uma experiência através da confecção do Mamulengo Arquivo

Propaganda
II Seminário de Avaliação do PIBID/UEM
IV Fórum das Licenciaturas da UEM
Pedagogia da autonomia: uma experiência através da confecção do Mamulengo
Autora: Luana Silva
Coautor: Michel Marques
Introdução
O Subprojeto PIBID Interdisciplinar- Artes Cênicas e Música,
coordenado pela Prof.ª Me. Andréia Veber, atua em duas escolas
públicas de Maringá, com uma proposta interdisciplinar. Neste texto
será apresentada uma das ações desenvolvidas no Colégio Vinicius
de Morais. Localizado em uma das regiões periféricas de Maringá, a
escola possui uma estrutura física precária e vem passando por
muitas dificuldades, sendo afetada pelo fechamento de turmas e
falta de investimentos. O colégio faz parte da rede pública estadual
de ensino e atende as séries finais do ensino fundamental e médio.
Desenvolvimento
No ano de 2015 o projeto PIBID foi responsável por ações voltadas
para a inserção da Arte na escola. Foram três frentes de trabalho:
Notamos que os alunos sentiram dificuldades diante à liberdade
inserção com atividades interdisciplinares em sala de aula; oficinas
de criação e comumente usavam expressões como “Meu boneco
de música e teatro; apresentações e intervenções artísticas. Será
vai ser melhor”, possivelmente pelo fato da maioria das atividades
apresentada a Oficina de Teatro de Bonecos, que foi proposta pelos
autores deste artigo. O trabalho foi fundamentado em Paulo Freire e
Viola Spolin e as práticas foram subdivididas em: Jogos Teatrais,
breve fundamentação teórica sobre o Teatro de formas animadas e
confecção individual do boneco.
escolares determinarem um resultado X.
Tinham autonomia para criar a partir das técnicas e materiais o
boneco como desejavam, construir personalidade e história para
a criatura que dariam vida e voz através do Teatro. Viola Spolin
dentre os aspectos que dizem respeito à espontaneidade, aborda
A oficina aconteceu entre Julho e Outubro de 2015 sendo de caráter
extracurricular; teve como objetivos: a Confecção de fantoches
(mamulengo); a aproximação dos alunos com a linguagem do Teatro
o direito de liberdade e a necessidade de evitar aprovação e
desaprovação no jogo, uma busca para evitar a competitividade e
o julgamento entre certo/errado, abrindo espaço a expressão;
de formas animadas; fomento às questões políticas e sociais por
segundo Spolin (2012, p. 20) “O intuitivo(...) gera suas dádivas no
meio de jogos teatrais; e a construção de habilidades e expressão
momento da espontaneidade”. Correr o risco e estar sujeito(a) ao
com e a partir do boneco.
Considerações
novo promove a consciência que somos todos(as) seres
inacabados que necessitam de uma contínua auto reflexão.
Em a “Pedagogia da Autonomia”, encontramos possibilidades
Trabalhando com os princípios de respeito e ética de Freire foi
de tornar efetivas as ações do Teatro no campo escolar, um
possível adentrar no repertorio de vida e carga cultural dos(das)
caminho de experimentação e abertura na construção de
alunos(as); entre os diálogos e jogos surgiram histórias sobre
conhecimento à dimensão social e de formação humana; um
amigos, drogas, família, religião, relacionamentos afetivos e
processo de construção conjunta aos Jogos teatrais de Viola
música, evidenciando o RAP gênero musical que dá voz e
Spolin, que intensificam a experiência de comunicação,
expressão às comunidades que são marginalizadas pela
aprendizagem
sociedade. Diante disso se sentiram à vontade para expor e
fundamentaram a oficina tornaram a relação entre educando e
trabalhar com temas próximos que lhes agradavam e/ou
educador uma experiência de ensinar e aprender de forma
incomodavam dentro do meio social e pessoal.
sensível e poderosa, auxiliando os educandos a perceberem-
e
espontaneidade.
Os
autores
que
se como seres inseridos em um mundo, com direito de sonhar,
se adaptar, intervir e transformar sua realidade coletiva.
Ser professor exige postura crítica, acreditar e lidar com a
transformação, auto reflexão e a precariedade das instituições
e das relações humanas.
Referências Bibliográficas
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
SPOLIN, Viola. Jogos Teatrais. O Fichário De Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva, 2001.
Download