Modelagem do objeto de aprendizagem “Pirâ[email protected]”: uma estratégia de educação nutricional para promoção da alimentação saudável no Ensino Fundamental Cleonice Reis Souza Dourado Dias1 Luiz Dourado Dias Júnior2 Odinéa Lopes da Silva1 1 Centro de Ciências Sociais e Educação – Universidade do Estado do Pará (UEPA) 2 Universidade Federal do Pará (UFPA) – Local, UF – Brasil {[email protected] ; [email protected] ; [email protected] } Resumo. A globalização, muitas vezes, condiciona a sociedade a hábitos de vida inadequados, que contribuem nos altos índices de obesidade, principalmente na população escolar. A educação é ponto favorável à transformação deste cenário, dentro de uma concepção crítica e reflexiva e com o suporte de novas tecnologias, entre elas os objetos de aprendizagem (OA). No entanto, não se encontraram nos repositórios nacionais OA que tratassem do tema “alimentação” (sugestão dos PCN´S). Neste contexto, apresenta-se a modelagem do OA “Pirâ[email protected]” que se constitui também principal resultado do trabalho, idealizado como uma estratégia de educação nutricional para promoção da alimentação saudável nas escolas Palavras-chave: Objetos de Aprendizagem; Aprendizagem Significativa; Alimentação Saudável; Educação Nutricional. Abstract. Globalization is often followed by inadequate habits of life, which contribute to high rates of obesity, especially in kids in school age. Education is a favourable point for the transformation of this scenario, if it is designed in a reflexive and critical way and with the support of new technologies, among them the learning objects (LO). However, there were no national repositories in LO that treat the topic of "food" (suggested by the PCN's). In this context this work presents the modeling of "Pirâmide.net" LO which is also the main result of it, designed as a strategy for nutrition education to promote healthy eating habits in schools. Key-words: Learning Objects; Significative Learning; Healthy Food; Nutritional Education. 1. Introdução A conseqüência do novo estilo de vida da sociedade contemporânea, baseada no imediatismo e na praticidade, está refletida nas muitas pesquisas sobre os hábitos alimentares, os altos índices de obesidade e prevalência de doenças associadas aos estilos de vida inadequados praticados no Brasil, atingindo principalmente a população infantil. Segundo comparação dos dados da Pesquisa Nacional de Nutrição e Saúde ____________________________________________________________________________________ Hífen, Uruguaiana, v. 32 - nº 62 - II Semestre - Ano 2008 - ISSN 1983-6511 131 PNSN (1989) e Política Nacional sobre Demografia e Saúde -PNDS (1996), percebe-se que “no Brasil, em 1989, existia cerca de um milhão e meio de crianças obesas”. No ano de 1996 os dados da mesma pesquisa mostram que “houve um aumento da prevalência de sobrepeso em crianças com idade inferior a 2 anos”, ratificando a necessidade de ações educativas que estimulem a reflexão acerca dos hábitos alimentares de vida dentro do ambiente escolar (Who, 2003). Neste contexto, considera-se que o suporte de recursos tecnológicos (computadores, softwares e objetos de aprendizagem- OA) aliado a uma fundamentação pedagógica consistente pode favorecer este tipo de ação educativa. Assim, acredita-se que os temas transversais (saúde) sugeridos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o 2º ciclo (que abordam questões relacionadas à alimentação) podem ser trabalhados por meio de OA, configurando-se uma estratégia de apoio na solução dos problemas de saúde citados. No entanto, um levantamento nos repositórios nacionais da Rede Interativa Virtual de Educação (RIVED) e da Coletânea de Entidades de Suporte ao Uso de Tecnologia da Aprendizagem (CESTA), não permitiu identificar OA relacionados à alimentação saudável. Diante dos argumentos apresentados e da escassez de OA na temática de alimentação saudável, propõe-se a seguinte questão de pesquisa: quais os principais requisitos a serem atendidos por um objeto de aprendizagem direcionado às crianças do Ensino Fundamental para permitir a reflexão acerca das questões alimentares?Assim, este trabalho apresenta