KENNYARA HENRIQUETA DE CARVALHO CONSUMO ALIMENTAR HABITUAL E DE GULOSEIMAS EM GESTANTES DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA-PR GUARAPUAVA 2011 KENNYARA HENRIQUETA DE CARVALHO CONSUMO ALIMENTAR HABITUAL E DE GULOSEIMAS EM GESTANTES DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA-PR Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado ao Departamento de Nutrição, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição. Orientadora: Professora Ms. Marcela Komechen Brecailo GUARAPUAVA 2011 CONSUMO ALIMENTAR HABITUAL E DE GULOSEIMAS EM GESTANTES DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA-PR Food consumption and of sweets in pregnant women and the city of GUARAPUAVA-PR CARVALHO, Kennyara Henriqueta de1 BRECAILO, Marcela Komechen2 RESUMO As gestantes necessitam de maior cuidado com a alimentação, devendo ingerir todos os alimentos dos grupos alimentares da pirâmide, em quantidades recomendadas, para garantir sua saúde e de seu filho. Com isso, o objetivo desse estudo foi avaliar o consumo alimentar habitual das gestantes, verificando o consumo de doces e guloseimas e troca de refeições principais por lanches. Realizou-se avaliação antropométrica para o diagnóstico nutricional pré-gestacional e atual. Para avaliação do consumo foi aplicado um Questionário de Frequência Alimentar (QFA), e analisado qualitativa e quantitativamente o hábito alimentar das gestantes, focando na ingestão de doces e guloseimas e troca de refeição por lanches, tanto em adolescentes como em adultas. Os grupos do leite e derivados, verduras e legumes, frutas e pães, cereais e tubérculos foram consumidos em menor quantidade que o recomendado e os grupos dos óleos e gorduras e dos doces e guloseimas foram consumidas em maior quantidade que o recomendado pelas gestantes entrevistadas. Verificou-se que as gestantes adolescentes consomem mais de duas porções de doces e guloseimas por dia em uma escala maior do que as gestantes adultas (p=0,05). Uma pequena parcela das entrevistadas trocava a refeição por lanche. Portanto, os hábitos alimentares das gestantes tanto adultas quanto adolescentes não estavam satisfatórios. Considerase que as gestantes não recebem a devida orientação nutricional durante a gestação, ocasionando a necessidade de maior atenção a este grupo por parte de Políticas Públicas. Palavras-chave: hábitos alimentares, consumo de alimentos, ingestão diária recomendada, doces, gestantes. ABSTRACT Pregnant women need more attention on their diet; they should eat all food groups, in recommended amounts, to ensure themselves and their baby’s health. Therefore, the objective of this study was to assess habitual food intake of pregnant women, check sweets and candy consumption and the occurrence of exchange main meals for 1 Acadêmica do curso de Nutrição da Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO 2 Docente Mestre do curso de Nutrição da Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO snacks. Anthropometric assessment was performed to diagnose pre-pregnancy nutritional status and current one. In order to access habitual food intake it was applied a Food Frequency Questionnaire (FFQ), which was qualitatively and quantitatively analyzed, focusing on the sweets and candy intake and the exchange meal for snacks, in adolescent and in adult pregnant women. Vegetables, fruits and breads, cereals and tubers food groups were consumed in smaller quantities than the recommendation and oils and fats and sweet groups were consumed in greater quantities than the recommendation. It was observed that pregnant adolescents consume more than two servings of sweets per day on a larger scale than adult pregnant women (p = 0.05). A small portion of the respondents exchanged meals for snacks. Therefore, the dietary habits of pregnant women both adults and teenagers were not satisfactory. It is considered that pregnant women do not receive adequate nutritional advice during pregnancy, resulting in the need for greater attention to this group by Public Health. Key-words: food habits, food consumption, nutrition policy, candy, pregnant women. INTRODUÇÃO A gestação é um período marcado por alterações fisiológicas e químicas, em que as necessidades nutricionais e a ingestão alimentar estão modificadas. Essa fase é muito importante na vida da mulher e requer alguns cuidados especiais¹. Estes cuidados especiais relacionam-se diretamente com a nutrição, pois é por meio da alimentação que predominam forças metabólicas que favorecem o crescimento fetal. Alguns nutrientes são recomendados de forma elevada, com o objetivo de atender as necessidades requeridas para um bom desenvolvimento do feto, a formação adequada de estruturas maternas durante a gravidez, como a placenta, e o próprio consumo da gestante. O cuidado nutricional durante a gestação é de fundamental importância para que não haja complicações obstétricas e morbimortalidades materna e fetal2,3. Alterações no perfil alimentar, especialmente entre os adolescentes, podem contribuir para a ocorrência de transtornos na saúde dos indivíduos, pois esta fase caracteriza-se por intensas mudanças somáticas, psicológicas e sociais. Atualmente, o padrão alimentar característico dos adolescentes inclui o consumo excessivo de refrigerantes, açúcares e a reduzida