Crefito-6 Revista do Revista do Conselho R egional de F isioterapia e T erapia Ocupacional - Cr efito -6 - F ortaleza - Ceará - Ano 2 - Númer o 02 - Outubr o de 2004 Regional Fisioterapia Terapia Crefito efito-6 Fortaleza Número Outubro Crianças com paralisia cerebral recebem apoio do NAMI Terapia Ocupacional Aquática: Conceitos e Prerrogativas Ponto de vista: O essencial que é invisível aos olhos Campanha contra o Ato Médico mobiliza os Profissionais de Saúde Cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional alteram grades curriculares Equoterapia Piauí lança pr ojeto de Equoterapia projeto Confira também uma entr evista com Dr esponsável pelo pr ojeto entrevista Dr.. Aderson Luz, rresponsável projeto ojeto.. Editorial Conselho R egional de F isioterapia e T erapia Regional Fisioterapia Terapia Ocupacional da Sexta Região SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUP ACIONAL DA SEXT A REGIÃO OCUPACIONAL SEXTA CREFITO 6 Av. Rogaciano Leite, 432 CEP: 60.810-000 Fortaleza/Ceará Fone: (85) 3241.1456 - Fax(85) 3241.0600 E-mail: [email protected] Homepage: http://www.crefito6.org.br GESTÃO 2002/2006 PRESIDENTE Dra. Bernadete de Lourdes Alencar Gadelha CREFITO-3280-F (CE) VICE-PRESIDENTE Dra. Ana Cristhina de Oliveira Brasil CREFITO-8839-F (CE) DIRETORA SECRETÁRIA Dra. Maria Hercília Dias da Paz CREFITO-3833-TO (CE) DIRETORA TESOUREIRA Dra. Milena Sampaio Magalhães CREFITO-4777-F (CE) CONSELHEIROS EFETIVOS Dr.José Balbino da Silva CREFITO-3439-F (CE) Dra. Maria Flávia Amâncio Campos CREFITO-8608-F (CE) Dr. Flávio Feitosa Pessoa de Carvalho CREFITO-3840-F (CE) Dra. Rosana Maria Campos Pereira CREFITO-2831-TO (CE) Dra. Maria Aparecida da Silva Braga CREFITO-4505-TO (CE) CONSELHEIROS SUPLENTES Dra. Gilderlene Alves Fernandes CREFITO-28435-F (PI) Dr. Wiron Correia Lima Filho CREFITO-19548-F (CE) Dra. Cecilma Miranda de Sousa Teixeira CREFITO-7714-F (MA) Dra. Silvânia Mascarenhas da Costa Pinheiro CREFITO-21534-F (CE) Dra. Lúcia de Fátima Albuquerque de Sousa Leão CREFITO-682-TO (CE) Dra. Valéria Barroso de Albuquerque CREFITO-714-TO (CE) 13 de outubro Conquistas e Desafios... Queremos nesta edição aproveitar este espaço para parabenizar a todos os profissionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional pelo seu dia e também para agradecer o enorme apoio que temos recebido desde que assumimos a direção do CREFITO-6. Sabemos que a caminhada é longa e que estamos apenas iniciando essa trajetória na luta por melhores dias. Para a nossa batalha, que tem como alvo o engrandecimento, a valorização profissional e o bem-estar dos que necessitam de nossos serviços, precisamos em primeiro lugar, estarmos unidos. Acreditamos que apesar de jovens, as duas categorias profissionais já têm motivos para se orgulhar e se sentirem engrandecidas não só pelos avanços técnicos – científicos, como também pelas relações sociais e parcerias estabelecidas com profissionais de outras áreas da saúde. Desses avanços, os quais o Conselho Federal e os Regionais têm total responsabilidade, não são beneficiários apenas os profissionais, mas, principalmente, os usuários, nosso foco principal. Aproveitamos para lembrar que o sucesso do nosso trabalho depende da participação ininterrupta e individual de cada profissional e para isso conclamamos a todos que conheçam e colaborem no desenvolvimento de projetos que possam engrandecer ainda mais as nossas profissões. Gostaríamos de dizer que é extremamente gratificante contar com a participação e apoio de muitos profissionais e é por esse voto de confiança a nós creditado que vamos seguir: promovendo, abrindo caminhos e conquistando novos espaços. Mais uma vez parabenizamos a todos e agradecemos pelo apoio, que sem dúvida é o combustível que utilizamos para continuar trabalhando em prol do fortalecimento e do cumprimento de nossa responsabilidade profissional e social. DEP ART AMENTO DE FISCALIZAÇÃO DEPART ARTAMENTO Dra. Maria Flávia Amâncio Campos CREFITO-8608-F (CE) Dr. Flávio Feitosa Pessoa de Carvalho CREFITO-3840-F (CE) Dra. Maria Aparecida da Silva Braga CREFITO-4505-TO (CE) COMISSÃO DE TOMADA DE CONT AS (CT C) CONTAS (CTC) Dra. Maria Flávia Amâncio Campos CREFITO-8608-F (CE) Dr.José Balbino da Silva CREFITO-3439-F (CE) Dra. Maria Aparecida da Silva Braga CREFITO-4505-TO (CE) -4- Dra. Bernadete Alencar Gadelha Presidente do Crefito-6. Crefito-6 - Outubro de 2004 Sumário As fotos que ilustram a capa e o sumário foram produzidas no Centro de Equoterapia Paraíso em Fortaleza-Ceará Marúsia Saraiva Capa: Piauí lança projeto de Equoterapia Foto: 06 Entrevista .................................................................................. 0 7 Dr. Aderson Luz e a Equoterapia no Piauí. NAMI e Crianças especiais ................................................. 1 0 Crianças especiais recebem apoio do NAMI. Ponto de vista .......................................................................... 1 2 O Essencial que é invisível aos olhos Terapia na Água ...................................................................... 1 4 Conheça mais esse novo método da Terapia Educação .................................................................................. 1 6 Grades curriculares sofrem modificação. Saúde ......................................................................................... 1 7 Terapia Ocupacional ajuda a recuperar a memória 08 Ato médico: Campanha mobiliza profissionais de saúde 14 NOT A DE NOTA ESCLARECIMENTO: Ao contrário do que foi dito na matéria “Adolescentes carentes contam com o apoio do Nami” Nami”, da Revista ano 2, número 1, julho de 2004, do Crefito-6, o Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI), da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), não foi criado em 1991 pela Terapeuta Ocupacional Marta Sampaio. O Núcleo existe desde 1973. A Dra. Marta Sampaio foi a responsável pelo desenvolvimento do Projeto de Atenção e Assistência à Comunidade (PAAC), que atende adolescentes da comunidade do Dendê. O projeto foi criado em 1991 e hoje tem à frente a Terapeuta Ocupacional, Rosana Campos. Terapia Ocupacional Aquática: conceitos e prerrogativas Revista Crefito-6 - Julho de 2004 Produção Gráfico/Editorial: WMcomunicação Jornalista Responsável Responsável: Wilmar Machado - MTB - 1037 CE Rua Beni de Carvalho, 139/A Dionísio Torres - Fortaleza - Ceará Fone / Fax: (85) 3248.8184 / 3248.8185 e-mail: [email protected] www .wmcomunicacao .com.br w.wmcomunicacao Crefito-6 - Outubro de 2004 -5- Entrevista Piauí lança projeto de Equoterapia A equoterapia tem sido utilizada como forma de recuperação de pacientes portadores de deficiências ou necessidades especiais desde 400 A.C pelos gregos. A partir do final da década de 60, a Associação Americana de Hipoterapia para Deficientes (NARHA) vem divulgando o método nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, essa forma de terapia passou a ganhar impulso a partir dos anos 70 com a criação da ANDE-Brasil (Associação Nacional de Equoterapia). Atra- ciência – CEID sob a coordenação da primeira dama do Estado, Rejane Dias. Em parceria com a Polícia Militar daquele Estado que cedeu os animais e