De A a Z: Guia de vitaminas para a alimentação infantil

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DE A A Z:
GUIA DE VITAMINAS PARA A
ALIMENTAÇÃO INFANTIL
Introdução
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Por que a alimentação é tão importante no desenvolvimento infantil
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A alimentação na infância
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O papel das vitaminas e minerais no desenvolvimento infantil
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Conclusão
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Sobre o ABC na Cozinha
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes é a chave para que as crianças cresçam saudáveis e se
desenvolvam integralmente. Nesse e-book, abordaremos as principais razões pelas quais uma alimentação
mais saudável durante a infância é fundamental para o desenvolvimento de qualquer criança.
Você descobrirá quais são as possíveis consequências de uma dieta pobre em nutrientes, como
a dificuldade de aprendizagem ou o surgimento de vários tipos de doenças. Apontaremos,
ainda, quais são os alimentos indicados para cada faixa etária, desde o nascimento até a
adolescência, e quais tipos de comida devem ser evitados.
Assim, você vai ver como é possível levar, sem maiores problemas, uma alimentação mais saudável para
dentro da sua casa e da vida dos seus filhos.
Então, confira o guia de vitaminas e minerais para a alimentação infantil que preparamos para você.
Boa leitura!
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POR QUE A ALIMENTAÇÃO É TÃO IMPORTANTE
NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
POR QUE A ALIMENTAÇÃO É TÃO IMPORTANTE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Em um período tão marcado por importantes mudanças físicas e intelectuais, uma alimentação saudável
é de suma importância para que a criança tenha condições de crescer, evoluir e manter-se com saúde ao
longo do seu desenvolvimento.
Essa época é também o período decisivo para a formação de hábitos alimentares saudáveis,
onde, espelhando-se na família, a criança tem maiores chances de desenvolver corretamente
a sua educação alimentar, passando a consumir naturalmente alimentos ricos em nutrientes
e vitaminas que proporcionarão mais saúde para o seu organismo. Com isso, é possível evitar
o surgimento de diversos tipos de doenças ainda na infância, como hipertensão, obesidade,
diabetes e anemia.
É importante evitar que alimentos industrializados, ricos em gordura trans e açúcar, por exemplo, sejam
consumidos em grande quantidade. Eles, além das doenças mencionadas acima, podem ser responsáveis
por distúrbios de aprendizagem, podendo comprometer o correto desenvolvimento das funções cognitivas
nessa idade.
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POR QUE A ALIMENTAÇÃO É TÃO IMPORTANTE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Dessa forma, uma alimentação correta também garantirá, em longo prazo, que a criança tenha em sua fase
adulta maiores chances de ter uma vida mais plena e saudável. Por isso, além de alimentar corretamente
o seu filho, busque formas de despertar em seu dia a dia o interesse necessário para que ele possa
perceber a importância que a alimentação representa, e passe a incluir bons alimentos em sua dieta por
livre e espontânea vontade.
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A ALIMENTAÇÃO NA INFÂNCIA
A ALIMENTAÇÃO NA INFÂNCIA
Os dois primeiros anos de vida são marcados por um desenvolvimento físico e social acelerado, sendo visível o
efeito que a falta de nutrientes causa na relação da criança com o ambiente. Crianças bem nutridas têm mais
energia para aprender por meio dos estímulos e facilidade para se relacionar com seus pais e cuidadores.
Conheça um pouco mais sobre a alimentação e sua influência nas diferentes fases da vida da criança.
0 A 2 ANOS
Até os 6 meses
Segundo dados do Ministério da Saúde, até os 6 meses de vida é muito
importante que a criança receba exclusivamente o leite materno. Além de
mais nutritivo do qualquer outro tipo de alimento para o recém-nascido, o
leite materno já contém a quantidade de água necessária para o organismo
do bebê. Sua capacidade gástrica é 20 ml ao nascer e de 200 ml aos 12
meses de idade e, por este motivo, outros líquidos, como chás, por exemplo,
podem diminuir o volume de leite ingerido e aumentar o risco de doenças.
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A ALIMENTAÇÃO NA INFÂNCIA
Dos 6 meses até os 2 anos
A partir dos seis meses até os dois anos de vida,
é importante que a criança comece a ingerir,
gradualmente, outros tipos de alimentos, como
frutas, legumes, carnes, leguminosas e cereais
— mas mantendo o aleitamento materno
na dieta e integrando os demais alimentos
de forma gradual, respeitando o tempo de
desenvolvimento do organismo de cada criança.
Nessa fase,em que são tão curiosos e propensos
a colocar tudo na boca, aproveite para preparar
frutas e vegetais em diferentes formatos e deixe
na frente deles para que possam começar a se
familiarizar com as diferentes cores, texturas,
aromas e sabores.
