XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária 16 a 20 de outubro de 2012 INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável MPB1566 ASPECTOS E DIAGNÓSTICOS DE DIFERENTES FORMAS DE ANEMIA TÁBADA FERNANDES MARCONDES CESAR [email protected] ESPEC ANÁLISES CLÍNICAS DOENÇAS INFECCIOSAS UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ ORIENTADOR(A) NAO TENHO AINDA NAO TENHO ASPECTOS E DIAGNÓSTICOS DE DIFERENTES FORMAS DE ANEMIA¹ Tábada Fernandes Marcondes Cesar2 Resumo Anemia é o mais frequente sinal encontrado na prática clínica, é considerada a doença mais prevalente em todo o mundo, sendo consequência da incapacidade do setor hematopoiético em manter a concentração de hemoglobina acima de 12 g/dL. O presente estudo tem como objetivo conceituar e caracterizar os diferentes tipos de anemias existentes, bem como informar o diagnóstico, evolução e tratamento da mesma.Definir os níveis normais de hemoglobina não é fácil, visto que cada indivíduo deve ter a concentração de hemoglobina adequada para sua massa muscular ou tecido metabolicamente ativo .No entanto, é vital que tenhamos padrões que sirvam de referência para a prática clínica e para o estudo de populações. O diagnóstico laboratorial desta patologia baseia-se inicialmente no hemograma, um exame de triagem rápido, simples e de baixo custo que permite ao médico visualizar as alterações apresentadas pelo indivíduo e diagnosticar o provável tipo de anemia através da análise da cor e tamanho das hemácias.A metodologia utilizada foi a análise de gráficos e tabelas com informações relacionadas aos diferentes tipos de anemias.Conclui-se que a anemia, ocorre como problema de saúde pública em diversos países emergentes, com importantes consequências para a saúde humana e desenvolvimento das nações. De acordo com estimativa do Ministério da Saúde, cerca de 45% das crianças brasileiras de até 5 anos (10 milhões de pessoas) tem anemia. O Brasil tem uma alta incidência de anemia por deficiência de ferro: 50% em crianças (menores de 2 anos de idade) e 35% em gestantes. Palavras-chave: anemia; hemoglobina; hemograma. ASPECTS AND DIAGNOSES OF DIFFERENT KINDS OF ANEMIA 1 MPG – Mostra de Pós-Graduação Pós-graduanda (especialização lato sensu) em Análises Clínicas – UNITAU, [email protected] 2 1 INTRODUÇÃO A anemia é sempre um sinal secundário de alguma doença base, podendo ser decorrente de múltiplas causas. A mais frequente é a ferropênica, que é também a doença mais habitual do mundo, acometendo em torno de 0,5 bilhão de pessoas. Embora a anemia ferropênica seja a mais comum, existem vários outros tipos de anemia, em que o ferro está em níveis normais ou até em excesso. É fundamental, portanto o diagnóstico correto para a instituição da terapêutica adequada (GUALANDRO, 2000). Segundo a OMS, os padrões estabelecidos para se definir os níveis normais de hemoglobina são: Hb<13g/dL para homens, Hb<12g/dL para mulheres e Hb<11g/dL para grávidas (GUALANDRO, 2000) ou simplesmente para indivíduos adultos abaixo de 12 g/dL (RABELO, 2008). O diagnóstico laboratorial desta patologia baseia-se inicialmente no hemograma, um exame de triagem rápido, simples e de baixo custo que permite ao médico visualizar as alterações apresentadas pelo indivíduo e diagnosticar o provável tipo de anemia através da análise da cor e tamanho das hemácias. Tendo o hemograma como diagnóstico laboratorial inicial, deve-se dar atenção especial ao número de eritrócitos, valores de hemoglobina, hematócrito, assim como aos índices hematimétricos (VCM, HCM, CHCM), possibilitando ao médico vislumbrar as possibilidades diagnósticas (CARVALHO, 2006). A avaliação diagnóstica do paciente com anemia inclui uma história e exame físico detalhados, e um mínimo de exames laboratoriais. O primeiro exame a ser solicitado é o hemograma, o qual deve ser sempre acompanhado da contagem de reticulócitos, para definirmos a causa da anemia como secundária; a diminuição de produção ou aumento de destruição de dos glóbulos vermelhos (ZAGO, 2004). Laboratorialmente, a anemia caracteriza-se por diminuição do hematócrito, queda