centro de eventos alto san francisco santiago, chile

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CENTRO DE EVENTOS ALTO SAN FRANCISCO / SANTIAGO,
CHILE: ANÁLISE DE MODELO
HAMMES, Djulia1; ANDRADE, Amanda Schirmer de²; GAKLIK, Émille Schmitt³
Resumo: O presente trabalho objetiva o estudo e a análise do precedente – Centro de Eventos
Alto San Francisco – a fim de formar subsídios para o processo metodológico de projetar e/ou
adequar nova edificação condicionada pelo contexto histórico do sítio. O Centro de Eventos
Alto San Francisco, situa-se no último pavimento de um edifício de estacionamentos,
construído na década de 1980, na região central da cidade de Santiago, capital do Chile. Este
último nível consistia em um antigo Centro de Eventos Operacionais, que recebeu uma
intervenção arquitetônica baseada na ampliação e remodelação deste espaço. Contou com um
programa de necessidades rudimentar: um salão principal, terraços, lavabos, um vestíbulo e
uma ampla área de serviço. A proposta arquitetônica objetivou a criação de um grande espaço,
que fosse flexível e transparente – para que funcionasse como um mirante e possibilitasse a
visão dos principais pontos turísticos da cidade. O intuito da geração de uma Grande
Praça/Mirante foi alcançado com a inserção no local alto e constituído por árvores e folhagens
(semelhante às praças públicas). O salão de festas, que compõe um espaço particular, consiste
na principal ampliação realizada. Decidiu-se fazê-lo em estrutura de madeira laminada, por se
tratar de um material econômico e leve, que apresenta velocidade de execução e que permitiu
deixar toda a estrutura sem acabamento (rústico) – compondo um local muito aconchegante.
Além disso, a madeira em conjunto com os vidros conferiu ao salão uma excelente
transparência e sofisticação. Ao ampliar o último nível do edifício, conferindo-lhe um novo
volume, o arquiteto Juan Carlos Sabbagh não interferiu na composição formal da edificação:
os nove pavimentos abaixo da cobertura mantiveram sua composição original. A questão
sonora do Centro de Eventos foi um dos entraves mais complexos a serem solucionados,
considerando que existiam apartamentos muito próximos ao local. Para controlar a emissão de
ruídos, aplicou-se uma tecnologia aos vidros dos maiores painéis, contendo o som sem
impedir a vista do exterior. Além da emissão acústica para o entorno, outro quesito importante
a ser resolvido era a questão acústica interna. O recurso encontrado foi o telhado em formato
de “folha”, composto pelo teto de madeira em forma de treliça curva invertida no estilo
catenária, ou seja, uma curva plana suspensa por duas extremidades. Juntamente à forma,
utilizou-se uma espécie de pano absorvente na face interna do teto, permitindo um isolamento
acústico de sucesso e criando um espaço de design muito interessante. Percebe-se que a
edificação não gerou impactos ou modificações no seu entorno, pelo contrário, deu nova vida
a um pavimento que estava esquecido no alto de uma construção. Para isso, não foi preciso
retirar as lojas do pavimento térreo nem modificar o uso dado aos oito pavimentos de garagem
intermediários. As atenções foram simplesmente direcionadas para o alto: um novo volume
transparente e sofisticado surgiu, com excelente organização e decoração, destacando-se do
restante do edifício.
Palavras-Chave: Centro de Eventos. Intervenção Arquitetônica. Isolamento Acústico.
Volume Transparente.
1
Acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ.
E-mail: [email protected]
²Acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ. E-mail:
[email protected]
³Professora Mestre do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ. E-mail:
[email protected]
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