Revista Diálogos Interdisciplinares 2013, vol. 2, n°.2, ISSN 2317-3793 Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros Thiago Henrique Correa Gaburro1 Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), São Paulo, SP, Brasil As empresas de marketing analisam quais fatores são predominantes para que as marcas optem em investir em clubes brasileiros. Com isso as empresas conseguem divulgar suas marcas, através de ações de marketing, promovendo à própria empresa, a marca e o produto. Como a maioria dos clubes não possui uma gestão profissional, as empresas de marketing esportivo ajudam os clubes a gerir seus recursos com mais eficiência e ajudando a investir em jogadores, reestruturar todo departamento de futebol, por exemplo, categoria de base, centro de treinamento, fidelização de torcedores. Por se tratar de empresas de marketing esportivo, os clubes de futebol precisam se planejar, ter uma visão estratégica, para que assim, as marcas patrocinem os clubes, suprindo suas necessidades e alcançando seus objetivos. Este trabalho é um estudo exploratório, no qual foram comparados e apresentados dados das marcas mundiais, relacionando aos clubes de futebol mundialmente e nacionalmente conhecidos. Identificou aspectos visando a profissionalização do departamento de futebol e a gestão dos clubes. Palavras-chave: Marcas, Marketing Esportivo, Gestão do departamento de futebol, Profissionalização dos clubes. Marketing companies analyze which factors are prevalent for brands opt to invest in Brazilian clubs. With that companies can advertise their brands through marketing activities, promoting the company itself, the brand and the product. Like most soccer clubs, they don’t have a professional management, sports marketing companies help this clubs to manage their resources more efficiently and help to invest in soccer players, restructure the entire soccer department, for example, the base category, training centers and retention of fans. Since it is a sports marketing company, soccer clubs need to have plan and have a strategic vision, so that the brands can sponsoring clubs, meeting their needs and achieving their goals. This work is an exploratory study, which compared and presented data from global brands, relating to soccer clubs worldwide and nationally known. Identified aspects aimed at professionalizing the department and the soccer clubs management. Keywords: Brands, Sports Marketing, Management of the soccer department, Professionalization of clubs. Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros 107 Introdução O tema tratado nessa pesquisa procura compreender porque as empresas de marketing optam em investir em clubes brasileiros e a evolução do marketing esportivo, visando aprender um pouco mais sobre as empresas de marketing que patrocinam os clubes no Brasil. Este trabalho tem como objetivo apresentar os fatores que levam as marcas de marketing investir em um clube e aprofundar o conhecimento entre a relação das empresas de marketing com os clubes brasileiros. Os clubes que farão parte dessa pesquisa, são clubes profissionais que usam o marketing esportivo, visando os métodos utilizados no clube para que as empresas de marketing patrocinem, adotando medidas que venham ajudar o clube em projetos de fidelização e relacionamento com seus consumidores, utilizam ações de comunicação através do esporte para lançar, consolidar e reposicionar suas marcas. Os departamentos de marketing dos clubes utilizam estratégias de relacionamento como um diferencial (B2B e B2C). As empresas de marketing esportivo vão ter sua devida participação, pois elas possuem um contato direto com os clubes, obtendo uma coleta maior de informações e dados sobre o tema e visando o valor das marcas no clube de futebol. Sobre o problema de pesquisa, o primeiro é como as empresas de marketing podem gerar lucro para os clubes brasileiros? E, de que forma o marketing esportivo pode ajudar os grandes clubes? Para atingir uma resposta adequada que satisfaça o problema de pesquisa acima definido apresenta-se as seguintes hipóteses: (1) Em relação à primeira questão, possivelmente as empresas de marketing podem gerar lucro para os clubes brasileiros, ajudando em contratação de jogadores e reestruturação do clube; (2) Considerando a segunda questão, o marketing esportivo pode ajudar os clubes brasileiros agregando valores positivos às marcas e 1 Administrador de Empresas, Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. 108 Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros possibilitando projetos, que despertem a atenção e interesse do consumidor. O objetivo deste trabalho é analisar quais os fatores predominantes que fazem as marcas optarem por clubes brasileiros. Além disso, essa pesquisa tem como objetivo, verificar e analisar o os fatores que levam as empresas optar pelo clube, para que possam divulgar suas marcas, seja por merchandising ou outras ações de marketing, promovendo a empresa, marca e produto. O marketing esportivo vem se evoluindo muito e cada vez mais se tornando mais importante para o futebol nacional e mundial. Nos anos 1970, grandes empresas multinacionais começaram a adotar estratégias globais de marketing e encontraram na promoção de eventos esportivos internacionais uma forma de alcançar um número enorme