na concentração de hemoglobina no sangue ou variação dos índices hematimétricos, que dependem de fatores como fase de desenvolvimento individual, estimulação hormonal, à tensão de oxigênio no ambiente, idade e sexo (ZAGO, 2004). A partir dos dados do hemograma, as anemias podem ser classificadas em três tipos fundamentais: normocítica normocrômicas, microcítica hipocrômica e macrocítica (FARIA, 1999). As anemias hipocrômicas e microcíticas são causadas pela diminuição de hemoglobina no interior do eritrócito, o que torna a hemácia hipocrômica (GUALANDRO, 2000). Como a molécula de hemoglobina é constituída por grupos heme e cadeias globínicas, com a diminuição da síntese dessas moléculas há uma queda da hemoglobina no interior dos eritrócitos. Na maioria dos casos, a diminuição de síntese do heme é causada pela deficiência de ferro que é, portanto, a causa mais comum de anemia hipocrômica e microcítica. A microcitose e hipocromia da anemia ferropriva é uma consequência do estímulo que aumenta o número das divisões eritroblásticas durante a eritropoiese (NASCIMENTO, 2005). Anemia de Doença Crônica (ADC) é usualmente definida como a anemia que ocorre em distúrbios infecciosos crônicos, inflamatórios ou doenças neoplásicas, e é uma das síndromes clínicas mais comuns na prática clínica. Os três principais mecanismos patológicos envolvidos na ADC são: diminuição da sobrevida da hemácia, falha da medula óssea em aumentar a produção de glóbulos vermelhos para compensar o aumento da sua demanda, e distúrbio da mobilização do ferro de depósito do sistema mononuclear fagocitário. O papel central dos monócitos e dos macrófagos e o aumento da produção de citocinas mediadoras da resposta imune ou inflamatória, tais como: TNF α, INF γ e IL-1 estão implicados nos três processos envolvidos no desenvolvimento da ADC. Além dos dados clínicos, os parâmetros laboratoriais utilizados para o diagnóstico da ADC bem como para o diagnóstico diferencial com outras causas de anemia são: hemograma, morfologia eritrocitária, contagem de reticulócitos, ferro sérico, índice de saturação da transferrina, ferritina sérica, receptor da transferrina e análise do ferro medular. Outras alterações bioquímicas podem estar presentes no paciente com ADC, tais como: aumento do fibrinogênio e da proteína C reativa, aumento da ceruloplasmina, diminuição da haptoglobina, aumento da velocidade de hemossedimentação, aumento do cobre sérico, diminuição da albumina e da transferrina sérica. As talassemias do tipo alfa podem ter causas: hereditárias e adquiridas. Evidentemente as formas hereditárias são as mais comuns e atingem pelo menos 4% da população brasileira. As formas adquiridas são secundárias a um processo patológico primário (BONINI-DOMINGOS, 1993;NAOUM, 1999; WEATHERALL, 1981). As talassemias do tipo beta constituem um grupo d e alterações genéticas da síntese de hemoglobina extremamente diverso com variabilidade clínica em relação à sintomas e manifestações; condições resultantes de fatores genéticos e adquiridos (BONINI-DOMINGOS, 1993; BEUTLER, 1988). As talassemias alfa são diferenciadas e classificadas de acordo com o número de genes alfa lesados, com a importante observação de que o grau de lesão pode ser variável, afetando o gene parcial ou totalmente. De uma forma geral, representa-se uma pessoa sem talassemia alfa com seus quatro genes alfa funcionantes (α, α/α, α), sendo dois genes alfa de um cromossomo 16 e dois do outro cromossomo 16, provenientes um do pai e outro da mãe. De uma forma geral as síndromes alfa talassêmicas são classificadas em: portador “silencioso” (ou talassemia alfa mínima) se deve à deleção de um gene alfa (-, α/α, α), traço alfa talassêmico (ou talassemia alfa menor) se deve à deleção de dois genes alfa (-, α/-, α ou -, -/α, α), doença de Hb H(ou talassemia alfa intermédia) é causada pela deleção de três genes alfa (-, -/-, α), hidropsia fetal se deve a deleção de quatro genes alfa (-, -/-, -), sendo ela a forma mais grave de todos os tipos de talassemias (alfa e beta), pois é uma forma letal. O diagnóstico laboratorial do portador