INTRODUÇÃO

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATI
MESTRADO EM TERAPIA INTENSIVA
Emília Patrícia Leite Saraiva
Maria Verônica Gomes Rolim
CONTRIBUIÇÃO DAS TECNOLOGIAS DO CUIDADO NA ASSISTÊNCIA AO
PACIENTE DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA- UTI
JOÃO PESSOA – PB
2013
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Emília Patrícia Leite Saraiva
Maria Verônica Gomes Rolim
CONTRIBUIÇÃO DAS TECNOLOGIAS DO CUIDADO NA ASSISTÊNCIA AO
PACIENTE DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA- UTI
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado à
Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva - SOBRATI,
como requisito parcial para obtenção do título de mestre.
Orientador: Profª MsC. Woneska Rodrigues Pinheiro
Co- orientador: Profª Dr. Elson Gama
JOÃO PESSOA – PB
2013
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Emília Patrícia Leite Saraiva
Maria Verônica Gomes Rolim
CONTRIBUIÇÃO DAS TECNOLOGIAS DO CUIDADO NA ASSISTÊNCIA AO
PACIENTE DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA- UTI
Apresentado em ____/____/______
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
Docente da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva
________________________________________________
Docente da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva
________________________________________________
Docente da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva
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RESUMO
As Unidades de Terapia Intensiva caracterizam-se como locais destinados ao tratamento de
pacientes com risco de vida e com espaços tecnológicos de alta complexidade. É notória no
mundo inteiro a mudança cada vez mais acelerada com a inovação tecnológica, sendo
utilizada de forma enfática, incisiva e dominante. As tecnologias na área de saúde foram
agrupadas em três categorias: tecnologias duras, tecnologia leve -dura e tecnologia leve. Em
face ao exposto, a referida pesquisa tem por objetivo identificar na literatura, a contribuição
que as tecnologias do cuidado podem oferecer aos pacientes críticos de forma humanizada no
ambiente da UTI. Trata-se de um estudo de natureza bibliográfica narrativa do tipo
exploratória e descritiva. A análise dos periódicos no período delimitado nos permitiu a
identificação de vinte artigos científicos, tese de doutorada, dissertação de mestrado e livros.
Concluímos que a contribuição da tecnologia, oferecida na UTI, apesar de ser indispensável
para propiciar uma recuperação aceitável, permiti- nos afirmar que por si só não é suficiente e
é primordial o cuidado humanizado para tornar realmente efetiva a assistência ao paciente
crítico. Apesar dos profissionais terem consciência da necessidade do cuidado humano, o
cuidado técnico impera no ambiente cultural da UTI, porem ambos devem trabalhar juntos.
Palavras-chave : Unidade de Terapia Intensiva - UTI; Tecnologias; Cuidado.
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ABSTRACT
The Intensive Care Units are characterized as places for the treatment of patients with lifethreatening and technological spaces of high complexity. It is notorious worldwide change
with ever-accelerating technological innovation being used emphatically, incisive and
dominant. Technologies in health care were grouped into three categories: hard technologies,
soft-hard technology and soft technology. In view of the above, such research aims to identify
the literature, the contribution that technology can provide care to critical patients in a humane
way in the ICU setting. This is a study of bibliographical narrative of exploratory and
descriptive. The analysis of the journals in the period delimited allowed us to identify twenty
scientific papers, PhD thesis, dissertation and books. We conclude that the contribution of
technology, offered in the ICU, although it is essential to provide an acceptable recovery, let
us say that alone is not enough and humanized care is paramount to make really effective
patient care critical. Although professionals are aware of the need of human care, care
technician prevails in the cultural environment of the ICU, however both should work
together.
Keywords: Intensive Care Unit - ICU; Technologies; Care.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Distribuição do total de arquivos de acordo com a produção ...........................
23
Tabela 2 – Artigos pesquisados segundo o periódico e números de artigos
selecionados, autores, ano da publicação e titulo..............................................................
23
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SUMÁRIO
1. INTRODUZINDO A TEMÁTICA....................................................................
07
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................
10
3. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS....................................................... 21
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ......................................................... 22
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 25
6. REFERÊNCIAS..................................................................................................
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1 INTRODUZINDO A TEMÁTICA
O contexto das Unidades de Terapia Intensiva caracteriza-se como locais destinados
ao tratamento de pacientes com risco de vida e com espaços tecnológico de alta complexidade
e equipes altamente especializadas que auxiliam na sobrevivência dos pacientes críticos em
unidades individualizadas ou coletivas conforme o grau de risco ou gravidade, principalmente
do ponto de visto clínico, promovendo o bem-estar fisiológico e hemodinâmico.
Segundo Ferrari (2012), o primórdio de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi
idealizada por Florence Nightingale, enfermeira britânica que durante a Guerra da Criméia,
em 1854, com outras voluntárias, dedicou-se ao tratamento de soldados feridos, separados os
graves dos menos feridos. É nesse contexto que surge a necessidade de profissionais da
tecnologia e do cuidado humanizado e intensivo nas Unidades de Terapia Intensiva.
O Médico Bjorn Ibsen anestesiologista, em 1953, que assistia pacientes em locais
reservados e onde era possível identificar características próprias da assistência em UTI, com
a atenção dirigida à evolução dos parâmetros fisiológicos do paciente, segundo o mesmo
utilizou o termo “sala de observação” para descrever o local de permanência do paciente que,
na época, correspondia às salas de recuperação anestésica, precursoras das UTI. Onde o
estudo detalhado e comparativo das condições fisiopatológicas do paciente foi possível devido
à observação contínua dos pacientes em um local próprio e afastado dos demais doentes, que
se fazia necessária em decorrência da gravidade da saúde dos pacientes, (LINO, 2001).
As Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) foram criadas a partir da necessidade de
atendimentos do cliente cujo estado crítico exigia assistência e observação contínua de
médicos e enfermeiros, acomodando-se de forma a favorecer o cuidado imediato. As UTIs,
tiveram origem na década de 1950, com a evolução dos avanços tecnológicos na área da
saúde. (LINO; SILVA, 2001).
É perceptível a mudança cada vez mais acelerada com a inovação tecnológica. A
temática tecnologia não deve ser tratada através de uma concepção reducionista ou simplista,
associados somente á máquinas. As tecnologias na área de saúde foram agrupadas em três
categorias: tecnologias duras: representadas pelo material concreto; tecnologia leve-dura:
incluídos os saberes estruturados representados pelas disciplinas que operam em saúde,
exemplos da clínica médica, odontológica; tecnologia leve: que se expressa como o processo
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de produção de comunicação, das relações, de vínculos que conduzem ao encontro do usuário
com necessidades de ações de saúde. (MEHRY E et al, 1997).
Gonçalves (1994), desenvolveu um profundo raciocínio lógico e dialético para
compreender as práticas em saúde, discutindo e redefinindo Tecnologia. Portanto a tecnologia
não tem o significado corriqueiro de conjunto de instrumentos materiais, muitas vezes
associado à maior eficácia e produtividade por avanços em suas concepções operacionais.
