30) Sim no hospital para as internações a Assistente Social orienta a família qual o procedimento da internação. (Neta, 23) Aqui no Assentamento sentimos necessidades das efetivações das Políticas Publicas para o idoso, precisa de mais lazer, transporte, projetos de dança, música, ginástica, na área da saúde temos o PSF (Programa da Saúde da Família) com médicos, fisioterapeuta, enfermeiros, dentista e os Agentes comunitários tudo aqui no Assentamento isso facilita para os usuários do SUS. (Filha, 25 e filho 18) SUS – medicação, exames e consultas (Neto, 24) Posto de Saúde- faltam muitas coisas (Filha, 30) É possível observar que algumas das famílias entrevistadas têm conhecimento das Políticas Públicas preconizadas aos idosos. Relataram que os mesmos participam de atividades de saúde, lazer, cultura, transporte e são atendidos pelos Assistentes sociais, quando necessitam. Na pesquisa realizada no assentamento os entrevistados disseram que sentem a necessidades de Políticas Públicas, e que estas tenham de fato efetividade. Relataram também as dificuldades enfrentadas em participar dos projetos sociais, o que contribuiria no desempenho físico, mental e na inclusão social. Por fim, questionou-se se a renda familiar é suficiente para atender as necessidades: Não, pois a renda nem da para suprir as necessidades básicas, gastos com medicamentos, alimentação diferenciada, o salário aposentadoria ou pensão não condiz com a realidade da família. (Filha 25 e filho 18) Sim, minha avô vive bem com a aposentadoria, mas poderia aumentar, pois os gasto com remédios etc; a renda familiar é suficiente em partes, mas conseguimos nos manter. (Neta, 23) Sim para a subsistência, mas para atender outras necessidades é insuficiente. O que nos ajuda aqui no Assentamento é que temos as frutas, legumes e verduras assim podemos vender para os Programas do governo como o P.A.A ( Programa de Aquisição de Alimentos) Doação Simultânea que hoje temos uma cota para cada Agricultor Familiar de R$ 6.200,00 isso ajuda a complementar na renda mensal e anual. (Filha, 25). Não é suficiente porque temos muitas contas, Fato que faz com que sobrevivamos com o básico. (Filha, 30) É insuficiente, mas temos que aprender a viver, é só saber fazer a utilização dos recursos corretamente sem abusos que dá para suprir as necessidades básicas e até comprar alguma coisinha a mais. (Neto, 24) Os entrevistados destacaram que o salário é suficiente apenas para as necessidades básicas, mas anseiam por melhores condições de vida financeira. Já os entrevistados do assentamento participa do Programa do Governo, que complementam a renda e valoriza assim seus produtos e suas variedades. A pesquisa aplicada apesar de ter sido breve, foi de grande importância para a conclusão deste trabalho com a obtenção de dados que o enriqueceu. Contudo o relato dos entrevistados nos fez perceber, que os idosos dependem e necessitam de seus 10 familiares assim como a família, em um processo de complexidade. Pode-se observar sobre a transferência de apoio das gerações mais velhas para as mais novas ressaltam, mais uma vez, a importância do papel dos idosos na família e na sociedade, elas mostram também como o contexto socioeconômico, particularmente desfavorável para os mais jovens, pode ser igualmente danoso para os idosos, que “não só vêem exaurir suas principais fontes de ajuda informal, como também acabam eles mesmos por arcar com o ônus de se tornarem fonte de ajuda informal para os familiares” (Saad, 2004,p.203). em considerável número de casos, os idosos sofrem algum tipo de violência (física, emocional ou social) inclusive no seio familiar. Paradoxalmente, verifica-se no entanto que o idoso tem assumido um papel cada vez mais relevante no que tange ao orçamento familiar, sendo ele em muitos dos casos o provedor do lar, fator este que o tem colocado em destaque no cenário socioeconômico e cultural contemporâneo. É importante ressaltar que o Estado, apesar das ações acima referidas não as aplica de forma universalizada, porém limita-se a oferecer políticas públicas segundo parâmetros socioeconômicos não seguindo as