Equoterapia Equoterapia Equoterapia Equoterapia - Crefito-6

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Crefito-6
Revista do
Revista do Conselho R
egional de F
isioterapia e T
erapia Ocupacional - Cr
efito
-6 - F
ortaleza - Ceará - Ano 2 - Númer
o 02 - Outubr
o de 2004
Regional
Fisioterapia
Terapia
Crefito
efito-6
Fortaleza
Número
Outubro
Crianças com
paralisia cerebral
recebem apoio do
NAMI
Terapia Ocupacional
Aquática: Conceitos e
Prerrogativas
Ponto de vista:
O essencial que é
invisível aos olhos
Campanha contra o
Ato Médico mobiliza
os Profissionais de
Saúde
Cursos de Fisioterapia e
Terapia Ocupacional
alteram grades
curriculares
Equoterapia
Piauí lança pr
ojeto de Equoterapia
projeto
Confira também uma entr
evista com Dr
esponsável pelo pr
ojeto
entrevista
Dr.. Aderson Luz, rresponsável
projeto
ojeto..
Editorial
Conselho R
egional de F
isioterapia e T
erapia
Regional
Fisioterapia
Terapia
Ocupacional da Sexta Região
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E
TERAPIA OCUP
ACIONAL DA SEXT
A REGIÃO
OCUPACIONAL
SEXTA
CREFITO 6
Av. Rogaciano Leite, 432
CEP: 60.810-000 Fortaleza/Ceará
Fone: (85) 3241.1456 - Fax(85) 3241.0600
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GESTÃO
2002/2006
PRESIDENTE
Dra. Bernadete de Lourdes Alencar Gadelha
CREFITO-3280-F (CE)
VICE-PRESIDENTE
Dra. Ana Cristhina de Oliveira Brasil
CREFITO-8839-F (CE)
DIRETORA SECRETÁRIA
Dra. Maria Hercília Dias da Paz
CREFITO-3833-TO (CE)
DIRETORA TESOUREIRA
Dra. Milena Sampaio Magalhães
CREFITO-4777-F (CE)
CONSELHEIROS EFETIVOS
Dr.José Balbino da Silva
CREFITO-3439-F (CE)
Dra. Maria Flávia Amâncio Campos
CREFITO-8608-F (CE)
Dr. Flávio Feitosa Pessoa de Carvalho
CREFITO-3840-F (CE)
Dra. Rosana Maria Campos Pereira
CREFITO-2831-TO (CE)
Dra. Maria Aparecida da Silva Braga
CREFITO-4505-TO (CE)
CONSELHEIROS SUPLENTES
Dra. Gilderlene Alves Fernandes
CREFITO-28435-F (PI)
Dr. Wiron Correia Lima Filho
CREFITO-19548-F (CE)
Dra. Cecilma Miranda de Sousa Teixeira
CREFITO-7714-F (MA)
Dra. Silvânia Mascarenhas da Costa Pinheiro
CREFITO-21534-F (CE)
Dra. Lúcia de Fátima Albuquerque de Sousa Leão
CREFITO-682-TO (CE)
Dra. Valéria Barroso de Albuquerque CREFITO-714-TO (CE)
13 de outubro
Conquistas e Desafios...
Queremos nesta edição aproveitar este espaço para parabenizar a todos os profissionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional pelo seu dia e também para agradecer o
enorme apoio que temos recebido desde que assumimos a direção do CREFITO-6.
Sabemos que a caminhada é longa e que estamos apenas iniciando essa trajetória na luta por melhores dias. Para a nossa batalha, que tem como alvo o engrandecimento, a valorização profissional e o bem-estar dos que necessitam de nossos serviços, precisamos em primeiro lugar, estarmos unidos.
Acreditamos que apesar de jovens, as duas categorias profissionais já têm motivos para se orgulhar e se sentirem engrandecidas não só pelos avanços técnicos –
científicos, como também pelas relações sociais e parcerias estabelecidas com profissionais de outras áreas da saúde.
Desses avanços, os quais o Conselho Federal e os Regionais têm total responsabilidade, não são beneficiários apenas os profissionais, mas, principalmente, os usuários, nosso foco principal.
Aproveitamos para lembrar que o sucesso do nosso trabalho depende da participação ininterrupta e individual de cada profissional e para isso conclamamos a todos
que conheçam e colaborem no desenvolvimento de projetos que possam engrandecer
ainda mais as nossas profissões.
Gostaríamos de dizer que é extremamente gratificante contar com a participação
e apoio de muitos profissionais e é por esse voto de confiança a nós creditado que
vamos seguir: promovendo, abrindo caminhos e conquistando novos espaços.
Mais uma vez parabenizamos a todos e agradecemos pelo apoio, que sem dúvida
é o combustível que utilizamos para continuar trabalhando em prol do fortalecimento
e do cumprimento de nossa responsabilidade profissional e social.
DEP
ART
AMENTO DE FISCALIZAÇÃO
DEPART
ARTAMENTO
Dra. Maria Flávia Amâncio Campos
CREFITO-8608-F (CE)
Dr. Flávio Feitosa Pessoa de Carvalho
CREFITO-3840-F (CE)
Dra. Maria Aparecida da Silva Braga
CREFITO-4505-TO (CE)
COMISSÃO DE TOMADA DE CONT
AS (CT
C)
CONTAS
(CTC)
Dra. Maria Flávia Amâncio Campos
CREFITO-8608-F (CE)
Dr.José Balbino da Silva
CREFITO-3439-F (CE)
Dra. Maria Aparecida da Silva Braga
CREFITO-4505-TO (CE)
-4-
Dra. Bernadete Alencar Gadelha
Presidente do Crefito-6.
Crefito-6 - Outubro de 2004
Sumário
As fotos que ilustram a capa e o sumário foram produzidas no Centro de
Equoterapia Paraíso em Fortaleza-Ceará
Marúsia
Saraiva
Capa: Piauí lança
projeto de
Equoterapia
Foto:
06
Entrevista .................................................................................. 0 7
Dr. Aderson Luz e a Equoterapia no Piauí.
NAMI e Crianças especiais ................................................. 1 0
Crianças especiais recebem apoio do NAMI.
Ponto de vista .......................................................................... 1 2
O Essencial que é invisível aos olhos
Terapia na Água ...................................................................... 1 4
Conheça mais esse novo método da Terapia
Educação .................................................................................. 1 6
Grades curriculares sofrem modificação.
