AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A SÍNDROME PÓS

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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A SÍNDROME PÓSPOLIOMIELITE ENTRE FISIOTERAPEUTAS
Jéssica Nathalia Soares Oliveira1, Rodrigo Luiz Vancini2, Luiz Fernando
Peixinho-Pena2, Marília dos Santos Andrade2, Sandra Aparecida BeniteRibeiro1, Claudio Andre Barbosa de Lira1
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Setor de Fisiologia Humana, Universidade Federal de Goiás – UFG/Campus
Jataí, 2 Departamento de Fisiologia, Universidade Federal de São Paulo –
UNIFESP.
Introdução: A síndrome pós-poliomielite (SPP) é o termo usado para
descrever os sinais e sintomas, tais como perda de força muscular, a atrofia e
os problemas respiratórios que podem acometer pessoas que tiveram a
poliomielite paralítica. Quanto ao critério diagnóstico, este requer uma
abordagem clínica com caráter de exclusão de outras doenças neurológicas,
ortopédicas, psiquiátricas ou mesmo de consequências associadas ao
envelhecimento. O tratamento da SPP envolve uma equipe multiprofissional e
visa atenuar os sintomas. Um dos principais problemas no tratamento é a falta
de profissionais especializados dentre eles, o fisioterapeuta. Este profissional é
formado para reabilitação relacionada a diversos sistemas fisiológicos como,
por exemplo, os sistemas respiratório e muscular.
Objetivos: Avaliar o conhecimento de fisioterapeutas sobre a SPP.
Métodos:
Foi
elaborado
um
questionário
auto-administrável
sobre
a
poliomielite e a SPP com 33 questões do tipo sim/não/não sei (15 questões
sobre a poliomielite paralítica e 18 sobre a SPP). Além disso, existiam questões
sobre a formação acadêmica do profissional, tais como, anos de estudo e
maior titulação. Para participação no estudo, os voluntários assinaram o termo
de consentimento livre e esclarecido. Todos os instrumentos de coleta e análise
do presente estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
UFG (protocolo no. 25/2009).
Resultados: O questionário foi respondido por 61 fisioterapeutas (11 homens e
50 mulheres). Dos entrevistados, 23% responderam que o paciente não
recupera, total ou parcialmente, a capacidade funcional, sendo que 7%
desconhecem esse tópico; 44% já prestaram serviço para pessoas com
sequela de poliomielite; 10% negaram que existe tratamento para a poliomielite
e 18% não sabem se existe tratamento. Com relação à SPP, 31% nunca
ouviram falar sobre a doença; 46% não tiveram informações sobre a SPP; 31%
não sabem quais são as manifestações clínicas apresentadas por pacientes
com SPP e 3% negaram que a nova fraqueza, fadiga e dores musculares e/ou
articulares são as manifestações clínicas mais frequentes; 34% não souberam
responder se a SPP é uma doença que acomete somente pessoas que no
passado tiveram a forma paralítica da poliomielite e 47% responderam que
essa afirmação é incorreta; 60% não souberam dizer se existe uma forma de
tratamento para a SPP; 29% negaram que a SPP é uma doença
neuromuscular progressiva de piora lenta de sinais e sintomas e 39% não
souberam responder.
Conclusão: Os resultados revelam uma falta de conhecimento sobre a SPP
por parte dos fisioterapeutas avaliados. Este desconhecimento é devido ao fato
da poliomielite paralítica ter sido erradicada no Brasil e em grande parte dos
países do mundo. É preciso lembrar, no entanto, que existem pessoas com
sequelas de poliomielite paralítica, que ainda não desenvolveram a SPP, que
podem ser beneficiadas pela melhora do conhecimento da doença por esses
profissionais. Portanto, programas e políticas públicas de conscientização
desses profissionais devem ser elaborados tendo em vista que a perspectiva
atual é de um contínuo aumento do número de casos de pessoas com a SPP.
Adicionalmente,
a
inclusão
de
disciplinas
relacionadas
às
doenças
neuromusculares pode contribuir para a melhora do conhecimento sobre a
doença entre os profissionais.
Apoio financeiro: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Goiás
(FAPEG).
Palavras-chaves: síndrome pós-poliomielite, tratamento, fisioterapia.
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