O trabalho em unidade de tratamento Intensivo é complexo e intenso, devendo a
tecnologia e o cuidado levar a sua contribuição ambos entrelaçados e atender os pacientes
com alterações hemodinâmicas importantes, as quais requerem conhecimentos específicos e
com habilidade de decisões seguras e ter o cuidado de implementá-la em tempo hábil.
O cuidado Intensivo dispensado a pacientes críticos torna-se eficaz quando
desenvolvidas em unidades específicas, que propiciam recursos e facilidades para a sua
progressiva recuperação (GOMES, 1988).
Desta forma, o autor citado acima ressalta que os profissionais atuantes na UTI
precisam estar capacitados a exercer atividades de maior complexidade para as quais é
necessária a autoconfiança respaldada no conhecimento científico para que este possa
conduzir o atendimento do paciente com segurança entrelaçando o cuidado e a contribuição
das tecnologias.
No cotidiano das unidades de terapia intensiva, acredita-se que mais do que as
características dos clientes assistidos, não raramente em estados críticos, o ambiente da
terapia intensiva, marcadamente tecnológico e racional, possa ser o principal responsável
pelos diferentes significados e conceitos atribuídos aos cuidados da equipe nessas unidades
caracterizam a contribuição da tecnologia e humanização da assistência aos pacientes críticos
e sua ajuda na manutenção de órgãos vitais para preservação da vida.
A tecnologia compõe-se em elemento necessário e de grande valia para a prática de
saúde, inclusive para a enfermagem. Faz-se presente tanto no ambiente de trabalho quanto no
agir dos profissionais, em seus níveis de constante desenvolvimento. Produz ações voltadas
para o ser humano físicas, emocionais, estruturais e profissionais, por meio dos diversos tipos
de procedimentos que podem ser realizados, tornando-se viável a necessidade dos
profissionais voltarem um pouco à atenção para os tipos de tecnologias existentes em
ambiente hospitalar de terapia intensiva, visualizando sua importância na assistência.
Podendo ser explicadas as tecnologias do cuidado, através da própria classificação:
Leves (relações humanas, voltadas para a humanização, acolhimento); Leves-Duras
(conhecimento tecnológico operacionais, reparo e utilização); Duras (equipamentos, estrutura
8
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organizacional, máquinas). Sendo elas utilizadas em todos os setores de saúde e um deles é a
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (OLIVEIRA, 2009).
Diante desse contexto, surgiu à motivação para desenvolver este estudo a fim de
enfatizar a utilização das tecnologias do cuidado como avanço cientifico e técnicas no
atendimento do cuidado entre a tecnologia e humanização, suas implicações e contribuições
para a prática na UTI.
Este trabalho faz-se importante devido à promoção da valorização da qualidade do
cuidado do ponto de vista técnico relacionando a contribuição da tecnologia na humanização
da equipe a pacientes internados na UTI poderá contribuir também para a aplicabilidade das
diversas tecnologias como elo do cuidado e sua contribuição na manutenção da vida ou morte
tranquila de pacientes críticos em UTI.
Em face ao exposto, a referida pesquisa tem por objetivo identificar na literatura, a
contribuição que as tecnologias do cuidado podem oferecer aos pacientes críticos de forma
humanizada no ambiente da UTI.
Mediante o surgimento dessa questão, foram traçados os seguintes objetivos
específicos:
- Buscar o significado das tecnologias do cuidado no que diz respeito à assistência a pacientes
em UTI.
- Verificar a contribuição que as tecnologias do cuidado podem oferecer a pacientes em UTI.
9
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1 Histórico da Unidade de Terapia Intensiva
O conceito de prestação de cuidados intensivos e diferenciados aos pacientes originouse com a enfermeira britânica Florence Nightingale, que em 1854, durante a Guerra da
Crimeia no século XIX, que propôs separar os pacientes mais graves que necessitavam de
atendimento intensivo com observação constante centralizando os pacientes em um núcleo
especializado. Com essa medida, ela conseguiu uma redução de 40% para 2% na taxa de
mortalidade. (VILLA et al, 2002)
Embora a intervenção baseada na observação contínua do paciente tenha iniciado com
Florence, as UTIs, como são conhecidas atualmente, teve origem na década de 1950, com a
evolução dos avanços tecnológicos na área de saúde. Inicia-se com a instrumentalização da
assistência: uso de Raio X para o diagnóstico, suporte de oxigênio em concentrações elevadas,
inicialmente de modo não invasivo e, em seguida, invasivo, uso de sonda gástrica para
hidratação e alimentação e antibioticoterapia, segundo (CHEREGATTE, 2011).
Com o descobrimento de fármacos anestésicos e antibióticos, o aprimoramento de
técnicas cirúrgicas e o desenvolvimento de equipamentos que permitam oferecer um suporte
ventilatório aos pacientes com insuficiência no sistema respiratório, surgiam as primeiras
unidades de atenção aos pacientes graves, com as unidades de choque, de queimados e
neurocirúrgicas nos Estados Unidos e as salas de observações na Dinamarca
(CHEREGATTE, 2011).
No Brasil, as primeiras UTIs foram estabelecidas no início do ano de 1960, no Rio de
Janeiro e em São Paulo, que se aprimoraram e expandiram por todo o país na década seguinte.
As UTIs foram criadas com a finalidade de oferecer atenção contínua e suporte
avançado aos pacientes críticos, com risco de morte, lançando mão de recursos de alta
tecnologia que auxiliam ou substituem a função de órgãos vitais. A tecnologia amplia uma
gama de conhecimento e contribuem de forma clara quando com os seus aparelhos
conseguiam na presença de falência pulmonar, os ventiladores substituem os pulmões; os
cardiotônicos, os antiarrítmicos e os fármacos vasoativos conseguem manter o funcionamento
cardiocirculatório; mesmo que alguns autores escrevem que os avanços tecnológicos e os
aparelhos sofisticados não são capazes de aliviar a dor dos pacientes, identificado com o
maior estressor e a pior lembrança da UTI, os mesmos são essenciais para a equipe trabalhar e
10
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dar um suporte avançados e manutenção de vida aos pacientes, continua sendo essencial na
UTI (GOMES, 1988).
São inegáveis os benefícios e a contribuição da tecnologia do cuidado, advindo do
progresso da ciência. Sem a utilização da tecnologia na recuperação da saúde e manutenção
da vida, provavelmente, a expectativa de vida não teria crescido tanto nos últimos cinquenta
anos. O cuidar deve ser de competência profissional que deve avaliar sistematizar e decidir
sobre o uso apropriado de recursos humanos, físicos, materiais e de informações no cuidado
aos pacientes de terapia intensiva, visando o trabalho em equipe, a eficácia e custo-efetividade
e tecnologia e valorizando a qualidade do cuidado.
2.1.2 Cenário Atual da Unidade de Terapia Intensiva
Segundo Ferrari (2012), relembra o contexto antigo das UTIs rudimentares, afirmando
que as mesmas não tinham estruturas para o paciente, sem oximetria e com monitores
limitados. Lembra-se também das altas taxas de óbitos, em torno de 50%, com limitação de
profissionais qualificados e especializados. Hoje mostra outro cenário onde a tecnologia na
área de cuidados críticos está evoluindo constantemente e neste quadro inclui a humanização
dos profissionais para ajudar os pacientes. Durante o desenvolvimento das ciências médicas
vários equipamentos e dispositivos foram criados visando a atender pacientes de alta
complexidade.