Saúde ......................................................................................... 1 7
Terapia Ocupacional ajuda a recuperar a memória
08
Ato médico: Campanha mobiliza
profissionais de saúde
14
NOT
A DE
NOTA
ESCLARECIMENTO:
Ao contrário do que foi dito na matéria “Adolescentes carentes contam com o apoio do Nami”
Nami”, da Revista ano 2, número 1, julho de 2004, do
Crefito-6, o Núcleo de Atenção Médica
Integrada (NAMI), da Universidade de
Fortaleza (UNIFOR), não foi criado em
1991 pela Terapeuta Ocupacional Marta
Sampaio. O Núcleo existe desde 1973.
A Dra. Marta Sampaio foi a responsável pelo desenvolvimento do Projeto de
Atenção e Assistência à Comunidade
(PAAC), que atende adolescentes da comunidade do Dendê. O projeto foi criado
em 1991 e hoje tem à frente a Terapeuta
Ocupacional, Rosana Campos.
Terapia Ocupacional Aquática:
conceitos e prerrogativas
Revista Crefito-6 - Julho de 2004
Produção Gráfico/Editorial:
WMcomunicação Jornalista Responsável
Responsável:
Wilmar Machado - MTB - 1037 CE
Rua Beni de Carvalho, 139/A
Dionísio Torres - Fortaleza - Ceará
Fone / Fax: (85) 3248.8184 / 3248.8185
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w.wmcomunicacao
Crefito-6 - Outubro de 2004
-5-
Entrevista
Piauí lança projeto
de Equoterapia
A
equoterapia tem sido utilizada como forma de recuperação de pacientes portadores
de deficiências ou necessidades especiais desde 400
A.C pelos gregos. A partir do
final da década de 60, a Associação Americana de Hipoterapia para Deficientes
(NARHA) vem divulgando o método nos
Estados Unidos e na Europa.
No Brasil, essa forma de terapia passou a ganhar impulso a partir dos anos
70 com a criação da ANDE-Brasil (Associação Nacional de Equoterapia). Atra-
ciência – CEID sob a coordenação da
primeira dama do Estado, Rejane Dias.
Em parceria com a Polícia Militar daquele Estado que cedeu os animais e uma
equipe de apoio (ver box), o projeto com
fins filantrópicos vem conseguindo realizar um trabalho de inclusão social em
pessoas que antes não teriam condições
de se submeter a um tratamento adequado. A Revista do Crefito-6 entrevistou o Fisioterapeuta Aderson Luz, que
gerencia o Centro Piauiense.
“No Brasil, esta forma de
terapia passou a ganhar
impulso a partir dos anos
70 com a criação da
ANDE-Brasil “
Aderson Luz - Os resultados são
animadores. Podemos notar a evolução
a cada atendimento, bem como a satisfação dos familiares que acompanham
o tratamento. A evolução é surpreendente. E o mais importante o atendimento é
realizado gratuitamente.
vés da entidade foram-se desenvolvendo vários centros de equoterapia em diversos estados brasileiros. O método foi
reconhecido como terapêutico em 1997
pela Sociedade Brasileira de Medicina
Física e Reabilitacional e pelo Conselho
Federal de Medicina.
Na Região Nordeste, a equoterapia
vem ganhando espaço na mesma medida que o resto do Brasil. Estados como
Ceará, Bahia, Pernambuco e, mais recentemente o Piauí, já contam com centros de referência. Em Teresina, o projeto criado em maio deste ano é encabeçado pela Coordenadoria Estadual para
a Inclusão da Pessoa Portadora de Defi-
CREFITO-6 - Quais têm sido os resultados iniciais desse projeto no Piauí?
CREFITO-6 - A equoterapia ainda é um
método que está sendo avaliado pelos pesquisadores. Quais têm sido as conclusões
do trabalho realizado pela sua equipe?
Aderson Luz - Como exemplo, podemos citar o caso de um paciente autista,
sexo masculino, 12 anos que utilizava anticonvulsivantes em altas doses, não
interagia com o meio e tinha
hiperatividade. Após dois meses ele já
apresentava melhora da socialização e
afetividade, bem como as doses do medicamento tinham sido reduzidas. Mas a
evolução não parou aí. Depois de seis meses o paciente já se encontrava no nível
pré-esportivo (o praticante já domina o cavalo sem auxílio do guia e do terapeuta) e
não apresenta mais crises convulsivas
apesar da retirada dos medicamentos.
CREFITO-6 - Alguns terapeutas
ocupacionais têm utilizado a equoterapia
como alternativa no tratamento de indivíduos que apresentam um quadro de ansiedade. Este trabalho é realizado por
vocês e quais são os resultados obtidos?
Dr
Dr.. Aderson Luz
Luz,
-6-
Aderson Luz - Apesar de não contarmos ainda com Terapeutas Ocupacionais
temos registrados vários resultados positivos, principalmente nos casos de insônia,
em que nossos praticantes fazem questão
de citar que antes não dormiam e que depois da Equoterapia, são outros.
CREFITO-6 – O mesmo vem sendo
desenvolvido por fisioterapeutas em
pacientes Hemiplégicos Espáticos com
bons resultados. Essa experiência já foi
comprovada por sua equipe?
Aderson Luz - Sim. Os praticantes
conseguem relaxar facilmente e vêm respondendo eficazmente nas atividades
com pinturas e especificas da equitação.
CREFITO-6 – A equoterapia tem
mostrado eficácia no tratamento de crianças com paralisia cerebral no ganho
das funções motoras grossa?
Aderson Luz - O resultado aparece
já no primeiro atendimento, quando o
paciente inicia a interação com o animal
devido ao movimento tridimensional produzido pela marcha do cavalo que estimula o tônus muscular e a dissociação da
cintura pélvica e escapular.
Crefito-6 - Outubro de 2004
Rede Estadual de
Reabilitação
CREFITO-6 - O tratamento é indicado apenas para os casos de PC ou
outras anomalias musculares?
Aderson Luz - Não, a equoterapia
tem indicações das mais variadas patologias. Tais como: seqüela de AVC,
Síndrome de Down, autismo, distrofia
muscular progressiva, etc.
CREFITO-6 - Qual é o tempo resposta
de um paciente submetido a equoterapia?
Aderson Luz - Os resultados dependem da individualidade biológica de
cada praticante. Porém temos obtido
resultados a partir dois meses.
CREFITO-6 - Pelo que se observa nos
trabalhos realizados por todo Brasil, a maioria dos pacientes que se utilizam dessa
forma de terapia são crianças ou jovens. O
método não contempla os adultos?
Aderson Luz - Esta é uma terapia
indicada para crianças a partir de três
anos e adultos da terceira idade, conforme orientação da ANDE-BRASIL.
Crefito-6 - Outubro de 2004
CREFITO-6 - A equoterapia vem sendo utilizada como forma terapêutica
desde a época dos gregos. Nos Estados
Unidos, os estudos datam da década
de 50. No Brasil existe a Ande desde os
anos 70. Por que só agora é que estão
sendo criados centros destinados a esta
forma de terapia?
