A IDÉIA DE REDE NAS PRIMEIRAS INVESTIGAÇÕES GEOGRÁFICAS DE MILTON SANTOS Willian Morais Antunes de Sousa Rubens de Toledo Junior I. Introdução Como elemento constituinte do espaço geográfico, a rede é um conjunto de objetos técnicos cuja compreensão se faz necessária nas investigações geográficas. As redes, no espaço geográfico, representam a integração constante entre os objetos. As relações entre diversos espaços e subespaços funcionam mediante estes objetos técnicos, e seu estudo colabora para a explicação e interpretação da sociedade. O presente trabalho se propõe a analisar as primeiras investigações geográficas de Milton Santos, tendo como objetivo compreender a maneira como é descrita as redes na paisagem. Ao descrever a paisagem da zona do cacau, o autor procurou revelar o processo de construção dos aeroportos de Ilhéus, Itabuna, Caravelas, o movimento das mercadorias que eram exportadas pelos portos de Alcobaça, Belmonte, Canavieiras, Camamú, Caravelas, Ilhéus, Porto Seguro, Prado e Santa Cruz Cabrália, a integração das redes ferroviárias, que era composta pela estrada de ferro Ilhéus – Vitória da Conquista, estrada de ferro de Nazaré, e a estrada de ferro Bahia a Minas Gerais, através desses estudos foi identificada a hierarquia das cidades no Litoral Sul da Bahia, chegando a desenvolver uma classificação das cidades a partir de suas funções e sua posição na rede urbana, como bem revelam seus estudos sobre Ubaitaba, Itabuna, Jequié, Amargosa e Salvador. Os escritos revelam, a partir do território baiano, a evolução das instalações humanas no território brasileiro. Dessa forma nosso projeto procurou estudar como a idéia de rede é encontrada ao longo da história da Geografia e, mais especificamente, como aparece na obra deste autor. Palavras-chave: redes, meio geográfico, paisagem. II. A zona do cacau A cultura do cacau, foi o principal fator de povoamento das áreas ribeirinhas e das áreas no interior do continente, chegando a formar as aldeias e mais tarde as pequenas cidades. A área estudada compreende os municípios de: Ilhéus, Itabuna, Canavieiras, Belmonte, Ipiaú, Ituberá, Una, Ubaitaba, Iatacaré, Mucuri, Jequié, Prado, Camamú, Boa Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 1 Nova, Porto Seguro, Maraú, Poções, Nilo Peçanha, Alcobaça, Santa Cruz Cabrália, Valença, Lage, Taperoá, Ubaíra, Inês, Cachoeira, todos esses municípios distribuídos ao longo do planalto costeiro do Sul da Bahia. No início do povoamento os rios Jequitinhonha, Pardo, Contas, Cachoeira e Almada serviram de base para a produção do cacau, cerca de 10% da comercialização pela via fluvial, 10% por rodovias e 80% por ferrovia, Santos (1960, p. 41). Com o crescimento dos povoados se intensificaram as estradas, a circulação era feita pelos homens e animais. A produção do cacau era significativa no município de Ilhéus, dessa forma a primeira ferrovia para ser construída deveria estar próximo ao porto, que já em 1905, ultrapassava o porto de Itacaré, Santos (1960, p. 42). Em Zona do cacau, um estudo de conjunto da “porção do território baiano que mais presta à produção do cacau”, Santos (1955), foi analisado os elementos naturais e sociais na formação do meio geográfico. Como afirma no prefácio, o cacau é o responsável por inúmeros traços da fisionomia do seu habitat, Santos (1955. p. 08), sendo a cultura predominante é o cacau que vai desenvolver a economia dessa área do Estado da Bahia. Nesse estudo, M. Santos pretende realizar uma análise de conjunto, apreendendo os aspectos da terra e do homem, ou seja, o meio geográfico, buscando relacionar esses fatos geográficos na constituição da zona do cacau. Para isso M. Santos se utiliza da idéia de gênero de vida, que é a categoria que representa as relações existenciais dos humanos em sua relação com determinados elementos naturais, cabendo ao geógrafo apreender a expressão geográfica da interação dos humanos com o seu meio. Se utilizando dos