uma equipe de apoio (ver box), o projeto com fins filantrópicos vem conseguindo realizar um trabalho de inclusão social em pessoas que antes não teriam condições de se submeter a um tratamento adequado. A Revista do Crefito-6 entrevistou o Fisioterapeuta Aderson Luz, que gerencia o Centro Piauiense. “No Brasil, esta forma de terapia passou a ganhar impulso a partir dos anos 70 com a criação da ANDE-Brasil “ Aderson Luz - Os resultados são animadores. Podemos notar a evolução a cada atendimento, bem como a satisfação dos familiares que acompanham o tratamento. A evolução é surpreendente. E o mais importante o atendimento é realizado gratuitamente. vés da entidade foram-se desenvolvendo vários centros de equoterapia em diversos estados brasileiros. O método foi reconhecido como terapêutico em 1997 pela Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitacional e pelo Conselho Federal de Medicina. Na Região Nordeste, a equoterapia vem ganhando espaço na mesma medida que o resto do Brasil. Estados como Ceará, Bahia, Pernambuco e, mais recentemente o Piauí, já contam com centros de referência. Em Teresina, o projeto criado em maio deste ano é encabeçado pela Coordenadoria Estadual para a Inclusão da Pessoa Portadora de Defi- CREFITO-6 - Quais têm sido os resultados iniciais desse projeto no Piauí? CREFITO-6 - A equoterapia ainda é um método que está sendo avaliado pelos pesquisadores. Quais têm sido as conclusões do trabalho realizado pela sua equipe? Aderson Luz - Como exemplo, podemos citar o caso de um paciente autista, sexo masculino, 12 anos que utilizava anticonvulsivantes em altas doses, não interagia com o meio e tinha hiperatividade. Após dois meses ele já apresentava melhora da socialização e afetividade, bem como as doses do medicamento tinham sido reduzidas. Mas a evolução não parou aí. Depois de seis meses o paciente já se encontrava no nível pré-esportivo (o praticante já domina o cavalo sem auxílio do guia e do terapeuta) e não apresenta mais crises convulsivas apesar da retirada dos medicamentos. CREFITO-6 - Alguns terapeutas ocupacionais têm utilizado a equoterapia como alternativa no tratamento de indivíduos que apresentam um quadro de ansiedade. Este trabalho é realizado por vocês e quais são os resultados obtidos? Dr Dr.. Aderson Luz Luz, -6- Aderson Luz - Apesar de não contarmos ainda com Terapeutas Ocupacionais temos registrados vários resultados positivos, principalmente nos casos de insônia, em que nossos praticantes fazem questão de citar que antes não dormiam e que depois da Equoterapia, são outros. CREFITO-6 – O mesmo vem sendo desenvolvido por fisioterapeutas em pacientes Hemiplégicos Espáticos com bons resultados. Essa experiência já foi comprovada por sua equipe? Aderson Luz - Sim. Os praticantes conseguem relaxar facilmente e vêm respondendo eficazmente nas atividades com pinturas e especificas da equitação. CREFITO-6 – A equoterapia tem mostrado eficácia no tratamento de crianças com paralisia cerebral no ganho das funções motoras grossa? Aderson Luz - O resultado aparece já no primeiro atendimento, quando o paciente inicia a interação com o animal devido ao movimento tridimensional produzido pela marcha do cavalo que estimula o tônus muscular e a dissociação da cintura pélvica e escapular. Crefito-6 - Outubro de 2004 Rede Estadual de Reabilitação CREFITO-6 - O tratamento é indicado apenas para os casos de PC ou outras anomalias musculares? Aderson Luz - Não, a equoterapia tem indicações das mais variadas patologias. Tais como: seqüela de AVC, Síndrome de Down, autismo, distrofia muscular progressiva, etc. CREFITO-6 - Qual é o tempo resposta de um paciente submetido a equoterapia? Aderson Luz - Os resultados dependem da individualidade biológica de cada praticante. Porém temos obtido resultados a partir dois meses. CREFITO-6 - Pelo que se observa nos trabalhos realizados por todo Brasil, a maioria dos pacientes que se utilizam dessa forma de terapia são crianças ou jovens. O método não contempla os adultos? Aderson Luz - Esta é uma terapia indicada para crianças a partir de três anos e adultos da terceira idade, conforme orientação da ANDE-BRASIL. Crefito-6 - Outubro de 2004 CREFITO-6 - A equoterapia vem sendo utilizada como forma terapêutica desde a época dos gregos. Nos Estados Unidos, os estudos datam da década de 50. No Brasil existe a Ande desde os anos 70. Por que só agora é que estão sendo criados centros destinados a esta forma de terapia? Aderson Luz - A diferença de espaço é causada pelo custo e interesses dos governantes. O custo de manutenção do Núcleo é altíssimo, por isso unimos a Cavalaria da Polícia Militar que conta com os animais, bem como o efetivo que auxilia no tratamento (educadores físicos, equitadores, tratadores). O núcleo de Equoterapia foi inaugurado em maio de 2004 numa parceria da CEID (Coordenadoria Estadual para a Inclusão da Pessoa Portadora de Deficiência) e o Banco do Nordeste do Brasil que auxiliou com recursos para equipar o centro. Serviço em Fortaleza Fortaleza: Centro de Equoterapia Paraíso - Rua Jornalista Tomás Coelho, 715, Messejana. Fone: (85) 3229 0870 Segundo o Censo 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), hoje o Brasil tem 24,5 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência. Desse total, 6,5 milhões possuem deficiência física ou motora, como amputações, lesões medulares e paralisia cerebral infantil, entre outras. Dentre os inúmeros fatores causadores de deficiência física, destacamse os acidentes de trânsito e a violência urbana, que atingem, sobretudo, jovens e adultos em idade produtiva. O Piauí não está tão distante dessa realidade, sendo o segundo estado com maior número de portadores de deficiência da federação. 17,6% da população do estado possui algum tipo de deficiência. Os portadores de deficiência, em geral, têm que se adaptar a um modo de vida diferente da maioria das pessoas. O que muitos não sabem é que o portador de deficiência, principalmente as pessoas com deficiência física, se receberem um tratamento adequado, podem ter a mesma capacidade que uma pessoa normal. O trabalho fisioterápico, o acesso à escola, a inclusão na sociedade e oportunidades de ingressar no mercado de trabalho são os pontos chaves para que isso aconteça. A Coordenadoria Estadual para a Inclusão da Pessoa Portadora de Deficiência – CEID, que é coordenada pela primeira–dama do estado do Piauí, Rejane Dias, foi criada exatamente com esse intuito: articular políticas públicas que possibilitem a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade de um modo geral. Dentro do quadro de funcionários, a CEID possui um fisioterapeuta que atua na área de gerenciamento de projetos. A CEID é um órgão pioneiro e vem dando oportunidades para profissionais na área de fisioterapia. Em parceria com a Polícia Militar do Piauí, a CEID realizou a reforma do Centro de Equoterapia, reinaugurado em maio deste ano, que foi uma grande conquista, pois ampliou o atendimento do Centro, que antes da reforma, atendia cerca de 40 crianças. Nesse centro, que já está em pleno funcionamento, trabalham dois fisioterapeutas. O núcleo de Equoterapia é somente