de mercados consumidores. A Coca-Cola e a Philips Morris estão entre as primeiras corporações multinacionais que se destacaram por investir em estratégias globais de publicidade utilizando eventos esportivos transmitidos ao vivo para dezenas de países, patrocinando a Copa do Mundo e a Fórmula 1, respectivamente. A partir daí, a utilização do esporte como veículo de propaganda e merchandising por grandes empresas só tem feito aumentar (PRONI, 2007). Como o Brasil dá muita ênfase para o futebol, os clubes precisam se profissionalizar cada vez mais para captar e gerir recursos para a sua sobrevivência, investir em jogadores, tanto para contratação como para manter o jogador e melhorar a infraestrutura dos clubes, como por exemplo: centro de treinamentos e estádios. De acordo com Dias (2009), no esporte em diferentes tempos vem provando que é muito diferente de qualquer outra forma de entretenimento e movimenta bilhões de dólares anuais em todo mundo. O crescimento do marketing esportivo no Brasil nos últimos anos tem crescido dadas as ações no mercado voltadas pra o esporte sucedendo ao fato deste promover determinados produto e serviços de forma implícita ao consumidor, que tora parte do ambiente e que não rouba a cena do cena principal, que é o evento de esporte. Como essa é uma característica de merchandising que somente tem possibilidade porque o esporte em volve uma gama de modalidades que possibilitam a utilização de diversas estratégias e táticas, Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros 109 onde são considerados os uniformes dos atletas, o posicionamento dos equipamentos, o local da competição, o local destinado ao publico e os demais personagens associados que participando evento esportivo. Para as empresas é importante oferecer comunicação direta e rápida com seu publico alvo, facilitando o fracionamento do mercado e regionalização da mídia. A relação entre as empresas de marketing e os clubes brasileiros vem crescendo muito, devido a essa crescente os clubes precisam de um planejamento para atingir objetivos de longo prazo e buscar um maior desenvolvimento dos negócios dos clubes. Ou seja, é preciso planejar, pois a falta de visão estratégica dificulta a relação com as empresas. No Brasil, a grande maioria dos clubes brasileiros iniciou a profissionalização de sua gestão e seu departamento de marketing 2000 a 2010. Essa profissionalização dos clubes e a evolução do marketing esportivo se tornaram objeto de importante estudo. A pesquisa é importante para saber o que o clube de futebol necessita para as empresas de marketing esportivo o patrocine, visando infraestrutura do clube, contratações, promoção na mídia, etc., fazendo assim que o clube supra suas necessidades, alcançando seus objetivos. Referencial Teórico Segundo Melo Neto (2000, p.28) o marketing esportivo é uma alternativa diferenciada para as empresas, mas, também para o esporte, que tem no marketing um importante meio de potencializar sua arrecadação. Em cima desta tese, essa pesquisa foi desenvolvida, a fim de levantar fatos sobre a influência causada pelo marketing no meio esportivo, e o que faz as empresas optarem para dar apoio ao clube. O planejamento estratégico ou marketing estratégico por assim dizer, tem como objetivo principal analisar mercado de trabalho, visando oportunidades, possíveis melhoras e o crescimento da empresa. Segundo Aacker (2001), esta definição implica que a estratégia de planejamento foca a integração de todas as áreas da empresa, marketing, finanças, operações, pesquisas e desenvolvimento de informações para alcançar o sucesso. 110 Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros No entanto Lambin (2000) descreve que o plano do marketing estratégico tem por objetivo, de um modo evidente e excêntrico, e que as opções escolhidas pela empresa de forma que assegura o seu desenvolvimento a médio e longo prazo. Seis questões-chave aparecem neste plano, sendo elas, a integração com a missão da empresa, a diversidade dos produtos-mercados e a identificação dos posicionamentos a serem adotados, definição dos fatores de atratividade desses produtos-mercados e as oportunidades e as ameaças encontradas, os pontos fortes e fracos d empresa nesses produtos-mercados perante a concorrência, a magnitude da estratégia de cobertura e por fim, os objetivos estratégicos e os meios de manipulação do marketing operacional. São igualmente importantes e dependentes as atividades complementares que resultam no esforço do marketing, que basicamente, pode se ter uma resenha como a principal evidencia entre marketing operacional e estratégico. Segundo Lambin (2000) o marketing estratégico identifica as necessidades insatisfeitas ou mal satisfeitas e desenvolve produtos novos adaptados a essas expectativas, enquanto o marketing operacional põe em prática um plano de ação de marketing e cria e desenvolve a demanda para esses novos produtos. De acordo com Azurduy (2013), em uma economia de mercado são as necessidades dos consumidores que determinam a quantidade de bens e serviços a serem produzidos e a partir da identificação de algumas dessas necessidades surge, na mente do empresário, a ideia de criar uma empresa. Ou seja, na realidade são os clientes que apontam e dizem indiretamente, mas com dados, qual tipo de empresa está em