ensinamentos de Maximilien Sorre e Albert Demangeon, descreveu os elementos da zona do cacau, para citar um exemplo, temos M. Santos se referindo a interação dos humanos com o clima: Quanto à umidade relativa, considerada como indispensável ao perfeito crescimento dos frutos, observamos que em todos os meses, exceto em anos de exceção, há dias em que a umidade chega aos 100%, isto é, ao estado de absoluta saturação, consignando maior média mensal em junho, com 88% e a menor com um pouco menos, isto é, 85%, em janeiro [...] são todos esses fatores, associados à direção e natureza dos ventos, que fizeram da zona sul da Bahia a eleita pelo cacaueiro. Os ventos secos, como se sabe, fazem diminuir a produção. [...] foram as suas condições naturais, melhor diremos que as suas condições atmosféricas, que agiram nesse sentido. A natureza forneceu o quadro. E o homem fez o resto. Santos (1955. p. 21) E logo após temos a descrição dos fenômenos, sendo interessante observar como M. Santos constrói sua representação, se utilizando de palavras regionais e de linguagem Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 2 acadêmica, também é importante perceber como é sutil sua critica aos compradores do cacau, que naquela época o cacau era exportado para países europeus. Tudo isso explica a ansiedade com que o homem da zona do cacau espera que o céu caiam as primeiras chuvas de verão. Delas é que dependerá a sua boa ou má fortuna. A safra fica na dependência das precipitações. É de ver a alegria que de uma hora para outra resplandece na fisionomia de todos quantos tem sua vida ligada ao cacau, quando após uma fase de estiagem o céu começa a carregar-se de nuvens cor de chumbo, que logo se desfazem em grossas bátegas de chuva dadivosa. É a própria fortuna a escorrer do céu em forma líquida. Mas, se não chove, como aconteceu há poucos anos, quando o flagelo da seca estendeu seus tentáculos à própria zona do cacau, é tristeza e desolação que se vêm por todos os lados. São roças que se queimam, plantações que se perdem, negócios que se atrasam, o comércio que se paralisa, a estagnação, enfim, de todas as atividades. É por isso que se diz que o cacau depende mais do céu do que da terra. Mais do céu que da terra dependem também todos quantos vivem do cacau, mesmo que não o plantem, nem o colham. Santos (1955. p. 21-22) Esse fragmento revela características dos elementos naturais que constituem a área estudada. O clima é úmido, por ser próximo ao litoral, a cobertura vegetal é de mata atlântica, sendo propícia para a formação de camada orgânica que serve como nutrientes para o crescimento do cacau. O plantio do cacau é feito próximo a árvores como jequitibá, gameleira e o pau d’arco. Os solos também são ricos em fósforo e potássio. Devido aos índices pluviométricos, no litoral existiam as chuvas provenientes das massas de ar atlântica formando “nuvens cor de chumbo” que provocavam verdadeiras “grossas bátegas de chuva dadivosa”. A hidrografia da área é composta desde o Rio das Almas, na extremidade norte da zona do cacau, Rio de Contas, que tem sua nascente na Serra dos Barbados, em Piatã na Chapada Diamantina, o Rio Prado, que tem sua nascente na Serra do Espinhaço em Minas Gerais e o Rio Jequitinhonha, na extremidade sul da zona do cacau, que tem sua nascente também na Serra do Espinhaço em Minas Gerais. Essa rede hidrográfica é composta de um sistema complexo de afluentes fazendo da zona cacaueira uma área rica em recursos hídricos. No litoral temos nove portos “Alcobaça, Belmonte, Canavieiras, Camamú, Caravelas, Ilhéus, Porto Seguro, Prado e Santa Cruz Cabrália”. M. Santos (1955. p. 77). Todavia o porto da cidade de Ilhéus foi o mais importante para a zona do cacau, pois recebeu mercadorias através da Estrada de Ferro Ilhéus a Conquista, que por sinal é a mais importante para a exportação do cacau, influenciando na dinâmica de outras cidades importantes ao longo do continente. O espaço marítimo