As onomatopéias japonesas e suas traduções/adequações nos manga traduzidos para o português Renata Garcia de Carvalho Leitão Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP, São Paulo Centro de Estudos Japoneses, USP, São Paulo 1. Objetivos “grab”, onomatopéia que vem do inglês grab (“agarrar, apertar”). Levantar as traduções ou adequações das onomatopéias japonesas utilizadas nos manga licenciados e traduzidos para o português, contrapondo essas versões com seus respectivos originais em língua japonesa. O principal objeto de análise serão os casos em que ocorrem mais de uma tradução/adequação para uma mesma onomatopéia, e onomatopéias diferentes com traduções/adequações semelhantes. Concomitantemente, montar-se-á um glossário com as ocorrências mais freqüentes e suas respectivas traduções/adequações. 4. Conclusões Parciais 2. Materiais e Métodos Os materiais de análise são os shôjo-manga (manga para meninas) de ambiente escolar Fruits Basket, Kare Kano – As razões dela, os motivos dele, e Neon Genesis Evangelion – The Iron Maiden 2nd. As onomatopéias e suas traduções/adequações são listadas, e posteriormente classificadas. Casos relevantes serão analisados, comparando as onomatopéias das obras originais e traduzidas. 3. Resultados Parciais Há casos de onomatopéias de classificações diferentes e traduções/adequações iguais, e outros em que possuem mesma classificação e tradução/adequação diferentes. Onomatopéias como “gucchaa” são traduzidas de acordo com seu sentido, perdendo o recurso sonoro. Onomatopéias de histórias em quadrinhos americanas também são utilizadas, como exemplo em “gyu”, indicando um aperto forte (como aperto de mão, abraço, etc.) e é adequado como A língua portuguesa possui poucas onomatopéias, não sendo possível estabelecer uma correlação direta entre elas e as onomatopéias japonesas. Assim, ocorre ou a adequação da onomatopéia por outra de sentido parecido ou apenas uma adequação gráfica (“waa” vira “waah”, “zaa” vira “zaah). No primeiro caso, perde-se o efeito sonoro das onomatopéias originais e opta-se pela tradução de seu sentido, visando à compreensão do leitor. Isso é freqüente em onomatopéias que representam estados emocionais ou físicos, como em “niko” traduzido por “sorrisos” e “gucchaa” por “(bagunça geral)”. No segundo caso, também há perda do efeito sonoro que as onomatopéias criam nos manga porque as adequações gráficas são estranhas ao ouvido dos leitores brasileiros, que se apóiam nas imagens para construir o sentido da onomatopéia. Assim, para um futuro glossário de onomatopéias japonesas em português, o recurso visual torna-se imprescindível. 5. Referências Bibliográficas [1] ATÔDA, T., HOSHINO, K. Giongo Gitaigo tsukaikata jiten (Usage guide to Japanese Onomatopoeias). 2. ed. Japão: Ed. Shôtakusha, 1995. [2] AMANUMA, Yasushi. Giongo Gitaigo Jiten (Dicionário de onomatopéias primárias e secundárias). 3. ed. Japão: Editora Tôkyôdô. [3] CHANG, Andrew C. Gitaigo Giongo Bunrui Yôhô Jiten (A Thesaurus of Japanese Mimesis and Onomatopoeia: Usage by Categories). 3. ed. Japão: Shôtakusha, 2000.