silencioso de talassemia alfa requer uma série de informações: discreta microcitose, com valores de Hb (g/dl) próximo do limite inferior da normalidade, não responsiva ao tratamento com ferro, história familiar, e identificação da Hb H em pelo menos um dos testes: eletroforese ou pesquisa citológica(LEMO & RIBEIRO, 2008). As hemoglobinopatias, também conhecidas como distúrbios hereditários da hemoglobina humana, são doenças geneticamente determinadas e apresentam morbidade significativa em todo o mundo (THOMPSON & MCINNES, 1993).Milhões de pessoas trazem em seu patrimônio genético, hemoglobinas anormais em várias combinações com consequências que variam das quase imperceptíveis às letais. Dessa forma, as anemias hereditárias compreendem um grupo de considerável complexidade. As mutações que as originam são específicas de algumas regiões e em muitos casos determinadas por distribuições étnicas e geográficas, fundamentando os programas de controle destas alterações e o aconselhamento genético. O diagnóstico de alterações de hemoglobinas envolve cuidados com a metodologia aplicada e o grupo populacional que será avaliado. A informação sobre o tipo de hemoglobina alterada e o suporte clínico, psicológico e genético ao portador e seus familiares é de grande importância para o sucesso de programas preventivos nesta área (ORLANDO et al., 2000). Anemia sideroblástica é uma anemia causada pela produção anormal de hemácias como parte de uma síndrome mielodisplástica. Trata-se de uma anemia refratária com células hipocrômicas no sangue periférico e aumento do ferro na medula óssea. Caracteriza-se pela presença de muitos sideroblastos patológicos, em anel, na medula óssea. Esses eritroblastos anormais contêm numerosos grânulos de ferro arranjados em anel. São chamados de sideroblastos pois possuem um colar em torno do núcleo, em vez dos poucos grânulos de ferro distribuídos aleatoriamente, o que é observado nos eritroblastos normais corados por ferro. A anemia sideroblástica é diagnosticada quando 15% ou mais dos eritoblastos da medula são em anel. A anemia sideroblástica é classificada em diferentes tipos e o elo comum consiste em um defeito na síntese do heme. Nas formas hereditárias é caracterizada por marcante hipocromia e quadro hematológico micrótico. As mutações mais comuns ocorrem no gene da sintetase do ácido δaminolevulínico (ALA-S) que se situa no cromossomo X. O piridoxal-6-fosfato é uma coenzima da ALA-S. Outros tipos raros incluem defeitos mitocondriais tiamina-responsivas e outros defeitos autossômicos. A forma primária adquirida mais comum é um subtipo de mielodisplasia. Em alguns pacientes, particularmente com o tipo hereditário, há resposta ao tratamento com piridoxina. É possível ocorrer deficiências de folato, podendo ser tentado o tratamento com ácido fólico. Em muitos casos graves, no entanto, as transfusões repetidas de sangue são o único meio para manter uma concentração satisfatórias de hemoglobina, e a sobrecarga transfusional de ferro torna-se um problema importante. Outros tratamentos que foram tentados na mielodisplasia, p. ex., eritropoetina, podem ser tentados na forma adquirida primária (HOFFBRAND et al., 2004). Antes da existência dos modernos equipamentos automatizados, as anemias eram identificadas laboratorialmente, pela diminuição do valor da hemoglobina (HGB g/dl) e do hematócrito (HCT %) (MOREIRA et al., 2005). Em trabalho anterior (NASCIMENTO, 2003), através de resultados de eritrogramas por automação, foi visto que em 436 casos com valores de HGB e HCT dentro de limites normais, 17.7% dos casos apresentavam resultados patológicos em outros índices eritrocitários (Volume Globular Médio (VGM) diminuído e Hemoglobina Globular Média (HGM) diminuída), significando presença de microcitose e hipocromia, que são características da presença de determinadas anemias. Sabe-se hoje que o HGM é o índice mais fiel para identificar a hipocromia (SILVA & HASHIMOTO, 2000), isto porque os resultados do HGM provenientes da automação hematológica é um valor absoluto que significa a média da hemoglobina (em peso) no interior