“Inovação da Gestão em Saúde e Tendência para o Futuro” Gestão de Custo e Qualidade dos Serviços Hospitalares SÓCIOS-DIRETORES Renato Camargos Couto • Médico • Especialista em Clínica Médica, Terapia Intensiva e Infectologia • PhD em Medicina • Professor da Faculdade de Medicina da UFMG Tania Moreira Grillo Pedrosa • Médica • Especialista em Clínica Médica, Medicina do Trabalho e Infectologia • PhD em Medicina • Professora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais Solução gerencial completa e especializada para a saúde 5 medicos 33 enfermeiros 1 farmaceutico 5 Administratores 2 advogados 1 Fisioterapeuta CLIENTES CONSULTORIA: Presente em mais de uma centena de organizações de saúde Mais de oitenta organizações de saúde acreditadas/certificadas SISTEMA DE INFORMAÇÃO: Presente em 226 organizações de saúde ENSINO (@-LEARINING): Mais de seiscentos alunos especialistas Mais de mil e duzentos alunos em cursos curtos de capacitação Hospitais: 7.388 leitos Operadoras: 3.168.792 vidas Estados onde o IAG Saúde está presente PRODUTOS Operadoras de Saude Suplementar ACREDITAÇÃO / CERTIFICAÇÃO GESTÃO DE RISCOS DRG BRASIL CUIDADO PRIMÁRIO, SECUNDÁRIO E DOMICILIAR PACIENTE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL QUALIFICAÇÃO E DIMENSIONAMENT O DA REDE DE PRESTADORES PROMO-PREV REGULAÇÃO SISTEMA DE SAÚDE Cenário do Sistema de Saúde Cenário da Rede Hospitalar Brasileira Algumas manchetes sobre o tema: • Dívida de 800 milhões de dólares dos hospitais privados MedicinaS/A • Crise financeira ronda hospitais “top de linha” Folha de São Paulo • Nível de endividamento da rede privada equivale de oito a dez meses de faturamento Estado de Minas Cenário das OPSS MODELO ATUAL DO SISTEMA DE SAÚDE SUPLEMENTAR TRIPLO OBJETIVO Sustentabilidade Controle de acesso e uso Repasse da sinistralidade Operadora BASES PARA A INOVAÇÃO DO MODELO ENTREGANDO VALOR E ELIMINANDO O DESPERDÍCIO PORTER e TEISBERG (2006) Mudança de paradigma: De: competição de soma zero Para: Competição baseada em valor Pagamento baseado em resultado Mudança endossada pelas organizações: IOM, IHI, National Quality Foundation, entre outras. BASES PARA A INOVAÇÃO DO MODELO DE SAÚDE ENTREGANDO VALOR E ELIMINANDO O DESPERDÍCIO V = P * (QT + QS) DESPERDÍCIO V = Assistência perfeita P = Protocolos, evidências científicas QT = Qualidade Técnica QS = Qualidade dos Serviços NOVO MODELO DE SAÚDE Duplo Objetivo Sustentabilidade Operadora Qualidade de atenção a saúde com segurança máxima Fornecedores Médicos OBJETIVO DO NOVO MODELO REMUNERATÓRIO Operadoras Assistência à Saúde Prestadores de Serviços Indústria de Equipamentos e Química Médicos ANS ANVISA Ministério da Saúde Teoria Geral dos Sistemas – Ludwig von Bertalanffy (1930) Sustentabilidade do sistema pela entrega de valor e fim do desperdício COMO CRIAR UM NOVO MODELO ASSISTENCIA HOSPITALAR BRASILEIRO QUE GARANTA ENTREGA DE VALOR E SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA? MUNDO A China será a maior economia do mundo neste ano. Se a previsão se concretizar, a China terá alcançado essa marca cinco anos antes das previsões dos economistas. Estadão Conteúdo 12/05/2014 09:00:00 Gestão de Custo e Qualidade dos Serviços Hospitalares DIAGNOSIS RELATED GROUPS - DRG 1 - O que é o DRG? 2 - Qual a experiência mundial com o uso? 3 - O que muda com o DRG? 4 - Como o DRG pode garantir sustentabilidade ao sistema? 5 - Quais as dificuldades de implantar? 6 - Quais os riscos de seu uso? 7 - Onde vem sendo aplicado no Brasil? 