um dos projetos desenvolvidos pala CEID no Estado do Piauí e que faz parte de um projeto mais amplo chamado REDE ESTADUAL DE REABILITAÇÃO. -7- Especial Crefito-6 “A idéia de unir forças vem respaldada pelo fato de que assim é possível estabelecer estratégias de marketing para que se evite atitudes isoladas e desarticuladas.” Campanha contra o A to Ato Médico mobiliza pr ofissionais de saúde profissionais A campanha contra o Ato Médico tem conseguido mobilizar cada vez mais as categorias profissionais que provavelmente serão prejudicadas se o Projeto de Lei for aprovado pelo Congresso Nacional. No último dia 15 de setembro, uma grande mobilização tomou conta das capitais brasileiras com a participação de centenas de profissionais que levantaram as suas vozes contra o projeto de lei. O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) junta- -8- em Brasília. A entidade engloba representantes de todos os órgãos, entidades associativas, sindicais e acadêmicas e tem como objetivo suscitar discussões e elaborar estratégias coletivas em nível nacional para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. No dia 17 em audiência com a Dra. Maria Luiza Jaeger, Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, os representantes dos 12 Conselhos Federais da área de Saúde envolvidos na mobilização contra o projeto de lei 025/2002 obtiveram o comprometimento da Secretária de que solicitará formalmente a votação do projeto na Comissão de Assuntos Sociais somente após a realização do “Seminário Internacional Profissões de Saúde, Trabalho em Equipe – Limites e Possibilidades”, incluído no bojo da moção de repúdio ao PLS 025/2002 aprovada na 12ª. Conferência Nacional de Saúde realizada em dezembro de 2003, em Brasília (DF). De acordo com a Dra. Maria Luiza Jaeger o seminário será realizado em novembro. Os profissionais que quiserem acompanhar com mais detalhes os encaminhamentos da luta contra o PLS 025/2002 podem fazê-lo através de um site institucional “linkado’’ aos sites institucionais dos Conselhos Federais e Regionais da categoria. mente com os conselhos regionais têm tomado deliberações contra a proposta que pode tirar de seus profissionais as suas atribuições legais. A idéia de unir forças vem respaldada pelo fato de que assim é possível estabelecer estratégias de marketing para que se evite atitudes isoladas e desarticuladas. Assim o COFFITO criou o Comitê Interdisciplinar Científico, Acadêmico e do Trabalho (CICAT), em sua sede Crefito-6 - Outubro de 2004 CREFFITO-6 participa de reunião em Brasília N os dias 16 e 17 de agosto de 2004 aconteceu em Brasília o Seminário Nacional sobre o Aprender SUS e as Graduações na Saúde. Este encontro marcou um momento histórico da saúde coletiva, pois reuniu pela primeira vez os Ministérios da Saúde e da Educação, representantes das rei- torias das universidades, associações de ensino, as entidades estudantis, docentes e estudantes das várias profissões da saúde. O evento contou ainda com a participação de movimentos sociais, trabalhadores, e gestores federais, estaduais e municipais do SUS. O objetivo da reunião foi de “mobilizar os atores de gestão do SUS, da educação superior e do controle social Crefito-6 - Outubro de 2004 em saúde para pensar e propor compromissos entre os setores da saúde e da educação na construção da Atenção Integral na Saúde Individual e Coletiva”. Para tanto foram realizados trabalhos em grupos, onde se pôde discutir, refletir e se apropriar dos conceitos e dos processos e promover a articulação da integralidade da atenção à saúde. Tudo isto permeado pela “ampliação e o desenvolvimento na dimensão cuidadora no trabalho dos profissionais para que se tornem mais responsáveis pelos resultados das suas práticas de atenção”. Nesta perspectiva, a integralidade propõe práticas inovadoras por ser entendida como um amplo conceito, uma ação social que resulta da interação democrática entre os atores envolvidos na prática do cuidado da saúde, em diferentes níveis do sistema, conforme o LAPPIS (Laboratório de Pesquisa de Práticas de Integralidade em Saúde). Representando o estado do Ceará, fizeram-se presentes membros da diretoria do CREFITO-6 (Dra. Maria Hercília Dias da Paz e Dra. Milena Sampaio Magalhães) e coordenadores dos cursos de Fisioterapia das Universidades da cidade de Fortaleza-Ceará (Dra. Eluciene Maria Santos Carvalho – UNIFOR e Dr. Emílio Carlos Barbosa Praxedes – CHRISTUS). -9- Infantil Crianças com paralisia cerebral recebem apoio do NAMI “O F isioterapeuta atua junto com o F onoaudiólogo, objetivando a Fisioterapeuta Fonoaudiólogo, maximização dos efeitos da TBA, a conscientização da família quanto aos padrões posturais corretos, assiduidade e pontualidade no tratamento.” “ As crianças com espasticidade devem inicialmente procurar o HIAS para uma avaliação neurológica ou ortopédica, onde serão indicadas ao uso ou não da toxina. -10- Crefito-6 - Outubro de 2004 O projeto de aplicação da Toxina Botulínica Tipo A (TBA) foi criado em março de 2001. O trabalho foi ampliado com a inauguração do ambulatório de espasticidade do Núcleo de Assistência Médica Integrada (NAMI) da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), em fevereiro de 2004, sendo coordenado pela neuropediatra Gilma Holanda, pela Fisioterapeuta Maria Isabel Neves e pela Fonoaudióloga Mônica de Almeida Dumont. O projeto desenvolvido com exclusividade para crianças com paralisia cerebral espática é um complemento do tratamento oferecido pelo Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), onde é feita apenas a aplicação do BOTOX. O TBA é um programa de reabilitação interdisciplinar, envolvendo equipe, paciente e família, sendo fonte de pesquisa para toda a comunidade cientifica. A atuação do Fisioterapeuta no tratamento é muito importante. O profissional acompanha a criança desde a eleição da musculatura, onde a toxina vai ser infiltrada até a reabilitação motora “O projeto desenvolvido com exclusividade para crianças com paralisia cerebral espática é um complemento do tratamento oferecido pelo Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), onde é feita apenas a aplicação do BOTOX.” traçada para cada criança. O diagnóstico é feito clinicamente através da movimentação espontânea da criança, palpação, ativação passiva e ativa, definindo-se onde existe maior tensão muscular. O Fisioterapeuta atua junto com o fonoaudiólogo, objetivando a maximização dos efeitos da TBA, a conscientização da família quanto aos padrões posturais corretos, assiduidade e pontualidade no tratamento. “É uma troca de saberes das diversas áreas em beneficio do paciente”, afirma a Fisioterapeuta Maria Isabel Neves. Para a Fisioterapeuta, os resultados colhidos no ambulatório de espasticidade do NAMI mostram melhoria das habilidades motoras, aumento da amplitude articular, prevenção de deformidades e contraturas, evitando assim, cirurgias ortopédicas, aliviando dores e melhora da percepção. A criança assistida pelo projeto pode perceber os resultados entre 24 e 72 horas, com melhora entre sete e 10 dias após a aplicação. A duração do efeito varia entre dois e seis meses, devendo ser reaplicada