No Brasil o conceito de Unidade de Terapia Intensiva foi implantado na década de
1970, sendo o Hospital Sírio Libanês (SP) o primeiro, com 10 leitos, em 1971, referem que as
CTIs (Centro de Terapia Intensivas) tinham com objetivos de prestar uma assistência ligada á
tecnologia. A CTI que atualmente denominada de UTI é dotada de Tecnologias dura ou seja
de máquinas e aparelhagem altamente sofisticada com pessoal treinado, métodos e recursos
técnicos, área física e tecnologia moderna e atualizada e tem como objetivo a filosofia do
bem e sobrevida do paciente crítico, (AMORIM et al, 2003).
Atualmente as UTIs são unidades indispensáveis no contexto hospitalar. A criação da
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) surgiu a partir da necessidade de aperfeiçoamento e
concentração de recursos humanos, materiais técnicos para um atendimento exclusivo e
continuo a paciente grave.
O presidente fundador da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva - SOBRATI,
Ferrari (2012), refere que a SOBRATI colaborou na mudança ideológica e inseriu visão
11
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contemporânea com formação avançada para os profissionais vinculados ao atendimento do
paciente crítico, apoio a indústria nacional e abertura integral das UTIs para a família e
preocupação constante com a qualificação, humana e democrática e o avanço tecnológico e
mudou a aceitação do equipamento nacional na UTI e pretende democratizar as UTIs
Brasileira: que estamos avançando e no caminho certo.
Alguns questionamentos são levantados por Silva (2006): onde termina, hoje, o
humano do corpo e começa a máquina? ou será, que ainda se pode cuidar do humano sem a
interposição da máquina? Se desconectar das máquinas e equipamentos e deixar de
implementar a multiplicidade de procedimentos e técnicas tecnologicamente fundamentadas
que povoam e configuram os ambientes de trabalho, ainda se pode ser profissionais que
promovem cuidados?
Segundo Pessini (2004), com frequência, são observados ambientes tecnicamente
perfeitos, mas sem alma e ternura humana. Essa desumanização do cuidado é ainda notória
nas UTIs, em que, por conta do domínio operacional dos aparelhos e a realização de
procedimentos técnicos, o cuidador e o ser cuidado parecem estar afastados.
2.2 Abordagem sobre o cuidar
Hoje, mais do que nunca a Enfermagem em cuidado intensivo deve ter base de
conhecimento que facilite a capacidade de perceber uma grande variedade de questão, como
informações altamente definidas e específicas, o profissional atuante deve ser o mais auto
realizado possível no sentido mais holístico e sua grande dimensão física-emocional-espiritual
e que atenda os desafios de cuidar daqueles gravemente enfermos. A essência da Enfermagem
em cuidados intensivos não está somente no ambiente, nas máquinas, no paciente, mas acima
de tudo no cuidado como um todo no processo de tomada de decisões, baseada na sólida
compreensão de condições fisiológica e psicológica.
Para Barnard (2001), a enfermagem como ciência do cuidar, é norteada por conceitos
humanísticos, tem adotado valores mecanicistas. Essa mudança paradigmática tem revelado
enfermeiros altamente especializados e capacitados para o domínio de equipamentos, mas
pouco efetivos, com problemas de relacionamento no trabalho em equipe e dificuldades no
atendimento às necessidades humanas básicas dos pacientes. No contexto da terapia intensiva,
a tecnologia e a humanização devem ser indissociáveis e complementares em prol da
integralidade da assistência.
12
13
Segundo Zagonel (1996), na busca de conceituar o cuidado, ele sempre teve um elo
historicamente vinculado com a enfermagem. Após várias pesquisas de estudiosos e em outras
áreas de conhecimento, pode-se constatar que, nas últimas duas décadas, o cuidado tem
merecido atenção especial por contribuir no atendimento aos pacientes em vários ambientes,
nos quais acontece o cuidado. No cotidiano das unidades de terapia intensiva, junto com o
cuidado humanizado temos um ambiente marcado por tecnologias, ou seja, máquinas leves e
duras e racionais, sendo que nesta visão possa ser o principal responsável pelos diferentes
significados e conceitos atribuídos ao cuidado nessas unidades, principalmente o cuidado em
foco o de enfermagem. A esse pensamento podemos avaliar que a tecnologia como suporte
básico avançado de vida, as mesma acabam se transformando em um segundo cliente para a
enfermagem cuidar, pois tal como os pacientes, elas precisam ser assistidas, tocadas,
revisadas todos os dias e cuidadas.
De acordo com Villa e Rossi (2002), no ambiente de UTI se encontram envolvidos no
cotidiano do cuidar quando se encontram tecnologias e seres humanos. No aspecto do
processo de cuidar o que mais precisa ser considerado é a relação dentro de uma perspectiva
holística, os valores humanísticos e artísticos e que desenvolvem a estimulação de fé
esperança dentro de uma sensibilidade e a ajuda com confiança dentro do seu limite do
cuidado, na maioria das vezes tem um envolvimento sentimental no cuidado.
Nas UTIs observam-se movimentos de humanização, na tentativa de aliar a
competência técnico-cientifica ao humanismo, que prega a compaixão e respeito à dignidade
da pessoa humana.
Para Gonçalves (1994), no contexto atual, o cuidado em terapia intensiva hoje, mais
do que no passado, tem sido balizado pela incorporação e ou utilização de novas tecnologias,
abrindo novos horizontes para a melhoria da qualidade da assistência e de vida dos sujeitos
que cuidam e daqueles que são cuidados.
Segundo Boff (1995), É provável que uma primeira abordagem do núcleo central de
cuidado se encontre na filologia da palavra cuidado. Com os filósofos sempre nos advertem
que as palavras estão grávidas de significados existenciais. Nelas os seres humanos
construíram de infindáveis experiências, positivas e negativas, experiências de busca de
certeza de perplexidade e de mergulho no certo ou não.
Assim é necessário entendermos a origem da palavra cuidada, pesquisada em clássicos
dicionários de filologia (Thesaurus Linguaes Latinae (1909)), em latim significa “cura no
contexto das relações humanas de amor e amizade.” Cura deveria expressar a atitude de
cuidado, de desvelo, de preocupação e de inquietação pelo objeto ou pela pessoa amada ou
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14
cogitar é pensar no outro, colocar atenção nele, mostrar interesse por ele e revela atitude de
desvelo, solicitude, diligência, zelo, atenção, bom trato”. Os latinos conheciam a expressão
dolor amoris (dor de amor) para expressar a cura e o cuidado para com a pessoa amada. Neste
caso existem dois modos de ser-no-mundo: trabalho e cuidado, isto é uma forma de ser-nomundo e, a partir daí, de relacionar-se com as demais coisas ao nosso redor principalmente
com o ser humano mais frágil.