ingestão de frutas e hortaliças, bem como a não realização de uma das refeições, mais comumente, o café da manhã. Desta forma, este desequilíbrio alimentar pode favorecer a ocorrência de desvios nutricionais, além de uma ingestão insuficiente de micronutrientes4. Quando se trata de gestantes adolescentes os problemas no comportamento alimentar são ainda maiores, pelo fato de omitirem ou substituírem refeições principais por lanches ou por consumirem maior quantidade de guloseimas e alimentos com alta densidade calórica, por apresentarem baixa ingestão de frutas e hortaliças e por estarem mais pré-dispostas à compulsão alimentar5. No geral, o período da gestação revela que os alimentos funcionam como um presente, uma compensação por estar grávida. Trazem poder e liberdade de se permitir comer alimentos nunca experimentados, exóticos, gordurosos, doces, entre outros. Para isso, as gestantes se utilizam de “argumentos” culturais, como o de que quem está com vontade é o bebê, que se não comer determinado alimento ele vai nascer com feições ou marcas deste alimento, entre outras tantas crenças6. Para fornecer todos os nutrientes necessários para o organismo durante a gestação é importante ingerir alimentos de todos os grupos alimentares (pães, cereais e tubérculos; frutas; verduras e legumes; carnes e ovos; leites e derivados; leguminosas; óleos e gorduras; e doces e guloseimas), manter proporção adequada de alimentos ao longo do dia, e variar os alimentos consumidos, devido aos nutrientes compostos em cada um deles, visando a obtenção de nutrientes diferenciados durante as refeições7. O grupo dos pães, cereais e tubérculos tem como função gerar energia para o metabolismo celular, sendo indispensável para hemácias e tecido nervoso, poupando a utilização da proteína como fonte de energia e permitem a manutenção do glicogênio. Devem ser a fonte mais importante de energia e o principal componente da maioria das refeições. O consumo dos alimentos ricos em carboidratos deve garantir 55% a 75% da energia total diária, sendo no máximo 10% em carboidratos simples2,8. Já o grupo das verduras, legumes e hortaliças é composto por plantas ou partes de plantas que servem para o consumo humano. São alimentos fonte de vitaminas, minerais e fibras e devem estar presentes no almoço e jantar, pois contribuem para diminuir o risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). O grupo das frutas é um grupo que contém alimentos importantes para a promoção da saúde e fazem parte das recomendações diárias para uma dieta saudável, possuindo também ricas fontes de vitaminas e minerais como cálcio, ferro, ácido fólico, vitamina A, C e D, complexo B, magnésio, fósforo, e fibras, além da água. Estes dois grupos podem ser considerados alimentos de baixa densidade energética, fornecendo pequena quantidade de proteínas e lipídios, e quantidade variável de carboidratos. São recomendadas de 3 a 5 porções diárias8,9. O grupo de carnes e ovos é composto por alimentos fonte de proteína de alto valor biológico, que são chamados também de “proteínas completas”, podendo oferecer quantidades importantes de nutrientes essenciais, como vitaminas (vitamina B6, vitamina B12, niacina e biotina), minerais (ferro, cobre, cromo e zinco) e ácidos graxos. O ideal recomendado é o consumo de até duas porções de alimentos deste grupo, dando sempre preferência às carnes frescas e descartando as gorduras presentes8,9. Os alimentos do grupo dos leites e derivados são fontes primárias de cálcio, tendo também, como nutrientes, as proteínas e vitaminas (A, B, D e E), que são essenciais tanto para a formação óssea do bebê, quanto na prevenção de doenças caudas pelas desmineralização óssea, como a osteoporose7. O grupo das leguminosas, como os feijões e ervilhas, e as oleaginosas, como as castanhas e sementes, são alimentos fundamentais para a saúde. O feijão é uma alimento típico na alimentação brasileira juntamente com o arroz, sendo uma combinação alimentar saudável e completa de proteínas. Seu consumo diário é de 1 porção, de modo que esses alimentos garantam, no mínimo, 5% do total da energia diário. São também ricos em fibra alimentar, vitaminas do complexo B, ferro, cálcio e outros8. O grupo dos óleos e gorduras é formado predominantemente por lipídios, por isso, é recomendado o consumo moderando, sendo indispensável em toda cadeia alimentar e imprescindível para a boa saúde. Este grupo pode ser proveniente tanto de origem animal quanto vegetal, uma vez que fornecem energia, ácidos graxos essenciais e são veículos de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e antioxidantes. O consumo diário recomendado não deve ultrapassar mais que uma porção por dia, pois em porções elevadas pode ocasionar DCNTs8,9. O grupo dos açúcares e doces é formado por alimentos compostos predominantemente por açúcares. O açúcar mais empregado na alimentação é a sacarose, dissacarídeo formado por glicose e frutose, obtido principalmente da canade-açúcar e da beterraba. Os alimentos considerados fontes de açúcares e doces, são aqueles cujo açúcar (sacarose), em termos quantitativos, é um dos principais ingredientes. Os açúcares e doces devem ser compostos na alimentação em quantidades controladas porque o seu consumo em excesso está relacionado com o aumento do risco de obesidade e