a cada seis meses. O QUE É A TO XINA E COMO FUNCIONA NO TR ATAMENTO INF ANTIL TOXINA TRA INFANTIL A toxina botulínica, conhecida como botox, é um complexo de neurotoxina purificada, de origem biológica, produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A toxina tem como principio ativo um polipeptídio de duas cadeias, uma pesada e uma leve, que são ligadas por uma ponte de dissulfito, que atua seletivamente nos terminais nervosos colinérgicos, bloqueando a liberação de acetilcolina (Acth), mediador da transmissão dos impulsos elétricos do cérebro, ou seja, o neurotransmissor que desencadeia o movimento e a contração muscular, em nível pré-sináptico, provocando a paralisia muscular local temporária. A toxina funciona em crianças com paralisia cerebral espástica quando é aplicada em três etapas. Injetada, a toxina se liga ao terminal da placa motora, nas terminações nervosas periféricas colinérgicas (através do terminal C da cadeia pesada), depois ocorre a internalização, endocitose (através de terminal N da cadeia pesada). Crefito-6 - Outubro de 2004 Tratamento: As crianças com espasticidade devem inicialmente procurar o HIAS para uma avaliação neurológica ou ortopédica, onde serão indicadas ao uso ou não da toxina. As crianças são orientadas posteriormente para a aquisição do CPF, exigido pelo Ministério da Saúde, pois é uma medicação de alto custo. Logo após, as crianças entram em uma lista de espera para a avaliação neuromuscular. A análise é feita pelo fisioterapeuta e em seguida a infiltração. Depois, o paciente é encaminhado à reabilitação, condição necessária para a continuação da criança no projeto da aplicação no HIAS, visto que a TBA sem reaplicação não produz efeito desejado. O Ambulatório de Espasticidade no NAMI funciona de segunda à sexta, das 7 horas às 11 horas. -11- Ponto de Vista O Essencial que é Invisível aos Olhos P retendo nesse artigo convidar o leitor a fazer uma reflexão sobre a missão do profissional da área da saúde, em especial do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional. Isto de uma forma que juntos possamos repensar a relação de ajuda em que estão envolvidos, em sua prática com seus clientes, sob a ótica da Psicomotricidade Relacional. Este método que está sendo requisitado como uma ferramenta de trabalho marcando um diferencial significativo em seu modo de abordar as relações e o desenvolvimento humano. Existe nos atendimentos clínicos ou ambulatoriais uma parte visível e concreta a ser cuidada pelo fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional que se apresenta através de um corpo orgânico, anatômico, fisiológico, biomecânico, que podemos facilmente perceber. Porém, sob a ótica relacional, acreditamos ser preciso reconhecer que o ser humano não se reduz a um corpo a ser “consertado” ou de uma mente a ser desenvolvida. Cada vez mais neste novo milênio se faz urgente e necessário que lancemos um olhar além do sintoma para compreendermos o essencial que muitas vezes é invisível aos olhos. Neste sentido, dizemos em Psicomotrocidade Relacional que é preciso aprender a escutar aquilo que não é dito, levando em consideração que o sofrimento do corpo nos fala freqüentemente de um outro tipo de sofrimento que não encontra outra forma de expressão que não seja através de enfermidade corporal. Às vezes é preciso adoecer o corpo para pedir um pouco de cuidado, aquele cuidado que muitas vezes nos negamos a receber e muito mais a pedir. Entretanto, para o profissional engajado neste tipo de relação de ajuda, além de ser capaz de fazer este tipo de escuta, é preciso responder também corporalmente, através de uma atitude de empatia corporal, sem a necessidade da utilização de palavras muitas vezes vazias de significados verdadeiros. A comunicação corporal é uma comunicação carregada de valores e componentes emocionais, o gesto, o olhar, o tônus muscular falam de nossos sentimentos, de nossos medos, desejos e conflitos, isto é, da expressão do -12- imaginário consciente e inconsciente. Consideramos que a gestualidade não é a simples reação nervosa a estímulos, e sim a resposta de um corpo ao mundo, ou seja, é a representação de vida em si mesma. Nossa própria prática profissional como psicomotricista relacional nos mostra reiteradamente que a atitude morfológica é apenas o espelho que reflete a expressão da atitude psíquica diante da vida. André Lapierre, criador da Psicomotricidade Relacional, em sua trajetória de descobertas deste método nos fala: Flexibilização articular, desenvolvendo seletivo de certos feixes mus- “Cada vez mais neste novo milênio se faz urgente e necessário que lancemos um olhar além do sintoma para compreendermos o essencial que muitas vezes é invisível aos olhos.” culares são apenas paliativos cuja influência sobre a morfoestatística é provisória e aleatória. A suavização ou reeducação da atitude habitual não é condicionada pela força muscular, e sim pelo tônus da postura, o qual encontrase relacionado com o tônus psicoafetivo, regulado pelos centros subcorticais, no nível inconsciente (Lapierre, 2002). Quantas vezes percebemos que dores corporais (lombalgias, dorsalgias, etc.) às vezes crônicas, são reflexos de sintomas funcionais, psicossomáticos, ou seja, de somatizações decorrentes de situações mal vividas em nível pessoal, sócio-familiar ou profissional. Nesse sentido podemos escolher entre nos apaixonar e ser capaz de conviver com a possibilidade de relações de ajudas autênticas no dia-a-dia com nossos clientes, ou estabelecer uma relação vazia de afeto, de investimentos positivos, e apenas repetir modelos estereotipados de ações e comportamentos baseados numa visão organicista e mecanicista, se conformando em apenas seguir modelos médicos estatísticos. Acredito pessoalmente que não está aí a essência de nossa missão enquanto profissional que pretende promover a saúde e o bem-estar daqueles que buscam os nossos serviços. Acredito ainda na necessidade cada vez maior de construirmos com o cliente, seja ele criança, adolescente, adulto ou idoso, um espaço relacional vivenciado, onde os elementos afetivos e emocionais tornem-se indispensáveis para a aquisição adequada de um bemestar realmente integrado. É preciso ainda ressaltar uma outra fase do problema que na imensa maioria das vezes permanece oculta, que diz respeito ao bem-estar daquele que se dispõe a cuidar. Quantas vezes nos perguntamos ou mesmo dedicamos um tempo para percebermos nossas dores, carências e necessidades, quantas vezes assumirmos com coragem o nosso direito de pedir para sermos cuidados? Relação é para nós algo muito mais amplo, muito mais ambicioso. Faz referência direta com o outro, com aquilo que comunicamos e que nos é comunicado, principalmente daquilo que não é dito através de palavras, da linguagem verbal, mas sim, dos dizeres corporais. Constatamos em nossa prática que estas relações acontecem sempre em via de mão dupla, nosso corpo comunica ao corpo do outro ao mesmo tempo em que recebe suas mensagens. Desta forma não podemos nos eximir de nossas dores físicas ou emocionais nas relações que estabelecemos com nossos clientes, se fazendo necessário não