alta no mercado, assim como, também, pode-se afirmar que não é o cliente que vive em função da empresa e sim a empresa que vive em função do cliente. De acordo com Cezarino & Campomar (2004) os setores da corporação têm a difícil tarefa de analisar os dados, vendo onde a empresa está tendo maior déficit, analisar possíveis soluções, gerando mudanças que podem ou não ser favoráveis. É ai que estratégia desenvolve sua função, pois é necessário usar o senso estratégico para dar prioridades às quedas de maior relevância, para poder, assim, as reverter. Tais decisões implicam em arriscar o potencial da Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros 111 empresa para se alcançar o melhor para seu futuro Segundo Cezarino & Campomar (2004) a estratégia de marketing é a visão da empresa no mercado onde atua. Os passos da formulação da estratégia devem ser coesos com a sua missão e seus objetivos de longo prazo. Há uma grande dissonância, conforme foi descrito entre os diferentes autores, de até onde vaio papel do marketing na estratégia geral da empresa. O que foi visto é que há um consenso no sentido em que esta estratégia se divide em três níveis: corporativo, de negócios e funcional, cabendo, respectivamente, as responsabilidades da área mais alta da empresa até o nível mais operacional de marketing. O marketing estratégico, per si, é estabelecido pela cúpula enquanto o operacional pelos profissionais de marketing que lidam diretamente com os 4 Ps. A segmentação e o posicionamento e o targeting são estratégias de planejamento de marketing, enquanto as variáveis operacionais de marketing dão conta do marketing operacional. Estratégias mal sucedidas Várias empresas já passaram por momentos de déficit, por razão de estratégias que não funcionaram ou, funcionaram por algum tempo e decaíram. Isso não acontece apenas com empresas de pequeno e médio porte, muitas empresas de grande porte e até multinacionais já passaram por situações como essa. Segundo Souza et al (2010) as empresas Casas Bahia por um tempo exibiu na mídia uma propaganda comercial, a fim de atrair os clientes a comprarem em sua loja. A propaganda consistia em um ator, apresentando os produtos da loja e com o seguinte bordão no fim da propaganda: “Quer pagar quanto?” O que remetia os clientes a ideia de que a loja estava incorporando o cliente em seu dia a dia, dando lhe a oportunidade de escolha de quanto queriam pagar pelos produtos. A estratégia deu certo por um tempo, conquistados pela simpatia do ator na propaganda e da proposta da empresa, os clientes sentiram - se mais importantes, a preferência pela empresa aumentou de forma que suas vendas aumentaram consideravelmente. Foi então que um 112 Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros determinado dia, certo cliente chegou à loja e comprou vários itens, desde móveis até eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Assim que este chegou ao caixa, respondendo a pergunta proposta na propaganda, disse que queria pagar apenas R$ 10,00 por todas as mercadorias. Logicamente aquilo foi um espanto para toda a equipe que compunha a loja. Enfim, obviamente, o cliente não pode pagar esse valor pelos produtos, de modo que foi tanta a indignação que este ameaçou entrar com um processo judicial contra a empresa por danos morais. Desde então, a loja deixou de conquistar clientes, pois era vista com enganosa, que fazia propagandas que tinham como propósito enganar os clientes. De acordo com Souza et al (2010) na mesma situação, encontrou-se a multinacional Coca-Cola. Pode-se afirmar que esta empresa imperou e ainda impera em sua área de atuação. Uma estratégia feita pela Coca-Cola consistia em produzir uma nova linhagem de refrigerantes, pois sua principal concorrente Pepsi havia alcançado a empresa em vendas, deixando evidente a queda que a Coca teve em relação a anos anteriores. Com isso a empresa criou um refrigerante chamado New Coke, que tinha um sabor mais adocicado, parecido com o da Pepsi. Desta forma a empresa conseguiu de fato, reconquistar o gosto dos consumidores. Contudo, esta estratégia durou pouco tempo, pois os clientes começaram a reclamar do gosto doce do refrigerante, de forma que novamente a Pepsi cresceu e a Coca decresceu. Vendo isto a empresa foi obrigada a voltar com sua fórmula original, que é protegida a sete chaves, diante das reclamações dos seus mais de milhões de consumidores. Foi uma estratégia que funcionou em curto prazo. Conforme Souza et al (2010) a marca Burger King também teve uma tentativa frustrada de ganhar o mercado, que apresentou uma campanha m que assumia o papel de facilitar a vida das pessoas por ter melhor comida para ocasiões rápidas, inevitavelmente, o Burger King se deparou com uma dificuldade imensa em ocupar o posto da primeira rede de fastfoods do mundo, que é a McDonalds, e acabou fracassando e enfrentando uma crise da qual nunca se recuperou totalmente, assim nasceu mais uma campanha mal sucedida. Enfim, nas três situações acima é possível observar que o erro das três empresas foi, Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros 113 praticamente, o mesmo. O fato de criarem novos planos sem primeiro pesquisar o que os clientes querem, fez com suas estratégias fossem mal sucedidas. Muito cuidado deve ser tomado diante disso, pois uma