das hemácias. Após a automação, os resultados do VGM passaram a ser mais confiáveis porque: representam o valor médio do "tamanho" de hemácias que realmente foram avaliadas; existe um outro índice (RDW) que complementa a interpretação do VGM. Estes fatos mostram que, provavelmente, a frequência de anemias nos diversos serviços precisa ser reavaliada porque os dados existentes devem ter sido através de resultados anteriores à automação hematológica, sendo identificados somente os casos que apresentaram HGB e HCT abaixo do valor normal (MOREIRA et al., 2005). O tratamento específico da ADC consiste no tratamento da doença de base com o objetivo de corrigir os mecanismos envolvidos no desenvolvimento da anemia. O uso de terapia anti-citocina pode oferecer algum benefício ao paciente, porém sua utilização ainda é controversa (MEANS et al., 1994). A administração da eritropoetina (EPO) deve ser considerada nas doenças inflamatórias agudas ou crônicas, cuja atividade da doença é prolongada e a intensidade da anemia compromete a qualidade de vida do paciente. Recomenda-se a dose inicial de eritropoetina de 100 U/Kg, por via subcutânea, dividida em três doses semanais por um período de, pelo menos, 8 a 12 semanas. Se, após 8 a 12 semanas, não houver resposta terapêutica desejada ou esperada, recomenda-se aumentar a dose de EPO para 150 U/Kg até 300 U/Kg. Além disso, recomenda-se a administração concomitante do ferro oral (325 mg/dia), mesmo nos pacientes com estoques adequados de ferro (CANÇADO & CHIATTONE, 2002). A transfusão de concentrado de hemácias pode ser necessária, especialmente nos pacientes mais idosos e nos pacientes com neoplasia, nos quais outros mecanismos (como: supressão da hematopoese pós quimioterapia, infiltração da medula óssea) possam estar envolvidos no desenvolvimento da anemia (Weiss, 2000). Portanto, compreendem situações cuja intensidade da anemia compromete a qualidade de vida e coloca em risco a sobrevida do paciente. Os portadores de talassemia, apesar de serem normais sob o ponto de vista clínico, reclamam de fraqueza, cansaço, dores nas pernas e palidez. Apresentam microcitose com alterações da morfologia eritrocitária e discreto grau de anemia (Hb: 11 a 13 g/dl).Eletroforese apresentando concentrações de Hb H próximas de 2%. A história clínica do paciente e o estudo familiar são fundamentais para se chegar ao diagnóstico do traço alfa talassêmico. Sua prevalência na nossa população é próxima dos 4% entre os brancos e 10 % entre os negros, com amplas variações regionais. A detecção do traço alfa talassêmico é mais sensível de se realizar em sangue de cordão umbilical ou em recém-nascidos com um mês de idade, pois a HbBart´s apresenta-se com concentrações variáveis entre 5 e 10% (LEMO & RIBEIRO, 2008). Na anemia macrocítica, têm-se como causas a deficiência de folato/vitamina B12 e o uso de medicamentos como sulfas e antiretrovirais (CAMPOS, 2001). Caracterizada pela presença de hemácias (glóbulos vermelhos) e neutrófilos (glóbulos brancos) gigantes e imaturos, pode ser provocada pela carência de vitamina B12 ou de ácido fólico no organismo, devida à ingestão inadequada ou absorção insuficiente (CAMPOS, 2001). Define-se por um valor de VCM > 100fl. As causas mais frequentes de anemia macrocítica são o alcoolismo e as anemias megaloblásticas.Causas mais comuns de megaloblastose: - Deficiência de B12 e ácido fólico; -Outras: síndromes mielodisplásicas, mieloproliferativas, anemia sideroblástica ou aplásica, agentes antineoplásicos. A anemia perniciosa é uma doença que impede o corpo de absorver a vitamina B12. São raras outras causas para a carência de vitamina B12. No entanto, essa carência pode ser causada por fatores como falta de vitamina B12 na alimentação, um problema gástrico ou intestinal que impeça a absorção de vitamina B12 ou alguns tipos de medicamentos. A carência de folato pode ser causada por vários fatores, como falta de folato na alimentação ou um problema que impeça a absorção eficaz de folato (como a síndrome do cólon irritável). Poderá perder folato se tiver de urinar frequentemente