somente aceitarmos este fato, mas acima de tudo investirmos na busca do próprio bem-estar. Maria Isabel Bellaguarda Batista é Psicóloga Clínica (CRP 11-0176) pela Universidade Federal do Ceará Crefito-6 - Outubro de 2004 Polêmica Acessibilidade e Cidadania A questão da acessibilidade para os portadores de deficiência física é um problema de ordem complexa porque está também relacionado ao resgate de cidadania destas pessoas. O direito de ir e vir está assegurado legalmente aos portadores de deficiência, mas nem sempre a lei é legitimada. Sabemos das enormes dificuldades encontradas por pessoas que precisando fazer uso de cadeira-de-rodas, não conseguem ter acesso a locais públicos e/ou serem independentes Independente do grau de limitações ou dificuldades que o portador de deficiência manifeste, há necessidade de lhe conferir as mesmas oportunidades de independência e acessibilidade, já que estes são objetivos imprescindíveis para a aquisição do auto-conceito e do fortalecimento da identidade desses indivíduos. Fala-se atualmente na necessidade de um desenho universal que propicie maior conforto e independência a essas pessoas em locais públicos, sejam ruas, praças, cinemas, teatros, lojas, etc. Isto não é uma questão de competência somente de engenheiros ou ar- O direito de ir e vir está assegurado legalmente aos portadores de deficiência, mas nem sempre a lei é legitimada. nas mais básicas atividades de vida diária, como pegar um ônibus, utilizar um banheiro público, atravessar uma via urbana ou fazer compras em um shopping center, simplesmente, porque não existe uma infraestrutura arquitetônica adequada às necessidades destes indivíduos. Em países desenvolvidos da Europa ou mesmo da América do Norte, como por exemplo, Estados Unidos e Canadá, é comum encontrarmos indivíduos com considerável comprometimento motor e outros déficits funcionais usufruindo normalmente de seus direitos de cidadania, inseridos na sociedade, respeitados e beneficiando-se de recursos tecnológicos e de acessibilidade que favorecem sua independência pessoal e social. No Brasil, a deficiência de uma forma geral, reflete ainda a maturidade humana e cultural na qual estamos inseridos. Há implicitamente negação, rejeição e discriminação, restando aos portadores de deficiências julgamentos e critérios de rendimento e produtividade, que quase sempre carregam marcas de exclusão e estigmatização. quitetos, mas de todos os envolvidos com o direito à cidadania e, deve fazer parte dos planos e deveres políticos, tornando-se compromisso de toda a sociedade. Arquitetos e planejadores dos espaços urbanos, bem como profissionais da área de saúde envolvidos com a questão da reabilitação, entre outros, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, devem também se preocupar com as questões de ordem social e ter maior participação nas questões da coletividade. A discussão da problemática em diversos contextos sociais, como escolas, universidades, instituições de assistência à saúde, associações comunitárias e meios de comunicação de massa ajudam na conscientização da problemática e promove alternativas de soluções. A exigência legal dos direitos de cidadania é um compromisso ético-político, do qual temos por obrigação participar, pois mais importante do que o conhecimento técnico é a conscientização de sermos cidadãos e, podermos favorecer melhor qualidade de vida a pessoas já tão estigmatizadas e sofridas em nossa sociedade. Crefito-6 - Outubro de 2004 -13- Terapia Ocupacional Aquática: Conceitos e Prerrogativas “Reabilitação aquática é um novo nome para um método de tratamento que possui raízes antigas” I niciando a abordagem histórica pelas civilizações antigas, pode-se apreciar a importância que foi dada ao elemento água por seu caráter sagrado, dádiva de deuses, bem divino do qual obtinha-se a vida. Os registros históricos são inúmeros e desde 500 a. C. se observa na civilização grega a utilização da água não de forma mística, mas de uma maneira mais lógica voltada ao tratamento de algumas enfermidades, tendo Hipócrates como um grande expoente desse tipo de prática. Reabilitação aquática é um novo nome para um método de tratamento que possui raízes antigas. Durante séculos, os praticantes dos cuidados com a saúde utilizaram vários termos para definir os benefícios terapêuticos e de reabilitação conferidos à água. (DE VIERVILLE, pg. 1, 2000) Estes nomes foram os mais diversos, dentre eles: hidroterapia, hidrologia, hidrática, hidroginástica, terapia pela água, terapêutica pela água, entre outros. Entretanto, independente da nomenclatura ou da classe profissional à que estivesse inserido o sujeito, havia algo em comum entre eles, que era a constatação unânime dos benefícios que a água oferece a quem a utiliza. Os gregos, porém, não são pioneiros em usar este recurso com fins terapêuticos, cabendo destaque para a Mesopotâmia, o Egito, a Índia e a China, reforçando a abrangência da água tanto em sua ação como em sua utilização por povos, culturas e profissionais diferentes. Em se falando de abrangência, é importante atentar para uma profissão -14- que tem tal atributo como uma das características principais de sua teoria e prática: a Terapia Ocupacional. A definição proposta pela AOTA – American Ocupacional Therapy Association posiciona a Terapia Ocupacional “como todo tipo de trabalho ou de recreação tanto física como mental, prescrita e guiada com objetivos de contribuir e apressar a recuperação de indivíduos acometidos por uma doença. Consiste em ocupação selecionada e prescrita para cada paciente em particular de acordo com suas necessidades”. Para a WFOT – World Federation of Occupacional Therapists, “a Terapia Ocupacional é uma profissão da área da saúde baseada em conhecimentos, os quais propõem atividades que possam promover a saúde e o bem estar em todos os aspectos da vida diária. As fi- permite a utilização de um grande número de técnicas e recursos, não só por estar presente nos diversos setores da atividade humana, mas por possuir no cerne de sua construção teórica a união de conhecimentos de várias áreas. Talvez aqui resida a mais importante justificativa do trabalho do terapeuta ocupacional em meio aquático. Terapia Ocupacional Aquática A Terapia Ocupacional, por sua abrangência, pode e deve utilizar-se do recurso água, mesmo dentro de uma visão ocupacional, pois há um componente inerente ao recurso que se apresenta coletivamente, independente do nível intelectual ou social do indivíduo que é a felicidade e o bem-estar em manter-se na água, e estes dois itens, além de não pertencerem à categoria profissional A ou B, são fundamentais para o ser humano transitar em seu mundo social desempenhando sua gama de ações ocupacionais. Nesse sentido, um grupo de profissionais terapeutas ocupacionais de Fortaleza com atuações diferenciadas em meio aquático resolveu unir-se em torno de questionamentos inerentes aos aspectos teóricos, práticos e políticos da intervenção do Terapeuta Ocupacional na água. O primeiro encontro se deu há aproximadamente três anos. Desde então, iniciou-se uma longa jornada, baseada em “A vasta atuação da Terapia Ocupacional