outras DCNTs, além das cáries dentárias, contribuindo para a deficiência de nutrientes ao fornecer energia. Recomenda-se o consumo de não mais que uma porção diária8,9,10. A alimentação é estabelecida de acordo com fatores variados e complexos, demonstrados em hábitos alimentares individuais, que são influenciados por fatores culturais, sociais, familiares, religiosos e econômicos. Tornar as refeições em conjunto e o cardápio de agrado de todos os participantes é uma tarefa difícil, pois deve refletir o gosto de cada indivíduo11. É de suma importância verificar hábitos alimentares e investir no controle dos fatores de risco para doenças, uma vez que uma alimentação nutricionalmente adequada pode atuar tanto na prevenção como no tratamento de doenças, e a partir disso possibilitar que sejam identificadas as necessidades nutricionais para que programas de educação nutricional possam ser implementados, proporcionando melhores condições de saúde5,12. Neste sentido, a presente pesquisa objetivou avaliar o consumo alimentar habitual de gestantes, verificando o consumo de doces e guloseimas e identificando possíveis inadequações nestes hábitos. MATERIAIS E MÉTODOS O estudo foi realizado no Bairro Xarquinho, nas dependências da Unidade de Saúde local, do município de Guarapuava – Paraná, tendo como grupo de estudo gestantes atendidas pelo PSF Dourados (Programa Saúde da Família), atuante no bairro, que concordaram voluntariamente em participar do estudo. Foram incluídas gestantes adultas e adolescentes. Foi aplicado um questionário individual, em horários de reuniões para gestantes, proporcionadas pelo PSF Dourados, e em visitas domiciliares, juntamente com Agentes de Saúde. As gestantes que concordaram em participar voluntariamente do estudo assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice I), autorizando a obtenção dos dados para a pesquisa, segundo aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNICENTRO (Anexo I). As participantes menores de 18 anos obtiveram autorização de responsáveis, os quais assinaram tal Termo. Foram excluídas as gestantes que não assinaram o TCLE ou não concordaram em participar da pesquisa. Como avaliação antropométrica, foram aferidos peso e estatura conforme preconizado pelo SISVAN13. O Peso pré-gestacional foi referido pelas gestantes. O Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional e atual foram calculados considerando a razão entre peso (Kg) e o quadrado da estatura (m²). Para classificação do diagnóstico nutricional pré-gestacional calculou-se o IMC prégestacional e do estado nutricional atual foi calculado segundo o IMC para a idade gestacional. Foram utilizados os pontos de corte propostos pelo SISVAN13. A avaliação dos hábitos alimentares foi realizada por meio da utilização de um Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFA) (Apêndice II), no qual foram obtidas informações quantitativas e qualitativas sobre os padrões alimentares atuais, com dados sobre alimentos e quantidades que as gestantes consomem diariamente, semanalmente, mensalmente ou nunca consomem, enfatizando a ingestão habitual de guloseimas e ainda a avaliação de possível troca de refeições por lanches ao longo do dia. Foram coletados dados socioeconômicos, bem como de ordem obstétrica e história familiar, que auxiliaram a elucidar condições determinantes ao estado nutricional das gestantes (Apêndice III). Os dados foram tabulados e analisados por meio de freqüências, médias e desvio-padrão, teste t de Student e regressão logística simples, com o auxílio do programa Stata® 9.1. RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo dados das Agentes Comunitárias de Saúde, haviam 21 gestantes cadastradas no PSF Xarquinho. Destas, 76,19% (n=16) foram incluídas na pesquisa; 23,8% (n=5) não foram incluídas por não participarem das reuniões para gestantes no PSF, e não terem sido encontradas em suas residências nas visitas domiciliares. A população entrevistada total foi de 16 gestantes, sendo 62,5% (n=10) adultas e 37,5% (n=6) adolescentes (menores de 19 anos). Segundo o estado civil dessa população, 50% (n=8) estavam em união estável, 25% (n=4) eram casadas, 25% (n=4) solteiras e nenhuma (n=0) era divorciada, separada ou viúva. Com relação aos dados socioeconômicos das gestantes, foi referida a renda per capta média de R$251,037 (±143,078); o tipo de moradia relatado foi de 37,25% (n=6) em casa de madeira, 31,25% (n=5) de alvenaria, 25% (n=4) em casa mista e 6,25% (n=1) em casa pré-moldada. Em relação ao estado nutricional pré-gestacional, o IMC pré-gestacional obteve uma média de 20,812Kg/m2 (±1,970), com 87,5% (n=14) apresentando o estado nutricional de eutrofia e 12,5% (n=2) apresentando magreza grau I. Com relação ao IMC gestacional, obteve-se uma média de 24,093Kg/m2 (±2,040), com resultados de 75% (n=12) apresentando IMC gestacional adequado e 25% (n=4) apresentando baixo peso. Verifica-se que algumas gestantes, mesmo estando eutróficas ao entrarem na gestação, não obtêm ganho de peso suficiente para manter o estado nutricional adequado durante o período. Segundo a idade gestacional, 12,5% (n=2) das mulheres estavam no primeiro trimestre de gestação, 43,75% (n=7) no segundo trimestre e 43,75% (n=7) no terceiro trimestre de gestação. As gestantes tiveram em média a menarca com 