devido a um problema que afete o fígado ou os rins. Se o seu corpo necessitar de mais folato do que o normal, poderá não conseguir satisfazer essa necessidade, originando assim uma carência. Esta necessidade maior poderá verificar-se se estiver grávida, se tiver cancro, um problema de sangue ou uma infecção no corpo. O requerimento diário de ácido fólico é 100 – 200 µg/dia. Uma dieta balanceada contém cerca de 200 - 300 µg/dia. Ele é absorvido na porção alta do intestino delgado. A deficiência de ácido fólico ocorre por ingestão inadequada (devida ao alcoolismo), síndrome de mal absorção (doença celíaca) ou excessiva utilização (doença maligna, hemólise, psoríase severa, gravidez). A anemia começa após 3 - 4 meses da deficiência. O diagnóstico é através da dosagem de ácido fólico < 15 ng/ml. O tratamento é através da administração oral de ácido fólico 1 mg/dia por 1 a 4 meses. Deve-se excluir primeiro a deficiência de vitamina B12, pois o tratamento com ácido fólico pode corrigir a anemia e permitir o desenvolvimento de dano neurológico. A anemia perniciosa é geralmente usada para citar um estado de anemia que leva à deficiência de vitamina B12. Mais corretamente, ela se refere a uma doença autoimune que resulta na perda da função das células gástricas parietais, que secretam ácido clorídrico para acidificar o estômago e o fator intrínseco gástrico que é fundamental para absorção da vitamina B12. A anemia perniciosa pode resultar de fatores hereditários. Anemia perniciosa congênita é herdada como um distúrbio autossômico recessivo. É um tipo de anemia originada pela má absorção de vitamina B12 devido a falta de fator intrínseco nas secreções gástricas, geralmente causada por atrofia gástrica com destruição das células parietais que são responsáveis pela secreção de ácido clorídrico e do fator intrínseco. Comum em pós-operatório de cirurgia bariátrica, gastrite auto-imune e em pacientes com úlcera péptica extensa. A falta de vitamina B12 causa anemia megaloblástica, mas somente quando há má absorção devido a falta de fator intrínseco esta anemia é chamada de anemia perniciosa. É um dos fatores relacionados epidemiologicamente ao desenvolvimento de carcinoma gástrico. O diagnóstico da anemia perniciosa baseado em histórico pessoal e familiar, exame físico, e resultados de testes como hemograma. O médico desejará descobrir se a anemia perniciosa (decorrente de deficiência de vitamina B12) é devida à falta de fator intrínseco (necessário para absorção de vitamina B12) ou à outra causa. A anemia perniciosa é geralmente de fácil tratamento com suplementos de vitamina B12 na forma de injeção ou comprimidos. Se o paciente tiver anemia perniciosa severa, o médico pode recomendar injeções de vitamina B12. Para anemia perniciosa menos severa o médico pode recomendar altas doses de comprimidos de vitaminas B12. Os sinais e sintomas da anemia perniciosa devem começar a melhorar dentre de alguns dias depois do começo do tratamento. O médico pode aconselhar limitar as atividades físicas até que a condição do paciente melhore. Se a pessoa tiver anemia perniciosa decorrente de outra condição, que não seja a falta de fator intrínseco, ela pode receber tratamento para essa causa (caso ela seja encontrada). Por exemplo, medicamentos podem ser usados para tratar as condições que previnem o corpo absorver vitamina B12. A probabilidade de que uma pessoa com VCM elevado tenha uma deficiência de B12 ou Folato depende do grau de elevação do VCM. VCM < 95 fl implica em 0,1% de possibilidade de um déficit de B12 ou Folato. VCM > 130 fl está associado a deficiência de uma ou de ambas vitaminas em quase 100% dos casos. A presença de leucócitos com hipersegmentação no esfregaço de sangue periférico (núcleo com 5 ou mais lóbulos) é um sinal precoce e mais sensível para definir as anemias megaloblásticas. Na macrocitose os eritrócitos têm um tamanho maior que o normal e na megaloblastose, os eritrócitos são grandes e imaturos. A presença de megaloblastos ou de hipersegmentação celular no esfregaço de sangue periférico de uma pessoa com anemia macrocítica, praticamente sela o diagnóstico. Sabe-se que o consumo de verduras, legumes e frutas é determinante para a promoção da saúde e prevenção de anemia. Segundo a OMS, cerca de 50% das anemias tem origem em função de dietas inadequadas.