um estudo que, fundamentado em concepções mais atuais de educação, permitiu modelar um OA voltado para o público infantil e que pretende possibilitar ao aluno o diagnóstico e análise e reflexão de seus hábitos alimentares com a perspectiva de subsidiar ações que levem a uma alimentação mais saudável. Em termos teóricos, o trabalho está fundamentado principalmente em uma pesquisa bibliográfica envolvendo os seguintes temas: OA, promoção da saúde, educação nutricional e PCN’s (saúde). O trabalho está assim dividido: na seção 2 discutem-se alguns princípios relacionados à aprendizagem significativa e contribuições principais dos objetos de aprendizagem como estratégia de promoção de saúde nas escolas; na seção 3 apresentase a modelagem do objeto de aprendizagem “Pirâ[email protected]” bem como são feitas algumas considerações; na seção 4 são apresentadas considerações finais e sugestões de trabalhos futuros. 2. Fundamentação teórica: a educação nutricional segundo os princípios da aprendizagem significativa Nesta seção, apresentam-se alguns conceitos acerca da alimentação saudável e sua relação com a pirâmide alimentar. Como suporte as ações de práticas alimentares saudáveis, tem-se a teoria da aprendizagem significativa, utilizando como meio de ensino os recursos tecnológicos (objetos de aprendizagem), descritos nas subseções a seguir. 2.1 A importância da educação nutricional e da pirâmide alimentar A educação nutricional busca, assim como em qualquer outro processo de ensinoaprendizagem, implementar ações que objetivam uma formação do indivíduo para a vida e na transformação da realidade por meio de um conhecimento compartilhado (Santos, 2005). O referido autor defende que “as informações sirvam de subsídios para auxiliar a tomada de decisões dos indivíduos, sendo convocados a ampliar seu poder de escolha e decisão”. ____________________________________________________________________________________ Hífen, Uruguaiana, v. 32 - nº 62 - II Semestre - Ano 2008 - ISSN 1983-6511 132 Freire (2003) defende que a educação é um processo desinibidor e não restritivo no sentido de oportunizar ao indivíduo ser sujeito da própria história. Neste sentido, o desenvolvimento do senso crítico, da reflexão e da autonomia são pontos chave para que a educação instrumentalize o educando a transformar a própria realidade. Desta forma, a educação utilizada como meio de promoção da saúde, capacita os indivíduos a tratarem dos problemas cotidianos, como a alimentação, de acordo com as condições estabelecidas dentro do contexto social. Considerando-se o que fora dito acerca da importância da educação nutricional, destaca-se a Pirâmide Alimentar como instrumento para a formação do educando. Segundo Philippi et al (2003) a Pirâmide Alimentar é um “instrumento educativo que adapta os conhecimentos científicos de nutrição em mensagens práticas que facilitam as diferentes pessoas a seleção e o consumo de alimentos saudáveis”. Está dividida em quatro níveis compostos pelos seguintes grupos alimentares: dos cereais; das frutas; das verduras e legumes; dos feijões e leguminosas, das carnes e ovos; dos leites e derivados; dos açúcares e doces e; dos óleos e gorduras. Segundo a autora, para se obter uma alimentação saudável, baseada na pirâmide e nas porções indicadas, é necessário escolher alimentos de todos os grupos (de preferência as frutas, verduras e legumes) e reduzir o consumo de alimentos ricos e açúcares, gorduras e sal. 2.2 A aprendizagem significativa norteando a escola na efetivação da educação nutricional Pelizzare et al (2002), baseados na teoria de Ausubel, afirmam que a aprendizagem é muito mais significativa “à medida que o novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio”. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que essa incorporação e atribuição de significado tenham sido menos incentivadas, promovendo um armazenamento isolado do novo conteúdo ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva. Baseados na psicologia cognitiva de Ausubel, Tarouco et al. (2008), afirmam que a “aprendizagem significativa ocorre por assimilação de novos conceitos e proposições na estrutura cognitiva do aprendiz.” As novas idéias e informações são aprendidas de acordo com os pontos de ancoragem do aluno. Esses pontos de ancoragem, ou também conhecidos como subsunçores, (quando pertinentes) funcionam como a ligação, o “ancoradouro” entre o conhecimento prévio do sujeito e as novas informações a serem integradas a sua estrutura cognitiva. Quando as novas informações são relacionadas com as já existentes de forma não arbitrária, tem-se uma aprendizagem com maior significado para o sujeito (Monteiro et al., 2008). Entretanto, muitas vezes estes subsunçores necessários para relacionar uma “nova” aprendizagem à outra “antiga”, não se fazem presentes. Nesse caso, a aprendizagem mecânica será imprescindível, tendo em vista que, mais tarde, esses novos conhecimentos passarão a ser significativos (Monteiro et al., 2008). Desta forma, a escola deve tratar os problemas que envolvem as questões alimentares de forma contextualizada, pois as mesmas envolvem aspectos que extrapolam seus muros. Não se trata de responder questões em um teste para se obter aprovação, mas instrumentalizar o aluno para tomar decisões de forma consciente quanto a sua alimentação e quanto os problemas que envolvem os alimentos na sociedade. ____________________________________________________________________________________ Hífen, Uruguaiana, v. 32 - nº 62 - II Semestre - Ano 2008 - ISSN 1983-6511 133 2.3 Objetos de aprendizagem: recurso digital na escola Os OA se constituem em uma importante ferramenta pedagógica para transformar o aprendizado em algo significativo para o aluno. Segundo o Rived (2008), os OA podem ser “qualquer material eletrônico que provém informações para a construção de conhecimento, seja essa informação em forma de uma imagem, uma página HTML, uma animação ou simulação”. Souza (2005) acrescenta que os OA se constituem em “textos completos, imagens em movimento, som, até simulações que podem ser utilizados por diferentes professores e alunos”. Segundo o autor, essas diferentes mídias são reunidas e disponibilizadas em Repositórios de Objetos de Aprendizagem para existir padronização e fácil acesso. Existem diversas características dos OA que procuram solucionar problemas existentes quanto ao armazenamento e distribuição de informações por meios digitais. Conforme Fabre et al. (apud TAROUCO, 2008), a catalogação dessas características oferece ainda, além da reusabilidade, “a acessibilidade, interoperabilidade e durabilidade”. Macedo et al. e Longmire (apud BETTIO E MARTINS, 2004), citam também a “flexibilidade, facilidade para atualização e customização”, como componentes que favorecem a utilização de OA na área educacional. As características apresentadas mostram que o modelo dos OA surge para facilitar e favorecer a melhoria de qualidade do ensino, proporcionando aos seus usuários uma ferramenta pedagógica para a facilitação e mediação do aprendizado. O uso dos OA nas escolas pode ser uma alternativa para que o aluno se torne construtor de novos conhecimentos, agente crítico na sociedade e transformador da sua realidade (Lima et al., 2007). 3 Pirâ[email protected]: um objeto de aprendizagem para reflexão da alimentação diária Nesta seção serão apresentados os requisitos levantados para serem atendidos pelo objeto desenvolvido, bem como as principais telas de interface com o usuário e a proposta de solução tecnológica. 3.1 Modelo de requisitos O OA “Pirâ[email protected]” incentiva a reflexão dos alunos que cursam o segundo ciclo do Ensino Fundamental, acerca de seus hábitos alimentares e das conseqüências que podem acarretar para sua saúde. Para atender esses objetivos, criou-se um modelo que sistematiza os requisitos do Pirâ[email protected], contendo: cadastrar dados pessoais; diagnosticar/avaliar alimentação; refletir sobre alimentação. A Figura 1 sistematiza os requisitos funcionais para apoiar este processo reflexivo. Dada a complexidade do caso de uso “Diagnosticar alimentação”, considerou-se detalhar seus sub-casos em: selecionar/excluir alimentos e encerrar refeição. ____________________________________________________________________________________ Hífen, Uruguaiana, v. 32 - nº 62 - II Semestre - Ano 2008 - ISSN 1983-6511 134 Figura 1- Modelo de Requisitos do Pirâ[email protected] 3.2 Modelo de interface com o usuário Esta seção descreve a interface gráfica com o usuário elaborada para atendimento do modelo de requisitos apresentado na Figura 1. Para cada funcionalidade prevista apresenta-se e descreve-se a interação do aluno com o sistema para a consecução dos objetivos do OA. A tela inicial do Pirâ[email protected] (Figura 2) apresenta fundo verde com uma pirâmide ao centro ilustrada com um “palhacinho” formado por frutas, verduras e legumes e conectada a um mouse. A ilustração do “palhacinho” remete ao público infantil e o mouse, por sua vez, ao principal instrumento de interação com o OA. Figura 2- Tela inicial do Pirâ[email protected] Ao clicar no link <ENTRAR> aparecerá uma tela de cadastro, associada ao caso de uso “Cadastrar Dados Pessoais” apresentado na Figura 1. Nesta tela será possível efetuar o registro das informações do usuário: nome, sexo, idade, peso, altura, quantidade de água consumida diariamente (copos). Cabe ressaltar que, além da identificação do aluno, este caso de uso objetiva coletar informações que influenciarão diretamente no diagnóstico alimentar (peso, altura, quantidade de água consumida diariamente). Na parte inferior da tela o link denominado <COMPOR CARDÁPIO> permitirá a gravação dos registros e acesso ao primeiro módulo do programa. A tela inicial (Figura 3) do primeiro módulo denominado “Diagnóstico da Alimentação” objetiva familiarizar o usuário com a Pirâmide Alimentar levando-o a observar que a mesma organiza os alimentos em grupos e níveis. O usuário tem a oportunidade de selecionar os alimentos que geralmente consome nas refeições indicadas, permitindo iniciar um processo de reflexão acerca da sua alimentação diária. Este processo de diagnóstico da alimentação está relacionado ao caso de uso “Diagnosticar Alimentação” e aos seus subcasos de uso. O usuário, no módulo “Diagnóstico da Alimentação”, tem como missão encontrar na pirâmide alimentar os alimentos que consome: 1º CAFÉ DA MANHÃ; 2º LANCHE DA MANHÃ; 3º ALMOÇO; 4º LANCHE DA TARDE; 5º JANTAR e; 6º CEIA. ____________________________________________________________________________________ Hífen, Uruguaiana, v. 32 - nº 62 - II Semestre - Ano 2008 - ISSN 1983-6511 135 Figura 3- Tela principal do Módulo “Diagnóstico da Alimentação” Inicialmente, o “palhacinho” de alimentos perguntará “o que você come no CAFÉ DA MANHÃ?”. O usuário, segundo as instruções presentes na tela, clicará nos grupos de alimentos em cada nível da pirâmide. Em seguida, aparecerá uma janela com opções (Figura 4) para que o usuário selecione o alimento (“Selecionar Alimento”). Ao clicar no mesmo este será incluído em um dos quadros abaixo da pirâmide. Neste momento será ativado o botão <EXCLUIR> para o caso de haver se equivocado, atendendo o sub-caso de uso “Excluir Alimento”. Figura 4- Janela de opções do Módulo I Se o alimento pretendido não fizer parte do grupo alimentar selecionado o usuário poderá fechar a janela clicando no ícone . Quando a seleção dos alimentos do CAFÉ DA MANHÃ estiver terminada o usuário deverá clicar no botão <ENCERRAR REFEIÇÃO> (Figura 3), o que remete ao subcaso de uso “Encerrar Refeição”. Imediatamente, o palhacinho de alimentos fará a segunda pergunta: “O que você come no LANCHE DA MANHÃ? Os procedimentos a serem realizados são os mesmos para todas as 06 (seis) refeições. Após responder todas as seis perguntas do “palhacinho” de alimentos o botão <AVALIAR REFEIÇÃO DIÁRIA> será ativado e, ao ser clicado, aparecerá uma tela correspondente ao módulo “Análise da Refeição Diária” com um gráfico de barras (Figura 5), indicando em quais grupos da pirâmide alimentar há carência (cor laranja), em quais grupos o consumo está ideal (cor verde) e em quais existe consumo (cor vermelha). Este módulo atende ao requisito “Avaliar Refeição” da Figura 4. ____________________________________________________________________________________ Figura 5- Tela do Módulo “Análise da Refeição Diária” Hífen, Uruguaiana, v. 32 - nº 62 - II Semestre - Ano 2008 - ISSN 1983-6511 136 O terceiro e último módulo do OA denominado “Reflexão da