Dentro deste contexto é importante é importante ressaltar a fenomenologia do cuidado,
onde entendermos a maneira pela qual qualquer realidade, no caso o cuidado, se torna um
fenômeno para nossa consciência, se mostra em nossa experiência e molda a nossa prática.
Nesse sentido não se trata de pensar e falar sobre o cuidado como objeto independente de nós,
mas de pensar e falar a partir do cuidado como é vivido e se estrutura em nós mesmos. O
cuidado possui uma dimensão ontológica que entra na constituição do ser humano. É um
modo-de-ser singular do homem e da mulher, sem cuidado deixamos de ser humanos
(FONTE?)
O grande desafio para o ser humano é combinar trabalho com cuidado. Eles não se
opõem, mas se compõem, limitam-se mutuamente e, ao mesmo tempo, complementam-se.
Juntos constituem a integralidade da experiência humana, por um lado ligado à objetividade e
por outro a subjetividade. Concluirmos com uma visão pequena que o ser-no-mundo
exclusivamente como trabalho pode destruir o mundo. Tem-se urgência em resgatar o modo
de ser do cuidado essencial, como o seu corretivo indispensável. Então pode surgir o cibiohte,
aquele ser que entra em simbiose com a máquina para melhorar sua vida e não para desvirtuála (HEIDEGGER, 1976).
Recordamos a frase do Livro o Pequeno Príncipe. “ Exuperx (1996), que fez fortuna
na consciência coletiva dos milhões de leitores:” È com o coração (sentimentos) que se vê
corretamente, o essencial é invisível aos olhos”. È o sentimento que torna pessoas, coisas e
situações importantes para nós e que chamamos de cuidado. Com isto, estamos nos referindo
à necessidade de adotar a humanização como diretriz política transversal entendida como um
conjunto de princípios e diretrizes que se traduzem em ações nas diversas práticas de saúde e
esferas do sistema caracterizando uma construção coletiva.
2.3 Conceituando Tecnologias do cuidado
Entende-se por tecnologia, um conjunto de conhecimentos aplicados a uma
determinada área, indo desde equipamentos de alto grau de complexidade, até procedimentos
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15
mais simples. O termo tecno: que vem de techni que é o saber fazer, lógia que vem de loge:
razão” ou seja” significa a razão do saber fazer. Para tanto, há permanente necessidades de
capacitação de pessoal, sendo prevista como estratégia institucional a otimização de tempo e
produtividade destes recursos (MADUREIRA, 2000).
Basicamente dois fatores no início do século XVII cooperaram para o aparecimento da
tecnologia como uma aproximação da técnica como ciência moderna. Primeiro: na Europa, o
surgimento de uma crença de que tudo poderia ser feito pelo ser humano a partir do
conhecimento científico; e segundo, a ciência experimental passou a exigir para seus
experimentos, instrumentos com maior precisão, fabricados por cientistas com dotes
artesanais, baseando-se em teorias científicas. No Renascimento, com o desenvolvimento da
ótica de Galileu (século XV), ocorreu a integração entre a técnica, tecnologia e ciência
(MENDES; GONÇALVES, 1994).
A partir de 1960 um rápido crescimento da unidade de cuidado intensivo em hospitais
destinados com CTI, viu-se a necessidade devido a um crescimento de programas do governo
em destinar verbas para setores mais críticos para atendimento de pacientes graves, apareceu a
necessidade de investimentos em tecnologia altamente moderna e do aumento de
disponibilidade de aparelho invasivo e não invasivo para medir, monitorizar e regular
sistemas orgânico, neste setor em sua totalidade contam com equipamentos de grande
precisão técnica e exigem uma importante aplicação de recursos financeiro, materiais e
humanos. Devido aos cuidados críticos e ininterruptos é necessário equipamentos altamente
complexos para auxiliar na manutenção da vida do paciente crítico, segundo (ZACARIAS,
2009).
Devido à característica de atendimento a pacientes graves e em risco, as Unidades de
Terapia Intensiva têm disponíveis equipamentos e aparelhos que auxiliam a manutenção e
recuperação da saúde. Segundo a escritora Canadense Maisey (2012), a UTI consiste em um
ambiente onde a ciência e a tecnologia estão equilibradas com bondade, empatias e
compaixão – para o paciente, sua família e para aqueles que trabalham como parte da equipe
de saúde. Os recursos tecnológico de uma UTI devem ser inovadores de infraestrutura,
sistemas e processos devem ser identificados, desenvolvidos e implementados para garantir
que a UTI seja um ambiente desejável e cobiçado para se trabalhar com cuidado humanizado.
Alguns equipamentos tecnológicos são específicos e somente são utilizados em UTI
especializadas. Entre esses equipamentos, podemos citar: ventiladores mecânicos, monitor
cardíaco, oximetro (saturação de oxigênio), monitor de pressão arterial não invasiva,
eletrocardiógrafo, aspirador de secreção, bombas infusoras de medicamentos, desfribilador
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16
dentre outros. Mas os recursos tecnológicos sofrem modificações, tornando-se mais eficientes
no apoio ao diagnóstico e ao tratamento de pacientes.
É notória no mundo inteiro a mudança cada vez mais acelerada com a inovação
tecnológica, sendo utilizada de forma enfática, incisiva e dominante. A temática tecnologia
não deve ser tratada através de uma concepção reducionista ou simplista, associados somente
á máquinas. Entendemos que a tecnologia compreende certo saber constituídos para a geração
e utilização de produtos e para organizar as relações humanas (MEHRY E et al, 1997).
As tecnologias na área de saúde foram agrupadas por Mehry et al (1997), em três
categorias: a) tecnologias duras: representadas pelo material concreto e refere-se ao
instrumental complexo em seu conjunto, englobando todos os equipamentos para tratamentos,
exames e a organização de informações ou seja tecnologia máquinas ou todo o mobiliário e
permanente; b) Tecnologia leve -dura: incluídos os saberes estruturados representados pelas
disciplinas que operam em saúde, exemplos da clínica médica, odontológica refere-se aos
saberes profissionais, bem estruturados com a clínica; c) tecnologia leve: que se expressa
como o processo de produção de comunicação, das relações, de vínculos que conduzem ao
encontro do usuário com necessidades de ações de saúde ou seja refere-se no trabalho vivo,
um ato, em um processo de relações, isto é, no encontro entre o trabalhador em saúde e o
usuário ou paciente
Segundo Nietshe (2000), a ciência e a tecnologia são valores, muito mais que coisas
ou artefatos, ou mesmos saberes. É tudo isso em complementariedade com o mundo vital,
num movimento que só pode adquirir significado na sua dimensão ética e política.
A apropriação de tecnologias, entendidas como duras, é considerada por Coelho
(1999), como fundamental para cuidar e assistir, pois elas contribuem na ampliação da
capacidade natural de sentir, embora exija da enfermagem um alto grau de qualificação
profissional.
No contexto atual, o cuidado em terapia intensiva hoje vem sendo auxiliada pela
incorporação ou utilização de novas técnicas, abrindo horizontes novas perspectivas para a
melhoria da qualidade do trabalho/assistência e de vida dos sujeitos que cuidam e daqueles
que são cuidados.