12,25 anos (±0,9309). As entrevistadas relataram em média 1,5 (± 1,032) gestações, e com média de 0,875 (± 1,024) partos. Nenhum aborto foi relatado pelas entrevistadas. Com relação ao número de filhos vivos, 62,5% (n=10) ainda não possuíam filhos, 31,25% (n=5) possuíam 1 filho e 6,25% (n=1), 3 filhos. De acordo com as intercorrências gestacionais, 81,25% (n=13) não tiveram intercorrências e 18,75% (n=3) referiram intercorrências gestacionais, sendo, 33,33% (n=1) natimorto, e 66,67 (n=2) não referiram o tipo de intercorrência. Das entrevistadas, 25% (n=4) praticam atividade física, não relatando o tipo de atividade, e 75% (n=12) não referem praticar. Foi referido também o uso de suplementos e medicamentos, em que 37,5% (n=6) tomavam algum suplemento e 62,5% (n=10) não tomam nenhum tipo de suplemento. Daquelas, 50% (n=3) faziam uso de ácido fólico, 33,3% (n=2) de sulfato ferroso, 16,6% (n=1) referiram tomar vitamina, sem saber especificar qual. Em relação aos medicamentos, 62,5% (n=10) tomavam algum medicamento com prescrição médica e 37,5% (n=6) não. Das que utilizavam, nenhuma (100%; n=10) soube informar o tipo de medicamento. Segundo enfermidades, 93,75% (n=15) referiram não possuir enfermidades e 6,25% (n=1) relataram enfermidade, sendo infecção vaginal. Em relação a enfermidades na família, 43,75% (n=7) disseram não ter conhecimento, e 56,25% (n=9) possuem alguma enfermidade na família, sendo 55,5% (n=5) diabetes mellitus, 11,1% (n=1) hipertensão arterial e 33,33% (n=3) possuem diabetes mellitus e hipertensão arterial na família. De acordo com a ingestão de bebidas alcoólicas, 100% (n=16) relataram não ingeri-las. Porém, com relação ao tabagismo, 75% (n=12) não fazem o uso de cigarros, mas 25% (n=4) são tabagistas. De acordo com o uso de substâncias tóxicas, nenhuma gestante (100%; n=16) relatou utilizar tais substâncias. Os grupos alimentares, suas porções ideais, as porções ingeridas pelas entrevistadas e a comparação entre essas foram relacionados na Tabela 1. Tabela 1 – Comparação entre o consumo de porções alimentares e sua recomendação N de porções N de porções Grupos consumidas / dia recomendadas / p-valor alimentares Média (DP) dia Leite e derivados 1,13 (± 0,79) 3 p<0,001* Carnes, ovos e pescados, Verduras e legumes Frutas Pães, cereais e tubérculos Leguminosas Óleos e gorduras 1,74 (± 0,78) 2 p=0,198 1,19 (± 0,71) 4 p<0,001* 0,65 (± 0,38) 3 p<0,001* 3,73 (±1,16) 5 p<0,001* 1,27 (± 0,65) 1 p=0,11 3,71 (±1,78) 1 p<0,001* 1 p=0,003* Doces e 2,4 (±1,67) guloseimas * Diferença estatisticamente significativa. Observa-se que os únicos alimentos consumidos de acordo com a recomendação diária correspondem aos alimentos do grupo das leguminosas e das carnes, ovos e pescados. Os demais grupos alimentares são consumidos em maior ou menor quantidade do que a porção diária recomendada. Os grupos alimentares que foram consumidos em quantidades abaixo do recomendado foram os grupos do leite e derivados (p<0,001), verduras e legumes (p<0,001), frutas (p<0,001) e pães, cereais e tubérculos (p<0,001). Os grupos que foram consumidos acima das recomendações diárias foram o grupo dos óleos e gorduras (p<0,001) e o grupo dos doces e guloseimas (p=0,003). Segundo Philippi9, nem sempre o consumo dietético ocorre de uma maneira homogênea, gerando uma série de conseqüências para o estado nutricional das populações. A falta de conhecimento para o comportamento alimentar pode ser utilizado como indicador preditivo do risco de doenças nutricionais específicas. Então, o entendimento e conhecimento sobre hábitos alimentares interferem em relação às doenças causadas pela falta ou pelo excesso de nutrientes. Assim, o entendimento das gestantes sobre corretos hábitos alimentares pode gerar modificações na prática alimentar, sendo portanto o primeiro passo para melhoria da condição de saúde da própria gestante e de seu filho. De acordo com o estudo de Sichieri et al.14, a alimentação saudável é importante para a prevenção de DCNTs, tendo impacto sobre os mais importantes fatores relacionado às várias doenças. Aumentar o consumo de frutas e verduras e estimular o consumo de arroz e feijão são exemplos de proposições que preenchem estes requisitos. Durante a gestação, o enfoque sobre a alimentação é importante, pois a má alimentação indicará um retardo no crescimento intrauterino, como também o ganho de peso excessivo nos primeiros anos de vida da criança, associados à obesidade, hipertensão, síndrome metabólica, resistência à insulina e morbimortalidade cardiovascular, dentro outros desfechos desfavoráveis. Na gestante também pode haver variações fisiológicas como a retenção de líquidos e a presença de patologias como diabetes, hipertensão e outras14. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-200915, alimentos com adição de açúcares podem substituir e reduzir o consumo de alimentos importantes para uma alimentação saudável. Os resultados apontaram que a população brasileira consome alimentos com alto índice de gorduras e açúcares como biscoito recheado, doces, pizza, salgadinhos industrializados, suco artificial, bolo, refrigerante, biscoitos doces, enquanto o consumo de arroz integral, feijão, carnes de aves e bovinas, legumes e verduras, foram alimentos cujo consumo foi relacionado à menores médias, ou seja, é consumido em menor quantidade por toda a população. A população de gestantes entrevistadas apresentou semelhantes condições em relação à alimentação da população brasileira, consumindo em maior quantidade alimentos ricos em açúcares e gorduras e em menor quantidade alimentos do grupo do leite e derivados, verduras e legumes, frutas e pães, cereais e tubérculos. Portanto, nota-se que as gestantes têm hábitos alimentares semelhantes ao encontrado atualmente na população brasileira, resultante da transição nutricional, que traz consigo a alta prevalência de DCNTs15. O estudo de Baião e Deslandes16, com gestantes de renda baixa, revelou que as entrevistadas preferiram o consumo de “besteiras”, pois incluíam alimentos e preparações que caracterizavam mais pela praticidade e possibilidade de variar com um custo pequeno. Explicavam que a comida feita em casa exigia o gás de botijão, um preparo trabalhoso e consequentemente mais disponibilidade de tempo, e ainda implicava um gasto maior para tornar as refeições variadas e atrativas. Baião e Deslandes16, relata também que alimentos do grupo dos leites e derivados são pouco consumidos devido a restrições econômicas; o feijão tem consumo diário e regular, a carne mais consumida foi a de frango, que era substituída por hambúrguer devido à carne bovina ter custo mais elevado. Verduras e legumes eram pouco consumidos pelo fato de não gostarem, e as frutas eram mais consumidas do que verduras e legumes, mas podiam faltar se a situação econômica agravasse. Estes dados demonstram grande semelhança com os resultados encontrados nesta pesquisa, talvez por se tratarem de populações com semelhante situação financeira e carência de orientações nutricionais. Observa-se em ambos os estudos o baixo consumo de leite e derivados, verduras e legumes e frutas, porém as últimas foram menos consumidas do que verduras e legumes no presente estudo. Outra semelhança é o consumo regular de feijão e carnes, mesmo com relatos de dificuldade financeira. O estudo de Barreto et al.17 mostra que a transição alimentar no Brasil tem sido, de um modo geral, favorável ao ponto de vista dos problemas relacionados à subnutrição, e desfavorável no que se refere à obesidade e às demais DCNTs, pois há o aumento na ingestão de gorduras em geral, gorduras de origem animal e açúcar, e uma diminuição no consumo de cereais, leguminosas, frutas, verduras e legumes. Este dado se equipara com o hábito de alimentação das gestantes entrevistadas, existindo semelhança na questão da ingestão destes grupos alimentares. Tais atitudes, portanto, colocam as entrevistadas em risco de DCNTs. Por outro lado, o baixo peso para idade gestacional também esteve presente em alta prevalência, demonstrando que na população estudada as ações em saúde e alimentação devem contemplar ambos os casos. Em relação ao consumo de doces e guloseimas, a Tabela 2 demonstra a diferença entre o consumo de gestantes adultas versus adolescentes, com o consumo maior ou menor de duas porções de doces por dia. Tabela 2 – Comparação entre gestantes adultas e adolescentes no consumo maior ou menor de duas porções diárias de doces Doces Consumo<2 porções / dia Consumo>2 porções / dia OR (IC 95%) Adultas 60,0% (n=6) 40,0% (n=4) 1 Adolescentes 16,67% (n=1) 83,33% (n=5) 12 (0,955-150,687) p-valor 0,05* * Diferença estatisticamente significativa. OR- Odds Ratio. IC= intervalo de confiança. Observa-se que as gestantes adolescentes possuem doze vezes mais chances de consumir mais de duas porções de doces diariamente do que gestantes adultas, sendo um resultado estatisticamente significativo. De acordo com o estudo de Lemos e Dallacosta18, os adolescentes têm influências externas na alimentação, como família, mídia e amigos. Na família, a influência está no sentido do consumo de alimentos saudáveis, porém, os grupos sociais interferem nos hábitos alimentares de forma inversa à família, o mesmo acontecendo com a mídia. Caldeira19, relata que deve-se considerar os fatores econômicos, pois fazem com que, em muitos casos, não se tenha opção de adquirir certos alimentos, como os alimentos do grupo dos leites e derivados. Neste caso, nem sempre o alimento escolhido em substituição é a melhor opção para uma alimentação saudável, sendo principalmente constante em um grupo alimentar desfavorável, como óleos e gorduras e doces. Ribeiro et al.20 encontraram em seu estudo sobre consumo de doces e guloseimas por adolescentes que 40% destes adolescentes consomem tais produtos de 1 a 3 vezes por semana e 18% consomem biscoitos diariamente, tendo um baixo consumo dos outros grupos alimentares diariamente. Este dado é diferente do presente estudo, porque o consumo de doces e guloseimas deu-se em maior quantidade, resultando em alta proporção de consumo de mais de duas porções diárias, principalmente pelas gestantes adolescentes. O estudo de Carvalho et al21., mostrou que adolescentes normalmente consomem alimentos do grupo das leguminosas e das carnes, ocupando essas uma posição de destaque. O grupo do leite e derivados foi mencionado quando se usa algo adicional, como o achocolatado. Porém, os produtos desse grupo não eram consumidos diariamente. Doces e guloseimas eram consumidos em maior quantidade pelas meninas; e o consumo de frutas, verduras e legumes foi pequeno. Comparando com o presente