Aula 1: Traços morfossintáticos Quando pensamos nos elementos formativos da sintaxe, ou seja, com que tipos de elementos a sintaxe trabalha, pensamos automaticamente em palavras. Entretanto, essa não parece ser a noção correta. Considerando fenômenos de concordância, percebemos que não são exatamente as palavras que são relevantes, mas suas propriedades. Nos quatro primeiros exemplos abaixo, vemos que, se a segunda palavra termina com –s, a terceira não pode. Então talvez o que a concordância relacione seja o formato das palavras. Entretanto, isso também não pode ser verdade porque palavras que não terminam em –s também parecem exigir que a última palavra termine. (1) The pig grunts. (2) The pigs grunt. (3) *The pig grunt. (4) *The pigs grunts. (5) The man cries. (6) The men cry. (8) The sheep bleats. (9) The sheep bleat. Em todos os exemplos, a forma morfológica das palavras é diferente, mas o padrão é o mesmo. Então o tipo de propriedade da qual estamos falando não pode se basear nas propriedades morfológicas diretamente. Se a relação de concordância é a mesma, então ela não pode relacionar formato de palavras diretamente. Nós precisamos de algo mais abstrato, que é relacionado pela concordância e que resulta em estas formas morfológicas que vemos. Esse coisa mais abstrata é chamada de traço morfológico. Um traço morfológico é uma propriedade das palavras que à qual a sintaxe é sensível e que pode determinar o formato particular que uma palavra tem. Se assumirmos que a palavra “sheep” pode ser plural, apesar de não conter nenhuma marca, podemos explicar o paradigma acima. O traço de plural claramente tem um efeito no significado das expressões (e, frequentemente, na sua morfologia também). Traços que tem um efeito na interpretação semântica das expressões é chamado de interpretável. Aqueles que não causam nenhum efeito, de ininterpretáveis. Nossa tarefa então será a de descobrir quais são os traços relevantes para a sintaxe. Apesar de haver uma relação entre os traços interpretáveis e a semântica, a relação nem sempre é direta. Uma palavra como costas é gramaticalmente plural, mas se refere a uma entidade singular. Sistemas de traços A concordância em inglês, então, poderia ser explicada assumindo que existe uma diferença entre singular e plural, o que pode ser capturado pela distinção de dois traços morfológicos [sing] e [plural]. Entretanto, essa hipótese parece prever que deveríamos ter também a combinação dos dois traços [sing, plural], o que não ocorre em inglês. Isso demonstra que talvez seja mais econômico assumir para o inglês apenas um traço: sua presença significaria pluralidade e sua ausência singularidade. Para uma língua como o árabe, os dois traços são necessários, para darmos conta do dual, que seria descrito como [sing, plural]. Os dados de hopi parecem confirmar essa hipótese. Um problema para essa explicação pode ser levantada pelo fato de que se esperaria 4 possibilidade, contando com a ausência de qualquer traço, ou subespecificação. Esse problema pode ser resolvido se assumirmos que há um traço default. Ou seja, assumimos que tanto em inglês como em árabe e hopi existe uma regra que adiciona o traço [sing] a toda palavra não especificada para número. Isso ainda resulta no inglês não ter um dual, porque apenas palavras subespecificadas são afetadas pela regra, palavras que já contem o traço [plural] não recebem o traço default. Uma outra maneira possível de tratar o problema seria dizer que os traços tem valores binários. Uma língua com dual, portanto, teria elementos [+sing, +plural]. Nesse caso, uma regra geral poderia barrar combinações do tipo [-sing, -plural] que não parecem existir em nenhuma língua. Num sistema como esse ainda precisaríamos de uma regra extra que forçaria todos os traços a aparecer num feixe de traços para evitar elementos [+sing] ou [-plural]. Ainda uma outra possibilidade seria considerar [número] como o traço relevante e [sing] e [plural] como valores desse traço. Poderíamos escrever isso