Inflação - Faculdade de Comunicação e Artes – PUC Minas

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Curso : Comunicação Social – Habilitação Jornalismo
Disciplina: Economia Brasileira
INFLAÇÃO
Dayse Nayara dos Santos
Frederico Machado
Lara Rios
Mariana Zocratto
Wilson Milani
A estrátegia de pesquisa adotada pelo grupo foi de dividir entre os integrantes, cada um
ficar com uma ou duas fontes de pesquisa e encontrar boas definições sobre o tema inflação. A
dificuldade encontrada foi quanto ao grau de aprofundamento do tema, surgiu insegurança
quanto a simplicidade ou mesmo a complexidade de determinada abordagem. Traçar um
histórico de algo que pode ser definido em uma frase mas exerce uma enorme influência sobre
nossas vidas diária não é uma tarefa simples.
Em um dicionário digital produzido pela Universidade de Brasília (UNB), a Infração é definida
como um aumento persistente de preços e que acaba por ocasionar perdas de poder aquisitivo
para a população do País onde ocorre. É um fenômeno monetário perigoso, porque a elevação de
um preço puxa a de outros, dando o pontapé inicial a uma bola de neve conhecida como
hiperinflação. As causas são diversas, mas normalmente resultam ou da emissão sem lastro de
moeda (quando o governo precisa de dinheiro para pagar suas dívidas sem que tenha ocorrido
um aumento nas atividades econômicas), ou do reajuste no câmbio (quando o governo é
obrigado a desvalorizar sua moeda em relação à outra mais forte, em geral o dólar). No Brasil há
três índices básicos de inflação: o IPC (medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
da Universidade de São Paulo, a Fipe), o INPC (do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
IBGE) e o IGP (Índice Geral de Preços, calculado pela Fundação Getúlio Vargas).
No Novissímo Dicionário de Economia (Sandroni, 2000), o autor coloca de forma bem
explicada a definição de inflação, que vai muito além de ser apenas um aumento persistente dos
preços em geral, resultando uma contínua perda do poder aquisivo da moeda. Sandroni aprofuda
no termo mostrando os fatores que cotribuem para gerar inflação, bem como a ideia de inflação
defendida pelaa escola monetarista e a dos estruturalistas. O autor fala ainda de como se combate
a inflação, quais os críterios devem ser observados para tentar conte-la, além dos efeitos dela na
nossa vida diária. Há ainda no dicionário uma chamada para as definições dos indíces que são
usados para medir a inflação como os Índices de Custo de Vida ( ICV) e o Índice de Preços ao
Consumidor (IPC). Depois de traças todo esse panorama sobre a inflação o autor coloca as
definições dos tipos de inflação: a de custos que está ligada aos processos inflácionárias gerados
pela elevação dos custos de produção; a de demanda que é gerada pela expansão dos
rendimentos; a de papel-moeda decorrende da emissão emissão excissiva de moeda ( papel); a
galopante causada uma elevação rápida dos preços; a inercial que é um processo inflacionário
muito intenso, gerado pelo reajuste pleno dos preços; e a inflação reprimida se caracteriza por
uma taxa de elevação dos preços inferior à taxa de expansão circulante.
Na Enciclópedia Larousse Cultural (1998), inflação tem três conceitos mas todos eles se
resumem a uma alta no preço dos produtos. O mais interessante nessa fonte de pesquisa é que os
autores vão explicar como que a inflação ocorre de forma bem acessivel para todas as pessoas. A
inflação
não deve ser confundida com uma alta momentânea de preços que atinge certos
serviços, ou bens em determinados períodos do anos, por exemplo a procura por hoteís em
periodo de férias. A inflação pela demanda assim como a inflação pelos custos estão muito bem
explicados assim como no dicionário de economia. Outro ponto bem interessante da
Enciclopédia foi colocar que a estrutura do sistema monetário internacional ( que daz do dólar o
eixo dos pagamentos monetários internacionais) cria, enfim, fenômenos de uma inflação
“Importada”, a medida que a nova moeda dos EUApore, em consequência, de emissões
despropositadas, provocar inflação na comunidade mundial. A Enciclópedia difetente do
dicionário mostra com exemplo de fatos históricos, os tipos de inflação e como ela influêncio na
vida das pessoas. O mais famoso caso de inflação galopante, ou hiperinflação, ocorreu na
Almemanha, após a I Guerra Mundial.