estratégia mal elaborada pode acarretar em uma possível decadência na empresa. Marketing de relacionamento De acordo com Silva (2010) o mercado vem passando por enormes mudanças que amplia e descaracteriza com novas oportunidades, mais em compensação novas ameaças. A cada segundo que passa os consumidores vem sendo bombardeados com enorme numero de informações e ofertas explosivas a cada segundo, o que auxilia o processo de compra e venda de um produto, que depende diretamente de entendimento de seu consumidor. Conforme Kotler (1998) o marketing de relacionamento é sustentado pelos objetivos de que os clientes importantes precisam receber atenção redobrada e continua. Sendo assim, o relacionamento é uma forma atual de sistema de negociação do comercio, pois faz parte do processo existente de venda, tendo suas três fases: pré-venda, conclusão da venda e pós-venda, sendo que é nestes estágios que o trabalho começa. As empresas conseguem antever se a qualquer ação, surpreendendo e fazendo se presente em seu cotidiano, a partir do conhecimento sobre os hábitos e costumes de seus clientes. A empresa hoje em dia tem a maior preocupação para um bom relacionamento com seu cliente, e tem o propósito de acrescentar uma vantagem competitiva diante dos seus concorrentes e destacá-la no mercado, tendo como objetivo maior manter os clientes através da credibilidade, confiança e a sensação de segurança transmitida pela organização, para construir relacionamentos que durem, para contribuir pra o crescimento do desempenho nos resultados sustentáveis. Segundo Braido (2005) o marketing de relacionamento trabalha de forma que o cliente realmente possa ser parte da estratégia de crescimento da empresa, pois neste meio, o foco principal é fazer com que o cliente olhe de forma diferente a empresa a qual está ligado. Para que isso aconteça o comprometimento com os clientes em questão, é imprescindível. Novos 114 Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros padrões de criação de qualidade de serviços e produtos são alcançados de acordo com o que o cliente pede. A maior adaptação e a melhora nos serviços levam consequentemente, a um relacionamento de longo prazo com aqueles que compram os produtos e serviços e, como benefícios a isto, há uma procura maior nos serviços e pelos produtos, isso periodicamente, pois, atendem as necessidades do cliente. Conforme Silva (2010) o cliente é o bem mais importante da empresa, sendo que ela deve zelar com maior cuidado. Mais do que tentar conseguir novo consumidores, tendo um mercado competitivo elevado, o que tem um custo elevado, os esforços das empresas devem ser focados na manutenção e melhorar suas relações com seus clientes, que representam a base do marketing de relacionamento. Marketing Esportivo De acordo com Bertoldo (2000) o marketing esportivo é um grupo de ações que são voltadas a divulgação e a pratica de modalidades esportivas, associações e grupos, seja pela promoção de eventos e torneios ou pelo patrocínio de equipes e clubes esportivos. Conforme Brito (2008) no setor esportivo brasileiro vem comprovando que o marketing esportivo no esporte é um dos melhores investimentos que uma empresa pode fazer, com intuito de criar um elo de confiança entre sua marca e seus consumidores. O esporte é um grande lançador de novos produtos. Faz crescer a empatia do consumidor em relação as empresas e concretiza a marca, e tem como diferencial, que atinge o consumidor em todas as classes sociais, sendo que empresas que investem no esporte são vistas com bons olhos pela sociedade, pois incentiva a cultura e o lazer. Segundo Pitts e Stotlar (2008), a história do marketing esportivo se divide em três períodos distintos: o Período das Origens (1820-1880), o Período do Desenvolvimento Institucional (1880-1920) e, por fim, o Período da Refinação e Formalização (1920-1990). No primeiro período observa-se que, os empresários empregavam técnicas de marketing modernas para época e que eram, em sua maioria, bem sucedidas, porém não envolviam a Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros 115 parte esportiva em seus negócios. No segundo período observa-se que novos meios de investimento foram criados, de forma que através de promoção, divulgação e preço, produtos já voltados para o setor esportivo estavam sendo comercializados de acordo com as necessidades dos esportistas profissionais e amadores. Já no terceiro período, os fundamentos de investimentos esportivos estavam todos definidos de forma que, muitos produtos na área esportiva eram comercializados. O mercado esportivo teve sua alta quando o Congresso Americano proibiu a divulgação e propagandas de cigarro e bebidas alcoólicas em determinados horários. Desse modo, devido à lacuna existente nestes horários, estas empresas passaram a exibir produtos esportivos, o que fez com que a indústria tivesse uma grande alta. Na opinião de Huller (2012) o que ajudou no Brasil para fortalecer os investimentos esportivos foi a criação da Loteria Esportiva, desenvolvida pela Caixa Econômica Federal, onde, parte dos lucros obtidos pela loteria era destinada aos clubes de futebol. No sul do Brasil, um investiu no setor esportivo, através disso, criou um time de vôlei, mas diante da decorrente intervenção do banco, a equipe foi extinta. O marketing esportivo decorrente