Sendo a Unidade de Terapia intensiva um local repleto de equipamentos de alta
tecnologia onde são colocados dentro do seu contexto á disposição da manutenção da vida
humana, onde a observação e o cuidado possam se constante e intensiva e que muitas das
situações possam ser revertidas a favor da vida. O problema que questionamos ou que parece
ser necessário refletir seria enfatizar a utilização da tecnologia como avanço cientifica e
16
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técnicas no atendimento do cuidado entre a tecnologia e humanização e sua contribuições para
a prática de cuidar de enfermagem em unidade de terapia intensiva (UTI).
2.3 Humanização da Assistência na UTI
Humanizar a assistência nas UTIs é integrar, ao conhecimento técnico-científico, a
responsabilidade, a ética e a solidariedade no cuidado ao paciente e seus familiares e na
interação com a equipe. Humanizar é traduzir em ação solidaria concreta um respeito à
dignidade e autonomia do outro; compreensão do significado da vida, em seus aspectos éticos,
culturais, econômicos, sociais e educacionais e, sobretudo a valorização da dimensão humana
do paciente em detrimento de sua patologia (PESSINI, 2004).
Segundo a AMIB (Associação Médica Intensiva Brasileira (2004), Humanizar a UTI
significa cuidar do paciente como um todo englobando o contexto familiar e social. Esta
prática deve incorporar os valores, as esperanças, os aspectos culturais e as preocupações de
cada um. È um conjunto de medidas que engloba o ambiente físico o tecnológico, a família e
os relacionamentos entre a equipe de saúde. Estas intervenções visam, sobretudo tornar
efetiva a assistência ao individuo criticamente doente, considerando- o como um todo biopsico-sócio-espiritual.
De acordo com Nunes (2013), humanizar é um ato ou efeito de humanizar não uma
técnica, não é uma arte ou artifício, é um processo vivencial que permeia toda atividade de um
local e das pessoas que ali trabalham, dando ao paciente o tratamento que merece como
pessoa humana, dentro de circustância peculiares que cada um se encontra no momento de sua
internação.
Humanizar é um processo que deve envolve toda a equipe da UTI, e é
responsabilidade da mesma, além de intervenções tecnológica e farmacológica, a preservação
da integridade do paciente como ser humano.
O governo federal, em maio de 2000, regulamentou o Programa Nacional de
Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), com a finalidade de criar uma cultura de
humanização. Com o objetivo de melhorar o atendimento à população e regatar o
relacionamento entre profissionais de saúde e pacientes (MS, 2000).
O programa destaca a importância da associação entre os aspectos tecnológico da
assistência e as habilidades de relacionamento dos profissionais de saúde para a melhora da
qualidade assistencial. O ministério da Saúde estabeleceu a Política Nacional de Humanização
(PNH), conhecida como Humaniza SUS criada em 2004, com o objetivo de estabelecer um
17
18
caráter transversal à cultura de humanização, para atingir todos os níveis de atenção à saúde.
E vêm complementar como papel primordial capacitar os trabalhadores e estimulando o
trabalho em equipe multiprofissional e a gestão de indivíduos como cuidadores.
Nos níveis de atenção hospitalar e especializada existem focos importantes, em que se
incluem as UTIs, são eles:
Garantia de visita aberta, por meio da presença do acompanhamento e sua
rede social. Respeitando a dinâmica de cada unidade hospitalar e as
peculiaridades das necessidades do acompanhante; Mecanismo de recepção
com acolhimento dos usuários; Mecanismo de escuta para a população e os
trabalhadores; Garantia de continuidade da assistência; Definição de
protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias
e respeitando as diferenças e as necessidades do sujeito; Equipe
multiprofissional de atenção à saúde, com horário pactuado para o
atendimento à família e/ou à sua rede social; Existência de Grupos de
trabalhos de Humanização, com um plano de trabalho definido (MS, 2004,
p?).
A humanização das UTIs é um dever moral, ético e legal dos profissionais de saúde.
Vale destacar que além da PNH, diversas leis federais e estaduais garantem o direito a um
atendimento à saúde mais digno. A própria Constituição Brasileira oferece o amparo em seu
art.1º, inc. 3º, ao afirmar a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos do Estado
Democrático de Direito.
Em relação aos enfermeiros, o Código de Ética dos profissionais de Enfermagem,
quanto aos princípios fundamentais da profissão, em seu art. 3º, norteia a prática profissional
para o respeito à vida, à dignidade e aos direitos do ser humano, em todas as suas dimensões.
É notório que existe Código de ética Profissional, um Programa Nacional e uma
Constituição Federal que asseguram e estimulam o respeito à dignidade do ser humano, não
precise mais falar acerca de humanização para os profissionais, porque depende, em principal
do compromisso individual de cada pessoa. Para Humanizar a assistência em UTI, é
necessário atentar para as dimensões do cuidado: o paciente, a família e a equipe, em seus
aspectos biológico, emocional, espiritual e social, respeitando Igualdade/Equidade no
processo fisiológico e patológico.
Nas dimensões da humanização e independente do uso da alta tecnologia, cabe ao
enfermeiro manter esta presença humanizada e diríamos ainda carinhosa junto ao paciente.
Sabemos que o avanço tecnológico na área da saúde é uma grande conquista, mas seria
melhor associar esta tecnologia a favor do resgate da natureza humana.
18
19
Portanto para que haja humanização em uma UTI acontecem três diferente aspectos
para serem considerados (AMIB, 2004): o ambiente físico, o cuidado com o paciente e seus
familiares, atenção dos profissionais e da equipe multiprofissional.
Lembramos aqui a importância da “essência do cuidar”, que envolve o respeito a
individualidade, o carinho, o estímulo à independência e à dedicação para com todos da
equipe e o próprio paciente.
2.3 Tecnologia do Cuidado e a Assistência de enfermagem
A UTI necessita ter disponível uma tecnologia e equipamentos necessários que
assegurem e agilizem a monitorização dos vários parâmetros vitais do paciente, bem como
outro a enfermagem humanizado e no cuidado direto ao paciente grave que visem a
manutenção da vida do paciente.
A Tecnologia é um fato concreto na UTI e tem como objetivo de auxiliar na sobrevida
do paciente, sendo de grande impacto do suprimento e renovação de equipamentos eletrônicos
de suporte vital ao paciente na UTI e ao mesmo tempo a enfermagem que trabalha na UTI
devem se adaptar ao ritmo da nova tecnologia a serviço da saúde do paciente.
A UTI atualmente dispõe-se de equipamento de monitoramente de multiparâmetros
invasivos e não invasivos; respiradores de ultima geração, bomba de infusão em quantidade
suficiente para atender á complexidade de cada paciente. Portanto a tecnologia na Uti tem
uma estrita relação com a enfermagem e vem realizar ou contemplar um aparato tecnológico
complexo e variado para auxiliar a monitorização e sustentação da vida, representando
consequentemente um avanço no sentido de assistência ao cliente, segundo alguns autores
pesquisados, tecnologia ao mesmo tempo, que tem uma contribuição também dificulta a
proteção da equipe de saúde, e principalmente a de enfermagem por defrontar-se com
materiais por vezes desconhecida, e cada vez mais sofisticado (ROMANO; VEIGA, 1998).