permite a utilização de um grande número de técnicas e recursos, não só por estar presente nos diversos setores da atividade humana, mas por possuir no cerne de sua construção teórica a união de conhecimentos de várias áreas.” nalidades são a promoção, desenvolvimento, restabelecimento e manutenção de habilidades necessárias compatíveis com atividades diárias prevenindo disfunções. Os programas são designados para facilitar o uso máximo de funções, conhecendo as demandas de trabalho do indivíduo no ambiente social, pessoal e doméstico. [...] O Terapeuta Ocupacional recebe educação nas ciências social, psicológica, biológica e médica, perícia profissional e métodos”. Segundo a Associação Canadense de Terapia Ocupacional, o termo ocupação se refere a qualquer atividade ou tarefa necessária para o cuidado pessoal (comer, vestir-se, alimentar-se), produtividade (escola, trabalho, atividades domésticas), ou tempo livre (lazer, atividades de recreação). A ocupação é considerada como essencial à saúde. A vasta atuação da Terapia Ocupacional aspectos legais, que possibilitassem a regulamentação desse recurso por parte do terapeuta ocupacional. O passo seguinte, naturalmente constituído, foi procurar o Conselho Regional de Fisioterapia Ocupacional (CREFITO-6) para exposição da problemática e busca conjunta de soluções rumo à regulamentação da utilização do recurso água pelo terapeuta ocupacional. O grupo baseou-se no decreto lei 938, de 13 de outubro de 1969, em seu art. 4° que afirma que “é atividade privativa do terapeuta ocupacional executar métodos e técnicas terapêuticas e recreacionais com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade mental do paciente”. Na resolução n° 8, de 20 de fevereiro de 1978, a qual aprova as normas para a habilitação ao exercício das profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e dá outras providências, em seu art. 4°, diz: Crefito-6 - Outubro de 2004 DEFIS EM AÇÃO Aluno em uma sessão aquática “constituem atos privativos do terapeuta ocupacional prescrever, ministrar e supervisionar Terapia Ocupacional, objetivando preservar, manter, desenvolver ou restaurar a capacidade funcional do cliente a fim de habilitá-lo ao melhor desempenho físico e mental possível: no lar, na escola, no trabalho e na comunidade”, através de: VII – determinação: a - do objetivo da terapia e da programação para atingi-lo e da técnica a ser utilizada. Analisando individualmente o decreto lei, observa-se o componente recreacional inserido entre métodos e técnicas próprias do terapeuta ocupacional. Nesse sentido, tem-se na água um aspecto que lhe é característico que é justamente o aspecto recreacional, o que o grupo, no decorrer das discussões entendeu como um fator preponderante para a atuação do terapeuta ocupacional na água. Além do decreto lei, a resolução é clara no sentido de garantir liberdade ao terapeuta ocupacional quanto à escolha da técnica e, dentre elas, a intervenção aquática. Essa intervenção visa trabalhar não somente aspectos físicos, mas principalmente aspectos mentais. Entretanto a lei também é clara quando na resolução CNE/ CES n° 6, de 19 de fevereiro de 2002, que Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional, em seu art 5°, & XVII, afirma: “que o terapeuta ocupacional tem que conhecer as bases conceituais das terapias pelo movimento: neuro-evolutivas, neuro-fisiológicas e biomecânicas, psicocorporais, cinesioterápicas, entre outras. Tais diretrizes garantem à formação do terapeuta ocupacional, sendo necessárias para a utilização de competências e habilidades específicas, realizadas fora ou dentro da água. Crefito-6 - Outubro de 2004 Com essa discussão, objetiva-se contribuir não só para o enriquecimento profissional da categoria, como também fortalecer os laços entre as profissões de Terapia Ocupacional e Fisioterapia, por serem áreas afins e apresentarem atuações distintas em meio aquático, almejandose acima de tudo o ganho de cada cidadão que busque os benefícios da água e não se restringindo apenas a visões mercadológicas que servem somente para distanciar os profissionais e desacelerar a produção e o conhecimento científico. É essencial perceber, assim, como prega o novo colegiado do COFFITO, que não se pode fazer nada sozinho. Dessa forma é imprescindível o aporte nessa “nova” idéia, não só do CREFITO-6, mas também de toda a categoria, garantindo um futuro promissor não apenas para a profissão, mas também para uma técnica em franca expansão: a terapia aquática. Gostaríamos de ressaltar mais uma vez que não deixamos de acreditar na importância do profissional de terapia ocupacional na sociedade e apostar na grandeza de proposta do colegiado eleito. “Que os nossos esforços desafiem as impossibilidades. Lembrai-vos de que as grandes proezas da história foram conquistadas do que parecia impossível”. (Charles Chaplin) Antônio José de Vasconcelos Araújo CREFITO - 4782 André Souza de Pontes CREFITO - 5081 Irlês Paiva Matos Pimentel CREFITO - 3133 Mônica Gadelha Sales CREFITO - 3641 Heryka Sousa Sobrinho CREFITO - 5506 Os Conselhos Federal e Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional surgiram com a incumbência de fiscalizar o exercício dessas profissões definidas no Decreto – Lei nº 938, de 13 de outubro de 1969. Objetivando implementar tal função foi criado o Departamento de Fiscalização (DEFIS) que tem como atribuições sistematizar a programação e custeio da fiscalização, o roteiro a ser cumprido pelos agentes fiscais, supervisioná-los em sua atuação, avaliar, analisar e dar parecer no processo administrativo-fiscalizador. No CREFITO-6, o DEFIS é composto por três conselheiros efetivos e dois agentes fiscais, que se reúnem semanalmente para discutir procedimentos relativos ao ato fiscalizador, ao processo administrativo-fiscalizador, seus efeitos, aprimoramentos e questionamentos, encaminhando à presidência os casos de irregularidades para que junto à assessoria jurídica sejam tomadas as providências cabíveis. A partir desta edição, o DEFIS estará proporcionando ao leitor um espaço para esclarecimentos sobre as normas para o exercício profissional. Relembraremos as atividades do Responsável Técnico previsto na Resolução COFFITO nº 139, de 28 de novembro de 1992. O Responsável Técnico deve manter atualizado o registro do local onde trabalha, a inscrição e adimplência dos profissionais que estão sobre sua responsabilidade e cumprir as normas do MEC e do COFFITO / CREFITO referente aos estagiários. Deve garantir que no horário de atendimento tenha profissional Fisioterapeuta e / ou Terapeuta Ocupacional suficiente para a demanda de pacientes de acordo com a natureza da atenção a ser prestada, assim como garantir a clientela uma prática assistencial de validade científica comprovada, coerente com cada caso apresentado. Este profissional também responderá perante o CREFITO por ato de administração do agente empregador, que corroborar ou não denunciar e que concorra, de qualquer forma, para lesão dos direitos da clientela, exercício ilegal das profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e o não acatamento às disposições da Resolução COFFITO nº 