assim: [número: sing]. Esse sistema dificulta o tratamento das formas duais (ou força a criação de um novo valor: número: dual) mas possibilita que se refira a uma classe natural de traços de número. A escolha entre esses tipos de sistemas de traços é puramente empírica. Para número, o sistema mais econômico parece ser aquele em que uma palavra pode conter ou não conter o traço, contanto que se assuma uma regra que adicione um valor default. O sistema binário requereria duas regras adicionais: uma que eliminasse a combinação [-sing, -plural] e outra que force as palavras a serem valoradas completamente (*[-sing], por exemplo). A proposta de assumir o traço número com os valores sing, plural e dual é simples, mas tem a desvantagem de não expressar que o dual é, na verdade, formado pela junção de sing e plural em algumas línguas. Regras de interface Uma vez que se decida quais traços serão necessários para descrever uma dada língua, podemos usá-los para determinar várias coisas sobre como as palavras podem ser pronunciadas ou interpretadas. Ou seja, podemos postular regras de interface que mapeiam a estrutura sintática e a interpretação semântica e a forma fonética. Um exemplo seria “Pronuncie um nome especificado pelo traço [plural] contendo o sufixo –s” ou então “Interprete um nome especificado pelo traço [plural] como referindo a um grupo de entidades”. Claramente, essas regras não dariam conta de todos os dados, mas a ideia de que os componentes morfo-fonológico e semântico interpretam os traços morfológicos da sintaxe parece ser muito proveitosa e os exemplos acima mostram como nem a morfo-fonologia nem a semântica são triviais. O importante a notar é que um traço sintático como [plural] serve para relacionar forma (som) e significado. Apesar de não haver um equivalente linguístico da tabela periódica, ou seja, uma lista exaustiva de todos os traços que compõe atomicamente as expressões linguísticas, podemos supor que pelo menos os traços fonológicos e os sintáticos sejam finitos e, talvez, dados pela gramática universal. Obviamente, nem toda língua instancia todos os traços, portanto, o conjunto de traços relevantes para uma dada língua tem de ser motivado empiricamente. Motivando traços A maneira que usamos para motivar os traços discutidos acima ([sing], [plural]) tomou como base os fatos que (i) havia relações entre formas morfológicas e (ii) havia efeitos na interpretação semântica. Esta é a maneira mais sólida de motivar um traço. Entretanto, um traço pode ser motivado apenas por um reflexo morfológico (sem efeito na interpretação semântica); ou com base apenas no significado (sem efeito morfológico). Pode-se postular traços até mesmo na ausência de ambos quando uma relação sintática deva ser estabelecida ou uma predição sobre gramaticalidade não resultará correta (traços de Caso, como veremos, será um caso desse tipo). Um conjunto de traços muito importantes e que parecem ser motivados por vários fenômenos morfológicos é a existência de traços categoriais, que dão origem às classes de palavras. Podemos motivar pelo menos quatro classes: Nomes, Verbos, Adjetivos/Advérbios e Preposições. Uma maneira econômica de descrever essas quatro classes seria postular dois traços como mostrado abaixo: a. nome [N] b. verbo [V] c. adjetivo [N, V] d. preposição [] Uma classificação desse tipo faz as seguintes previsões: alguns processos sintáticos deveriam envolver nomes e adjetivos como uma classe, enquanto outros deveriam envolver adjetivos e verbos. As preposições deveriam formar uma classe separada e nenhum processo deveria envolver preposições e verbos ou preposições e nomes como uma classe natural. Como veremos mais adiante, essa previsão não se sustenta, uma vez que verbos e preposições parecem se agrupar numa classe segundo vários processos sintáticos. Esse sistema também pode ser criticado pelo fato de que as preposições não tem traço categorial nenhum, o que não parece ser correto. Uma alternativa, então, seria usar traços binários: [+N, +V] para Adjetivos e [-N, -V] para preposições. Itens lexicais Línguas diferentes possuem itens lexicais diferentes não só em termos de pronúncia, mas também em termos semânticos. Isso parece indicar que línguas diferentes agrupam traços em conjuntos diferentes. Uma língua como o Gaélico Escocês, por exemplo, usa o mesmo termo para expressar a cor do céu e da grama (o termo é gorn). Um objeto que tem a cor da grama (para nós), mas num tom mais claro seria descrito por outro termo em gaélico. Esse mesmo termo descreve também coisas que nós chamaríamos de cinza (glas). Coisas verdes podem ser gorn ou glas, mas apenas se forem naturais e não feitas pelo homem. Se uma coisa é verde por ter sido pintada, por exemplo, o termo seria uaine. Assim, vemos que o gaélico usa traços semânticos que outras línguas geralmente não usam para formar nomes de cores. Se há um conjunto finito de traços semânticos é difícil dizer, mas o fato é que as línguas agrupam esses traços de diferentes maneiras para formar itens lexicais. Os traços responsáveis pela pronúncia de um item lexical são chamados de traços fonológicos; portanto, o que entendemos por um item lexical é um conjunto de traços fonológicos, semânticos e morfossintáticos. Assumimos então que, para palavras contendo traços fonológicos e semânticos, esses traços são acessados pelas regras de interface para determinar sua pronúncia e interpretação. Note que nada exige que uma palavra tenha os três tipos de traços. Se a sintaxe trabalha com traços ao invés de palavras, podemos levantar a questão de se a sintaxe acessa também os traços fonológicos e semânticos. A visão mais comum é de que não. A sintaxe geralmente não presta atenção para o fato de uma palavra começar por uma plosiva, ou terminar com uma fricativa. Parece ser o caso que a sintaxe não se interessa pelo fato de um item lexical ser semanticamente plural ou singular; ao invés, a sintaxe apenas se interessa pelo fato da palavra conter ou não o traço morfológico [plural]. Isso pode ser comprovado por “Minhas costas estão doendo”. Considere, também, o fato de algumas línguas marcarem morfologicamente o que se chama de gênero gramatical. É fácil verificar que palavras femininas não necessariamente se referem a entidades femininas no mundo. Em gaélico, por exemplo, a palavra mulher é gramaticalmente masculina. Entretanto, se assumíssemos que os falantes dessa língua de alguma forma considerassem as mulheres masculinas e que os dados de concordância eram sensíveis aos traços semânticos, então o seguinte fato seria difícil de explicar: (i) Thànig am boireannach mòr Arrive.past the woman agus shuidhe i sios. big.masc and sat she down ‘The big woman arrived and she sat down. ‘ No exemplo acima, apesar do adjetivo concordar em gênero masculino com o nome ‘boireannach’, o pronome i (ela) claramente significa que o nome é tomado como se referindo a uma entidade feminina no mundo (o pronome i contrasta com o pronome e (ele) em gaélico). Isso significa que o substantivo deve conter um traço sintático [masculino] e um traço semântico [feminino]. A concordância acessa o traço sintático, enquanto que a referência pronominal acessa o traço semântico. Assim, assumiremos que relações sintáticas como concordância acessam apenas traços sintáticos, mas não traços fonológicos nem semânticos. Alguns traços sintáticos tem um efeito transparente na interpretação (o traço plural por exemplo), mas a relação nem sempre é precisa (nomes como costas, por exemplos). A ideia de que a sintaxe trabalha exclusivamente com traços sintáticos é conhecida como a tese da autonomia da sintaxe (Chomsky 1957). Traços-phi Muitas línguas diferenciam morfologicamente um verbo que toma aquele que fala como seu sujeito, ou o interlocutor. (cf. a diferença entre “I am”, “you are” e “he is”). Temos então de assumir mais um traço, geralmente chamado de “pessoa”. Uma língua como português ou inglês parece diferenciar 3 pessoas: o falante, seu interlocutor e pessoa fora da situação de