19
20
3 CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS
A presente pesquisa foi de natureza bibliográfica narrativa do tipo exploratória e
descritiva, de forma que atendeu a problemática central da pesquisa, que foi realizar revisão
da produção científica sobre as tecnologias do cuidado, com a finalidade de obter e
multiplicar o conhecimento sobre o referido assunto.
A pesquisa bibliográfica procura esclarecer problemas em documentos já publicados,
podendo ser de caráter descritivo ou experimental, em que ambos procuram analisar e
comparar conclusões científicas já existentes sobre determinado tema (CERVO; BERVIAN,
2002).
A revisão narrativa é a forma mais comum de revisão, onde o autor procura identificar
o conceito chave usado na literatura, oferecendo uma crítica de forma que venha a analisar e
sintetizar as pesquisas anteriores e colocar no seu contexto atual, apresentando uma avaliação
e uma interpretação dos questionamentos colhidos (JONES, 2011).
Para OLIVEIRA (2008), a pesquisa bibliográfica é um método imprescindível para
levar o pesquisador em contato direto com obras ou temas em estudos, sem precisar ir à busca
dos fatos da realidade.
Uma revisão bem elaborada não é simplesmente uma réplica mecânica de algo que
alguém já disse ou falou sobre um assunto particular, e sim, uma interpretação de trabalho ou
assuntos existentes, oferecendo um julgamento claro e de maneira que servirá de
complemento para a temática em questão (JONES, 2011).
Oliveira (2008, p. 69) afirma que:
A pesquisa documental é muito próxima da pesquisa bibliográfica. O
elemento diferenciador está na natureza das fontes: a pesquisa bibliográfica
remete para as contribuições de diferentes autores sobre o assunto, atentando
para as fontes secundarias, enquanto a pesquisa documental recorre a
materiais que ainda não receberam tratamento analítico, ou seja, a fonte
primaria.
Os estudos exploratórios correspondem às investigações de pesquisas empíricas, cuja
finalidade é a formulação de questões, em que se busca descrever hipóteses, aumentar o
vinculo de familiaridade do investigador com o fato ou fenômeno em pesquisa, modificando
ou clarificando conceitos (MARCONI; LAKATOS, 2005).
20
21
Ainda sobre a pesquisa exploratória Oliveira (2008) afirma que se trata de uma forma
de investigação em que se busca uma explicação geral sobre determinado fato, assim, a partir
dessa explicação cria-se uma possibilidade de levantar um novo problema ou obter uma nova
percepção, resultando numa pesquisa mais consistente.
A pesquisa descritiva consiste na observação, registro, análise, classificação e
interpretação dos fatos, isto é, o estudo busca esclarecer significados dos fenômenos sem
manipulá-los, sendo este tipo de pesquisa bastante desenvolvida nas ciências humanas e
sociais (ANDRADE, 2003).
Para Oliveira (2008), a pesquisa descritiva direciona-se para a observação e
investigação de fenômenos, procurando descrevê-los em detalhes, resultando numa análise
profunda da realidade pesquisada. Sendo considerada bastante abrangente por permitir uma
relação com os aspectos sociais, econômicos e outros, além de envolver a percepção de
diferentes grupos.
3.2 Local e Período da Pesquisa
O presente trabalho foi realizado em documentos publicados sobre o assunto a que se
propôs o estudo, como base de dados eletrônica (PUBMED, LILACS, BIREME, GOOGLE,
ACADÊMICO, SCIELO) livros, artigos científicos, teses e dissertações, possibilitando
conclusões gerais e levantamento de problemas sobre a área estudada.
A construção deste trabalho teve início em novembro de 2012, porém o mesmo foi
desenvolvido durante os meses de janeiro a abril de 2013.
3.3 População e Amostra
A população foi constituída pelas literaturas existentes sobre as tecnologias do
cuidado. A amostra foi constituída por fontes literárias que tenham sido publicados em anos
recentes. Nesta etapa o pesquisador teve um desafio em selecionar as referencias mais
relevantes dentre uma enorme quantidade de material.
3.4 Procedimentos e Instrumento para Coleta de Dados
O projeto foi desenvolvido através de etapas, que seguiu levantamento das
bibliografias, leitura exaustiva do material, em seguida fichamento e análise das idéias. Logo
após foi realizado uma correlação das idéias e síntese do assunto com inferências da autora.
21
22
Sobre o fichamento Marconi e Lakatos (2010), afirmam que se trata de uma
ferramenta importante, em que oferece facilidade na manipulação, ordem do assunto e seleção
constante da documentação, contribuindo também para a organização das idéias principais das
fontes de referencia selecionadas pelo autor, que por sua vez deve descrevê-las com o máximo
de exatidão e cuidado.
Simultaneamente a autora efetuou downloads e organizou as referências juntamente
com os resumos e qualificações das temáticas para reconhecer os artigos importantes, então,
foram colocados limites como datas, idiomas e local da publicação.
3.5 Análise e Interpretação dos Dados
Os dados foram analisados de acordo com a técnica de análise de conteúdo, que de
acordo com Marconi e Lakatos (2010), são organizados a partir de três momentos
cronológicos básicos, que consistem em formular hipóteses, elaborar indicadores que apoiarão
as hipóteses definidas e em seguida levantamento dos documentos de análise.
Como se trata de uma pesquisa bibliográfica foi usado o método de descrição,
objetivando descrever os fenômenos já existentes sem interferências da autora, procurando
correlacionar à freqüência, a relação e as características envolventes na vida social, política
econômica e principalmente nas ciências humanas identificando o perfil de indivíduos ou
grupos (CERVO; BERVIAN, 2002).
Assim, quando foi lida uma determinada quantidade de referencias foi possível
realizar uma avaliação detalhando a importância de cada item observado, sendo julgada a
relevância dos significados das descobertas, bem como o resultado do estudo.
22
23
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
A distribuição total das literaturas pesquisadas pode ser observada na tabela 1, que
foi construída de acordo com o tipo de produção:
Tabela 1: Distribuição do total de arquivos de acordo com a produção
Tipo de produção
Nº
%
Artigos
20
80%
Caderno do Ministério da
Saúde
Livro
2
1
8%
Dissertação
1
4%
Tese
1
Total
25
4%
100%
4%
Fonte: própria
Conforme observado na tabela 1, as referencias mais freqüentes foram os artigos
que englobam 80% (n = 20) da amostra, em seguida os cardernos do Ministério da Saúde com
8% ( n = 2), livro, dissertação e tese com 4% ( n = 01) em cada, completando a amostra final
de 100%.
Segue na tabela abaixo a relação dos artigos pesquisados, ano de publicação e titulo
dos mesmos:
Tabela 2- Artigos pesquisados segundo o periódico e números de artigos selecionados,
autores, ano da publicação e titulo.