foi organizado pelos portos, em que cabia aos navios o transporte das mercadorias entre os hemisférios, as ferrovias comportavam trens com vagões que levavam mercadorias de todas as espécies, as rodovias estavam em crescimento, os Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 3 caminhões o apoiavam o escoamento da produção de cacau, os sistemas de transporte embora em escala local, participaram da formação das instalações técnicas no continente e da organização do espaço marítimo. O objetos do mar e da terra organizados em conjunto favorecendo assim a constituição da instalações técnicas do Estado da Bahia. A cidade de Itabuna organizou funções e serviços com maior facilidade porque foi o ponto de encontro das rodovias de acesso as outras cidades, Jequié também já era uma cidade importante, mas Itabuna e Ilhéus ainda concentravam as atividades urbanas necessárias para o crescimento econômico da zona do cacau. A importância do porto de Ilhéus é comprovada através dos dados da época, em 1946 as exportação chegaram a 65.794 mil toneladas, essa cidade era a plataforma de embarque da zona cacaueira. A rede ferroviária era composta da estrada de ferro Ilhéus – Vitória da Conquista, estrada de ferro Nazaré, e a estrada de ferro Bahia a Minas Gerais. O transporte aéreo era precário devido a poucos pontos de vôo, apenas em Caravelas exista pista de pouso, em Ilhéus as obras de pavimentação estavam iniciando e o aeroporto de Itabuna ainda estava sendo inaugurado, contudo ainda é Ilhéus o principal ponto para mobilidade. A fragilidade da rede aérea era evidente, as técnicas ainda tinham elevados custos, apenas os centros das principais cidades conseguiram organizar um sistema de transporte eficiente, é evidente que a zona do cacau ainda não continha bancos e centros empresariais para atrair investimentos, estas funções estavam concentradas em grande parta na cidade do Salvador. III. Salvador e o Recôncavo Baiano Com o desenvolvimento das plantações no interior da zona do cacau, estradas foram feitas, multiplicaram as aldeias, depois as rodovias, portos, aeroportos além de outros objetos destinados a produção, essas foram algumas das instalações identificadas por M. Santos. Com a intensidade das relações econômicas no litoral e no interior da zona do cacau, o povoamento se tornou mais disperso e os serviços passaram a ser uma necessidade, o comércio ganharam força nas cidades. Direitos básicos como hospitais e escola ainda são concentradas nas cidades mais importantes como Itabuna, Ilhéus, Jequié. Em 1937 as estradas iniciaram o processo de substituição das ferrovias, o transporte por meio de caminhões facilitava a entrega das mercadorias em todos os distritos e cidades, Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 4 além de levar diretamente ao porto mais próximo da área da produção, com essas mudanças as relações comerciais foram sendo modificadas, os portos ganhavam novos papeis na hierarquia de exportação do cacau, a estrada de ferro de Ilhéus em 1955 não transportava mais do que 254.204 sacos de cacau, Santos (1960, p. 46), a estrada de ferro de Nazaré, atingiu em 1933, 10.455 toneladas, enquanto que em 1954 não passava de 4 toneladas, Santos (1960, p. 46), contudo essa mudança trouxe benefícios para os municípios de Itabuna e Ilhéus, sendo o primeiro o ponto de encontro de estradas entre os municípios da zona do cacau e, o segundo a área destinada à exportação. Na medida em que crescia as toneladas de exportação pelo porto de Ilhéus, os portos de Canavieiras e de Ituberá sofriam a decadência dos índices de exportação, no primeiro o cacau era levado do Sul através das estradas ligadas a Itabuna, já no segundo, mais ao norte, sofria porque os produtores de Jequié já não necessitavam de seu cais, que só passou a ter importância com a chegada das indústrias, M Santos (1958a). Contemporâneo a isso, Salvador se encontrava com mudanças em sua economia, as indústrias