O FIM DA ERA DO OURO NEGRO O esgotamento das reservas mundiais num futuro próximo e a emissão de gases estufa fazem do petróleo um combustível em declínio. As nações já correm atrás de fontes alternativas de energia que permitam um desenvolvimento econômico limpo. Mais do que nunca, a questão energética está presente num enorme leque de assuntos decisivos para o futuro do Brasil e do mundo nas próximas décadas. Não é por acaso que os principais conflitos militares têm como centro o Oriente Médio, a região do planeta mais rica em petróleo. Países como a Federação Russa e a Venezuela aumentam sua influência internacional em razão da existência em seus territórios de grandes reservas de petróleo e de gás natural, dois combustíveis cada vez mais valiosos. O Brasil também se torna alvo das atenções mundiais como o país que possui as melhores condições para produzir biocombustíveis, em especial o etanol, ou seja, o álcool da cana-de-açúcar que já abastece parte de sua frota de carros. Os biocombustíveis apresentam duas vantagens decisivas em relação ao petróleo. Em primeiro lugar, eles oferecem uma fonte de energia renovável, fornecida pelos vegetais. Por isso, as plantas que podem ser usadas como matéria-prima para a produção de combustíveis são chamadas de biomassa. Já o petróleo, o gás natural e o carvão, encontrados em jazidas situadas abaixo da superfície terrestre ou do fundo do mar, são fontes de energia não renováveis. Chamam-se combustíveis fósseis porque se originam de animais e plantas cujos restos passaram a armazenar a energia do sol, nem processo de decomposição que levou milhões de anos. A segunda vantagem dos biocombustíveis é que eles constituem uma fonte de energia que polui bem menos que o petróleo ou o carvão. Seu consumo não agride tanto o meio ambiente como ocorre com os combustíveis fósseis, apontados pelos cientistas como os principais culpados pelo aquecimento global. (Atualidades 2008 – Economia Energia)