Aderson Luz - A diferença de espaço
é causada pelo custo e interesses dos
governantes. O custo de manutenção do
Núcleo é altíssimo, por isso unimos a Cavalaria da Polícia Militar que conta com os
animais, bem como o efetivo que auxilia
no tratamento (educadores físicos,
equitadores, tratadores). O núcleo de
Equoterapia foi inaugurado em maio de
2004 numa parceria da CEID
(Coordenadoria Estadual para a Inclusão
da Pessoa Portadora de Deficiência) e o
Banco do Nordeste do Brasil que auxiliou
com recursos para equipar o centro.
Serviço em Fortaleza
Fortaleza:
Centro de Equoterapia Paraíso - Rua Jornalista Tomás Coelho, 715, Messejana.
Fone: (85) 3229 0870
Segundo o Censo 2000, realizado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), hoje o Brasil tem 24,5
milhões de pessoas portadoras de algum
tipo de deficiência. Desse total, 6,5 milhões possuem deficiência física ou
motora, como amputações, lesões medulares e paralisia cerebral infantil, entre
outras. Dentre os inúmeros fatores causadores de deficiência física, destacamse os acidentes de trânsito e a violência
urbana, que atingem, sobretudo, jovens
e adultos em idade produtiva. O Piauí
não está tão distante dessa realidade,
sendo o segundo estado com maior número de portadores de deficiência da federação. 17,6% da população do estado
possui algum tipo de deficiência.
Os portadores de deficiência, em
geral, têm que se adaptar a um modo
de vida diferente da maioria das pessoas. O que muitos não sabem é que o
portador de deficiência, principalmente as pessoas com deficiência física, se
receberem um tratamento adequado,
podem ter a mesma capacidade que
uma pessoa normal. O trabalho fisioterápico, o acesso à escola, a inclusão na
sociedade e oportunidades de ingressar no mercado de trabalho são os pontos chaves para que isso aconteça.
A Coordenadoria Estadual para a
Inclusão da Pessoa Portadora de Deficiência – CEID, que é coordenada pela
primeira–dama do estado do Piauí,
Rejane Dias, foi criada exatamente com
esse intuito: articular políticas públicas
que possibilitem a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade de um
modo geral. Dentro do quadro de funcionários, a CEID possui um fisioterapeuta que atua na área de gerenciamento
de projetos.
A CEID é um órgão pioneiro e vem
dando oportunidades para profissionais
na área de fisioterapia. Em parceria com a
Polícia Militar do Piauí, a CEID realizou a
reforma do Centro de Equoterapia,
reinaugurado em maio deste ano, que foi
uma grande conquista, pois ampliou o
atendimento do Centro, que antes da reforma, atendia cerca de 40 crianças. Nesse centro, que já está em pleno funcionamento, trabalham dois fisioterapeutas.
O núcleo de Equoterapia é somente um dos projetos desenvolvidos pala
CEID no Estado do Piauí e que faz parte
de um projeto mais amplo chamado
REDE ESTADUAL DE REABILITAÇÃO.
-7-
Especial Crefito-6
“A idéia de unir forças vem respaldada
pelo fato de que assim é possível
estabelecer estratégias de marketing
para que se evite atitudes isoladas e
desarticuladas.”
Campanha contra o A
to
Ato
Médico mobiliza
pr
ofissionais de saúde
profissionais
A
campanha contra o Ato
Médico tem conseguido
mobilizar cada vez mais as
categorias profissionais
que provavelmente serão
prejudicadas se o Projeto
de Lei for aprovado pelo Congresso Nacional. No último dia 15 de setembro,
uma grande mobilização tomou conta
das capitais brasileiras com a participação de centenas de profissionais que levantaram as suas vozes contra o projeto
de lei.
O Conselho Federal de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional (COFFITO) junta-
-8-
em Brasília. A entidade engloba representantes de todos os órgãos, entidades
associativas, sindicais e acadêmicas e
tem como objetivo suscitar discussões e
elaborar estratégias coletivas em nível nacional para fisioterapeutas e terapeutas
ocupacionais.
No dia 17 em audiência com a Dra.
Maria Luiza Jaeger, Secretária de Gestão
do Trabalho e da Educação na Saúde
(SGTES) do Ministério da Saúde, os representantes dos 12 Conselhos Federais da
área de Saúde envolvidos na mobilização
contra o projeto de lei 025/2002 obtiveram
o comprometimento da Secretária de que
solicitará formalmente a votação do projeto na Comissão de Assuntos Sociais somente após a realização do “Seminário Internacional Profissões de Saúde, Trabalho em Equipe – Limites e Possibilidades”,
incluído no bojo da moção de repúdio ao
PLS 025/2002 aprovada na 12ª. Conferência Nacional de Saúde realizada em dezembro de 2003, em Brasília (DF). De acordo com a Dra. Maria Luiza Jaeger o seminário será realizado em novembro.
Os profissionais que quiserem acompanhar com mais detalhes os encaminhamentos da luta contra o PLS 025/2002
podem fazê-lo através de um site
institucional “linkado’’ aos sites
institucionais dos Conselhos Federais e
Regionais da categoria.
mente com os conselhos regionais têm tomado deliberações contra a proposta que
pode tirar de seus profissionais as suas atribuições legais. A idéia de unir forças
vem respaldada pelo fato de
que assim é possível estabelecer estratégias de marketing
para que se evite atitudes isoladas e desarticuladas.
Assim o COFFITO criou
o Comitê Interdisciplinar Científico, Acadêmico e do Trabalho (CICAT), em sua sede
Crefito-6 - Outubro de 2004
CREFFITO-6 participa de reunião em Brasília
N
os dias 16 e 17
de agosto de
2004 aconteceu
em Brasília o Seminário Nacional sobre o
Aprender SUS e as Graduações na Saúde. Este encontro marcou um momento histórico da saúde coletiva, pois
reuniu pela primeira vez os Ministérios da Saúde e da Educação, representantes das rei-
torias das universidades, associações de ensino, as entidades estudantis, docentes e estudantes das várias profissões
da saúde. O evento contou ainda com a participação de movimentos sociais, trabalhadores,
e gestores federais, estaduais
e municipais do SUS.
O objetivo da reunião foi
de “mobilizar os atores de
gestão do SUS, da educação
superior e do controle social
Crefito-6 - Outubro de 2004
em saúde para pensar e propor compromissos entre os
setores da saúde e da educação na construção da Atenção Integral na Saúde Individual e Coletiva”.