ao longo da região metropolitana e as fábricas ao longo da Conceição da Praia e Pilar, na Cidade baixa, Salvador, Santos (1958b, p. 252), que provocaram novas dinâmicas na cidade, o porto passou a ter outras funções. Papel importante também teve a zona do fumo e a zona canavieira no recôncavo baiano, que contribuiu para o crescimento das instalações técnicas da Bahia, como também as instalações da Petrobrás ao longo do recôncavo norte, evento que veio a fortalecer a dinâmica comercial e industrial baiana. Esses fatores em Salvador fizeram com que parte significativa da população das áreas da zona do cacau migrassem, pois com a decadência do pequeno produtor de cacau, que já não podia colher e transportar através do burro e da canoa os sacos até o porto mais próximo, como acontecia no Banco da Vitória, Ilhéus, e Ubaitaba, se encontraram impossibilitados de produzir em larga escala partindo para outras atividades, um dos destinos eram as cidades da zona do cacau e a própria capital, a cidade de Salvador. A rede urbana do recôncavo baiano, como bem identificou M. Santos (1959b, p. 20), passou por três grandes transformações provenientes das instalações técnicas. O recôncavo foi dividido por M. Santos em recôncavo norte e sul, composto por 28 municípios, os municípios da primeira geração, foram Jaguaripe, Cairu, São Francisco do Conde, lugares construídos para função de defesa, a segunda geração, denominada de pré-mecânica, Santos (1959b, p. 19), foram Cachoeira, Nazaré, Santo Amaro, tinham seu Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 5 transporte organizados através de pequenas embarcações e animais, localizados estrategicamente, próxima as vias fluviais, os rios Paraguaçu, Jaguaripe, Subaé, os municípios do terceiro período eram compreendo por Feira de Santana e Alagoinhas, organizados através de transportes viários e ferroviários, esse foi um pequeno ciclo desenvolvimento identificado pelo geógrafo. No primeiro período as aldeias e cidades se relacionavam com Salvador, através das embarcações, a Baía de Todos os Santos era o elemento que unia os pequenos portos ao porto de Salvador, localizado no centro comercial. A evolução dos transportes modificou as relações entre a zona do fumo e a zona da cana, zonas de produção localizadas no recôncavo baiano. As cidades como Cachoeira, Santo Amaro e Nazaré, tiveram sua economia degrada pela dinâmica que exercia a cidade de Feira de Santana, denominado como recôncavo norte, servindo como base de cruzamento das rotas de mercadorias que se dirigiam para a capital, Salvador, que a cada vez mais necessitava de produtos para sua crescente população, outro município do recôncavo norte a ganhar destaque com as construções das estradas estaduais e federais foi Alagoinhas, que já concentrava pequenas atividades industriais. Esses municípios ganhavam valor na medida em que concentravam funções político-administrativas e comerciais, outro fator de importância era a sua localização, situados em faixa de transição entre as zonas unidas do litoral e as áreas secas do sertão nordestino, suas atividades ganhavam força devido ao poder de concentrar as atividades das duas áreas geográficas. Com o fechamento de fábricas de charutos, São Félix, Cachoeira, Maragogipe e Muritiba assistem a ascensão da economia de Feira de Santa e Alagoinhas, fenômenos que foram condicionados, vale bem ressaltar, com a mudança da rede de transportes do recôncavo baiano. IV. Considerações Finais No livro Estudos sobre geografia (1953), esta documentada a grande influencia que Milton Santos recebeu de Jean Brunhes e Paul Vidal de la Blache: o primeiro ensinou o princípio da atividade que move a organização das paisagens, a conexão dos fatos geográficos e, a extensão dos fatos nas áreas continentais (1925, p. 6; 18), sendo através das palavras “casas e caminhos” que Santos apreende a constituição da paisagem e as mudanças provenientes da combinação dos novos eventos; o