Boletim Gramática e Ensino de Inglês Thaisi Lima Em estudos sobre histórias de aprendizagem da língua inglesa, é comum encontrarmos relatos de pessoas lamentando que suas experiências se limitaram ao conhecimento do verbo to be. A história não deve ter sido bem assim, outros conteúdos devem ter sido ensinados. Entretanto, o foco exclusivo na forma é algo tão forte nas experiências desses narradores, que eles, provavelmente, I am usam o verbo to be como metáfora de um ensino que ignora o uso, a You are produção de sentido, ou seja, as funções da linguagem. Algumas das funções do verbo to be, por exemplo, são: dizer He, she, it is quem eu sou e quem são os outros, apresentar pessoas, descrever We are pessoas e objetos, dizer as horas, etc. Contudo, nas histórias de aprendizagem, não encontramos registros de que o único You are conhecimento adquirido na escola tenha sido dizer o próprio nome They are e a origem, apresentar pessoas ou qualquer outra função do verbo to be. Esse tipo de ressentimento relatado em algumas histórias de aprendizagem pode simbolizar um lamento pela ausência de oportunidades de uso da língua para fazer coisas, para agir com a linguagem, para produzir sentidos. Até recentemente, muitos livros didáticos utilizavam amostras da língua produzidas artificialmente, como pretexto para ensinar determinado aspecto gramatical. Um exemplo que virou símbolo do ensino descontextualizado é “The book is on the table”. Essa frase aparece na música popular, como na canção The book is on the table, de MC Serginho, e em programas humorísticos, com o objetivo de criticar um tipo de ensino de inglês nonsense. As coleções Alive!, para o Ensino Fundamental, e Alive High, para o Ensino Médio, inovaram ao utilizar enunciados orais e escritos autênticos para ensinar a língua. Amostras reais da língua foram retiradas de jornais, revistas, seriados e outros programas de televisão, letras de música, textos literários, cartuns, quadrinhos, propagandas, dentre outros gêneros. Em nossas coleções, os alunos são conduzidos à aprendizagem de gramática de forma indutiva. Evidencia-se a função da linguagem. Por meio de amostras autênticas da língua, o aluno é levado a perceber o uso de cada estrutura gramatical, sempre com o foco no sentido. Veja, por exemplo, a abordagem do ensino de funções da linguagem com a forma imperativa, na unidade 10. 10 UNIT Security on the web ary 17, 2013. Language in action Learn how to read ssed on: Janu posters , 2013. on: January 17 ct.iu.edu/cyb s>. Accessed Available at: <http://protect.iu.edu 5 ■ Social Networks Available at: <http ://protec t.iu ersec .edu/cyb wnloads urity/do /cybersecurity/downloads>. Accessed >. Acce ssed on : January on: January 17, 2013. . 17, 2013 Available at: <htt p://protect.iu.e Available at: du/cybersecu <http://prote rity/download recommendations and warnings, give orders and instructions Learn to talk about safety on the web ersecurity/do wnloads>. Acce Learn how to make 134 Alive High – volume único – página 134 AH_VU_ING_LA_P05_U10_134A143.indd 134 27/05/14 09:44 1. Expõe-se ao aprendiz cartazes e um guia sobre Safe web browsing, com recomendações e instruções. 2. Na seção Let’s focus on language, o aprendiz é levado a inferir o uso imperativo para dar recomendações e instruções. 3. O aprendiz usa o imperativo para completar um infográfico com recomendações sobre o uso de redes sociais, para refletir sobre do’s and don’ts em relação ao uso do computador e para dar instruções de como abrir uma conta no Twitter. 4. O aprendiz produz um infográfico com recomendações sobre Security on the Web. Resumindo: o aluno é apresentado à estrutura gramatical por meio de algumas funções da linguagem em torno de um tema, no caso o uso da internet, reflete sobre a forma em uso e produz um texto onde uma dessas funções vai ser empregada. Os aprendizes que usam a coleção Alive High terão outra história para contar: uma história de quem usa a língua para aprender. Vera Menezes, autora da coleção Alive High de Edições SM