É descrito o papel preventivo do consumo de vegetais e frutas sobre o desenvolvimento de anemia, principalmente os ricos em ferro, vitamina B12 que são na maioria das vezes caracterizados por vegetais verdes folhosos (MONTEIRO, 1987). Os sintomas de aparecimento gradual, com lesões atróficas ou ulceradas na comissura labial e inflamação da mucosa da língua com aumento da sensibilidade dolorosa. Sintomas predominantes: anorexia, diarréia e transtornos gastrointestinais, parestesias, incoordenação motora, alterações da sensibilidade vibratória, perda de memória, depressão e irritabilidade podem estar presentes. Se a clínica sugerir fortemente e não for possível dosar vitamina B12 e ácido fólico, recorre-se à prova terapêutica ou a EDA, para se detectar gastrite atrófica. Se possível, usar teste de Schilling para determinar se o déficit é devido a má-absorção ou a perda de fator intrínseco (é o padrão ouro em anemia perniciosa). A administração parenteral é preferível, pois a maioria dos déficits são por mal-absorção. Administrar entre 100 – 1000 mcg de Cianocobalamina ou Hidroxicobalamina diariamente IM por 1 a 2 semanas, depois 2 vezes/semana por 1 mês e, finalmente, dose mensal por toda a vida. Pessoas com deficiências neurológicas são as que se beneficiam com tratamentos contínuos. A resposta ao tratamento é rápida nos casos leves a moderados. O dano neurológico pode demorar 6 - 12 meses e se persistiu por mais de 1 ano sem tratamento pode permanecer. Monitorar o potássio sérico durante o tratamento devido ao risco de hipocalemia. Anemia normocítica normocrômica, é causada pela perda de sangue aguda, doença crônica ou falha em produzir quantidade suficiente de células vermelhas, problema renal crônico e hepático. Certas deficiências hormonais, como deficiência de testosterona, podem causar anemia normocítica. Pode ainda ocorrer em diversas patologias como nas anemias hemolíticas ou ser causada por perda sanguínea aguda, doença crônica, problemas hepáticos e renais (FARIA, 1999). As anemias normocrômicas e normocíticas são as associadas a hipoplasia medular, insuficiência renal, infiltrações medulares, hemólise e hemorragias. Essas anemias são as mais difíceis de investigar, sendo por vezes necessário a realização de mielograma para elucidação diagnóstica (GUALANDRO, 2000). A Anemia Aplástica ocorre por insuficiência de produção, e, ou maturação geralmente normocíticanormocrômica do número ou da função da célula primordial idiopática (constitucional ou adquirida) ou secundária. A Anemia de Fanconi (AF) é uma doença autossômica recessiva ou ligada ao X, caracterizadapor uma falência progressiva da medula óssea, frequentemente malformações congênitas epredisposição a neoplasias principalmente leucemia mielóide aguda (LMA) ou síndromemielodisplásica (SMD). A variabilidade fenotípica desta doença dificulta o diagnóstico combase nas características clínicas, sendo necessários testes citogenéticos para sua confirmação,utilizando agentes alquilantes à cultura celular, que induzem a um aumento de quebras e à formação de figuras radiais características da doença (VEIGA, 2009).Devido à grande variabilidade fenotípica, o diagnóstico clínico da AF exige a complementação diagnóstica através de métodos laboratoriais. Várias descobertas contribuíram para a caracterização da AF. Entre as mais importantes estão a instabilidade cromossômica espontânea e a hipersensibilidade das células dos pacientes AF ao efeito indutor de quebras cromossômicas de agentes clastogênicos, tais como a mitomicina C e o diepoxibutano (DEB). Com base nestas características foram desenvolvidos métodos de indução de quebras cromossômicas, como o Teste de Sensibilidade ao DEB, que é o método dereferência para o diagnóstico da AF. Os procedimentos para diferenciação diagnóstica da anemia aplástica devem considerar: anemias aplásticas hereditárias, principalmente