Para tanto foram realizados trabalhos em grupos,
onde se pôde discutir, refletir
e se apropriar dos conceitos
e dos processos e promover a
articulação da integralidade
da atenção à saúde. Tudo isto
permeado pela “ampliação e o
desenvolvimento na dimensão
cuidadora no trabalho dos profissionais para que se tornem
mais responsáveis pelos resultados das suas práticas de
atenção”. Nesta perspectiva, a
integralidade propõe práticas
inovadoras por ser entendida
como um amplo conceito, uma
ação social que resulta da
interação democrática entre
os atores envolvidos na prática do cuidado da saúde, em
diferentes níveis do sistema,
conforme o LAPPIS (Laboratório de Pesquisa de Práticas de
Integralidade em Saúde).
Representando o estado
do Ceará, fizeram-se presentes membros da diretoria do
CREFITO-6 (Dra. Maria
Hercília Dias da Paz e Dra.
Milena Sampaio Magalhães)
e coordenadores dos cursos
de Fisioterapia das Universidades da cidade de Fortaleza-Ceará (Dra. Eluciene Maria Santos Carvalho – UNIFOR
e Dr. Emílio Carlos Barbosa
Praxedes – CHRISTUS).
-9-
Infantil
Crianças com paralisia
cerebral recebem
apoio do NAMI
“O F
isioterapeuta atua junto com o F
onoaudiólogo, objetivando a
Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo,
maximização dos efeitos da TBA, a conscientização da família
quanto aos padrões posturais corretos, assiduidade e
pontualidade no tratamento.” “
As crianças com
espasticidade devem
inicialmente procurar o
HIAS para uma avaliação
neurológica ou ortopédica,
onde serão indicadas ao
uso ou não da toxina.
-10-
Crefito-6 - Outubro de 2004
O
projeto de aplicação da
Toxina Botulínica Tipo A
(TBA) foi criado em março de 2001. O trabalho foi
ampliado com a inauguração do ambulatório de
espasticidade do Núcleo de Assistência Médica Integrada (NAMI) da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), em fevereiro de 2004, sendo coordenado pela
neuropediatra Gilma Holanda, pela Fisioterapeuta Maria Isabel Neves e pela
Fonoaudióloga Mônica de Almeida
Dumont.
O projeto desenvolvido com exclusividade para crianças com paralisia
cerebral espática é um complemento do
tratamento oferecido pelo Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), onde é feita
apenas a aplicação do BOTOX. O TBA é um
programa de reabilitação interdisciplinar,
envolvendo equipe, paciente e família, sendo fonte de pesquisa para toda a comunidade cientifica.
A atuação do Fisioterapeuta no tratamento é muito importante. O profissional acompanha a criança desde a eleição da musculatura, onde a toxina vai
ser infiltrada até a reabilitação motora
“O projeto desenvolvido
com exclusividade para
crianças com paralisia
cerebral espática é um
complemento do
tratamento oferecido pelo
Hospital Infantil Albert
Sabin (HIAS), onde é feita
apenas a aplicação do
BOTOX.”
traçada para cada criança. O diagnóstico
é feito clinicamente através da movimentação espontânea da criança, palpação,
ativação passiva e ativa, definindo-se onde
existe maior tensão muscular.
O Fisioterapeuta atua junto com o
fonoaudiólogo,
objetivando
a
maximização dos efeitos da TBA, a
conscientização da família quanto aos
padrões posturais corretos, assiduidade e pontualidade no tratamento. “É uma
troca de saberes das diversas áreas em
beneficio do paciente”, afirma a Fisioterapeuta Maria Isabel Neves.
Para a Fisioterapeuta, os resultados
colhidos
no
ambulatório
de
espasticidade do NAMI mostram
melhoria das habilidades motoras, aumento da amplitude articular, prevenção de deformidades e contraturas, evitando assim, cirurgias ortopédicas, aliviando dores e melhora da percepção.
A criança assistida pelo projeto
pode perceber os resultados entre 24 e
72 horas, com melhora entre sete e 10
dias após a aplicação. A duração do efeito varia entre dois e seis meses, devendo ser reaplicada a cada seis meses.
O QUE É A TO
XINA E COMO FUNCIONA NO TR
ATAMENTO INF
ANTIL
TOXINA
TRA
INFANTIL
A toxina botulínica, conhecida como
botox, é um complexo de neurotoxina
purificada, de origem biológica, produzida pela bactéria Clostridium
botulinum. A toxina tem como principio
ativo um polipeptídio de duas cadeias,
uma pesada e uma leve, que são ligadas por uma ponte de dissulfito, que
atua seletivamente nos terminais nervosos colinérgicos, bloqueando a liberação de acetilcolina (Acth), mediador
da transmissão dos impulsos elétricos
do cérebro, ou seja, o neurotransmissor
que desencadeia o movimento e a contração muscular, em nível pré-sináptico,
provocando a paralisia muscular local
temporária.
A toxina funciona em crianças com
paralisia cerebral espástica quando é
aplicada em três etapas. Injetada, a toxina se liga ao terminal da placa motora,
nas terminações nervosas periféricas
colinérgicas (através do terminal C da
cadeia pesada), depois ocorre a
internalização, endocitose (através de
terminal N da cadeia pesada).
Crefito-6 - Outubro de 2004
Tratamento: As crianças com
espasticidade devem inicialmente procurar o HIAS para uma avaliação neurológica ou ortopédica, onde serão
indicadas ao uso ou não da toxina. As
crianças são orientadas posteriormente para a aquisição do CPF, exigido pelo
Ministério da Saúde, pois é uma medicação de alto custo. Logo após, as crianças entram em
uma lista de espera
para a avaliação
neuromuscular. A
análise é feita
pelo fisioterapeuta e em seguida a
infiltração. Depois, o paciente é encaminhado à reabilitação, condição
necessária para a continuação da criança no projeto da aplicação no HIAS,
visto que a TBA sem reaplicação não
produz efeito desejado.
O Ambulatório de Espasticidade no
NAMI funciona de segunda à sexta, das
7 horas às 11 horas.
-11-
Ponto de Vista
O Essencial que é Invisível aos Olhos
P
retendo nesse artigo convidar o leitor a fazer uma
reflexão sobre a missão do
profissional da área da
saúde, em especial do Fisioterapeuta e Terapeuta
Ocupacional. Isto de uma
forma que juntos possamos repensar a
relação de ajuda em que estão envolvidos, em sua prática com seus clientes,
sob a ótica da Psicomotricidade
Relacional. Este método que está sendo requisitado como uma ferramenta de
trabalho marcando um diferencial significativo em seu modo de abordar as
relações e o desenvolvimento humano.