estudo, percebe-se uma grande semelhança em relação aos resultados, devido a pequena ingestão do grupo do leite e derivados, frutas, verduras e legumes e um consumo ideal do grupo das leguminosas e carnes. Em relação ao consumo de doces e guloseimas, os resultados também obtiveram grande semelhança, demonstrando que este grupo alimentar é uma das principais barreiras para a alimentação saudável, principalmente de adolescentes. Em relação à alimentação de gestantes adolescentes, Belarmino et al.22, demonstram que o grupo do óleo e gorduras e o de doces teve um consumo elevado, de um modo geral. O grupo das frutas e hortaliças apresentaram um baixo consumo. Estes dados são semelhantes ao da presente pesquisa, não apenas para as gestantes adolescentes, mas também para as adultas, sendo, entretanto, alarmante para as primeiras. O baixo consumo de frutas e hortaliças deixa de oferecer à alimentação nutrientes como vitaminas, minerais e fibras, que ajudam na regulação do organismo, e com alta ingestão de alimentos ricos em “calorias vazias” (sem nutrientes benéficos), como do grupo dos doces e guloseimas e gorduras e óleos, deixando assim, de oferecer ao bebê importantes nutrientes para o seu desenvolvimento e à mãe uma gravidez com riscos de problemas relacionados à nutrição. Em relação à troca de refeição por lanche, 75% (n=12) das gestantes não referiram trocar a refeição e 25% (n=4) fazem a troca da refeição por lanches. Destas, 50% (n=2) trocam o almoço e 50% (n=2) trocam o jantar. Os lanches citados pelas entrevistadas são compostos por alimentos como pães, biscoitos, café, leite, margarina, geléia, lingüiça e mortadela. Substitui-se assim uma das maiores refeições, a qual deveria oferecer quantidades ideais tanto de macro quanto de micronutrientes. Os lanches, principalmente fast foods, são alimentos que esvaziam substancialmente os resultados associados à alimentação. Bastante simplificada pela textura, tamanho e forma, as preparações mantêm a mesma concentração de nutrientes e gasta-se menos tempo para a sua ingestão. Portanto, o hábito alimentar pode ser modificado em função dessas facilidades22. Garcia23 relata em seu estudo que o jantar é trocado na maioria das vezes por lanches nos sábados, para um descanso, relatando também que possibilidades financeiras limitam o ato de fazer as refeições corretamente, e assim trocando por lanches, que é uma opção menos saudável. Observa-se neste estudo que a população pesquisada encontra-se em grande vulnerabilidade em relação à alimentação, pois verifica-se o alto consumo de grupos alimentares que devem ser consumidos em menor quantidade, e o menor consumo de grupos alimentares que devem ser consumidos em maiores quantidades. Tal fato torna-se ainda mais preocupante quando se pensa na oferta de nutrientes extremamente importantes para esta fase da vida, que é a gestação. O consumo excessivo de doces e guloseimas e óleos e gorduras pode trazer malefícios à saúde da mãe, tanto durante quanto após a gestação, podendo eventualmente ocasionar DCNTs, como obesidade, hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemias e outras. Há conseqüências também para a saúde do bebê, pois não há recebimento de nutrientes essenciais para o seu desenvolvimento, podendo gerar complicações durante a gestação, parto ou após o nascimento. O aconselhamento nutricional é de fundamental importância para esta população, relacionando malefícios e conseqüências de uma alimentação irregular na gestação. Deve-se considerar os princípios da alimentação saudável, mas também adequada à realidade da população, demonstrando as compensações tanto à saúde quanto à situação financeira. CONSIDERAÇÕES FINAIS A presente pesquisa demonstrou que as gestantes estudadas possuem hábitos alimentares inadequados durante a gestação, consumindo em quantidades menores do que as recomendadas dos grupos das verduras e legumes, frutas, leites e derivados e pães, cereais e tubérculos; e consumindo em maior quantidade o grupo dos doces e guloseimas e óleos e gorduras. As consequências são os riscos à saúde do bebê, não oferecendo a quantidade necessária de nutrientes, e à mãe, em relação a problemas no parto e às DCNT, tanto durante como após a gestação. A educação alimentar nas reuniões para gestantes, nas Unidades Básicas de Saúde da cidade, e o incentivo à alimentação saudável, são de suma importância para a conscientização dos riscos de um errôneo hábito alimentar, visando a melhoria da qualidade de vida da população materno-infantil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Bertin L et al. Métodos de avaliação do consumo alimentar de gestantes: uma revisão. Rev. Bras. Saúde Matern. 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V ENEC - Encontro Nacional de Estudos do Consumo I Encontro Luso-Brasileiro de Estudos do Consumo Tendências e ideologias do consumo no mundo contemporâneo. Rio de Janeiro, 2010. 7. Afonso CV, Sonati, JG. Nutrição e o Cliclo de Vida: Gravizes, Amamentação e a Criança. Catálago Sistemático, Campinas 2007. Disponível em: http://uepg.academia.edu/GuanisdeBarrosVilelaJunior/Papers/931157/inclusa o_digitAl_e_educAcao_continuAdA_soBre_BoA_AlimentAcao_e_quAlidAde_d e_VidA (ago. 2011) 8. Ministério Da Saúde (BR). Guia Alimentar para a População Brasileira. 1ª Ed. Brasília, 2006. 