de anos é predominante em esportes no futebol em outras várias modalidades como em corridas, onde a corrida de Fórmula 1 é a mais influente. Pode ser definido como um conjunto de ideias, a fim de divulgar e incentivar as práticas esportivas, onde realizam eventos e torneios para que ocorra então, essa divulgação. É possível dizer que o crescimento desse tipo de mercado, tendo em vista que sua adesão está sendo cada vez maior e que movimenta milhões entre campanhas, torneios, publicidade e patrocínio, não se deu apenas pelas tantas modalidades existentes ou pelos atletas que todos os dias se aperfeiçoam e demonstram um desempenho cada vez melhor aos olhos de quem assiste, mas, também, pelo fato da sociedade de quem trabalha com esportes, o enxergar como uma nova indústria que nasceu e está ganhando mais espaço entre as indústrias em geral. De acordo com Pereira (2009) ainda no contexto nacional, o marketing esportivo cresceu de forma inacreditável, onde empecilhos como a crise financeira, foram capazes de diminuir a valorização recebida por esta área. O movimento no investimento esportivo no Brasil é muito 116 Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros intenso, em números, este setor rende ao Brasil em média 1 bilhão de reais por ano. Conforme Dias et al. (2009) internacionalmente os esportes têm modalidades existentes em todo o mundo, de modo que só nos Estados Unidos essa indústria equivale a 6,7% do PIB, um valor considerável, deixando atrás outras grandes indústrias como a automobilística. Analisando também a programação sobre esportes existentes mundialmente, dados levantam que de 69 canais esportivos, a mídia alcançou uma grande alta, de modo que hoje, existem mais de 150 canais apenas sobre esportes. No Brasil, a mídia que mais conduz transmissões e disseminações esportivas é a televisão. Nesse contexto, a emissora que leva vantagem e, consequentemente, ganha financeiramente é a TV Globo, por se tratar de uma emissora de extensão nacional e internacional, muitas das transmissões esportivas ficam na responsabilidade desta de forma que, pelo motivo já citado, acaba alcançando e atraindo milhões de telespectadores, aumentando, não apenas a credibilidade do esporte, mas também sua audiência e seus lucros, levando em consideração que 1 ponto de audiência equivale a 90 mil domicílios sintonizados em um único canal, isto na grande São Paulo. Outro esporte que contribuiu muito para o crescimento do marketing esportivo no Brasil foi o UFC (UltimateFightingChampionship), com suas lutas e demonstrações, conquistou o público brasileiro de uma forma avassaladora e, principalmente depois que Anderson Silva (The Spider) derrotou Vitor Belfort, a popularidade do esporte cresceu ainda mais, a mídia começou a exaltar o campeão. Deste modo, a publicidade para esta modalidade aumentou e só vem crescendo. Segundo Sousa (2005) a nação brasileira tem uma ligação grande com esportes, principalmente no futebol, pois estes os acompanham há tempos, porém faltam investimentos nessa área, de modo que, as empresas, empresários que patrocinam as modalidades esportivas o fazem porque gostam realmente do esporte que estão patrocinando. O principal fator que faz com que os investimentos sejam de fato, pequenos, é a instabilidade da área esportiva. Novamente com o futebol, se um clube esta indo bem, consequentemente, ganhará mais Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros 117 patrocinadores, caso contrário, a retirada do patrocínio é evidente, e isso se reflete no futuro dos clubes. Existiram casos, assim como ainda existem, de clubes não pagaram ou atrasarem o salário a seus jogadores por falta de dinheiro em caixa. Isso é decorrente da má campanha obtida pelo clube que, por consequência, gerou a queda dos patrocínios. Ainda segundo o autor a indústria esportiva em si, é muito segura, se tratando de investimentos devido ao montante financeiro movimentado anualmente por todos os envolvidos. Todas as partes acabam ganhando com tudo isso, desde as partes investidoras como os clubes que ganham em estrutura, financeiramente e fisicamente. As modalidades vêm ganhando mais reconhecimento do público, um exemplo é o futebol, presente na vida de milhões de espectadores, e, também, o público em si, ganhando grandes espetáculos e tudo isso, por investimentos feitos por eles mesmos. Com relação à marca, Martins (2000), afirma que a marca é, com certeza, o maior patrimônio de uma empresa, porque lhe confere singularidade no mercado de trabalho e contribui para diferenciá-la, competitivamente, de outras empresas. No meio investidor, seja qual for à área de atuação, existe a necessidade da criação de uma referência em relação às empresas, algo que possa ser visto e reconhecido e usado como diferencial em relação aos seus concorrentes. As marcas têm forte influência sobre a decisão de compra de muitos consumidores e a procura por grandes marcas é algo que se tornando cada vez mais frequente. Diante disto, além do marketing relacional e marketing estratégico, outro tipo foi adotado por algumas empresas, visando ganhar o consumidor através de marcas. O marketing emocional para introduzir de forma definitiva as marcas entre os consumidores, fazendo com que essa forma de investimento seja alavancada no meio social. De acordo com Corrêa (2008) a união do esporte com a marca gera resultados altamente positivos para a imagem das empresas, sendo que ao inserir a marca na camisa de uma equipe ou ate mesmo o patrocínio para um atleta, a empresa passa a ter uma relação de cumplicidade com o desempenho esportivo, que recebe todos os créditos que são obtidos pela equipe ou pelo atleta, essa passagem ocorre pela percepção que o publico tem da marca, fazendo assim 118 Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros que as pessoas que poderiam ver a marca com olhar indiferente, possam passar uma mensagem altamente positiva de credibilidade, transmitindo uma imagem de força, saúde e jovialidade. Conforme Melo Neto (2006, p. 10) é comum referir-se na maioria das vezes, a uma representação gráfica no âmbito e competência do designer gráfico, em relação a marca, pode ser representada nos gráficos por uma composição de um símbolo ou logotipo, tanto individual ou combinados. Sendo que, o conceito de marca é bem mais abrangente que sua representação gráfica. A marca é um nome, signo, símbolo, termo ou design, podendo ser distinto ou combinado com a função de identificar a promessa de benefícios, associando se a bens ou serviços, tendo uma vantagem diferencial sustentável, aumentando o valor do produto além de seu propósito funcional. Segundo Melo Neto (2006) a marca depois dos consumidores é o maior patrimônio das empresas, que ao longo dos anos, investiram na identificação e na solidificação. Quando a marca possui identidade positiva e é reconhecida no mercado, passa automaticamente a ter valor. Clubes brasileiros Conforme Somoggi (2012) nos últimos anos as receitas de licenciamento das marcas dos clubes de futebol cresceram muito, sendo poucos os clubes que disponibilizam essa informação em seus balanços. Em 2007 o mercado de licenciamento dos clubes, movimentava cerca de US$ 14 milhões, e em 2011, o valor teve uma alta muito grande que superou US$ 53 milhões. Conforme Somoggi (2012) os clubes que apresentarão as maiores receitas de marketing de 2011 foram Corinthians, São Paulo, Internacional, Flamengo, Grêmio Vasco, Palmeiras. Para muitos clubes brasileiros, as receitas geradas com o patrocinador representam entre 60% a 80% do total gerado com marketing, caso sejam incluídos outras marcas na camisa, o valor com os patrocínios podem ultrapassar 90% do montante produzido com marketing. Os Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros 119 US$ 307 milhões gerados com patrocínio e licenciamento pelos clubes brasileiros representa 17% do total gerado no país com marketing no esporte. Segundo Almeida (2009) o marketing esportivo, também é muito influente no exterior com maior incidência também, no futebol. Comparando os dados, percebe-se que, em relação ao patrocínio esportivo, o Corinthians é o clube que mais arrecada com patrocínio, média de 20 milhões anualmente. No mesmo período foi analisado que o clube Manchester United, La liga inglesa, faturou 202 milhões de reais. Diante dessas informações, o investimento com patrocínio no exterior é extremamente maior que no Brasil, fala-se de dez vezes maior e não porque os clubes estrangeiros tem mais patrocinadores, esse fato se da porque os patrocinadores estrangeiros tem maior poder aquisitivo, de modo que às vezes um clube tem apenas dois ou três patrocinadores, mas que estão investindo um montante considerável de dinheiro. Considerações Finais De acordo com Santos (2010) alguns dos atuais problemas do esporte brasileiro e as ações gerais propostas que podem ajudar a superá-los podem ser apontadas, tais como: Base Esportiva - Os recursos de todos os agentes estão voltados apenas para os times adultos ou profissionais, não havendo preocupação com a formação da base. O trabalho com a base se torna mais difícil porque não há retorno financeiro ou de mídia e, consequentemente, é difícil se conseguir patrocínio. Não se estabelecem diretrizes que induzam à realização de investimentos pela iniciativa privada. E como proposta para o desenvolvimento é usar o esporte de alto nível para desenvolver a base, possibilitando que as crianças tenham contato com atletas de ponta, e também realizar trabalho de motivação desde as escolas até a comunidade. Esporte de alto rendimento - No patrocínio há falta de patrocinadores, muitas empresas se interessam apenas pela promoção de eventos de curta duração, e as empresas destinam quase a totalidade dos recursos aos esportes mais populares. Não há continuidade assegurada do 120 Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros patrocínio e a renovação de contratos anualmente gera insegurança, sendo que. Muitos resultados alcançados pelo esporte brasileiro são produtos do talento e determinação pessoal de alguns atletas e treinadores. À medida que estes atletas se retiram das competições esportivas, não acontece substituição. A existência de poucos ídolos bem como a ausência de ídolos em muitos esportes não contribui para o surgimento de atletas e a massificação dos esportes. Nos clubes há uma cultura amadora que dificulta a profissionalização e a gestão é geralmente emocional. E como proposta de desenvolvimento é utilizar o esporte de alto nível e seus ídolos para preparar o esporte de base, apoiar a formação de técnicos especializados em descobrir atletas com potencial. Para