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A ALIMENTAÇÃO NA INFÂNCIA
Essa variedade nos alimentos deverá proporcionar a ingestão de vitaminas e minerais essenciais para o
desenvolvimento saudável e adequado e, por isso, alguns cuidados devem ser observados no preparo destes
alimentos:
• Selecione alimentos frescos e nutritivos;
• Certifique-se de que os utensílios e as mãos
estejam devidamente higienizados antes de
começar o preparo;
• Os alimentos devem ser cozidos com o mínimo
de água possível e apenas até ficarem macios,
evitando que se percam nutrientes sensíveis
ao calor;
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• NUNCA adicione sal ou açúcar. Utilize temperos
frescos para dar cor e sabor;
• Para garantir o aporte de nutrientes, selecione
ingredientes de diferentes grupos e cores a
cada dia e sirva-os separadamente;
• Não encha o prato: uma colher de sopa (rasa)
de cada grupo de alimento para cada ano de
idade é uma boa referência.
A ALIMENTAÇÃO NA INFÂNCIA
2 A 6 ANOS
De acordo com informações do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, nessa fase
a criança tem uma diminuição natural no ganho de peso e no seu crescimento. Por isso, é comum que pais, e
até alguns médicos, interpretem de forma errada alguns casos de perda do apetite de crianças durante a faixa
etária. Associado ao maior interesse da criança pelo meio que a cerca, as distrações e a falta de interesse no
alimento causam diversas tensões na família.
Para reverter este quadro, trabalhe com a curiosidade da criança: permita que ela manipule,
cheire e experimente os diferentes ingredientes. É comum que ela queira algo em um dia e
rejeite no outro, o que não significa que ela “deixou de gostar”, e tudo bem! Em outra ocasião,
pode-se tentar novamente, sem brigas ou chantagens.
Para garantir uma alimentação saudável e balanceada, deve-se restringir o acesso aos alimentos pobres em
nutrientes e ricos em açúcar, que são de fácil aceitação, evitando o aparecimento de doenças relacionadas à
falta de nutrientes no organismo da criança.
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A ALIMENTAÇÃO NA INFÂNCIA
7 A 11 ANOS
Entre os 7 e 11 anos de idade, as crianças passam a seguir uma rotina escolar. O convívio com outras pessoas
e as primeiras experiências sociais individuais contribuem no processo de amadurecimento de sua educação
alimentar. É papel dos pais servir de exemplo durante as refeições em família e limitar o acesso de alimentos
pouco nutritivos dentro de casa.
Esta fase é ideal para começar a conversar sobre as propriedades e benefícios de uma alimentação adequada,
fazendo com que ela seja consciente das suas escolhas.
ADOLESCÊNCIA
A adolescência é marcada por intensas transformações físicas, psicológicas e de ordem comportamental do
individuo. Com isso, o meio ambiente e o tipo de cultura em que o adolescente está inserido podem determinar
sua forma de alimentar-se.
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A ALIMENTAÇÃO NA INFÂNCIA
Aqui, a necessidade de energia que o organismo precisará é proporcional à velocidade com que o corpo cresce
e se desenvolve, o que acontece de forma muito acelerada. As alterações hormonais também demandam um
consumo adequado de vitaminas e minerais.
Deve-se atentar à sua suscetibilidade à influência da mídia e das pessoas que admiram que, associada com
a busca independente por informações, podem levar o adolescente a fazer dietas ou começar com modismos
alimentares. A busca por padrões de beleza física e algumas carências emocionais nesta fase de extrema
insegurança, favorecem o desenvolvimento de transtornos, como anorexia, bulimia ou compulsão alimentar.
Por este motivo, a alimentação do adolescente deve ser acompanhada de perto para garantir que ele esteja
ingerindo os nutrientes necessários para superar essa turbulenta fase de sua vida.
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O PAPEL DAS VITAMINAS E MINERAIS NO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
O PAPEL DAS VITAMINAS E MINERAIS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
VITAMINA A
A vitamina A e seus precursores (carotenoides), presente em laticínios, ovos, vísceras e vegetais de cores
fortes, como a cenoura, é muito importante para a formação da pele e das células do sistema imunológico,
atuando na prevenção de infecções, doenças respiratórias e diarreia. O sintoma mais conhecido de sua falta
é a chamada “cegueira noturna”.
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O PAPEL DAS VITAMINAS E MINERAIS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
VITAMINA C
A vitamina C, facilmente encontrada em frutas de sabor ácido e
hortaliças, é essencial para a formação de tecidos conjuntivos.
Portanto, sua falta nos primeiros anos de vida pode acarretar
em prejuízos na formação de ossos, cartilagens, dentes e outros
tecidos aumentando, também, o risco de contrair infecções.
VITAMINA D
Formada na pele quando exposta ao sol, age na absorção e fixação do cálcio e, de acordo com pesquisas
mais recentes, influencia no crescimento dos cabelos, na regulação do sistema imunológico e, ainda, na
resposta ao stress. Nos alimentos, é encontrado em grande quantidade em peixes de água salgada e, em
menor quantidade, em outros alimentos de origem animal. Alguns cereais e laticínios são enriquecidos com
este nutriente.
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O PAPEL DAS VITAMINAS E MINERAIS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
CÁLCIO
O cálcio é essencial durante a infância para a formação e crescimento adequado dos ossos, participando
também na coagulação do sangue, contração dos músculos e funções do coração. O leite e seus derivados
e peixes consumidos com a espinha (sardinha, por exemplo) são as melhores fontes de cálcio. Também
está presente nos vegetais folhosos de cor verde, na castanha do pará, nas amêndoas e feijões, devendo a
alimentação ser bastante variada e nutritiva para compensar eventual retirada de laticínios da dieta.