9. Philippi ST. Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. Barueri, São Paulo: Manole, 2008. 10. Whitney E, Rolfes, SR. Nutrição: entendendo nutrientes. Tradução: All Tasks. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 11. Linnea A et al. Nutrição. 17 ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 1998. 12. Cançado I et al. Avaliação do conhecimento em nutrição de gestantes atendidas pela estratégia de saúde da família (ESF) da cidade de Pará de Minas – MG. SynThesis Revista Digital FAPAM, Pará de Minas, n.1, 2009. 13. SISVAN. Vigilância Alimentar e Nutricional. Brasília, Ministério da Saúde, 2008. 14. Sichieri R et al. Recomendação de Alimentação e Nutrição Saudável para a População Brasileira. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. Rio de Janeiro, 44 (3), 2000. 15. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (BR). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: Despesas, Rendimentos e Condições de Vida. Rio de Janeiro, 2010. 16. Baião MR, Deslandes SF. Práticas Alimentares na Gravidez: um estudo com gestantes e puérperas de um complexo de favelas do Rio de Janeiro (RJ, Brasil). Ciências e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 2010. 17. Barreto SM et al. Análise da estratégia global para alimentação, atividade física e saúde, da Organização Mundial da Saúde. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 14 (1): 41-68, 2005. 18. Lemos MCM, Dallacosta MC. Hábitos alimentares de adolescentes: Conceitos e práticas. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, 9(1): 3-9, 2005. 19. Caldeira GV. Fatores que infl uenciam a formação dos hábitos alimentares de crianças. In: Simpósio Sul- rasileiro de Alimentação e Nutrição: História, Ciência e Arte. Florianópolis, 2000. 20. Ribeiro TC et al. Comportamento Alimentar de Adolescentes de uma Escola Pública na Cidade do Recife – PE. Recife, 2008. 21. Carvalho CMRG. Consumo alimentar de adolescentes matriculadas em um colégio particular de Teresina, Piauí, Brasil. Rev. Nutr. Campinas, 14(2): 8593, 2001. 22. Belarmino GO et al. Risco Nutricional entre Gestantes Adolescentes. Acta Paul Enferm., Fortaleza, 2009;22(2):169-75, 2009. 23. Garcia RWB. Práticas e Comportamento alimentar no meio urbano: um estudo no centro da cidade de São Paulo. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(3):455-467, 1997. ANEXO E APÊNDICES ANEXO I APÊNDICE I TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidada a participar voluntariamente de um estudo sobre avaliação do hábito alimentar e do estado nutricional de gestantes atendidas no PSF Dourados no município de Guarapuava, Paraná O estudo tem como objetivo principal verificar o estado nutricional e a alimentação das gestantes, e avaliar se estão adequados. Além disso, queremos verificar o consumo de guloseimas. Caso concorde em participar da pesquisa, será necessário que se disponibilize para que sejam aferidos peso e altura e você responderá a um questionário contendo informações sobre a alimentação e dados socioeconômicos da sua família. Sua identidade será mantida em sigilo, ou seja, seus dados não serão divulgados. Sua participação neste estudo é voluntária e caso decida participar, terá total liberdade para desistir do estudo a qualquer momento. São pesquisas como esta que nos ajudam a entender como está a sua saúde, e o que podemos fazer para ajudar outras pessoas como você. Este estudo não oferece riscos à sua saúde, sendo apenas uma coleta de dados. Você poderá obter todas as informações que quiser e poderá não participar do estudo. Pela sua participação no estudo, você não receberá nenhum valor em dinheiro, mas terá a garantia de que todas as despesas necessárias (balança, fita métrica, impressões e papéis, etc.) para a pesquisa serão de responsabilidade das pesquisadoras. A garantia de seguir todas as exigências que constam na resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996, o Conselho Nacional de Saúde que regulamenta o desenvolvimento de pesquisas envolvendo seres humanos. Eu, ________________________________________________, RG n°_____________ li o esclarecimento acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo a qual fui convidado a participar. A explicação que recebi esclarece que não haverá riscos para os participantes. Eu entendi que sou livre para interromper minha participação a qualquer momento, sem justificar minha decisão. Sei que meu nome não será divulgado, que não terei despesas e não receberei dinheiro por participar do estudo. Eu concordo em participar do estudo. Guarapuava, _____ de ________________, 2011. ______________________________________ Participante ou responsável _____________________________ Aline Carla C. Amaral Kennyara H. de Carvalho Acadêmicas ______________________________ Marcela K. Brecailo Pesquisador responsável Responsáveis pela pesquisa Prof ª Marcela K. Brecailo Aline Carla Chagas do Amaral Contato: (42)91059410 / [email protected] Horários disponíveis: De segunda à sexta, das 14:00 às 18:00 horas. Local: Ambulatório de Nutrição. Kennyara H. de Carvalho Contato: (43)99173471 / [email protected] Horários disponíveis: De segunda à sexta, das 14:00 às 18:00 horas. Local: Ambulatório de Nutrição APÊNDICE II Questionário de Frequência de Consumo Alimentar NOME:___________________________________________________ DATA:___/___/___ IDADE:_______ IDADE GESTACIONAL:________ DUM:_______ PESO:_____ ALTURA:______ Leite e produtos Lácteos Mais de Todos 1 vez os dias por dia 4-6 vezes por semana 1-3 vezes por semana 1-3 vezes por mês Nunca / raramente Observações Mais de Todos 1 vez os dias por dia 4-6 vezes por semana 1-3 vezes por semana 1-3 vezes por mês Nunca / raramente Observações Mais de Todos 1 vez os dias por dia 4-6 vezes por semana 1-3 vezes por semana 1-3 vezes por mês Nunca / raramente Observações Iogurte natural/polpa (1 copo, 90g) Leite integral (1copo, 250ml) Queijo branco (2 fatias, 60g) Queijos(prato, mussarela, provolone) (2 fatias, 40g) Carnes, ovos e pescados Carne bovina (1 bife md, 100g) Carne de frango (1 bife md, 100g) Carne suína (1 bife md, 100g) Mortadela, presunto (2 fatias, 40g) Peixe (120g) Verduras e legumes Hortaliças: alface, acelga, repolho, couve, agrião, escarola, etc. (1 prato de sobremesa, 60g) Tomate,brócolis, couve-flor,cenoura, beterraba, berinjela, etc (1 unidade, 60g) Frutas Mais de Todos 1 vez os dias por dia 4-6 vezes por semana 1-3 vezes por semana 1-3 vezes por mês Nunca / raramente Observações Mais de Todos 1 vez os dias por dia 4-6 vezes por semana 1-3 vezes por semana 1-3 vezes por mês Nunca / raramente Observações Mais de Todos 1 vez os dias por dia 4-6 vezes por semana 1-3 vezes por semana 1-3 vezes por mês Nunca / raramente Observações Mais de Todos 1 vez os dias por dia 4-6 vezes por semana 1-3 vezes por semana 1-3 vezes por mês Nunca / raramente Observações Laranja, banana, maçã, melão, mamão, pêssego, ameixa, morango, goiaba, melancia, etc (1 porção) Pão, cereais e tubérculos Arroz (1 escumadeira, 100g) Batata assada/purê/cozida (1 uni, 80g) Cereais matinas (granola, sucrilhos, etc (1 copo pq, 40g) Macarrão (1 prato de sobremesa, 95g) Pão caseiro (2 fatias, 80g) Pão francês (1 uni, 50g) Pão integral/diet (1 fatia, 25g) Polenta, mandioca (2 col pq, 70g) Leguminosas Feijão, lentilha, soja,ervilha, grão de bico, etc) (1 concha md, 100g) Óleos e gorduras Lingüiça, salsicha (1 gomo, 50g) Cachorro quente (1 unidade) Batata frita (1 col grd cheia, 50g) Biscoito salgado água e sal/cream cracker (5 unidades,40g ) hamburguer (frango, carne) (1 uni) Lanches com hamburguer (frango, carne) (1 unidade) Manteiga (1 cl sopa-rasa, 14g) Margarina (1 cl sopa-rasa, 14g) Óleo (soja, milho, canola,etc) (1cl sopa, 8ml) Pizza (2 pedaços, 200g) Salgadinhos de bar (esfiha, coxinha, pastel) (1 unidade, 80g) Salgadinhos de pacote ( 1 pacote, 66g) Torta salgada (1 fatia grande, 100g) Doces e guloseimas Bala/ pirulito (5 uni) Bolacha recheada (1/2 pct) Bolacha simples (1/2 pct) Bolo (1 pedaço médio, 40g) Bolo/torta recheado/com frutas (1 fatia grande, 100g) Chiclete (2 uni) Chocolate (1 uni) Chocolate em pó (2 cl sopa, 30g) Doce de frutas (calda/barra) (2 unidades/1 colher grande, 90g) Doce de leite ( 1 cl sopa 50g) Doces de bar (amendoim, leite, suspiro) (1 ½ unidade, 50g) Mais de Todos 1 vez os dias por dia 4-6 vezes por semana 1-3 vezes por semana 1-3 vezes por mês Nunca / raramente Observações Gelatina (2 cl sopa 60g) Mel (1 cl sopa cheia 25g) Sobremesas cremosas (pudim, majar, arroz-doce, cremes) 1 fatia pq/1cl grd (90g) Sorvete picolé (1 uni 66g) Sorvetes cremosos (1 bola grande/1 xícara de chá, 100g ) Bebidas Mais de Todos 1 vez os dias por dia 4-6 vezes por semana Café com leite (1 xícara, 150ml) Café preto ( 1 xícara, 150ml) Chá mate/preto infusão (1 copo, 250ml) Refrigerantes (cola/limão/laranja/guaraná) (1 copo, 250ml) Suco de pacotinho (1 copo, 250ml) Suco néctar (tipo Del Valle) (1 copo, 250 ml) Suco natural de frutas (1 copo, 250ml) Costuma trocar refeição por lanches? Qual refeição? Qual tipo de lanche? SIM NÃO 1-3 vezes por semana 1-3 vezes por mês Nunca / raramente açúcar adoçante sem açúcar APÊNDICE III Anamnese Data da consulta: __/__/___ Nome:_____________________________________________________________ Data de nascimento:__/__/___Idade:____ Estado civil: ( )casado ( )solteiro ( )separado ( )divorciado ( )viúva ( )amasiado Peso atual:______Kg Peso antes da gestação:_____Kg Altura:____m. IMC pré-gestacional:_____Kg/m² Classificação:__________________ IMC atual:_____Kg/m² Classificação:_________________ Menarca:______anos. DUM:__/__/___ Idade gestacional:____semanas. Número de gestações:_____ Número de partos:____ Número de abortos:____ Número de filhos vivos atualmente: ____ Intercorrências: ( ) SIM ( )NÃO ( )natimortos ( )óbitos ( )neonatais ( )má formação congênita ( )outras Número de pessoas na casa:____ Renda Familiar:_____ (Em média quantos salários mínimos) Renda per capta:____ Tipo de moradia: ( ) Madeira ( ) Alvenaria ( ) Mista ( )Outra:_________________. Realiza atividade física: ( )SIM ( )NÃO Já fez ou faz uso de suplemento alimentar? ( ) SIM ()NÃO Qual?______________ Quantidade: ________ Frequencia: ___________ / ( ) dia ( ) semana ( ) mês Faz uso de algum tipo de medicamento? ( ) SIM ()NÃO Qual?______________ Quantidade: ________ Frequencia: ___________ / ( ) dia ( ) semana ( ) mês Possui alguma enfermidade? Alguém da Família possui? ( ) SIM ( ) SIM ( )NÃO Qual?______________ ( )NÃO Qual?______________ Costuma ingerir bebida alcoólica? ( )SIM ( )NÃO Faz uso de cigarro? ( )SIM ( )NÃO Outras substâncias tóxicas: ( ) SIM ( )NÃO Qual?______________.