PERIÒDICOS
/NÚMEROS
ARTIGOS
AUTORES
ANO
TÍTULO
DE
Revista
Texto
& Zagonel
Contexto Enfermagem
1996
Epistimologia do cuidado humano: arte e
ciência da enfermagem, abstríadas da
1996
06 Trabalhos
Idéias de Watson
Pacheco
1997
O Ser- Paciente em uma UTI: uma abordagem
fenomenológica.
23
24
2001
Mehry E.E
Em busca de Ferramentas analisadoras da
tecnologia em saúde.
2002
Et al.
2005
Lino et al
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI).
Méire &
Uma Tentativa de humanizar a relação da
equipe de enfermagem com a família de
pacientes internados em UTI.
Cianciarulio
O Significado do Cuidado em Unidade de
Terapia Intensiva e a (des) Construção do
discurso de humanização em Unidades
Tecnologicas.
SILVEIRA et al
Revista Brasileira de Eboh
Enfermagem
1998
UTI’s
1998
06 trabalhos
Lopes et al
Collet & Rozendo
A Comunicação Profissional de Saúde X
Cliente diante das novas tecnologias.
2003
Humanização e trabalho na enfermagem.
2003
Nunes, W.C, et al
2006
Humanização da equipe em UTI.
2012
Evolução Histórica e impacto da tecnologia na
24
25
Barra et al
área de saúde.
Ribeiro
et al
Enfermagem
em
foco
descrevendo
necessidades de familiares de crianças
internadas em Unidade de Terapia Intensiva
neonatal
Pacheco
.
Artigo Científicos
Prest et a
2008
02 trabalhos
Romano & Veiga
Situação de enfermagem no gerenciamento de
recursos de UTI.
Veiga
Revista Eletrônica
Ahlert et al
2003
01 Trabalho
Revista Paulista de Amorim
enfermagem
Silveira
A Pesquisa Construção do conhecimento
Cientifico do Planejamento aos Textos da
Escola à academia.
& 2003
A eticidade da educação: o discurso de
uma práxis solidária / universa.
Humanização e trabalho na enfermagem.
01 Trabalho
Revista Intensiva RI
D. Ferrari
2012
03 Trabalhos
História da UTI.
Entrevista com a Escritora Canadense
Dayla Maisey Fala sobre a série Never
Ending
JOUNEY.
Motivações
e
dificuldades enfrentadas no ambiente de
UTI.
Perfil de familiares visitantes em uma UTI
adulto de Mato Grosso.
Revista Ciências da Zacarias C. C et 2009
Saúde 01 Trabalho
al
Implantação de tecnologia de cuidado em
Unidade de Terapia Intensiva aos usuários
e seus familiares.
Revista da Escola
de
Enfermagem
Evolução
Barra et al
2006
Histórica
e
impacto
de
25
26
UFG
Tecnologia na área de saúde.
01 Trabalho
Revista Escola de Coelho
EANC
1999
Enfermagem na Unidade de Terapia
2008
Intensiva.
(UFRJ)
Tecnologias leve em saúde e sua relação
com o cuidado de enfermagem Hospitalar.
Revista Escola Anna
Silva et al
Nerry 03 Trabalhos
Revista
Latino Rocha
Americana
de
Enfermagem
2000
O Processo de Trabalho de enfermagem
em
Saúde
coletiva
e
a
interdisciplinaridade.
Os resultados obtidos com a pesquisa realizada através de diferentes ferramentas
indicaram a existência de diversos conteúdos ou conceito de tecnologia dentro do contexto
pesquisado.
Procurou-se investigar as contribuições de pesquisadores sobre às tecnologia do
cuidado como avanço científico e tipos de tecnologias leve, leve-dura e dura no atendimento
do cuidado entre a tecnologia e humanização e sua participação no processo de cuidar em
Unidade de Terapia Intensiva(UTI).
Verificamos que na maioria das vezes os profissionais envolvidos na assistência
generalizam a concepção de tecnologia e cuidado, sendo pertinente a definição de cada um
dentro da assistência.
Dos autores acima, 08 (oito) foram a favor das tecnologias duras, sendo assim
essencial na assistência, 05 (cinco) que a contribuição das tecnologias dura-leves são de
extrema importância e 12 (doze), que a tecnologia leve se sobrepõe as demais referindo que o
elo entre profissional e cliente são de suma importância.
Para Passini (2004), no cenário das UTIs o sistema de saúde está passando por uma
crise de valores e identidade, na qual o processo e a tecnociência parece ser valorizada em
detrimentos do indivíduo. Ainda complementa quando diz:” Que são observados ambiente
26
27
tecnicamente perfeitos, mas sem alma e ternura humana, e quer por conta do domínio
operacional dos equipamentos e a realização de procedimentos técnicos, o cuidador e o ser
cuidado parecem estar afastados”.
Conceituamos tecnologia, como um conjunto de conhecimentos aplicados a uma
determinada área, com tecnologias duras (máquinas) de alta complexidade e que pode realizar
procedimentos complexos até o mais simples.
As tecnologias na área de saúde foram agrupadas por Mehry et al (1997). em três
categorias: Tecnologias duras, representadas pelo material concreto, como o mobiliário e
permanente ás máquinas, tecnologias Leve -dura, refere-se aos saberes profissionais, bem
estruturados como a clínica médica, odontológica, epidemiologia entre outras, enquanto
Tecnologia Leve refere-se no que produz-se o trabalho vivi, um ato, em um processo de
relações, isto é no encontro entre o trabalhador em saúde e o paciente.
No Renascimento, com o desenvolvimento da ótica de Galileu (Século XV), ocorreu a
integração entre a técnica, tecnologia e ciência (VARGAS, 1994).
Este caminho traçado pela tecnologia segundo Zacarias (2009), ocorreu em avanço na
Unidade de Terapia Intensiva, em Hospitais, destinados como UTI, viu-se a necessidade de
investimentos do governo para estes setores críticos, para se tornar um atendimento mais
amplo e investir em tecnologia altamente moderna e de aumento de disponibilidade de
aparelhos invasivos e não invasivos para medir e monitorar e regular o sistema orgânico
exigindo todo um amparato tecnológico e humano.
Para Heidegger (1976), “não temos cuidado, somos cuidado”. Isto significa que o
cuidado possui uma dimensão ontológica que entra na constituição do ser humano. Sem
cuidado deixamos de ser humanos. E quer o grande desafio para o ser humano é combinar
trabalho com cuidado. Eles não se opõem, mas se compõem, limitam-se mutuamente e ao
mesmo tempo, complementam-se.
Gonçalves (1994), elaborou um conceito de tecnologias quando afirma que também
refere-se ao instrumenta máquinas complexas em seu conjunto englobando, todos os
equipamentos para tratamentos, exames e a organização de informações.
Nietsche (2000), a ciência e a tecnologia são valores, muito mais que coisas ou
artefatos, ou mesmo saberes, ou seja, qualquer objeto que faça a mediação entre o pensamento
das pessoas e a realização da ação propriamente dita.