FERRO
Além de ser essencial para a produção de energia, este nutriente também atua na formação do colágeno,
ossos e no funcionamento do sistema de defesa do organismo. Sua principal fonte é a carne vermelha, mas
pode ser encontrada em frutas, vegetais, leguminosas e em cereais enriquecidos. Para melhor absorção do
ferro destes alimentos, recomenda-se que sejam ingeridos juntamente com frutas cítricas.
Sua carência na fase escolar pode causar, além dos clássicos sintomas de irritabilidade, apatia e fraqueza,
dificuldades de concentração e prejuízos no desenvolvimento cognitivo.
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O PAPEL DAS VITAMINAS E MINERAIS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
MAGNÉSIO
O magnésio atua no crescimento, regulação da
temperatura e seu consumo adequado traz benefícios
em diversas condições, como na hipertensão, no diabetes,
nas infecções por bactérias e fungos e, também, nas crises
asmáticas. Os alimentos de origem vegetal são fontes
deste mineral, que pode ser encontrado, também, no leite,
castanhas, carne e frutos do mar.
SELÊNIO
A redução do consumo de alimentos frescos nos países ocidentais tem causado uma preocupação cada vez
maior com a falta de micronutrientes, principalmente do selênio. Sua deficiência acarreta em redução da
capacidade de defesa contra infecções virais e, em casos mais graves, doenças cardíacas e da cartilagem
óssea. Para garantir a ingestão adequada, feijões, cereais integrais, carnes e oleaginosas (castanhas) devem
fazer parte da dieta.
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O PAPEL DAS VITAMINAS E MINERAIS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
ZINCO
O zinco é indispensável para a saúde humana, atuando no
crescimento, desenvolvimento, reprodução e regulação de
diversas funções. A deficiência deste nutriente durante
a infância e adolescência pode provocar um atraso no
crescimento estatural, além de afetar a percepção dos
sabores, a capacidade de cicatrização e, ainda, a defesa do
organismo, favorecendo infecções. Suas principais fontes são
as carnes vermelhas e os frutos do mar. Pode ser encontrado,
também, nos cereais integrais, castanhas, legumes e
tubérculos. Assim, uma alimentação bastante diversificada
estará adequada em zinco.
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CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
A melhor forma de garantir que seu filho consumirá todos estes nutrientes é proporcionando uma
dieta variada, incluindo alimentos de todos os grupos alimentares: cereais, verduras e legumes, frutas,
leguminosas, carnes e ovos, leites e derivados. Com relação àqueles dos grupos dos doces e gorduras,
cabe aos pais monitorar para que sejam consumidos com moderação, pois podem levar ao sobrepeso
e à falsa sensação de que a criança está crescendo “forte e saudável”.
Além da correta ingestão dos alimentos, é muito importante que ao longo do seu crescimento
a criança aprenda sobre o papel de sua alimentação em sua vida. Proporcionar uma educação
alimentar além de fornecer os alimentos em si, é também contribuir para que, no futuro, o
seu filho saiba sozinho alimentar-se corretamente.
Nesse contexto, convidá-lo para participar das tarefas na cozinha ou participar de um curso de culinária
infantil podem mostrar à criança diferentes formas de encarar os alimentos, além de trabalhar outras
habilidades inerentes ao seu desenvolvimento, como a convivência, socialização, tomada de decisões,
coordenação motora e sensibilidade.
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A ABC na Cozinha tem como objetivo desenvolver
as habilidades socioemocionais das crianças por
meio da gastronomia. Com o contato e o preparo
do alimento, são exploradas competências, como
autonomia, criatividade e compartilhamento, além
de ser reforçada a importância de uma alimentação
adequada para a nossa saúde. Levamos uma vida
mais saudável para você e sua família!
Palma, Domingos; Escrivão, Maria Arlete Meil Schimith; Oliveira, Fernanda Luisa Ceragioli. Guia de Nutrição
Clinica na infância e adolescência. 1ª Edição. São Paulo. Manole, 2009.
L. Kathleen Mahan, MS, RD, CDE and Janice L Raymond. Krause’s Food & the Nutrition Care Process.
14th Edition. Saunders, 2016.
National Academy of Sciences, Dietary Reference Intake. Disponível em: <https://fnic.nal.usda.gov/
dietary-guidance/dietary-reference-intakes>. Acesso em 18 de maio de 2016
Zempleni, Janos ; Rucker, Robert B.; McCormick, Donald B.; Suttie, John W. Handbook of Vitamins, Fourth
Edition (CLINICAL NUTRITION IN HEALTH AND DISEASE. 4th Edition. London: CRC Press, 2007.
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. vol.32 supl.2 São Paulo June 2010 Epub May 28, 2010
Editora:Francielly Kirchner Caobianco: Formada em Nutrição pela Universidade Federal do Paraná. Possui
experiência nas áreas hospitalar, neuropediatria e obesidade infantil.
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