segundo, contribuiu para o entendimento do habitat através da noção de gênero de vida, termo que carrega em sua gramática um Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 6 profícuo debate sobre a geografia das civilizações, tema caro aos geógrafos universais (1921). Também recebeu influência importante de Albert Demangeon, com seus estudos sobre o habitat rural, que por sinal acabou por influenciar uma linhagem de geógrafos brasileiros que estudaram as formas de povoamento do território brasileiro, Santos não investigou o povoamento no sentido dos geógrafos brasileiros da sua época, preferindo apreender o movimento das sociedades através das estruturas espaciais, no caso as redes e a organização das cidades. Milton Santos também teve sua formação influenciada pelo geógrafo Jean Tricart, seu mestre, com os cuidados na análise dos elementos naturais e humanos da paisagem, a geografia humana por excelência. Com o advento das modernizações, Santos se deparava com o crescimento contínuo das redes de transportes e seus estudos, antes com base no gênero de vida, habitat e meio geográfico, agora incorporava os métodos da geografia urbana, apesar de ainda continuar a receber a influência de La Blache através dos métodos de Maximilien Sorre. As mudanças estruturais por que passava a Bahia, descritas por Santos, faziam parte da expansão do ecúmeno, termo utilizado por Sorre (1961) para expressar a conquista do espaço pelas grandes redes técnicas universais, que Sorre chamou de redes universais transoceânicas e transcontinentais (1961, p. 194), se referindo a idéia de rede universal de Vidal de la Blache (1921). É evidente que a rede no sentido de objetos geográficos é presente nos escritos de Santos na medida em que ele descreve as instalações das rodovias, ferrovias, dos portos e aeroportos, e o papel dessa coleção de redes na organização do território baiano, Santos (1955; 1957; 1960; 1958a; 1959c), contudo a escala que levava em consideração as redes continentais ainda não era utilizada, pois o espaço geográfico era estudado através da descrição da paisagem regional. Ao estudar o crescimento das cidades baianas, Santos se baseou na geografia urbana, dentre algumas teorias procurou utilizar os métodos de análise de Michel Rochefort (1957), em seus estudos sobre os centros das cidades do recôncavo, tarefa que também foi desenvolvida por Pierre Monbeig, que resultou no estudo clássico da geografia de São Paulo, que por sinal também serviu como parâmetro de análise para a formação do método de Rochefort (1957), também publicado na mesma década, chegando a influenciar gerações de geógrafos, dentre alguns temos o próprio Pierre Monbeig e Milton Santos, Roberto Lobato Correa, Pedro Pinchas Geiger e Maria Adélia Aparecida de Souza, ambos citados por Souza (1992, p. 117-118). A idéia de rede urbana era entendida através do movimento do consumo de Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 7 serviços disponibilizados pelos centros das cidades da região de Salvador, as cidades eram classificadas como local, sub-regional, regional, e capital, Monbeig (1952); Rochefort(1957); Santos (1959a;1959b). Na medida em que esses estudos estavam sendo realizados o território brasileiro era organizado pelas indústrias formando os monopólios, evento que trouxe para o território brasileiro uma coleção de instalações técnicas, desde o Sul ao Nordeste do Brasil. V. Referências ALLIX, A. Manual de geografia general: física, humana y econômica / André Allix. Traduccion y adaptacion de Jose Manuel Casas Torres. 3ª ed., Ediciones Rialp, S.A. Madrid. 1960. BRUNHES, J. La géographie Humaine I . Les faits essentiels groupés et classés principes et exemples / Jean Brunhes . Libraire Félix Alcan. Paris. 1925. ROCHEFORT, M. Méthodes d’étude des réseaux urbains. Intérêt de l’analyse du secteur tertiaire de la population active / Michel Rochefort. 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