Silvia Andreu Maria de los Ángeles Valdivieso

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Silvia Andreu
Psicóloga. Formada em Educação e é professora de Artes Musicais.
Musicoterapeuta. Mestrado em Psicologia Educacional. Desenvolveu uma linha de
trabalho focada na aplicação da Musicoterapia no campo educacional. Trabalha
na Clínica “Comunica”, fortalecendo o trabalho de desenvolvimento auditivo e de
fala em crianças com perda auditiva. Também trabalha na Sociedade Protetora da
Infância, implementando projetos de musicoterapia com os alunos, pais e
docentes. É coordenadora do curso de pós-graduação em Musicoterapia da
Universidade do Chile.
Maria de los Ángeles Valdivieso
Educadora especialista em audição e linguagem da Universidade Metropolitana de
Ciências da Educação, com formação em Terapia Auditivo-Verbal. Possui 24 anos
de experiência no trabalho com crianças e adolescentes com perda auditiva,
distúrbios de linguagem e Síndrome de Down. Desenvolve programas de
musicoterapia para crianças com perda auditiva desde 1998.
“Crescendo com a música. Musicoterapia para crianças com
perda auditiva”
Vários estudos de diferentes disciplinas (fonoaudiologia, cinesiologia, psicologia,
pedagogia, entre outros) têm mostrado que a incorporação sistemática da música
no tratamento de uma criança favorece significativamente seu desenvolvimento
cognitivo, motor, social e afetivo. Sendo assim, a musicoterapia tem se
constituído, durante as últimas três décadas, como una disciplina positiva no bem-
estar infantil. No Chile, desde 1999 a musicoterapia existe como formação
acadêmica.
Em particular, a abordagem da musicoterapia em crianças com perda auditiva
permite que, através do contato com instrumentos musicais e da escuta da
música, se estimule o desenvolvimento auditivo e da fala. A utilização de técnicas
ativas, como a exploração dos instrumentos e o improviso musical, favorecem a
possibilidade de a criança estabelecer um vínculo maior com o mundo do som.
Por sua vez, a participação das crianças em jogos musicais aonde um estímulo
musical conduz a uma resposta expressiva corporal, possibilita que esta criança
estabeleça associações entre o que escuta com seus próprios movimentos. Vale
destacar também que a incorporação da música como um objeto intermediário
entre pais e filhos favorece o estabelecimento de um vínculo positivo e criativo
entre eles.
Esta apresentação oferecerá uma proposta de trabalho em crianças com perda
auditiva com musicoterapia, que complementa o trabalho realizado com outras
disciplinas.
“A música como objeto intermediário na construção do vínculo e
da comunicação durante o desenvolvimento infantil”
Durante o desenvolvimento de uma criança, da mesma maneira como existe para
as distintas dimensões do ser humano, que evoluem em função de certos marcos
que assinalam a passagem de uma fase para outra, também existe um caminho
para o desenvolvimento musical. Neste caminho a criança vai desenvolvendo uma
série de habilidades associadas aos elementos básicos da música (ritmo, volume,
intensidade sonora, etc.).
Quando existe uma patologia no desenvolvimento de uma criança isso impacta no
desenvolvimento musical do mesmo. Isso se expressa em uma musicalidade
diferente em algum ou alguns de seus elementos. Assim, é possível trabalhar
sobre esses elementos musicais (tanto aqueles que se encontram em
vulnerabilidade como aqueles que estão fortalecidos), sendo o som uma
ferramenta muito útil para estabelecer um laço de comunicação com a criança. A
música e o som passam a ser um objeto intermediário entre a criança e o
terapeuta, o que possibilita a construção de uma ponte sobre a qual se situam as
bases da ligação entre os dois.
Assim, se estabelece a interação com base em um ambiente agradável e lúdico,
que promove uma expressão criativa e valoriza a criança a partir de suas
habilidades e pontos fortes.
Será apresentado o caso clínico de uma criança de 2 anos, que tem uma perda
auditiva severa, com pouca visão e um atraso significativo no desenvolvimento
motor, que está desenvolvendo um processo de musicoterapia individual. Ele
participa com sua avó materna e ocasionalmente com sua mãe. As possibilidades
de intervenção com a música e as dificuldades no processo também serão
apresentadas.
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