Existe nos atendimentos clínicos ou
ambulatoriais uma parte visível e concreta a ser cuidada pelo fisioterapeuta ou
terapeuta ocupacional que se apresenta
através de um corpo orgânico, anatômico,
fisiológico, biomecânico, que podemos
facilmente perceber. Porém, sob a ótica
relacional, acreditamos ser preciso reconhecer que o ser humano não se reduz a
um corpo a ser “consertado” ou de uma
mente a ser desenvolvida.
Cada vez mais neste novo milênio
se faz urgente e necessário que lancemos um olhar além do sintoma para compreendermos o essencial que muitas
vezes é invisível aos olhos. Neste sentido, dizemos em Psicomotrocidade
Relacional que é preciso aprender a escutar aquilo que não é dito, levando em
consideração que o sofrimento do corpo nos fala freqüentemente de um outro tipo de sofrimento que não encontra
outra forma de expressão que não seja
através de enfermidade corporal. Às vezes é preciso adoecer o corpo para pedir
um pouco de cuidado, aquele cuidado
que muitas vezes nos negamos a receber e muito mais a pedir.
Entretanto, para o profissional
engajado neste tipo de relação de ajuda,
além de ser capaz de fazer este tipo de
escuta, é preciso responder também corporalmente, através de uma atitude de
empatia corporal, sem a necessidade da
utilização de palavras muitas vezes vazias de significados verdadeiros.
A comunicação corporal é uma
comunicação carregada de valores e
componentes emocionais, o gesto, o
olhar, o tônus muscular falam de nossos sentimentos, de nossos medos, desejos e conflitos, isto é, da expressão do
-12-
imaginário consciente e inconsciente.
Consideramos que a gestualidade não
é a simples reação nervosa a estímulos,
e sim a resposta de um corpo ao mundo, ou seja, é a representação de vida
em si mesma.
Nossa própria prática profissional
como psicomotricista relacional nos
mostra reiteradamente que a atitude
morfológica é apenas o espelho que reflete a expressão da atitude psíquica
diante da vida.
André Lapierre, criador da
Psicomotricidade Relacional, em sua
trajetória de descobertas deste método
nos fala: Flexibilização articular, desenvolvendo seletivo de certos feixes mus-
“Cada vez mais neste
novo milênio se faz
urgente e necessário
que lancemos um
olhar além do sintoma
para compreendermos
o essencial que muitas
vezes é invisível aos
olhos.”
culares são apenas paliativos cuja influência sobre a morfoestatística é provisória e aleatória. A suavização ou reeducação da atitude habitual não é condicionada pela força muscular, e sim
pelo tônus da postura, o qual encontrase relacionado com o tônus psicoafetivo,
regulado pelos centros subcorticais, no
nível inconsciente (Lapierre, 2002).
Quantas vezes percebemos que
dores corporais (lombalgias, dorsalgias,
etc.) às vezes crônicas, são reflexos de
sintomas funcionais, psicossomáticos,
ou seja, de somatizações decorrentes de
situações mal vividas em nível pessoal,
sócio-familiar ou profissional.
Nesse sentido podemos escolher
entre nos apaixonar e ser capaz de conviver com a possibilidade de relações de
ajudas autênticas no dia-a-dia com nossos clientes, ou estabelecer uma relação
vazia de afeto, de investimentos positivos, e apenas repetir modelos estereotipados de ações e comportamentos baseados numa visão organicista e
mecanicista, se conformando em apenas
seguir modelos médicos estatísticos.
Acredito pessoalmente que não
está aí a essência de nossa missão enquanto profissional que pretende promover a saúde e o bem-estar daqueles
que buscam os nossos serviços.
Acredito ainda na necessidade
cada vez maior de construirmos com o
cliente, seja ele criança, adolescente,
adulto ou idoso, um espaço relacional
vivenciado, onde os elementos afetivos
e emocionais tornem-se indispensáveis
para a aquisição adequada de um bemestar realmente integrado.
É preciso ainda ressaltar uma outra fase do problema que na imensa
maioria das vezes permanece oculta, que
diz respeito ao bem-estar daquele que
se dispõe a cuidar. Quantas vezes nos
perguntamos ou mesmo dedicamos um
tempo para percebermos nossas dores,
carências e necessidades, quantas vezes assumirmos com coragem o nosso
direito de pedir para sermos cuidados?
Relação é para nós algo muito
mais amplo, muito mais ambicioso. Faz
referência direta com o outro, com aquilo que comunicamos e que nos é comunicado, principalmente daquilo que não
é dito através de palavras, da linguagem
verbal, mas sim, dos dizeres corporais.
Constatamos em nossa prática que estas relações acontecem sempre em via
de mão dupla, nosso corpo comunica
ao corpo do outro ao mesmo tempo em
que recebe suas mensagens. Desta forma não podemos nos eximir de nossas
dores físicas ou emocionais nas relações que estabelecemos com nossos
clientes, se fazendo necessário não somente aceitarmos este fato, mas acima
de tudo investirmos na busca do próprio bem-estar.
Maria Isabel Bellaguarda Batista é
Psicóloga Clínica (CRP 11-0176) pela
Universidade Federal do Ceará
Crefito-6 - Outubro de 2004
Polêmica
Acessibilidade e
Cidadania
A
questão da acessibilidade para
os portadores de
deficiência física
é um problema
de ordem complexa porque
está também relacionado ao
resgate de cidadania destas
pessoas.
O direito de ir e vir está
assegurado legalmente aos
portadores de deficiência, mas
nem sempre a lei é legitimada.
Sabemos das enormes dificuldades encontradas por pessoas que precisando fazer uso de
cadeira-de-rodas, não conseguem ter acesso a locais públicos e/ou serem independentes
Independente do grau de
limitações ou dificuldades que
o portador de deficiência manifeste, há necessidade de lhe
conferir as mesmas oportunidades de independência e acessibilidade, já que estes são objetivos imprescindíveis para a
aquisição do auto-conceito e do
fortalecimento da identidade
desses indivíduos.
Fala-se atualmente na necessidade de um desenho universal que propicie maior conforto e independência a essas
pessoas em locais públicos, sejam ruas, praças, cinemas, teatros, lojas, etc. Isto não é uma
questão de competência somente de engenheiros ou ar-
O direito de ir e vir está assegurado
legalmente aos portadores de deficiência,
mas nem sempre a lei é legitimada.
nas mais básicas atividades de
vida diária, como pegar um ônibus, utilizar um banheiro público, atravessar uma via urbana ou fazer compras em um
shopping center, simplesmente, porque não existe uma infraestrutura arquitetônica adequada às necessidades destes
indivíduos.
Em países desenvolvidos
da Europa ou mesmo da América do Norte, como por exemplo, Estados Unidos e Canadá,
é comum encontrarmos indivíduos com considerável comprometimento motor e outros
déficits funcionais usufruindo
normalmente de seus direitos
de cidadania, inseridos na sociedade, respeitados e beneficiando-se de recursos
tecnológicos e de acessibilidade que favorecem sua independência pessoal e social.