A apropriação de tecnologias, entendidas como duras, é consideradas por (COELHO,
1999), como fundamental para cuidar e assistir, pois elas contribuem na ampliação da
27
28
capacidade natural de sentir, embora exija da enfermagem um alto grau de qualificação
profissional.
A AMIB (Associação Médica Intensiva Brasileira (2004), Humanizar a UTI significa
cuidar do paciente como um todo englobando o contexto familiar e social. È um conjunto de
medidas que engloba o ambiente físico e o tecnológico, família e os relacionamento entre a
equipe de saúde. O que conclui que estes conceitos fazem elo com a tecnologia Leve- dura
Dentro deste contexto podemos conceituar a humanização como um processo que
deve envolver toda a equipe de UTI, e é responsabilidade da mesma, além de intervenções
tecnológica e farmacológica, a preservação da integridade do paciente como ser humano
O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) 2000,
vem destacar que o objetivo principal do mesmo é associações entre os aspectos tecnológico
da assistência e as habilidades de relacionamento dos profissionais de saúde para a melhoria
da qualidade assistencial, através de capacitações dos trabalhadores de saúde e a gestão de
indivíduos como cuidadores.
As inovações tecnológicas contribuem para o aprimoramento do cuidado, porém não
podemos esquecer que é o cuidado que utiliza a tecnologia, e quando tem-se essa
compreensão favorece um apontamento em direção a um cuidado mais eficiente, eficaz e
convergente aos requerimentos dos ser cuidado.
Portanto a tecnologia e o cuidado sistematizado organizado cientificamente, favorece a
manutenção da vida, proporcionando conforto e bem estar e contribuem com uma recuperação
saudável ou morte tranquila. A discursão sobre o tema abordado é longa e a resposta para está
problemática parece se encontrar ao nosso entendimento no aproveitamento da tecnologia de
forma benéfica e acima de tudo está em cada profissional, na forma como ele percebe e utiliza
a tecnologia do cuidar no seu cotidiano da assistência do paciente crítico.
28
29
29
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentro do contexto da contribuição que a tecnologia do cuidado pode oferecer na
humanização do paciente de UTI, percebeu-se com as reflexões elaboradas a partir da
literatura estudada que a UTI é uma unidade mais complexa que qualquer outro setor de saúde
e dotado de monitorização continua e que admitem potencialmente pacientes graves, e que
com o suporte e tratamento intensivo podem ter possibilidade de restabelecer a saúde.
Os profissionais que trabalham nestas unidades complexas são designados
intensivistas e necessitam saber lidar com altas tecnologias que fazem uma monitorização
completa e vigilância 24 horas, onde tem a função de amenizar a dor e os distúrbios existentes
independente do prognóstico.
A essência da enfermagem do cuidado e de tecnologia intensiva é observada não no
ambiente da UTI ou nos equipamentos especiais e complexos, mas no processo de tomada de
decisões baseada na sólida compreensão das condições fisiológica e psicologia dos pacientes.
É necessário refletimos sobre o fato de que apesar das discussões sobre humanização,
e de que é inegável a importância da existência da tecnologia leve está relacionada
diretamente com o trabalho vivo, um ato, em um processo de relações, ou seja o encontro
entre o trabalhador em saúde e o paciente.
Na UTI é preciso utilizar recursos tecnológicos cada vez mais avançados, para os
profissionais que não deveriam esquecer que jamais a máquina substituirá a existência
humano e o cuidado humanizado.
Na atualidade do cenário das UTIs, todo o sistema de saúde está passando por uma
crise de valores e identidade, na qual o processo e a tecnociência parecem ser valorizados em
detrimentos do indivíduo, são observados ambientes tecnicamente perfeitos, mas sem alma e
ternura humana. Essa desumanização do cuidado é ainda notória nas UTIs, em que, por conta
do domínio operacional dos aparelhos e a realização de procedimentos técnicos, o cuidador e
o ser cuidado parecem estar afastados.
Apesar dos profissionais terem consciência da necessidade do cuidado humano, o
cuidado técnico impera no ambiente cultural da UTI, porem ambos devem trabalhar juntos.
Por isso todos os profissionais envolvidos devem se conscientizar que só é possível
humanizar uma UTI, partindo de nossa própria humanização, não se pode humanizar o cuidar
29
30
no atendimento do paciente crítico, antes de aprender como ser inteiro e integro consigo
mesmo.
Percebeu-se que as inovações tecnológicas favorecem o aprimoramento do cuidado,
porém não podemos esquecer que é o cuidado que ultiliza a tecnologia, e quando há tal
compreensão apontamos em direção a um cuidado mais eficiente e eficaz e convergente aos
requerimentos do ser cuidado. Assis a tecnologia e o cuidado sistematizado favorece a
manutenção da vida, proporcionando conforto e bem-estar e contribui com uma recuperação
aceitável ou morte tranquila.
Quando abordamos a contribuição das tecnologias do cuidado ao paciente na UTI
onde é essencial a existência permanente das máquinas, percebemos que o assunto muito rico
e que tende a ser um enfoque inesgotável de ideias diante do enorme avanço tecnológico
vivenciado nesse novo século e com expansão e oportunidade da SOBRATI em formar
intensivista com conhecimentos amplos e humanizado.
Concluímos que a contribuição da tecnologia, seja ela dura, leve-dura ou leve,
oferecida na UTI, apesar de ser indispensável para propiciar uma recuperação aceitável,
permite-nos afirmar que por si só não é suficiente, sendo primordial o cuidado humanizado
para tornar realmente efetiva a assistência ao paciente crítico, que deve ser percebido como
um ser holístico.
Este trabalho, no seu conjunto, não tem a pretensão de bastar-se por si, mas,
esperamos que ele venha a instigar mais ideias a cerca da tecnologia no cuidado humanizado
na UTI.
30
31
6. REFERÊNCIAS
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33
34
# MENINAS O TRABALHO ESTÁ BOM, FALTA APENAS ALGUNS DETALHES A
SEREM CORRIGIDOS, AO REALIZAREM A CORREÇÃO PODEM SUBMETER NA
PLATAFORMA DA SOBRATI!
# AS LETRAS EM VEMELHO QUER DIZER QUE JÁ FORAM CORRIGIDAS POR MIM.
É SÓ PARA VCS SABEREM O QUE FOI MUDADO, NÃO MEXAM! MUDEM APENAS
A FONTE PARA PRETO NOVAMENTE.
#JÁ FORMATEI O TRABALHO COMO DEVE SER, SUGIRO QUE AS CORREÇÕES
SEAM REALIZADAS NESTA CÓPIA, POIS PERCEBI QUE ALGUMAS CORREÇÕES
QUE TINHA FEITO ANTERIORMENTE NÃO SE ENCONTRAVAM AQUI, TIVE QUE
REALIZAR TUDO OUTRA VEZ. MEXAM NESTA COPIA MESMO.
#ENVIEM O TRABALHO PARA ELSON TAMBEM, PARA A PLATAFORMA DA
SOBRATI E PARA ESTE EMAIL SOLICITANDO APRESENTAÇÃO: [email protected]
# NÃO ESQUEÇAM DE ME ENVIAR OS SLIDES!
BOA SORTE!
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