Estados autistas: desenhos do paciente, traços e formas a serem resgatados. Desenhos do analista, recurso técnico para a interpretação gráfica Alicia Beatriz Dorado de Lisondo, Campinas Resumo: Neste trabalho, foco a importância do desenho com pacientes com Transtornos Globais no Desenvolvimento Emocional (TGD). De maneira geral, este vasto conjunto abarca os seres que fracassaram na construção de uma noção de si próprios e do objeto humano. O paciente pode dar forma através do grafismo a vivências primitivas que ainda não puderam alcançar o umbral do símbolo, a narrativa verbal e o sonho. Nos TGDs, o analista pode desenhar, além de verbalizar a interpretação, como valioso recurso técnico. O desenho reclama (Alvarez, 1992) e conclama a atenção numa possível atividade compartilhada. A interpretação gráfica permite a expressão do objeto analítico e facilita novos níveis de compreensão. A folha pode vir a ser o cenário potencial de um espaço transicional. Num voo histórico, Freud, Klein, Winnicott e Bion são revisitados para iluminar o sentido dos traços e formas nas suas obras. Uma vinheta clínica ilustra a importância dos traços e formas no processo analítico. Palavras-chave: estados autistas, linguagem gráfica, interpretação gráfica.