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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904
TÍTULO: PACIENTES COM BEXIGA NEUROGÊNICA: CATETERISMO VESICAL PERMANENTE OU
INTERMITENTE?
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: ENFERMAGEM
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
AUTOR(ES): VANESSA DINIZ ROCHA, BRUNA STRANGHETTI
ORIENTADOR(ES): ROSE MEIRE IMANICHI FUGITA
1. Resumo
O paciente com bexiga neurogênica apresenta uma incapacidade de micção
espontânea e, portanto, deve submeter-se ao procedimento de cateterismo vesical
permanente ou intermitente. Este estudo teve como objetivo Identificar as vantagens
e desvantagens no uso do cateterismo vesical intermitente quando comparado ao
cateterismo vesical de permanência, por pacientes com bexiga neurogênica. O
método utilizado foi a pesquisa bibliográfica, consultando artigos e livros publicados
no período de 1995 a 2013. Os resultados foram discutidos segundo as categorias:
risco de infecção; manutenção da fisiologia vesical; alteração da função renal;
conforto e predisposição para outras patologias.
2. Introdução
O Trauma raquimedular (TRM) é uma lesão traumática grave, que pode levar a
danos relacionados às funções motora, sensitiva, visceral ou sexual (LIANZA, 1995).
Uma das complicações é a disfunção vesico-esfincteriana, ou bexiga neurogênica,
que altera o mecanismo de micção do paciente.
Para estes casos, indica-se a remoção artificial da urina, através de dispositivos
como o cateter vesical de permanência (CVP) ou o cateterismo vesical intermitente
(CVI).
O enfermeiro necessita conhecer os benefícios e as complicações associadas a
cada técnica, para subsidiar suas orientações e cuidados ao paciente que
dependem destas manobras de esvaziamento vesical.
3. Objetivo
Identificar as vantagens e desvantagens no uso do cateterismo vesical
intermitente quando comparado ao cateterismo vesical de permanência, por
pacientes com bexiga neurogênica.
4. Metodologia
O método utilizado para elaboração deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica. O
material pesquisado foi constituído de artigos, livros e revistas científicas, publicados
no período de 1995 a 2013. As bases de dados pesquisadas foram SCIELO e
LILACS. Os seguintes descritores foram investigados: Bexiga Neurogênica,
Cateterismo Urinário, Cateterismo Uretral Intermitente, Técnica limpa, Infecção
Urinária.
5. Desenvolvimento
O CVP é um dispositivo com mais de uma via, denominado cateter de Folley,
devendo ser instalado com técnica padronizada pela Instituição, em ambiente estéril,
conectado a uma bolsa coletora externa de sistema fechado (NETO et al, 2007),
portanto, necessita da atuação de um profissional de saúde.
O CVI é um dispositivo confeccionado com policloretode vinila (PVC), de via única
(MARTINS et al, 2009), a International Continence Society mantém o conceito de
que o CVI é a drenagem ou aspiração da bexiga urinária com remoção do cateter;
possibilitando a participação de familiares, profissionais de saúde ou do próprio
paciente.
Independente do tipo de terapêutica adotada, a intenção do tratamento é o
esvaziamento da bexiga urinária, evitando assim as complicações uretrais (ZAMBON
et al, 2009).
6. Resultados Preliminares
As vantagens e desvantagens no uso do cateterismo vesical intermitente, quando
comparado ao cateterismo vesical de permanência são discutidos segundo as
categorias:
6.1.
Risco de infecção:
O CVP é uma interferência direta, pois, sua introdução em um sistema orgânico
estéril, facilita a entrada de microorganismos da sonda para a uretra (TORRES et al,
2001).O CVI diminui o risco de complicações urológicas, como: complacência
vesical, refluxo e infecções urinárias (ZAMBON et al, 2008).
6.2.
Conforto:
O CVI apresenta algumas vantagens se comparado ao CVP, pois não necessitam
de coletor externo, as alterações de complacência são menores, e isso favorece o
bem estar biopsicossocial (ZAMBON et al, 2009).
6.3.
Predisposição para outras patologias:
Pacientes tratados cm CVP podem apresentar desconforto, por permanência
contínua do cateter na uretra, podendo causar estenoses e fístulas (ZAMBON et al,
2009).
6.4.
Manutenção da fisiologia vesical:
O CVI permite alguma distensão da bexiga, representando o estímulo fisiológico
para micção, enviando sinais ao núcleo espinhal, promovendo o retorno da atividade
ao músculo detrusor (LIANZA, 1995).
6.5.
Alteração da função Renal:
Pacientes tratados com CVP apresentam elevação de creatinina, refluxo
vesicouretral, e redução de Clearance de creatinina (WELD et al, 2000).
7. Fontes consultadas
ASSIS, Gisela Maria; FARO, Ana Maria Mancussi. Autocateterismo vesical
intermitente na lesão medular. Revista da Escola de Enfermagem da USP. São
Paulo, v.45, n.1, p.1-6, mar.2011.
LIANZAS. Medicina de reabilitação. 2º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1995.
MARTINS, M. S. et al. Estudo comparativo sobre dois tipos de cateteres para
cateterismo intermitente limpo em crianças estomizadas. Revista da Escola de
Enfermagem da USP. São Paulo, vol.43, n.4, dez. 2009.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes de atenção à Pessoa com lesão Medular.
Brasília, 2012. Disponível em: http://www.saude.gov.br/bvs. Acesso em: 01/09/2013.
SOUZA, Neto J. L. et al. Infecção do trato urinário relacionada com a utilização
cateter vesical de demora:resultados da bacteriúria e da microbiota estudadas. Rev.
Col. Bras. Cir. São Paulo, v.35, n.1, p.28-33, jan./fev.2008.
TORRES, G. V. et al. Cateterismo vesical de demora como fator de risco para
infecção do trato urinário: conhecimento da equipe de enfermagem de unidade de
terapia intensiva. Rev. enferm. UFPE, online; 4(2): 1-9.
ZAMBON, J. P. et al. Qual a melhor escolha para a retenção urinaria crônica:
Sondagem vesical de demora ou cateterismo intermitente limpo? Einstein, São
Paulo, 7(4), out, 2009.
WELD, K. J. et al. Influences on renal function in chronic spinal cord injured patients.
J. Urol, v.164, n.5, p.1490-3, 2000.
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