a de Fanconi, síndromes mielodisplásicas hipoplásicas, hemoglobinúria paroxística noturna, substituição medular por células neoplásicas, osteopetrose, hiperesplenismo, deficiência de vitamina B12, deficiência de ácido fólico, deficiência de piridoxina,doenças de depósito, Lúpus Eritematoso Sistêmico, septicemia,doenças infecciosas como calazar, tuberculose miliar, doençasfúngicas disseminadas, septicemia, malária e SIDA.Os achados que caracterizam o diagnóstico de anemia aplástica são, segundo Pita e colaboradores (2001): Hemograma completo e contagem de reticulócitos:pancitopenia e reticulocitopenia; Mielograma: substituição do tecido normal por gordura; Biópsia de medula óssea: a hipoplasia intensa e reposição gordurosa são requisitos indispensáveis para o diagnóstico; Eletroforese de hemoglobina: Hb fetal pode estar aumentada nas anemias aplásticas constitucionais; Ferro sérico/Índice de saturação da transferrina/Ferritina: podem se apresentar aumentados pela diminuição do clearence do ferro e nos casos de pacientes previamente transfundidos; Teste de Ham/Ham com sacarose/CD59 por citometria de fluxo: são solicitados para o diagnóstico diferencial com hemoglobinúria paroxística noturna, sendo positivos nesta condição; Dosagem de vitamina B12 e do folato eritrocitário: como na anemia aplástica os resultados costumam ser normais, estes exames auxiliam na diferenciação diagnóstica com a anemia megaloblástica que cursa com pancitopenia; Sorologia para infecções virais: é solicitada na busca dos possíveis agentes etiológicos, incluindo os vírus CMV, Parvovírus,EBV, HIV e das hepatites A, B e C; Exames bioquímicos gerais: a enzima DHL, exames de função hepática e renal são solicitados para controle da hepatonefrotoxicidade associada às drogas utilizadas; Coombs direto e indireto: são solicitados para controle de presença de anticorpos relacionados a transfusões anteriores; Tipagem HLA: para detecção de doador HLA compatível, na indicação de transplante de medula óssea; Radiografia simples: exame radiológico de tórax e esqueleto para o diagnóstico diferencial com timoma e anemia de Fanconi; β-HCG:para identificação de uso de drogas possivelmente tóxicas ao feto; Ultra-sonografia de abdome: avalia alterações renais e as dimensões físicas do baço e fígado, para o diagnóstico diferencial com anemia de Fanconi e Mielodisplasia; Estudo citogenético: para excluir síndromes mielodisplásicas e anemia de Fanconi, inclui sensibilização com agentes clastgênicos indutores de quebras cromossômicas, como a cisplatina, mitomicina e diepoxibutano, conhecido como Deb Test; Protoparasitológico de fezes e intradermoreação com PPD: no controle de infecções oportunistas associadas ao uso dedrogas imunossupressoras. Avanços no conhecimento da patogênese molecular da anemia de Fanconi levaram ao desenvolvimento do Western Blot para FANCD2 para auxilio diagnóstico. O Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da UFPR tem uma casuística importante de pacientes com anemia de Fanconi e uma experiência de mais de 25 anos no atendimento clínico e laboratorial destes pacientes, tendo realizado mais de 180 transplantes em pacientes AF ao longo destes anos. Sendo assim foi considerada de importância a realização de estudos que possibilitem uma melhor caracterização destes pacientes. O presente estudo apresenta uma análise da via de interação das proteínas da AF no processo de reparo do DNA por meio da detecção da proteína FANCD2 e de sua forma monoubiquitinada, utilizando-se o método de Western Blot. O objetivo principal foi investigar a contribuição dada por esta análise na elucidação do diagnóstico da AF. O diagnóstico rápido e preciso desta doença é de extrema importância uma vez que afeta significativamente o monitoramento do paciente, as decisões no tratamento bem como o aconselhamento genético às famílias. Pacientes com fenótipos mais graves, que desenvolvem aplasia medular e câncer, devem ser rapidamente diagnosticados para que sejam freqüentemente monitorados e recebam intervenções terapêuticas precoces (SHIMAMURA et al., 2002; WAGNER