8 - DRG: uma alternativa para evoluirmos com novos modelos de remuneração? O QUE É O DIAGNOSIS RELATED GROUPS – DRG • Década de 60: Criada a metodologia na Universidade de Yale, EUA • Década de 80: Torna-se a forma predominante de compra e gestão de custos hospitalares nos EUA Dissemina seu uso em todo mundo • Década de 90: Torna-se uma metodologia de gestão da efetividade assistencial: estabelece a relação de resultados assistenciais e custos • Década de 2010: DRG Brasil Adaptação do MS-DRG do CMS ao sistema de códigos e regras brasileiros Integrado a um sistema de governança clínica O QUE É O DIAGNOSIS RELATED GROUPS – DRG • O DRG – Diagnosis Related Groups - é uma metodologia de categorização de pacientes internados em hospitais em produtos. • O DRG é a combinação : Diagnóstico principal Comorbidades Idade Procedimentos cirúrgicos • O DRG é um “Produto assistencial ” clínico ou cirúrgico que tem um consumo homogeneo de recursos São 784 produtos assistenciais VALIDAÇÃO Processo contínuo e para códigos CID10-PCS (MS-DRG) e tabela de procedimentos cirúrgicos TUSS Equipe médica realiza cruzamento das variáveis conforme metodologia do MS-DRG 3ª - Fase Estabelecimento de tabelas de equivalência para CID-10-CM (MSDRG) e CID-10Datasus; 2ª - Fase 1ª - Fase Construindo DRG-Brasil Atualização anual em conjunto com a publicação dos dados do MSDRG pelo governo norteamericano. Construindo DRG-Brasil MS-DRG do Medicare Medicaid dos EUA adaptado à realidade brasileira pelo IAG Saúde 69.000 códigos clínicos de doença principal e comorbidades N faixas de idade 86.000 códigos americanos referentes a procedimentos para 6.200 códigos Tuss e SUS Combinados em mais de 1 Milhão de cruzamentos QUAL A EXPERIÊNCIA MUNDIAL COM O USO DO DIAGNOSIS RELATED GROUPS – DRG Regiões onde a metodologia DRG é utilizada O QUE MUDA COM O DRG? Sistema antigo de gestão Gestão por produto DRG Brasil O hospital tem tantos produtos quanto o número de pacientes admitidos. O hospital tem 784 produtos. Não é possível fazer compra de serviços hospitalares por produto (pacote) pois cada paciente é único. É possível fazer compra de serviços hospitalares por produto (pacote) . Os pacientes se agrupam em 784 produtos DRG de comportamento reprodutível quanto a custo e resultados. Não é possível a a avaliação de custo assistencial de medicos e hospitais A avaliação de desempenho de médicos e hospitais é possível e podemos comparar com outros prestadores O QUE MUDA COM O DRG? Sistema antigo de gestão Gestão por produto DRG Brasil “Os meus pacientes têm custos maiores pois são mais complexos.” Os seus pacientes comparados com pacientes da mesma complexidade têm maiores custos. Voce deve melhorar sua gestão de uso de recursos. “Os meus resultados assistenciais são piores pois meus pacientes são mais complexos.” O seus resultados assistenciais são piores se comparados com pacientes da mesma complexidade. Voce deve melhorar sua gestão de riscos Não há referencial externo de comparação de: • Custo fixo • Custo variável • Resultados assistenciais Há referencial internacional de: • Custo fixo • Resultados assistenciais Há referencial nacional de: • Custo fixo • Custo variável • Resultados assistenciais COMO O DRG PODE GARANTIR SUSTENTABILIDADE AO SISTEMA? COMPARTILHANDO O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE DO LEITO O USO DO DRG AUMENTOU A PRODUTIVIDADE HOSPITALAR EM 24% The impact of DRG-based payment systems on quality of health care in OECD countries.(diagnosis-related group)(Organization for Economic Cooperation and Development) Journal of Health Care Finance | September 22, 2004 | Forgione, Dana A.; Vermeer,Thomas E.; Surysekar, Krishnamurthy; Wrieden, John A.; Plante, Catherine A. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Medicina PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE Avaliação da produtividade de hospitais brasileiros pela metodologia do DIAGNOSIS RELATED GROUPS 145.710 altas em 116 hospitais JOSÉ CARLOS SERUFO FILHO Orientador: Renato C. Couto Belo Horizonte 2014 POPULAÇÃO ESTUDADA – 116 HOSPITAIS 2012-2014 PRODUTIVIDADE HOSPITALAR NO PERCENTIL 50 AJUSTADOS POR CATEGORIA DE DRG 2012-2014 Grupos Pacientes Permanência Ocorrida Permanência Prevista P50 % permanencia excedente Geral 145.710 649.345 dias 464.977 dias 28,4% DRG Cirúrgico 90.902 273.197 dias 263.076 3,7% DRG Clinico 54.808 376.048 dias 201.901 46,35 PRODUTIVIDADE DO LEITO NO BRASIL DRG Clínico P50 Hospitais Altas Diárias Preditas Diárias Ocorridas Diárias Perdidas % Ineficiência Hospital A 1338 4497 6137,2 1640,2 36,5 Hospital B 3073 14992 23776,7 8784,7 58,6 Hospital C 7020 24352 96437,1 72085,1 296 Hospital D 480 3526 8809,8 5283,8 149,9 Hospital E 1531 4887 12833,2 7946,2 162,6 Hospital F 7427 25544 48534 22990 90% Hospital G 3280 24345 23421,9 -923,1 -3,9% Hospital H 7288 23266 27918,4 4652,4 20 PRODUTIVIDADE DO LEITO NO BRASIL DRG Cirúrgico P25 Hospitais Altas Diárias Preditas Diárias Ocorridas Diárias Perdidas % Ineficiência Hospital A 2472 4268 3460,7 -807,3 0 Hospital B 6325 23552,4 36322 12769,6 54,2 Hospital C 4991 10346 34338,6 23992,6 231,9 Hospital D 129 785 4867,5 4082,5 520,1 Hospital E 2268 4390 9113,5 4723,5 107,6 Hospital F 11966 21984 33568,5 11584,5 52,7 Hospital G 12580 21853 21011 -841,6 -4,47 Hospital H 12476 19722 23471,8 3749,8 19 PROJEÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO DOS GANHOS PRODUTIVIDADE META: MEDIANA AMERICANA SAÚDE SUPLEMENTAR BRASILEIRA POPULAÇÃO GLOBAL CUSTO ATUAL 32,06 BILHÕES ECONOMIA POTENCIAL 9,1 BILHÕES (24,8%) Premissa: os custos dos tratamentos são iguais em todos os casos PROJEÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO DOS GANHOS PRODUTIVIDADE META: MEDIANA AMERICANA UNIDAS POPULAÇÃO Custo Hospitar CUSTO ATUAL 49% do custo assistencial Economia potencial 12,15% (24,8%) Premissa: os custos dos tratamentos são iguais em todos os casos COMPORTAMENTO ECONÔMICO DA INTERNAÇÃO DE PACIENTES CLÍNICOS 12 Faturamento 10 8 6 Custo 4 2 0 1 2 3 4 Tempo de internação 5 6 ANAHP: 73,7% do custo é fixo (custo para manter a cama operacional Fonte: Observatório ANAHP 2014 COMO O DRG PODE GARANTIR SUSTENTABILIDADE AO SISTEMA? V = P * (QT + QS) DESPERDíCIO ↓Desperdício ↑Produtividade do leito CAUSAS DA BAIXA PRODUTIVIDADE DO LEITO Amostra aleatória Composta de 30.000 altas hospitalares de 51 hospitais “Os eventos adversos iatrogênicos da assistência ocorriam em cerca de 3,7% do total das internações nos EUA e determinaram: • Óbitos em 13,6%; • Incapacidades com duração menor que 6 meses em 70,5%; • Seqüelas irreversíveis em 2,6% “. TA Brennan, LL Leape, NM Laird, L Hebert, AR Localio, AG Lawthers, JP Newhouse, PC Weiler, and HH Hiatt –1991 Results of the Harvard Medical Practice Study I Incidence of adverse events and negligence in hospitalized patients. “No Canadá, em 12,7% das internações de adultos em hospitaisescola ocorrem eventos adversos. Estes eventos foram classificados como: “Na Grã-Bretanha, os eventos adversos iatrogênicos da assistência ocorrem em cerca de 10% do total das internações hospitalares, correspondendo a 850.000 eventos ao ano”. “Na Austrália, os eventos adversos iatrogênicos da assistência ocorrem em cerca de em 16,6% do total das internações hospitalares”. Ottawa hospital patient safety study: incidence and timing of adverse events in patients admitted to a Canadian teaching hospital FORSTER, A. J.; ASMIS, T. R.; CLARK, H. D. et alli.. CMAJ. v. 170, n. 8, p. 1235-1240, abr. 2004 Defining and measuring patient safety Critical Care Clinics Volume 21 • Number 1 • January 2005 Peter J. Pronovost, MD, PhD a, b, *David A. Thompson, DNSc, MS, RN a Christine G. Holzmueller, BLA a Lisa H. Lubomski, PhD c Laura L. Morlock, PhD d Defining and measuring patient safety Critical Care Clinics Volume 21 • Number 1 • January 2005 Peter J. Pronovost, MD, PhD a, b, *David A. Thompson, DNSc, MS, RN a Christine G. Holzmueller, BLA a Lisa H. Lubomski, PhD c Laura L. Morlock, PhD d • “Na Grã-Bretanha, os eventos adversos iatrogênicos da assistência ocorrem em cerca de 10% do total das internações hospitalares, correspondendo a 850.000 eventos ao ano”. • “Na Austrália, os eventos adversos iatrogênicos da assistência ocorrem em cerca de em 16,6% do total das internações hospitalares”. ... 