Determinação da frequência alélica e genotípica do polimorfismo

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55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Determinação da frequência alélica e genotípica
do polimorfismo SNP211037 do gene GABRG2 em
indivíduos epilépticos do estado de Alagoas
Silva, LRP1; Almeida, DH1; Marques, TEBS2; Gitaí, LLG3; Machado, LCH4; Gameleira, FT3; Andrade, TG2;
Gitaí, DLG1
Setor de Genética e Biologia Molecular, ICBS, UFAL, Maceió.
Laboratório de Biologia Molecular e Expressão Gênica, UFAL, Arapiraca.
3
Setor de Neurologia, HUPAA, UFAL, Maceió.
4
Setor de Histologia e Embriologia, ICBS, UFAL, Maceió.
[email protected]
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Palavras-chave: Epilepsia Mioclônica Juvenil, polimorfismos genéticos, RFLP, SNP e GABRG2.
Epilepsia é uma desordem neurológica caracterizada pela presença de crises espontâneas e recorrentes, que afeta
2 a 3% da população mundial. As crises epilépticas refletem atividade elétrica anormal e paroxística, que podem
ser causadas por inúmeras patologias estruturais ou neuroquímicas. Por ser de natureza complexa e multifatorial,
a epilepsia apresenta diferentes etiologias, sejam associadas a lesões cerebrais específicas, como no caso das
epilepsias sintomáticas; ou a alterações genéticas, como no caso das epilepsias idiopáticas. No entanto, postula-se
que, em ambas as situações, um limiar genético de susceptibilidade é essencial para o estabelecimento das crises
epilépticas. Assim, a identificação de variantes alélicos associados a este limiar é fundamental para o entendimento
dos mecanismos moleculares envolvidos na predisposição ou proteção às crises. Uma abordagem para identificação
desses alelos baseia-se na análise direta do material genético, através de estudos de associação. Neste contexto,
exploramos o Banco de DNA de indivíduos epilépticos e não-epilépticos da UFAL para investigar se o polimorfismo
SNP211037 (Asn196Asn) do gene que codifica a subunidade γ2 do receptor do ácido γ-aminobutírico (GABRG2)
está associado à Epilepsia Mioclonica Juvenil. A genotipagem está sendo realizada por RFLP (Restriction Fragment
Length Polymorphism) que possibilita a detecção dos variantes C ou T (SNP211037). Até o presente momento,
40 amostras de DNA de indivíduos com Epilepsia Mioclônica Juvenil foram analisadas. O variante (SNP211037)-C
do gene GABRG2 apresentou uma freqüência de 71% (57 alelos) e o variante (SNP211037)-T de 29 % (23 alelos).
As freqüências genotípicas dos homozigotos CC e TT e do heterozigoto CT foram as seguintes: 50%, 7.5% e 42.5%,
respectivamente. Embora estes dados ainda não tenham sido confrontados com os dos indivíduos não-epilépticos
da população alagoana, a freqüência mais elevada do variante (SNP211037)-C na população estudada é bastante
sugestiva desde que estudos populacionais têm relatado que o alelo T apresenta uma maior prevalência. Além do
mais, análises independentes em outras populações demonstraram uma associação do variante (SNP211037)-C
à Epilepsia Idiopática Generalizada. A comparação das freqüências alélicas e genotípicas entre as populações
epiléptica e não-epiléptica do Estado de Alagoas permitirá avaliarmos se o variante polimórfico SNP211037 do
gene GABRG2 está associado ao limiar genético de susceptibilidade ou proteção – especificamente - à Epilepsia
Mioclônica Juvenil, uma das síndromes epilépticas idiopáticas mais freqüentes no Estado de Alagoas.
Apoio financeiro: FAPEAL e CNPq
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