Segundo o artigo online O que é Inflação?, de Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa,
“A palavra inflação vem da idéia de que a causa do aumento de preços é o resultado de uma
emissão excessiva de papel-moeda que incha ou "infla" o volume de dinheiro em circulação.”No
artigo Economia e Finanças, de Elmo Nélio Moreira, a inflação é tida como um processo no qual
ocorre um aumento nos preços de bens e serviços. Conseqüentemente, a moeda sofre queda no
seu poder de aquisição.Ainda segundo Moreira, vários fatores podem gerar inflação. Quando há
um excesso de consumo, os preços aumentam e afetam a inflação. Ou então quando o Governo
gasta mais do que arrecada, ele é obrigado a emitir mais papel-moeda no mercado,
desvalorizando a moeda.
Assim, os bens e serviços continuam os mesmos, mas o dinheiro em circulação aumenta
de volume. Passa-se, então, a exigir maior quantidade de dinheiro pela mesma quantidade de
produto.O processo inflacionário, segundo Nélio Moreira, é de difícil manuseio. Funciona como
um círculo vicioso. E seu combate necessita de medidas freqüentes nos preços e salários.
No artigo A inflação e seus Tipos, do economista Jorge José Elias, existe dois tipos
principais de inflação: inflação de demanda e inflação de custos.
Quando tem uma defasagem entra a quantidade de oferta e procura, a inflação de
demanda é instalada. O aumento da procura, não acompanhado pela oferta, acarreta no aumento
dos preços, gerando a inflação de demanda.
Segundo José Elias, a inflação de custos é caracterizada pelo aumento dos custos de
produção. A elevação dos custos de produção (taxas de juros, de câmbio, etc) atinge diretamente
preço final do produto, gerando a inflação de custos.
Em dissertação intitulada Metas de Inflação, câmbio flexível e autonomia de política
monetária1, o autor João Luís Resende (2006) conceitua a inflação como um processo
econômico que representa o aumento de preços dos produtos num determinado país e/ou região,
durante um certo período. Por conseguinte, a inflação, aponta o autor, é capaz de gerar uma
perda gradual do poder de compra da moeda. Entretanto, o objetivo principal de Resende (2006)
é analisar a estrutura do regime de metas de inflação, bem como a presença de câmbio flutuante
em países que apresentam uma elevada fragilidade externa, isto é, países que dependem de
capitais externos para movimentarem suas economias. Já Ana Paula de Almeida Alves (2009),
autora da dissertação Núcleo da inflação como fator comum do IPCA: uma abordagem do
modelo de fator dinâmico generalizado2, aponta, entre outras coisas, a necessidade da autoridade
monetária criar instrumentos de política - sob o regime de metas de inflação - que possa conter o
nível geral de preços. No caso do Brasil, o Banco Central brasileiro utiliza, entre outros
indicadores, o IPCA - Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo. Esse indicador, por sua
vez, é calculado mensalmente pelo IBGE, desde julho de 1999, e leva em consideração o indície
de preços ao consumidor das famílias (residentes nas mesmas regiões urbanas) que apresentam
um rendimento mensal de até quarenta salários mínimos.
Em matéria BC aumenta previsão de inflação para 2011 e 20123, o jornalista Eduardo
Cucolo menciona que o Banco Central brasileiro, ao perceber um possível aumento da inflação
para 2011 e 2012, elevou a taxa de juros de 11,25% para 11,75% ao ano no decorrer da reunião
do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central). Dessa forma, é possível perceber
1
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Economia da UFMG.
2
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Economia, Administração e Contabilidade da USP.
3
Publicada em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/886679-bc-aumenta-previsao-de-inflacao-para-2011-e2012.shtml, 10/03/2011, às 08h58.