139 e de outras resoluções do COFFITO e normas dos CREFITOs. A responsabilidade técnica só poderá ser exercida por profissional fisioterapeuta e terapia ocupacional em no máximo dois serviços de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional respectivamente; sendo obrigatória a comunicação ao CREFITO, no prazo de quinze dias, quando houver a substituição do cargo. Disque denúncia: 3241 1456 - E-mail: [email protected] -15- Educação Cursos de F isioterapia e Fisioterapia Terapia Ocupacional da Unifor alteram suas grades curricular es curriculares D iante do crescimento das demandas políticas e sociais no Brasil, os cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional estão implementando mudanças em suas grades curriculares. A implantação segue as diretrizes traçadas pelo Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Educação (CNE) e pelas Comissões de Especialistas de cada um dos cursos. Em linhas gerais, os novos currículos vão permitir uma maior operacionalização das disciplinas, tornando-as mais integradas. Isto será possível através da adoção de metodologias de ensino que preconizem sempre a teoria a prática aliada à adequação dos alunos as novas necessidades do mercado de trabalho. E seguindo estas novas diretrizes, os cursos devem preparar os estudantes no sentido de atuarem mais junto às comunidades, detectando e apresentando soluções para seus problemas mais urgentes. As novas grades priorizam também uma maior integração entre os demais profissionais da área de saúde.Tendo em vista a necessidade permanente de adequação dos cursos de graduação à dinâmica das mudanças sócio-político-culturais que ocorrem no contexto regional e nacional, e consideran- -16- do a aprovação das novas diretrizes curriculares em 19 de fevereiro de 2002 preconizadas na Resolução CNE/CES 4, os cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), tiveram seus currículos atualizados. A reformulação foi implantada de forma a permitir a operacionalização das disciplinas, tornando-as mais integradas, a partir da utilização de metodologias de ensino baseadas em situações-problema, permeando sempre o eixo teoria e prática, promovendo o aluno à condição de sujeito de sua aprendizagem e tendo o professor como agente facilitador do processo. Desta forma, o aluno torna-se preparado para atuar cada vez mais comprometido com a saúde da comunidade visando à atenção global, à saúde e ao desenvolvimento de ações integradas junto a outros profissionais. O curso de Fisioterapia permanece estruturado em nove semestres letivos, distribuídos em 250 créditos, dos quais 112 teóricos (44,8% do curso), 130 práticos (52% do curso) e 3,2% destinados a créditos optativos, oportunizando aos alunos a seleção de disciplinas optativas específicas para a fisioterapia e outros cursos da UNIFOR. Esta opção permite ao aluno uma atuação interdisciplinar satisfatória, como acontece com atividades integradas às do curso de odontologia desta universidade. As atividades são assim distribuídas: carga horária prática laboratorial (16,8%); carga horária prática assistida em campos de estágios (15,2%) e carga horária prática supervisionada em campos de estágios (20%), que dá um total de 52% do currículo de atividades práticas. O conhecimento ofertado abrange as seguintes áreas: ciências biológicas e da saúde, ciências sociais e humanas, conhecimentos biotecnológicos e fisioterapêuticos. O novo currículo oferta ao aluno a disciplina de Fisioterapia Baseada em Evidências que o leva a realizar sua prática de forma reflexiva e crítica, buscando nos bancos de dados as evidências científicas para sua tomada de decisão terapêutica. A disciplina de Planejamento e Gestão em Serviços de Saúde o desperta para agir com liderança, disciplina e autonomia vislumbrando ações de empreendedorismo na sua profissão. Já na reformulação do curso de Terapia Ocupacional foi implementado um novo fluxograma com a inclusão de disciplinas inovadoras, como Políticas de Saúde e Reabilitação, Gestão de Serviços de Saúde e Introdução a Atividades e Recursos Terapêuticos. A grade contempla ainda disciplinas como Motricidade Humana, Desempenho Ocupacional, Tecnologia Assistida, Saúde do Trabalhador, Ergometria, entre outras. A nova proposta curricular tem como objetivo promover uma maior integrabilidade e oferecer melhores condições de aprendizagem aos alunos. Para tanto a metodologia é baseada em situações-problema, onde o discente alia a teoria à prática favorecendo uma aprendizagem contínua, crítica e reflexiva. Partindo deste princípio, o professor tornase então um ‘’facilitador ’’ de uma metodologia mais avançada de ensino. Portanto a proposta curricular contextualiza, não só o aspecto social e educacional mas também o perfil profissiográfico do curso de Terapia Ocupacional. Ela avalia ainda as competências, habilidades e atitudes do graduando. A estrutura proposta apresenta-se atualmente distribuída em 8 semestres subdivididos em duas áreas: específicas e afins. Com relação às áreas específicas o curso oferece 24 disciplinas relacionadas as Ciências da Terapia Ocupacional. Já as áreas afins comportam dois eixos: Ciências Biológicas e da Saúde com 6 disciplinas e as Ciências Sociais e Humanas com 7 disciplinas. Crefito-6 - Outubro de 2004 Saúde Terapia Ocupacional ajuda na recuperação da memória Quem nunca esqueceu um guarda-chuva ou o celular em algum lugar? Ou então na hora de sair de casa para um compromisso super importante não sabe onde colocou as chaves do carro? Problemas como esses são mui- to comuns de acontecer nestes dias de correria e estresse constante. Segundo os especialistas, as falhas na memória não atingem apenas as pessoas mais velhas ou que sofrem de problemas neurológicos como o Mal de Alzheimer, mas também os jovens que, por conta do estresse, são cada vez mais vítimas de esquecimentos momentâneos. A terapeuta ocupacional Cíntia Pontin Mello vem realizando um interessante trabalhado junto a outros profissionais nesta área. Segundo ela, existem tratamentos que ajudam a amenizar ou resolver esses problemas. No caso de pacientes com sintomas de estresse elevado, por exemplo, o ideal é que ele passe a adotar procedimentos simples e eficazes como utilização de agendas, lembretes ou bips que possam alertá-los sobre determinadas situações. Já para pessoas que apresentam perdas de memória ocasionadas por doenças neurológicas, a Terapia Ocupacional apresenta algumas alternativas como exercí- cios para a memória que, aliadas ao tratamento médico, podem ajudar em sua recuperação. Cíntia Mello explica que a memória recente é a mais prejudicada, por isso é necessário que quando o problema se apresente, o paciente busque o mais cedo possível um tratamento para evitar complicações no futuro. No caso de pessoas vítimas de estafa, a urgência no diagnóstico e aplicação do processo terapêutico se faz por conta do acúmulo de estresse que a situação produz. No ultimo dia 25 de setembro, uma equipe de terapeutas ocupacionais esteve na avenida Beira-Mar juntamente com outros profissionais de saúde no evento “Saúde em Dia”. Lá os Terapeutas Ocupacionais (TOs) puderam aplicar testes