2004 : na América... • 180.000 óbitos iatrogênicos; • 34.000 com seqüelas definitivas; • 926.000 com seqüelas transitórias. Bar coding for patient safety Wright,A.A et all NEJM 2005,july,353-4. Patients safety in american hospitals, HealthGrades,july,2004,www.healthgrades.com VIETNÃ: 57.000 americanos mortos TSUNAMI NA ASIA 230.000 MORTOS IROSHIMA E NAGASAKI: 221.893 MORTOS OFICIAIS Diferenças nos desempenhos assistenciais Hospital Privado 1 Case mix 1,39 Filantrópico C Case mix 1,30 CAUSAS DA BAIXA PRODUTIVIDADE DO LEITO • Assistência insegura • Ausência de um sistema de saúde, nas operadoras, integrado ao hospital • O modelo remuneratório do médico e hospitais não estimula a alta hospitalar e o uso racional de Mat/Med • Ausência métodos de governança clínica nos hospitais e as operadoras são omissas nesta atividade • As regras de controle de acesso e uso das operadoras diminui a produtividade e aumenta a insegurança assistencial DRG BRASIL MODELO DE GESTÃO DE MUDANÇA DO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO SUPERANDO AS BARREIRAS DA MUDANÇA 1. Desconfiança entre as partes A mudança deve se assentar em 4 princípios: • Ser voluntária • Ser transparente • Garantir que não haverá perdas para nenhuma das partes •Decisões devem ser sustentadas por preceitos técnicos sólidos e consenso das partes DRG BRASIL MODELO DE GESTÃO DE MUDANÇA DO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO SUPERANDO AS BARREIRAS DA MUDANÇA 2. Diferenças do sistema de codificação: EUA x Brasil Códigos Americanos Códigos Brasileiros 86.000 códigos cirúrgicos 6.200 códigos TUSS 3. Diferenças do sistema de codificação: EUA x Brasil DRG BRASIL usa CID 10. Os outros categorizadores usam CID 9. DRG BRASIL MODELO DE GESTÃO DE MUDANÇA DO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO SUPERANDO AS BARREIRAS DA MUDANÇA 5. A mudança deve incluir os processos gerenciais das operadoras e hospitais •Categorizador de DRG deve integrar a assistência a ser realizada pela operadora e hospital contemplando os processos: –Autorização; Previsão de alta; Processos de desospitalização; Gestão de casos de alto consumo; Gestão das reinternações; Auditoria •Categorizador de DRG deve estar integrado ao processo de governança clínica com rastreabilidade até o médico executor e medidas individuais de desempenho econômico e assistencial •Categorizador de DRG deve estar integrado ao processo de segurança da assistência DRG BRASIL MODELO DE GESTÃO DE MUDANÇA DO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO SUPERANDO AS BARREIRAS DA MUDANÇA 5. Compartilhamento dos ganhos de produtividade Medico-Hospital-Operadora DRG BRASIL – COMO FUNCIONA DRG BRASIL – QUAIS AS DIFICULDADES DE IMPLANTAR? DRG BRASIL – DESEMPENHO HOSPITALAR DRG BRASIL: GOVERNANÇA CLÍNICA DRG BRASIL: DESEMPENHO MEDICO DRG BRASIL: DESEMPENHO MEDICO DRG BRASIL: DESEMPENHO MEDICO DRG BRASIL: DESEMPENHO MEDICO DRG BRASIL: DESEMPENHO ECONÔMICO 1 - Custo fixo: dias de permanência comparado com referncial nacional 2 - Custo variável: material, medicamentos e exames 3 - Custo • Médico • Equipe • Especialidade • Produto • Hospital • Por fonte pagadora Em tem DRG BRASIL: DESEMPENHO ASSISTENCIAL 4 - O valor entregue ao cliente Mortalidade Complicações associadas ao tratamento hospitalar. • Médico • Equipe • Especialidade • Produto • Hospital • Por fonte pagadora Em tempo real DRG-Brasil CONTROLANDO OS RISCOS DA IMPLANTAÇÃO “Agora só falta combinar com os russos”