prerrogativas da Constituição Federal, que rege a sociedade sob a ótica dos direitos universais. Em relação às despesas crescentes com tratamentos de saúde, e ainda continuar contribuindo para o orçamento familiar, mesmo depois de uma vida dedicada ao trabalho, equivalia a uma “sobrecarga”, realçada pelos valores indignos das aposentadorias (Simões, 2004). Fica evidente, portanto, que o funcionamento do contrato intergeracional informal nas famílias brasileiras, em que os pais cuidam dos filhos e esperam ser cuidados por eles na velhice é afetado por dificuldades econômicas mais amplas e por deficiências das políticas sociais. 4 Conclusão O presente trabalho possibilitou analisar a realidade do idoso no contexto familiar e a garantia de seus direitos, estabelecidos pelo Estatuto do Idoso e pela Política Nacional do Idoso. Estes tem como intuito assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições que promovam sua autonomia, cidadania e efetivo protagonismo na sociedade. Para tanto foram analisados parâmetros obtidos através do método de pesquisa cientifica, onde constatou-se que 11 5 Referências Bibliográficas A família na contemporaneidade transformações e novas funções.Disponivel:http://www.cmddcamac ae.rj.gov.br/download/capacitacao_conselhe iro/familia_contemporaneidade.pdf ACOSTA, Ana Rojas;VITALE,Maria Amália Faller. 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São Paulo: Senac, 2007. 13 APÊNDICE A QUESTIONÁRIO PARA IDOSO l- Identificação Sexo: ( ) feminino ( ) Masculino Idade:_________ Estado Civil___________ Escolaridade:___________ Profissão anterior:______________ e atual:________________ Qual o tipo de renda que recebe: BPC ( ) Aposentadoria ( ) Pensão ( ) exporádico ( )Outros ________________________Valor R$_____________ Trabalho II-Situação de Domicilio: Própria ( ) Cedida ( ) Alugada ( ) Financiada ( ) Valor R$________ Outros___________ Número de cômodos na residência:_____ E quantas pessoas residem _______ lll- Perguntas Especificas 1- Qual a importância da família para você? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Quais responsabilidade que você tem na família? _______________________________________________________________________ 2-Você já sofreu algum tipo de discriminação ou foi impedido de realizar alguma atividade na familia e na sociedade por ser idoso? ( ) Sim ( ) Não Em que ocassião:____________________________________________________________ 3-Quais as politicas públicas que você conhece voltada para o Idoso? E em quais o Serviço Social atua? Justifique:________________________________________________________________ 4-Das politicas acima quais oferecem condições adequadas para sua autonomia e qualidade de vida? ( ) Sim ( ) Não Justifique: 5- A sua renda é suficiente para atender suas necessidades? ( ) Sim ( ) Não Explique? 14 APÊNDICE B QUESTIONÁRIO PARA A FAMÍLIA l- Quadro de Identificação: Nº Idade Parentesco Profissão Renda 1 R$ 2 R$ 3 R$ 4 R$ 5 R$ 6 R$ 7 R$ 8 R$ ll- Perguntas Especificas: 1Qual o papel do idoso na família? E quais atividades desenvolvem? _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ ______________________________________________ 2- Você já observou se existe algum tipo de discriminação ou já presenciou algum fato? ( )SIM ( ) NÃO Qual:_________________________________________________________________________ _______ _____________________________________________________________________________ _______________________ 3- De quais Políticas Públicas existentes no município o idoso (a) participa? _____________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 4- As políticas públicas atendem as necessidade dos idosos? ( ) SIM (Qual)_______________________ ( ) NÃO porquê?:________________________________________________ 5- Você ou sua família já foram atendidas pelo Serviço Social? ( )SIM ( ) NÃO Sob quais situações:______________________________________________________________________ __________ 7- A renda familiar é suficiente para o suprimento da família em suas necessidades? ( )SIM ( ) NÃO Explique:______________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 15