No Brasil, a deficiência de
uma forma geral, reflete ainda
a maturidade humana e cultural na qual estamos inseridos.
Há implicitamente negação, rejeição e discriminação, restando aos portadores de deficiências julgamentos e critérios de
rendimento e produtividade,
que quase sempre carregam
marcas de exclusão e
estigmatização.
quitetos, mas de todos os envolvidos com o direito à cidadania e, deve fazer parte dos planos e deveres políticos, tornando-se compromisso de toda a
sociedade.
Arquitetos e planejadores
dos espaços urbanos, bem
como profissionais da área de
saúde envolvidos com a questão da reabilitação, entre outros, terapeutas ocupacionais
e fisioterapeutas, devem também se preocupar com as
questões de ordem social e ter
maior participação nas questões da coletividade.
A discussão da problemática em diversos contextos sociais, como escolas, universidades,
instituições de assistência à saúde, associações comunitárias e
meios de comunicação de massa ajudam na conscientização da
problemática e promove alternativas de soluções.
A exigência legal dos direitos de cidadania é um compromisso ético-político, do qual temos por obrigação participar,
pois mais importante do que o
conhecimento técnico é a
conscientização de sermos cidadãos e, podermos favorecer
melhor qualidade de vida a pessoas já tão estigmatizadas e sofridas em nossa sociedade.
Crefito-6 - Outubro de 2004
-13-
Terapia Ocupacional
Aquática: Conceitos
e Prerrogativas
“Reabilitação aquática
é um novo nome para
um método de
tratamento que possui
raízes antigas”
I
niciando a abordagem histórica pelas
civilizações antigas, pode-se apreciar a
importância que foi dada ao elemento
água por seu caráter sagrado, dádiva de
deuses, bem divino do qual obtinha-se
a vida.
Os registros históricos são inúmeros
e desde 500 a. C. se observa na civilização
grega a utilização da água não de forma
mística, mas de uma maneira mais lógica
voltada ao tratamento de algumas enfermidades, tendo Hipócrates como um grande expoente desse tipo de prática.
Reabilitação aquática é um novo
nome para um método de tratamento
que possui raízes antigas. Durante séculos, os praticantes dos cuidados com
a saúde utilizaram vários termos para
definir os benefícios terapêuticos e de
reabilitação conferidos à água. (DE
VIERVILLE, pg. 1, 2000)
Estes nomes foram os mais diversos, dentre eles: hidroterapia, hidrologia,
hidrática, hidroginástica, terapia pela
água, terapêutica pela água, entre outros. Entretanto, independente da nomenclatura ou da classe profissional à
que estivesse inserido o sujeito, havia
algo em comum entre eles, que era a
constatação unânime dos benefícios
que a água oferece a quem a utiliza.
Os gregos, porém, não são pioneiros em usar este recurso com fins
terapêuticos, cabendo destaque para a
Mesopotâmia, o Egito, a Índia e a China,
reforçando a abrangência da água tanto em sua ação como em sua utilização
por povos, culturas e profissionais diferentes.
Em se falando de abrangência, é
importante atentar para uma profissão
-14-
que tem tal atributo como uma das características principais de sua teoria e
prática: a Terapia Ocupacional.
A definição proposta pela AOTA –
American Ocupacional Therapy
Association posiciona a Terapia
Ocupacional “como todo tipo de trabalho ou de recreação tanto física como
mental, prescrita e guiada com objetivos
de contribuir e apressar a recuperação
de indivíduos acometidos por uma doença. Consiste em ocupação selecionada e
prescrita para cada paciente em particular de acordo com suas necessidades”.
Para a WFOT – World Federation of
Occupacional Therapists, “a Terapia
Ocupacional é uma profissão da área
da saúde baseada em conhecimentos,
os quais propõem atividades que possam promover a saúde e o bem estar em
todos os aspectos da vida diária. As fi-
permite a utilização de um grande número
de técnicas e recursos, não só por estar presente nos diversos setores da atividade humana, mas por possuir no cerne de sua construção teórica a união de conhecimentos de
várias áreas. Talvez aqui resida a mais importante justificativa do trabalho do
terapeuta ocupacional em meio aquático.
Terapia Ocupacional
Aquática
A Terapia Ocupacional, por sua
abrangência, pode e deve utilizar-se do
recurso água, mesmo dentro de uma visão ocupacional, pois há um componente inerente ao recurso que se apresenta
coletivamente, independente do nível intelectual ou social do indivíduo que é a
felicidade e o bem-estar em manter-se na
água, e estes dois itens, além de não pertencerem à categoria profissional A ou B,
são fundamentais para o ser humano transitar em seu mundo social desempenhando sua gama de ações ocupacionais.
Nesse sentido, um grupo de profissionais terapeutas ocupacionais de Fortaleza com atuações diferenciadas em meio
aquático resolveu unir-se em torno de
questionamentos inerentes aos aspectos
teóricos, práticos e políticos da intervenção do Terapeuta Ocupacional na água.
O primeiro encontro se deu há aproximadamente três anos. Desde então, iniciou-se uma longa jornada, baseada em
“A vasta atuação da Terapia Ocupacional permite a utilização de um
grande número de técnicas e recursos, não só por estar presente nos
diversos setores da atividade humana, mas por possuir no cerne de sua
construção teórica a união de conhecimentos de várias áreas.”
nalidades são a promoção, desenvolvimento, restabelecimento e manutenção
de habilidades necessárias compatíveis
com atividades diárias prevenindo
disfunções. Os programas são designados para facilitar o uso máximo de funções, conhecendo as demandas de trabalho do indivíduo no ambiente social,
pessoal e doméstico. [...] O Terapeuta
Ocupacional recebe educação nas ciências social, psicológica, biológica e médica, perícia profissional e métodos”.
Segundo a Associação Canadense
de Terapia Ocupacional, o termo ocupação se refere a qualquer atividade ou
tarefa necessária para o cuidado pessoal (comer, vestir-se, alimentar-se), produtividade (escola, trabalho, atividades
domésticas), ou tempo livre (lazer, atividades de recreação). A ocupação é considerada como essencial à saúde.
A vasta atuação da Terapia Ocupacional
aspectos legais, que possibilitassem a regulamentação desse recurso por parte do
terapeuta ocupacional.
O passo seguinte, naturalmente constituído, foi procurar o Conselho Regional
de Fisioterapia Ocupacional (CREFITO-6)
para exposição da problemática e busca
conjunta de soluções rumo à regulamentação da utilização do recurso água pelo
terapeuta ocupacional.