Alimentação” está relacionado ao requisito “Refletir sobre Alimentação” da Figura 1 e objetiva incentivar o usuário a refletir acerca de sua alimentação e registrar essa reflexão. Para isso, serão apresentadas 04 questões que deverão ser respondidas a partir da análise do gráfico. As questões são as seguintes: a) Em quais grupos alimentares devo aumentar o consumo diário?; b) Em quais grupos alimentares devo diminuir o consumo diário?; c) Em quais grupos alimentares não preciso alterar o consumo diário? e; d) Minha alimentação está equilibrada?. Na utilização do Pirâ[email protected] o professor deve instigar a reflexão do aluno acerca dos resultados apresentados pelo objeto de aprendizagem e motivá-lo a pesquisar mais sobre o tema, assim como, depurar soluções para reverter os maus hábitos alimentares e desenvolver uma alimentação saudável. Busca-se que as reflexões sejam transformadas em ação e que os alunos tornem-se multiplicadores desse processo, ou seja, incentivem outras pessoas a conhecer a Pirâmide Alimentar e a diagnosticar e avaliar seus hábitos alimentares. 3.3 Proposta de solução tecnológica Para permitir a concretização desta proposta, dentro do escopo definido, cabe delinear os componentes e/ou tecnologias capazes de viabilizá-la. Primeiramente, cabe destacar a arquitetura interna do [email protected] que segue o padrão de projetos de software MVC (model view controller). Nesse padrão, um sistema é dividido em três camadas básicas (modelo, visão e controle) com responsabilidades bem definidas. Para a implementação deste OA no padrão MVC, pretende-se utilizar linguagem Java principalmente pelos seguintes critérios: ser software livre; possuir uma grande e ativa comunidade de desenvolvedores; ser freqüentemente utilizada tanto no desenvolvimento de softwares acadêmicos quanto comerciais; prover código portável. Em termos de plataforma, escolheu-se a web em oposição ao desktop. Especificamente, escolheu-se o framework Java Server Faces (JSF) que possui uma infra-estrutura de componente bem definida para o MVC. Alternativamente, poderia ser utilizada a tecnologia Flash, porém, o principal ganho seria relativo às possibilidades de animação, o que no contexto deste objeto não é consideravelmente relevante. Por fim, cabe comentar acerca dos aspectos de persistência dos dados do [email protected]. Neste contexto, optou-se por armazenar os dados dos alunos, o cadastro de alimentos e os cardápios em arquivos XML. Para que a aplicação interaja com estes arquivos, optou-se pelo componente XStream para serialização de objetos Java em arquivos XML (e vice-versa). Esta alternativa foi preterida em relação ao uso de um SGBD, pois, a princípio pretende-se que este seja um sistema mono-usuário (a ser utilizado apenas pelo aluno), não havendo, inicialmente, previsão de consultas complexas ou requisitos de concorrência de acesso aos dados. 4 Considerações finais e trabalhos futuros A modelagem do objeto de aprendizagem Pirâ[email protected] é uma estratégia de educação nutricional idealizada para trabalhar os conceitos relacionados à alimentação saudável e promoção da saúde nas escolas de Ensino Fundamental. Entende-se que a principal contribuição deste trabalho, no atual estágio, é apresentar uma alternativa de trabalho do tema de alimentação saudável, dada a relevância da educação como instrumento de transformação da realidade dos indivíduos e da sociedade em um sentido mais amplo. ____________________________________________________________________________________ Hífen, Uruguaiana, v. 32 - nº 62 - II Semestre - Ano 2008 - ISSN 1983-6511 137 No entanto, acredita-se que além do caráter propositivo deste trabalho e da relevância que a proposta tenha, faz-se necessário avaliar este objeto junto ao públicoalvo. Nesta avaliação, a ser realizada com alunos e professores, será possível identificar eventuais problemas de programação/interface que podem contribuir para a evolução do trabalho, em especial quanto às contribuições pedagógicas. 5. Referências Bettio, R. W.; Martins, A. Objetos de Aprendizado: Um novo modelo direcionado ao Ensino a Distância. 2004. 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