de memória no público presente. II Congresso Internacional de Fisioterapia Manual No período de 27 a 30 de outubro, fisioterapeutas e estudantes estarão participando do II Congresso Internacional de Fisioterapia Manual. O evento acontece no Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, onde os participantes vão discutir as principais técnicas e métodos adotados pela Fisioterapia Manual. Além das conferências e das demonstrações técnicas da Fisioterapia Manual repassadas aos participantes através de telões, os profissionais e alunos poderão contar com uma feira de equipamentos e produtos expostos em estandes durante todo o período do evento. Crefito-6 - Outubro de 2004 Entre os conferencistas, estarão o belga Dominique Lippens e os franceses Philippe Shouchard, Philippe Manuard e Pierre Bisschop. Serão temas discutidos durante o congresso, RPG, Maitland, Mulligan, Mckenzie, Sohie, Osteopatia e Fisioterapia Sub-Aquática. O II Congresso Internacional de Fisioterapia Manual é uma realização do Instituto de Fisioterapia Manual e da Associação Pernambucana de Fisioterapeutas, com apoio do Governo do Estado e da Universidade Federal de Pernambuco. As inscrições para o evento já estão abertas e podem ser feitas através do site www.fisioterapiamanual.com.br -17- Sindicalização: O caminho para a valorização profissional Os sindicatos são de vital importância para o desenvolvimento de qualquer categoria profissional. É através deles que os trabalhadores terão força e poder de reivindicar seus direitos e manter suas conquistas trabalhistas. É dever do sindicato zelar pelas garantias de seus filiados e proporcionar todo apoio possível no momento em que eles necessitam. Para a presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do Estado do Ceará (SINFITO-CE), Francineide de Menezes, é de extrema importância que os profissionais dessas duas categorias atentem para a importância de se filiarem a sua entidade: “É através do trabalho do sindicato que a categoria se fortalece. Quanto mais filiados tivermos, mais força representativa e capacidade de articulação podemos desenvolver”. Na opinião da presidente, que chega agora ao seu terceiro mandato, os sindicatos têm a função de servir de mediador nas questões envolvendo profissionais e empregadores. Além de mediar esta relação nem sempre cordial, o sindicato, entre outras prerrogativas, luta por melhores ganhos financeiros através das campanhas salariais e fornece assistência jurídica aos seus filiados em casos de litígios trabalhistas. O departamento jurídico tem também a função de orientar os profissionais a respeito de homologação de contratos verificando se todos os direitos dos trabalhadores – como FGTS – estão sendo cumpridos pelo empregador. Com data base em maio, o SINFITOCE tem batalhado pela questão do piso “É dever do sindicato zelar pelas garantias de seus filiados e proporcionar a estes todo apoio possível no momento em que estes necessitam.” -18- salarial, ponto nevrálgico da maioria das convenções coletivas. Segundo Francineide de Menezes, este ano o piso das duas categorias foi para R$ 766,50. “Pode parecer pouco, mas estamos conseguindo bons avanços nestes últimos anos”. Mas não é só no âmbito trabalhista que o sindicato atua. Ele tem participação política junto a outras entidades classistas e ao poder público. “Estamos sempre participando de eventos sociais que possam mostrar à população em geral qual a importância da nossa categoria”, afirma Francineide. Os profissionais interessados em sindicalizar-se devem procurar a sede da entidade para preencher o cadastro de inscrição. O desconto em folha é de 1%. O SINFITO-CE fica na Rua Padre Ambrósio, 390 – Vila União. O horário de funcionamento é das 8h às 12h. Diretoria Atual - Presidente: Francineide Menezes (FT) - Secretária geral: Heryka Sobrinho (TO) - Diretora de Finanças: Maria das Graças Diógenes (FT) - Diretora de Pesquisa e Divulgação: Marilce Farias (FT) - Diretora de Formação Sindical: Cláudia Araújo - Diretor de Assuntos da Saúde: Wiron Filho (FT) - Diretor de Assuntos Jurídicos: Joaquim Neto (TO). - Atualmente o sindicato conta com 400 filiados em um universo estimado em 2000 profissionais em todo o Ceará. Crefito-6 - Outubro de 2004 Agenda Cursos e Eventos Curso Internacional Método Bad Ragaz (SP, RJ) Peggy Schoedinger – EUA (Outubro) Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações sos de Fisioterapia Telefones elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 – 1107 / 0800 – 437008 Site Site: www.vfcursos.com.br E-mail E-mail: [email protected] Curso Internacional Método Halliwick (SP, RJ) Peggy Schoedinger – EUA (Outubro) Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações sos de Fisioterapia Telefones elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 – 1107 / 0800 – 437008 Site Site: www.vfcursos.com.br E-mail E-mail: [email protected] Curso Internacional Método Mulligan (RS, SP) Toby Hall – Austrália (Outubro) Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações sos de Fisioterapia Telefones elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 – 1107 / 0800 – 437008 Site Site: www.vfcursos.com.br E-mail E-mail: [email protected] Curso Internacional Mobilização Neural (RJ, SP, RS) Crefito-6 - Outubro de 2004 Toby Hall – Austrália (Novembro) Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações sos de Fisioterapia Telefones elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 – 1107 / 0800 – 437008 Site Site: www.vfcursos.com.br E-mail E-mail: [email protected] Curso Internacional RPG – Sistema Australiano (SP, RJ) Toby Hall – Austrália (Novembro) Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações sos de Fisioterapia Telefones elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 – 1107 / 0800 – 437008 Site Site: www.vfcursos.com.br E-mail E-mail: [email protected] Curso Internacional Movimento Combinado (SP, RJ) Toby Hall – Austrália (Novembro) Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações sos de Fisioterapia Telefones elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 – 1107 / 0800 – 437008 Site Site: www.vfcursos.com.br E-mail E-mail: [email protected] Curso Internacional de Hidroterapia Dr. Johan Lambeck (Holanda) Dr. Urs Gamper (Suíça – no RJ em novembro) Halliwick Integrado (Básico + Avançado) Períodos: 12 a 15 de nov de 2004 – Rio de Janeiro 29 a 31 de out e 02 de nov de 2004 – São Paulo 30 de mar a 03 de abril de 2005 – Rio de Janeiro 24 a 27 de mar de 2005 – São Paulo 17 a 21 de abril de 2005 – Porto Alegre Informações Informações: Drª Sandra G. Jabur Wegner – Crefito 2/20502-F (21) 2287 8413 / 2522 8841 [email protected] www.hidrovida.fst.br Curso Internacional de Hidroterapia Dr. Johan Lambeck (Holanda) Dr. Urs Gamper (Suíça – no RJ em novembro) Bad Ragaz Períodos: 08 a 11 de nov de 2004 – Rio de Janeiro 1 a 3 nov de 2004 – São Paulo 21 a 23 de nov de 2004 - Manaus 04 a 06 de abril de 2005 – Rio de Janeiro 28 e 29 mar de 2005 – São Paulo 14 a 16 abril de 2005 – Porto Alegre Informações Informações: Drª Sandra G. Jabur Wegner – Crefito 2/20502-F (21) 2287 8413 / 2522 8841 [email protected] www.hidrovida.fst.br -19-