que tal atitude demonstra uma prática comum da economia brasileira: a proposta de combater a
inflação mediante o aumento da taxa de juros. Por outro lado, Marina Rigueira, em matéria
recentemente publicada no Estado de Minas4, aponta que o ICV (Índice do custo de vida) foi de
0,41%, em fevereiro, apresentando, assim, uma diferença de -0,87 pontos percentuais em relação
ao mês de janeiro – 1,28%. Transportes (0,76%), alimentação (0,39%), despesas pessoais
(2,50%) e habitação (0,18%) são os grupos que, segundo a jornalista, mais colaboraram com a
inflação. Todos esses grupos, juntos, contribuíram com 0,36 no cálculo do ICV, realizado pelo
Dieese, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
O IBGE (Instituto Brasilseiro de Geografia e Etatística) é uma das fontes estatísticas consultadas,
que apresenta em seu site dados numéricos dos indicadores de inflação como o IPCA e seu
conceito aplicado à realidade da economia do país. Este mesmo órgão apresenta pesquisas
sazonais com a evolução desses índices, proporcionando um entendimento sobre o processo
inflacionário. O DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)
apresenta publicações e pesquisas sobre temas voltados ao desenvolvimento socioeconômico,
como conceitos, atualizações das taxas e índices com o objetivo de fundamentar reivindicações
dos trabalhadores. O conceito de Inflação não é abertamente abordado nessas fontes de pesquisa.
As fontes estatísticas podem proporcionar atualizações e comparações com os índices
inflacionários em relação à economia nacional.
Encontrar artigos em períodicos científicos abordando o tema " Inflação" foi difícil, já
que a grande maioria dos artigos encontrados falavam da inflação em um determinado período de
tempo. Um exemplo claro disso foi o Artigo " Aceleração da inflação: Hiper a curto prazo?", de
Paulo Sérgio disponível no acervo da PUC como uma coleção menor, esse artigo abordou mais o
contexto inflacionário do ínicio do período de redemocratização brasileira, deste modo o foco
central do texto foi a inflação naquele contexto, não em um contexto geral, mesmo assim de certa
forma foi importante tal leitura, pois reforçou o que já tinhamos em mente sobre os níveis de
inflação naquele período e mostrou algumas possíveis soluções para o controle da inflação
4
“Inflação medida pelo ICV recua em fevereiro para 0,41%, aponta Dieese”. Publicada em:
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2011/03/14/internas_economia,215083/inflacao-medida-pelo-icvrecua-em-fevereiro-para-0-41-aponta-dieese.shtml, 14/03/2011, às 14h10.
apontadas na época que hoje em dia seriam , praticamente as mesmas, mesmo em um contexto
bastante diferente daquele.
Referências:
http://vsites.unb.br/face/eco/inteco/paginas/dicionarioi.html. Acesso em 14 de março de 2011.
ALVES, Ana Paula de Almeida. Título: Núcleo da inflação como fator comum do IPCA: uma
abordagem do modelo de fator dinâmico generalizado. 2009. 293 p. Programa de PósGraduação em Economia, Administração e Contabilidade, USP, São Paulo.
ALVES, Paulo Sergio Martins. Aceleração da inflação: Hiper a curto prazo?.
COELHO DA COSTA, Antonio Luiz Monteiro. O que é Inflação? Disponível online em:
http://antonioluizcosta.sites.uol.com.br/inflacao.htm. Acesso em 11 de março de 2011.
CUCOLO, Eduardo. BC aumenta previsão de inflação para 2011 e 2012. Folha de São Paulo,
São Paulo, 10 de março de 2011. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/886679bc-aumenta-previsao-de-inflacao-para-2011-e-2012.shtml>. Acesso em: 14 de março de 2011.
ELIAS, Jorge José. Inflação e seus tipos. Disponível online em:
http://adm.cneccapivari.br/?q=node/23. Acessado às 10hrs32m37s do dia 13/03/11.
GRANDE enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Nova Cultural, c1998. nv. ISBN
8513007752(v.13)
MOREIRA, Elmo Nélio. Economia e Finanças. Disponível online em:
http://www.gazetadeitauna.com.br/conceito_inflacao.htm. Acessado 11 de março.
RESENDE, João Luís. Título: Metas de Inflação, câmbio flexível e autonomia de política
monetária. 2006. 277 p. Programa de Pós-Graduação em Economia, UFMG, Belo Horizonte.
RIGUEIRA, Marina. Inflação medida pelo ICV recua em fevereiro para 0,41%, aponta Dieese. Estado
de
Minas,
Minas
Gerais,
14
de
março
de
2011.
Disponível
em:
<http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2011/03/14/internas_economia,215083/inflacao-medidapelo-icv-recua-em-fevereiro-para-0-41-aponta-dieese.shtml>. Acesso em: 14 de março de 2011.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. 4. ed. São Paulo: Best Seller, 2000.
646p. ISBN 8571236542.
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