estes atletas, nas diversas modalidades esportivas, devem ser disponibilizados: acompanhamento pedagógico; monitoramento biomédico; suplementação alimentar; professores e treinadores individuais; viagens de intercâmbio; acompanhamento médico e fisiológico constante. É preciso ainda criar condições para que se tenham times de alto nível profissionalizados, maior número de patrocinadores e competições rentáveis. Esporte Escolar - há ausência de uma política para estimular a atividade em escolas e universidades. O esporte é pouco realizado em nível universitário e apresenta problemas semelhantes aos das escolas quanto às instalações, materiais etc. O esporte escolar também não possui objetivos específicos. As escolas são despreparadas para o esporte. Os professores se reciclam por conta própria, mas ganham mal e então não se aprimoram. Existe falta de materiais esportivos em muitas escolas. As unidades escolares carecem de espaços, instalações e recursos humanos qualificados. E como proposta para o desenvolvimento é valorizar a atividade curricular da educação física e popularizar o passatempo escolar e estabelecer diretrizes e ações para que as escolas e as universidades sejam importantes formadoras de atletas. Criar condições e exigir investimentos em espaço, equipamentos e materiais necessários. Incentivar a realização de jogos colegiais e universitários em todos os estados. Recuperar as instalações esportivas das escolas e universidades. Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros 121 Planejamento e organização - Falta planejamento, programas, diretrizes, metas, acompanhamento de resultados etc., sendo que o esporte, pela sua importância, não tem recebido a atenção e prioridade que merece. Há imediatismo e descontinuidade das ações, deste modo é baixa a percentagem de praticantes de esportes em relação ao número da população. Há ausência de gestão em praticamente todos os níveis, os dirigentes encaram o esporte de forma não profissional e, em sua maioria, não têm formação para atuar nesta área. Há predominância de praticantes do sexo masculino e disparidade na distribuição e no desempenho esportivo entre as diversas regiões do país. Verifica-se ausência de dados quantitativos organizados. E como proposta para o desenvolvimento sendo planejar o desenvolvimento esportivo, estabelecendo metas para os organismos envolvidos e para as atividades. Democratizar e universalizar o direito à educação física, ao esporte e ao lazer incluindo a participação e integração de minorias comumente marginalizadas como os idosos e os deficientes. Coordenar os esforços públicos e privados na elaboração e realização de projetos, programas e eventos procurando maximizar o retorno social e econômico. Estabelecer e gerenciar verbas a serem alocadas nos orçamentos federais, estaduais e municipais. Criar o hábito da população de frequentar os espetáculos esportivos e atrair novo público aos ginásios e estádios do país. Apoiar o esporte em todos os níveis, da base ao alto rendimento, incluindo escolar, comunitário, profissional etc. Clubes/times - Os clubes, em sua maioria, trabalham com uma grande variedade de modalidades esportivas. A identificação por clubes exclui uma grande parcela do público de uma determinada cidade que se identifica com outros clubes, não obstante haja grandes clubes com torcidas nacionais. Os dirigentes dos clubes apresentam, em geral, uma cultura romântica e amadora que dificulta a tomada de decisões sem envolver a paixão pelo clube. Há conflitos de interesse entre a finalidade recreativa dos clubes com o esporte de alto nível. E como proposta para a melhora e desenvolvimento, sendo passos que poderiam ser seguidos na formação dos times profissionais como, por exemplo, especialização do clube em 122 Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros uma modalidade esportiva, com terceirização das outras modalidades para aproveitar a identificação já existente do público com a marca do clube; procurar estabelecer uma identificação de times por cidade, assim como vem sendo encaminhado no campeonato estadual paulista de basquete feminino; utilizar a mídia intensamente para divulgação dos esportes e dos times e atrair novo público; e contratar jogadores estrangeiros para atuarem em times brasileiros nos esportes que apresentam poucos atletas de destaque. Esporte Comunitário - Faltam ações de sensibilização e conscientização sobre a importância da prática esportiva, sendo que a grande maioria da população brasileira não pratica qualquer tipo de esporte e a rede de clubes é insuficiente para atender à demanda da população. E como proposta de desenvolvimento é criar condições para que todos os brasileiros pratiquem algum tipo de esporte. Realizar ações de sensibilização e conscientização para ampliar a prática do esporte. Planejar e executar os programas em nível local com apoio dos municípios e estados e em parceria com as comunidades. Incentivar o convênio entre empresas e prefeituras. Capacitar recursos humanos como, por exemplo, treinamento de agentes e especialistas em mobilização e liderança nas atividades específicas do esporte. Recursos humanos - há insuficiência quantitativa e qualitativa de profissionais com especialização específica, tanto de técnicos para formar e treinar como de