comunicação. Se postularmos três traços diferentes [1], [2] e [3], prediríamos sete ou oito combinações possíveis, que não parecem ser realizadas nas línguas naturais. Isso parece indicar que as línguas trabalham, na verdade, apenas com os traços de [1] e [2] pessoa, enquanto que a chamada terceira pessoa é a ausência de traços de pessoa. Ainda assim, esse sistema prediria que, além da 1a pessoa do plural, teríamos uma quarta pessoa composta pelos dois traços [1, 2] e isso realmente é o que achamos em algumas línguas: o pronome de 1a pessoa inclusivo. Os traços de número, gênero e pessoa são geralmente agrupados com o nome de traços-phi, uma vez que entram todos em relações de concordância nas línguas que os usam. Traços de Caso Em línguas como o português e o inglês, os pronomes podem mudar de forma também dependendo de outras relações que não a concordância. (ii) Eu vi o Joao. (ii) O Joao me viu. Essa variação entre ‘eu’ e ‘me’ é descrita como uma variação de Caso morfológico. Tanto o inglês como o português tem um sistema casual bem pobre, que só aparece nos pronomes e com apenas três variações (nominativo, acusativo e obliquo), mas há línguas que diferenciam mais de dez casos (finlandês). Apesar de que, nos exemplos acima, a alteração de forma referente a Caso parece mudar a interpretação semântica (quem fez o que pra quem), há indícios de que o traço de Caso é não-interpretável pois nem sempre muda a interpretação. (iv) I thought him to be happy. (v) I thought he was happy. Nesses exemplos, a interpretação é sempre a mesma, embora o pronome mude. Como há pouca uniformidade morfo-fonológica nos pronomes, vamos assumir que eles não tem traços fonológicos e que sua pronúncia depende inteiramente das regras de interface (ou seja, um pronome com os traços [1, sg, acus] é sempre pronunciado ‘me’. No caso do português, poderíamos supor que há apenas os traços [acus] e [obliq], sendo o nominativo a ausência de traço. Entretanto, como traços de caso não se combinam, talvez a melhor opção seja considerar o traço [Caso] e assumir três valores: nominativo, acusativo e obliquo. Traços verbais Até agora falamos sobre traços nominais, mas os verbos também tem traços interpretáveis. O traço de [passado] por exemplo é interpretado semanticamente como sinalizando que o tempo do evento se localiza antes do tempo da enunciação. Em inglês, não parece haver nenhuma motivação para que se assuma um traço de [futuro] além do de passado. O futuro é sempre dado por uma locução usando ou um verbo modal (will) ou o auxiliar go. Se a distinção de tempo no inglês então é binária (passado se opondo ao presente/futuro) podemos assumir apenas um traço [passado] e dizer que esse traço está ausente no presente. Outras línguas, entretanto, terão que ter mais traços. Além disso, mesmo o inglês parece também precisar de um traço de particípio [part] que pode se combinar com o passado para formar os particípios passados (formados com –ed) ou sem ele no particípio presente (formado por –ing). Além disso, talvez precisemos de um traço para o infinitivo. Desse modo, podemos supor um sistema em que o traço de tempo [tense] tem os valores ‘past’, ‘part’ e ‘inf’. Tarefa 1: Parte A Em inglês, há uma classe de palavras denominada pronomes reflexivos que são formados por um pronome mais a palavra self, no singular ou plural. Exemplos são: myself himself ourselves themselves etc. A distribuição dos pronomes reflexivos é restrita, comparada com outros pronomes: (1) *I kicked yourself (2) *He kicked yourself (3) You kicked yourself (4) I saw you. Note que a interpretação de sentenças como (3) é restrita: a pessoa que faz a ação descrita pelo verbo e a pessoa que recebe a ação é necessariamente a mesma. Os pronomes you e yourself em (3), então, são ditos correferentes. Numa sentença como (5), os pronomes também podem ser interpretados como sendo correferentes, mas isso não é necessário para a gramaticalidade da sentença como mostra (6): (5) O Pedro disse que a Maria gosta dele. (6) O