Data final para entrega: 26/04/2008 Hernandes José Pereira Matrícula. 20080050195 Anatomia de plantas vasculares De que modo às células do parênquima, do colênquima e do esclerênquima difere umas das outras? Quais são às suas respectivas funções? O parênquima ocorre entre a epiderme e os tecidos condutores; é formado por células vivas, com parede celular delgada. Existem vários tipos com diferentes funções: 1. Parênquima cortical e parênquima medular: tecidos com formação de preenchimento localizados, respectivamente, no córtex e na medula das plantas. 2. Parênquima clorofiliano, assimilador ou clorênquima: tecido com células clorofiladas, que são as principais responsáveis pela fotossíntese das plantas. 3. Parênquima aqüífero: tecido com função de reserva de água. Ocorre principalmente em plantas que vivem em ambientes secos ou salinos, servindo como reservatório de água. 4. Parênquima aerífico: tecido com função de reserva de ar. Ocorre principalmente em plantas aquáticas, auxiliando na flutuação e ás vezes na respiração. 5. Parênquima amilífero: tecidos com função de reserva, com células ricas em amiloplastos (grãos de amido). O colênquima é um tecido de sustentação da planta formado por células vivas, geralmente alongadas e com paredes espessadas ricas em celulose, pectina e outras substâncias. Não contém lignina 1. Colênquima angular: Nesse tipo de tecido, as paredes mostram maior espessamento nos ângulos; exemplos desse tipo de espessamento ocorrem no pecíolo de Begônia (begônia), caule de Fícus (figueira) e de Cucúrbita (aboboreira). 2. Colênquima lamelar: As células mostram um espessamento nas paredes tangencial interna e externa, como no caule de Sambucus. 3. Colênquima lacunar: O colênquima pode ter espaços intercelulares e quando os espessamentos ocorrem nas paredes próximas ao espaço é chamado lacunar, como no pecíolo de Salvia (sálvia), raiz de Monstera, caule de Asclepias (erva-de-rato) e de Lactuca (alface). O esclerênquima é um tecido de sustentação da planta formado por células mortas, com parede celular espessada em função principalmente do depósito de lignina. Esta lignificação impermeabiliza as paredes celulares e as células morrem. São dois os tipos de células: 4. Os esclereídeos (com formas variadas), As células são muito curtas, com paredes secundárias muito espessadas e presença de numerosas pontuações (simples e ramificadas). O tecido formado é muito rígido. Existem diferentes tipos de esclereídeos, classificadas de acordo com sua forma: a) Braquiesclereídeos ou células pétreas, que são isodiamétricas, aparecendo, por exemplo, no fruto da pêra (Pyrus); b) Astrosclereídeos quando mostram muitos braços geralmente longos, como ocorre em folhas de Nymphaea e Trochodendron; c) Osteoesclereídeos quando tem a forma de osso, como se observam em folhas de Haia; d) Macroesclereídeos quando são alongados e têm uma forma colunar, como ocorrem nos envoltórios das sementes de ervilhas e feijões ("células em ampulheta"); e) Tricoesclereídeos quando apresentam uma forma semelhante à tricomas, como ocorre nas raízes de Monstera, entre outros. 5. E as fibras (células delgadas e alongadas). As células esclerificadas que são longas e apresentam as extremidades afiladas, lume reduzido e paredes secundárias espessas recebem o nome de fibras. Servem como elemento de sustentação nas partes vegetais que não mais se alongam. Podem ser classificadas artificialmente como fibras xilemáticas e extras xilemáticas. a) O grupo de fibras extraxilemáticas, são assim denominadas porque ocorrem em outros tecidos que não o xilema. As paredes secundárias são muito espessas, freqüentemente preenchendo o lume celular e as pontuações são simples. As paredes celulares são mais lignificadas nas monocotiledôneas do que nas dicotiledôneas. Nas dicotiledôneas, estas fibras são floemáticas e são chamadas de fibras macias. Muitas destas fibras são usadas no comércio, como é o caso do Cannabis sativa (cânhamo), Linum usitatissimum (linho) e Boehmeria nivea (rami), pois têm pouca lignina. No cânhamo, as células têm cerca de 6 cm de comprimento, enquanto que no rami chega a ter 55 cm. No caso das monocotiledôneas, como Sansivieria zeylanica (espada-desão-jorge), Phormium tenax (linho-da-nova-zelândia), Agave sisalana (sisal), as fibras são de origem pericíclica, muito lignificadas e são chamadas de fibras duras Estas últimas são utilizadas comercialmente para a fabricação da juta e do lido.