médicos, fisiologistas, preparadores físicos etc. E como proposta de desenvolvimento é a criação de um maior mercado de trabalho deve motivar a especialização de novos profissionais. Mas deve-se, paralelamente à resolução dos problemas estruturais dos esportes, incentivar a capacitação de recursos humanos. Induzir a especialização de profissionais no exterior, contemplando não só o desenvolvimento de técnicos, treinadores e médicos, mas também de managers, árbitros e pessoal administrativo. Incentivar a vinda de profissionais do exterior. Outras Modalidades Esportivas - o futebol concentra praticamente toda a atenção da população brasileira. As outras modalidades esportivas recebem cobertura marginal da mídia Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros 123 e de comentaristas esportivos. Alguns esportes, amplamente praticados em outros países, são elitizados no Brasil. Há poucas ações para reversão desse quadro e desenvolvimento de outras modalidades esportivas. E como proposta de desenvolvimento é desenvolver ações visando estimular novas modalidades esportivas no país, a exemplo de diversos países que se esforçam em disseminar novos esportes. Incentivar a realização de torneios de exibição. Nos programas de incentivo ao esporte, exigir apoio a novas modalidades esportivas. Apoio ao atleta - grande parte dos ex-atletas brasileiros quando se afasta do esporte fica em má situação financeira e social. Esta situação deve-se principalmente ao fato de que a maioria dos atletas vem de famílias humildes e não estudam, ou seja, os atletas não seguem paralelamente ao desenvolvimento esportivo uma carreira estudantil ou profissional. E como proposta de desenvolvimento é a formação de atletas deve envolver obrigatoriamente a questão educacional, buscando-se o desenvolvimento de uma carreira técnica ou universitária paralela ao esporte. Eventos esportivos – a perspectiva de evento esportivo é recente, e os campeonatos têm uma fórmula a cada ano e poucos têm calendário organizado, e também os torneios são deficitários durante muito tempo, há excesso de competições, pouco público mesmo para os esportes mais difundidos e participar das poucas ligas já organizadas é caro. Para proposta de desenvolvimento de eventos esportivos no Brasil é necessário percebê-los como importante instrumento para o entretenimento e lazer da população e transformar os acontecimento esportivos em eventos de repercussão nacional ou internacional que atraiam fluxos turísticos internos e receptivos relevantes. Implementar ações visando estabelecer no público o hábito de comparecimento aos eventos. A organização das competições deveria contemplar projeto de longo prazo para criação de uma mesma fórmula, calendário fixo, caderno de intenções a ser atingido em prazo determinado etc.; teto de gastos para cada time; calendário anual racional; mais tempo para os melhores campeonatos; não ter excesso de campeonatos; divulgação do calendário com antecedência; regionalização dos 124 Marketing Esportivo: Análise das marcas que optam por investir em clubes brasileiros campeonatos; discussão de campeonatos caso a caso de acordo com o mercado; e maior divulgação dos campeonatos. Instalações esportivas -. Há carência de complexos esportivos com vilas para alojar os atletas, de centros modernos de treinamento etc. Quase a totalidade apresenta problemas de manutenção e são muitas vezes utilizados para realização de shows, embora não estejam preparados para esta finalidade. Não possuem locais adequados à televisão, apresentam problemas de estacionamento, segurança, iluminação etc. e alguns não seguem o tamanho nem outras especificações internacionais e, portanto, não podem abrigar competições. Faltam também empresas de engenharia especializadas e empresas operadoras. Destinadas à elite da população, são muito concentradas geograficamente e não existem instalações adequadas para a realização de determinados eventos internacionais. Para proposta de desenvolvimento é a construção de instalações esportivas de vários tipos, padrões e portes para que cada estado possua um mix adequado destas instalações, espalhando, por exemplo, centros de treinamento e pistas nos municípios. O projeto de novas instalações esportivas deve incorporar novas tecnologias, apresentar soluções quanto a estacionamento, segurança, iluminação etc. e seguir as especificações internacionais. Só devem ser construídos quando forem garantidos programas de manutenção de longo prazo. Deve ser dada atenção ainda à recuperação, melhoria e manutenção efetiva das instalações esportivas existentes, inclusive as das universidades federais com apoio dos governos estaduais, municipais e empresas. Referências Bibliográficas AAKER, David. Administração estratégica de mercado. Porto Alegre: Bookman, 2001. ALMEIDA, Ricardo Guilherme Monteiro de. Análise da descontinuidade do patrocínio esportivo em clubes de futebol do Brasil, 2009, 144 f. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, 2009. ANANA, Edar da Silva and NIQUE, Walter Meucci. O valor dos valores: avaliação de uma marca global por meio dos diversos Brasis culturais. RAM, Rev. Adm. Mackenzie (Online) [online]. 2009, vol.10, n.3, pp. 153-181. ISSN 1678-6971. AZURDUY, Carlos A. Camacho. Marketing Estratégico. 2013. 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