Pedro disse que a Maria gosta dela. Em (6), ela não pode ser interpretado como correferente a ‘O Pedro’ porque correferencialidade parece requerer que os traços-phi dos dois elementos sejam os mesmos. Podemos expressar essa hipótese explicitamente como a Hipótese da correferencialidade: (7) Para duas expressões serem correferenciais, elas precisam conter os mesmos traços-phi. Usando a noção de correferencialidade, podemos tentar explicar os dados acima envolvendo pronomes reflexivos através da Generalização Reflexiva em (8) (8) Generalização Reflexiva (primeira tentativa): Um pronome reflexivo deve ser correferencial com uma expressão na mesma sentença. Exercício 1: explique a (a)gramaticalidade dos exemplos usando a hipótese da correferencialidade e a Generalização reflexiva: (9) You kicked yourselves (10) *We kicked myself (11) *They kicked himself (12) *He kicked herself (13) *She kicked itself Exercício 2: explique porque essas hipóteses não são suficientes para explicar a agramaticalidade de (14) e (15). Como a nossa hipótese poderia ser alterada para dar conta desses exemplos? (14) *Myself saw me. (15) *Himself saw him. Exercício 3: Usando a nova hipótese que você criou no exercício 2, explique se os dados seguintes são ou não problemáticos: (16) *I thought he liked myself. (17) *You said that she liked yourself. Parte B Considere o uso de verbos na forma imperativa: (18) Close the door. (19) Eat dirt! (20) Know yourself. Sentenças no imperativo parecem ter a propriedade de não conter um sujeito, como as demais sentenças do inglês (Mary closed the door, etc). Há duas maneiras de tratarmos esses exemplos: Hipótese A: orações imperativas são como outras orações e têm um sujeito. Entretanto, o sujeito não é pronunciado. Hipótese B: orações imperativas não são como outras orações. Elas não tem sujeito. Exercício 1: Assumindo a Generalização reflexiva da parte A, explique como os dados seguintes sugerem que a hipótese A esteja correta. (21) Keep yourself clean. (22) Look after yourselves. Exercício 2: os dados abaixo comprovam sua resposta do ex. 1 ou são problemáticos? Justifique sua resposta. (23) *Keep myself clean. (24) *Look after herself. Exercício 3: se há um sujeito em (23) e (24), diga quem é o sujeito e por quê. Parte C Seria possível manter a hipótese B da parte B acima se adotarmos uma hipótese extra: (25) Hipótese extra: Apenas reflexivos de segunda pessoa são permitidos em orações imperativas. O que teríamos, então, seria uma escolha entre duas gramáticas: gramática A adota hipótese A, enquanto que a gramática B adota a hipótese B, mais a hipótese extra. Ambas gramáticas dão conta dos dados. A gramática A diz que há um sujeito pronominal na posição de sujeito dos imperativos com os traços-phi corretos para permitir apenas um reflexivo de segunda pessoa. A gramática B diz que não há sujeito nenhum nos imperativos e que, independentemente, apenas reflexivos de segunda pessoa são permitidos em orações imperativas. Exercício 1: Escolha entre a gramática A e B e diga o que motivou a sua escolha. Parte D Considere os dados abaixo: (26) *I kicked me. (27) I kicked myself. (28) *You kicked you. (29) You kicked yourself. Exercício 1: formule uma generalização sobre pronomes que dê conta desses dados. Exercício 2: Explique como a sua generalização dá conta dos dados abaixo. (Dica: pense sobre quais as interpretações possíveis dessas sentenças). (30) He kicked him. (31) They kicked them. Agora considere os seguintes dados com imperativos: (32) Kick me! (33) Kick them! (34*Kick you! Exercício 3: explique os dados acima usando as generalizações criadas até agora, primeiro considerando a gramática A e depois a gramática B. No caso de uma das gramáticas ter problemas, sugira uma alteração na gramática ou uma outra hipótese extra, para dar conta dos dados. Exercício 4: Agora explique qual das duas gramáticas resultantes deve ser preferida e por quê. Tarefa 2: Discuta quais traços verbais precisaríamos para descrever a língua portuguesa.