O grupo baseou-se no decreto lei 938,
de 13 de outubro de 1969, em seu art. 4°
que afirma que “é atividade privativa do
terapeuta ocupacional executar métodos
e técnicas terapêuticas e recreacionais com
a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade mental do paciente”.
Na resolução n° 8, de 20 de fevereiro
de 1978, a qual aprova as normas para a
habilitação ao exercício das profissões de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional e dá
outras providências, em seu art. 4°, diz:
Crefito-6 - Outubro de 2004
DEFIS EM AÇÃO
Aluno em uma sessão aquática
“constituem atos privativos do terapeuta
ocupacional prescrever, ministrar e supervisionar Terapia Ocupacional, objetivando
preservar, manter, desenvolver ou restaurar a capacidade funcional do cliente a
fim de habilitá-lo ao melhor desempenho
físico e mental possível: no lar, na escola,
no trabalho e na comunidade”, através de:
VII – determinação:
a - do objetivo da terapia e da programação para atingi-lo e da técnica a ser
utilizada.
Analisando individualmente o decreto lei, observa-se o componente
recreacional inserido entre métodos e técnicas próprias do terapeuta ocupacional.
Nesse sentido, tem-se na água um aspecto que lhe é característico que é justamente o aspecto recreacional, o que o grupo, no decorrer das discussões entendeu
como um fator preponderante para a atuação do terapeuta ocupacional na água.
Além do decreto lei, a resolução é clara
no sentido de garantir liberdade ao
terapeuta ocupacional quanto à escolha
da técnica e, dentre elas, a intervenção
aquática.
Essa intervenção visa trabalhar não
somente aspectos físicos, mas principalmente aspectos mentais. Entretanto a lei
também é clara quando na resolução CNE/
CES n° 6, de 19 de fevereiro de 2002, que
Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do
Curso de Graduação em Terapia
Ocupacional, em seu art 5°, & XVII, afirma:
“que o terapeuta ocupacional tem que conhecer as bases conceituais das terapias
pelo movimento: neuro-evolutivas, neuro-fisiológicas e biomecânicas, psicocorporais,
cinesioterápicas, entre outras. Tais diretrizes garantem à formação do terapeuta
ocupacional, sendo necessárias para a utilização de competências e habilidades específicas, realizadas fora ou dentro da água.
Crefito-6 - Outubro de 2004
Com essa discussão, objetiva-se contribuir não só para o enriquecimento profissional da categoria, como também fortalecer os laços entre as profissões de Terapia Ocupacional e Fisioterapia, por serem áreas afins e apresentarem atuações
distintas em meio aquático, almejandose acima de tudo o ganho de cada cidadão que busque os benefícios da água e
não se restringindo apenas a visões
mercadológicas que servem somente para
distanciar os profissionais e desacelerar
a produção e o conhecimento científico.
É essencial perceber, assim, como
prega o novo colegiado do COFFITO, que
não se pode fazer nada sozinho. Dessa
forma é imprescindível o aporte nessa
“nova” idéia, não só do CREFITO-6, mas
também de toda a categoria, garantindo
um futuro promissor não apenas para a
profissão, mas também para uma técnica
em franca expansão: a terapia aquática.
Gostaríamos de ressaltar mais uma
vez que não deixamos de acreditar na importância do profissional de terapia
ocupacional na sociedade e apostar na
grandeza de proposta do colegiado eleito.
“Que os nossos esforços desafiem
as impossibilidades. Lembrai-vos de que
as grandes proezas da história foram conquistadas do que parecia impossível”.
(Charles Chaplin)
Antônio José de Vasconcelos Araújo
CREFITO - 4782
André Souza de Pontes
CREFITO - 5081
Irlês Paiva Matos Pimentel
CREFITO - 3133
Mônica Gadelha Sales
CREFITO - 3641
Heryka Sousa Sobrinho
CREFITO - 5506
Os Conselhos Federal e Regionais de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional surgiram
com a incumbência de fiscalizar o exercício
dessas profissões definidas no Decreto – Lei
nº 938, de 13 de outubro de 1969. Objetivando
implementar tal função foi criado o Departamento de Fiscalização (DEFIS) que tem como
atribuições sistematizar a programação e
custeio da fiscalização, o roteiro a ser cumprido pelos agentes fiscais, supervisioná-los
em sua atuação, avaliar, analisar e dar parecer no processo administrativo-fiscalizador.
No CREFITO-6, o DEFIS é composto por três
conselheiros efetivos e dois agentes fiscais,
que se reúnem semanalmente para discutir
procedimentos relativos ao ato fiscalizador,
ao processo administrativo-fiscalizador, seus
efeitos, aprimoramentos e questionamentos,
encaminhando à presidência os casos de irregularidades para que junto à assessoria jurídica sejam tomadas as providências cabíveis.
A partir desta edição, o DEFIS estará
proporcionando ao leitor um espaço para
esclarecimentos sobre as normas para o exercício profissional. Relembraremos as atividades do Responsável Técnico previsto na
Resolução COFFITO nº 139, de 28 de novembro de 1992.
O Responsável Técnico deve manter atualizado o registro do local onde trabalha, a
inscrição e adimplência dos profissionais que
estão sobre sua responsabilidade e cumprir
as normas do MEC e do COFFITO / CREFITO
referente aos estagiários. Deve garantir que
no horário de atendimento tenha profissional
Fisioterapeuta e / ou Terapeuta Ocupacional
suficiente para a demanda de pacientes de
acordo com a natureza da atenção a ser prestada, assim como garantir a clientela uma
prática assistencial de validade científica
comprovada, coerente com cada caso apresentado. Este profissional também responderá perante o CREFITO por ato de administração do agente empregador, que corroborar
ou não denunciar e que concorra, de qualquer forma, para lesão dos direitos da clientela, exercício ilegal das profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e o não acatamento às disposições da Resolução COFFITO
nº 139 e de outras resoluções do COFFITO e
normas dos CREFITOs.
A responsabilidade técnica só poderá
ser exercida por profissional fisioterapeuta e
terapia ocupacional em no máximo dois serviços de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional
respectivamente; sendo obrigatória a comunicação ao CREFITO, no prazo de quinze dias,
quando houver a substituição do cargo.
Disque denúncia:
3241 1456 - E-mail:
[email protected]
-15-
Educação
Cursos de F
isioterapia e
Fisioterapia
Terapia Ocupacional da
Unifor alteram suas
grades curricular
es
curriculares
D
iante do crescimento das demandas políticas e sociais no
Brasil, os cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional estão implementando mudanças em suas grades
curriculares. A implantação segue as diretrizes traçadas pelo Ministério da Educação
(MEC), Conselho Nacional de Educação
(CNE) e pelas Comissões de Especialistas
de cada um dos cursos.