et al., 2004). O prognóstico para os pacientes portadores de AA graves tem melhorado muito nos últimos anos. Para os pacientes que possuem doador HLA compatível, o TMO é o tratamento de escolha, especialmente para o grupo de pacientes jovens e com poucas ou sem transfusões prévias. Entretanto, apenas 25% dos pacientes possuem um doador disponível, impondo-se, assim,a necessidade de utilização de outros recursos terapêuticos. Baseando-se na observação de que o mecanismo imune possa suprimir a hematopoiese, o tratamento da anemia aplástica com imunossupressor tem sido considerado como o tratamento de escolha para os pacientes que não possuem doador HLA compatível. O regime de imunossupressão ideal deverá combinar uma baixa toxicidade com uma alta taxa de resposta e um baixo risco de recidiva e complicações tardias.O tratamento propõe a utilização de três drogas(ATG, corticóide e ciclosporina). Quando não é possível a utilização da globulina, pode-se utilizar esquema alternativo com duas drogas (ciclosporina e corticóide) (PITA et al., 2001). O tratamento do paciente com AF consistia, até recentemente, de procedimentos paliativos e de suporte, os quais melhoravam e prolongavam suas condições de vida. Esses procedimentos incluíam a reposição dos derivados do sangue, administração de andrógenos ou corticosteróides para estimular a medula óssea, uso de antibióticos de amplo espectro e a prevenção à exposição a agentes que são potencialmente responsáveis por sangramento ou infecção.O transplante de medula óssea (TMO) pode eliminar as manifestações hematológicas da doença que são as principais determinantes da sobrevida do paciente, independente do grupo de complementação. No entanto, os pacientes são suscetíveis às complicações associadas ao uso de ciclofosfamida (ZANIS-NETO et al., 2005), além da maioria não possuir doador compatível. Uma alternativa seria a transdução retroviral de um gene AF em células tronco hematopoéticas, opção bastante viável e que vem sendo estudada por vários centros. Apesar de úteis, os estudos de transferência gênica assim como o TMO,não interferem com as anormalidades do desenvolvimento ou com o risco de câncer em tecidos não hematopoéticos. Assim, a clonagem e o melhor conhecimento dos genes e proteínas AF, poderão trazer maiores esclarecimentos sobre seu papel em outros aspectos clínicos da AF, como a suscetibilidade ao câncer. 2 MATERIAL E MÉTODOS O material utilizado para análise foram tabelas e gráficos das mais diversas formas de anemia, bem como sua distribuição em diversas regiões do Brasil. 3 RESULTADOS 4 DISCUSSÃO Várias condições clínicas podem levar a distúrbios na utilização do ferro, mesmo sem que haja carência e, consequentemente, a alterações morfológicas semelhantes. A deficiência de síntese das cadeias globínicas, como ocorre nas talassemias alfa e beta, é outra anemia hipocrômica e microcítica. Nesses casos os estoques de ferro estão normais ou elevados. Anemias por deficiência de ferro, talassemia menor, anemias de doenças crônicas e intoxicação por metais pesados (chumbo e cádmio) são as principais representantes das anemias microcíticas hipocrômicas (NASCIMENTO, 2010). A importância do diagnóstico da doença permite reconhecer o paciente com anemia ou com risco de desenvolvê-la além de distinguir os diferentes tipos de anemia. 5 CONCLUSÃO Conclui-se que a anemia é um problema comum na consulta do médico de atenção primária e é mais que um diagnóstico, é um sinal de alguma doença. Na metade dos casos de homens, mulheres não grávidas e na pós-menopausa, com anemia, se detecta alguma patologia. Ainda não se encontrou benefício na pesquisa de anemia na população geral. Por isso, o rastreamento em pacientes adultos assintomáticos e mulheres não grávidas, não é recomendado. REFERÊNCIAS ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Legislação Sanitária. 2006. Disponível em: www.anvisa.gov.br, acesso em 10setembro 2012. BONINI-DOMINGOS, C.R. Prevenção das hemoglobinopatias no Brasil: diversidade genética e metodologia laboratorial. 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