Em linhas gerais, os novos currículos
vão permitir uma maior operacionalização
das disciplinas, tornando-as mais integradas. Isto será possível através da adoção
de metodologias de ensino que preconizem sempre a teoria a prática aliada à adequação dos alunos as novas necessidades do mercado de trabalho. E seguindo
estas novas diretrizes, os cursos devem preparar os estudantes no sentido de atuarem mais junto às comunidades, detectando e apresentando soluções para seus
problemas mais urgentes. As novas grades priorizam também uma maior
integração entre os demais profissionais
da área de saúde.Tendo em vista a necessidade permanente de adequação dos cursos de graduação à dinâmica das mudanças sócio-político-culturais que ocorrem no
contexto regional e nacional, e consideran-
-16-
do a aprovação das novas diretrizes
curriculares em 19 de fevereiro de 2002 preconizadas na Resolução CNE/CES 4, os
cursos de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da Universidade de Fortaleza
(UNIFOR), tiveram seus currículos
atualizados.
A reformulação foi implantada de forma a permitir a operacionalização das disciplinas, tornando-as mais integradas, a partir da utilização de metodologias de ensino
baseadas em situações-problema,
permeando sempre o eixo teoria e prática,
promovendo o aluno à condição de sujeito
de sua aprendizagem e tendo o professor
como agente facilitador do processo. Desta
forma, o aluno torna-se preparado para atuar cada vez mais comprometido com a saúde da comunidade visando à atenção global, à saúde e ao desenvolvimento de ações
integradas junto a outros profissionais.
O curso de Fisioterapia permanece
estruturado em nove semestres letivos, distribuídos em 250 créditos, dos quais 112
teóricos (44,8% do curso), 130 práticos (52%
do curso) e 3,2% destinados a créditos
optativos, oportunizando aos alunos a seleção de disciplinas optativas específicas
para a fisioterapia e outros cursos da
UNIFOR. Esta opção permite ao aluno uma
atuação interdisciplinar satisfatória, como
acontece com atividades integradas às do
curso de odontologia desta universidade.
As atividades são assim distribuídas:
carga horária prática laboratorial (16,8%);
carga horária prática assistida em campos de estágios (15,2%) e carga horária
prática supervisionada em campos de
estágios (20%), que dá um total de 52%
do currículo de atividades práticas.
O conhecimento ofertado abrange
as seguintes áreas: ciências biológicas
e da saúde, ciências sociais e humanas,
conhecimentos biotecnológicos e
fisioterapêuticos.
O novo currículo oferta ao aluno a
disciplina de Fisioterapia Baseada em
Evidências que o leva a realizar sua prática de forma reflexiva e crítica, buscando nos bancos de dados as evidências
científicas para sua tomada de decisão
terapêutica. A disciplina de Planejamento e Gestão em Serviços de Saúde o desperta para agir com liderança, disciplina e autonomia vislumbrando ações de
empreendedorismo na sua profissão.
Já na reformulação do curso de Terapia Ocupacional foi implementado um
novo fluxograma com a inclusão de disciplinas inovadoras, como Políticas de Saúde e Reabilitação, Gestão de Serviços de
Saúde e Introdução a Atividades e Recursos Terapêuticos. A grade contempla ainda disciplinas como Motricidade Humana, Desempenho Ocupacional, Tecnologia
Assistida, Saúde do Trabalhador,
Ergometria, entre outras.
A nova proposta curricular tem
como objetivo promover uma maior
integrabilidade e oferecer melhores condições de aprendizagem aos alunos.
Para tanto a metodologia é baseada em
situações-problema, onde o discente alia
a teoria à prática favorecendo uma aprendizagem contínua, crítica e reflexiva. Partindo deste princípio, o professor tornase então um ‘’facilitador ’’ de uma
metodologia mais avançada de ensino.
Portanto a proposta curricular
contextualiza, não só o aspecto social e educacional mas também o perfil
profissiográfico do curso de Terapia
Ocupacional. Ela avalia ainda as competências, habilidades e atitudes do graduando.
A estrutura proposta apresenta-se
atualmente distribuída em 8 semestres
subdivididos em duas áreas: específicas e afins. Com relação às áreas específicas o curso oferece 24 disciplinas relacionadas as Ciências da Terapia
Ocupacional. Já as áreas afins comportam dois eixos: Ciências Biológicas e da
Saúde com 6 disciplinas e as Ciências
Sociais e Humanas com 7 disciplinas.
Crefito-6 - Outubro de 2004
Saúde
Terapia Ocupacional ajuda
na recuperação da memória
Quem nunca esqueceu
um guarda-chuva ou o celular em algum lugar? Ou então
na hora de sair de casa para
um compromisso super importante não sabe onde colocou as chaves do carro? Problemas como esses são mui-
to comuns de acontecer nestes dias de correria e estresse
constante. Segundo os especialistas, as falhas na memória não atingem apenas as
pessoas mais velhas ou que
sofrem de problemas neurológicos como o Mal de
Alzheimer, mas também os
jovens que, por conta do
estresse, são cada vez mais
vítimas de esquecimentos
momentâneos.
A terapeuta ocupacional
Cíntia Pontin Mello vem realizando um interessante trabalhado junto a outros profissionais nesta área. Segundo
ela, existem tratamentos
que ajudam a amenizar ou
resolver esses problemas.
No caso de pacientes com
sintomas de estresse elevado, por exemplo, o ideal é
que ele passe a adotar procedimentos simples e eficazes como utilização de
agendas, lembretes ou bips
que possam alertá-los sobre
determinadas situações.
Já para pessoas que
apresentam perdas de memória ocasionadas por doenças
neurológicas, a Terapia
Ocupacional apresenta algumas alternativas como exercí-
cios para a memória que, aliadas ao tratamento médico,
podem ajudar em sua recuperação.
Cíntia Mello explica que
a memória recente é a mais
prejudicada, por isso é necessário que quando o problema
se apresente, o paciente busque o mais cedo possível um
tratamento para evitar complicações no futuro. No caso de
pessoas vítimas de estafa, a
urgência no diagnóstico e aplicação do processo terapêutico
se faz por conta do acúmulo
de estresse que a situação produz. No ultimo dia 25 de setembro, uma equipe de
terapeutas ocupacionais esteve na avenida Beira-Mar juntamente com outros profissionais de saúde no evento “Saúde em Dia”. Lá os Terapeutas
Ocupacionais (TOs) puderam aplicar testes de memória no público presente.
II Congresso Internacional de Fisioterapia Manual
No período de 27 a 30 de outubro, fisioterapeutas e estudantes estarão participando do II Congresso Internacional de
Fisioterapia Manual. O evento acontece no Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, onde
os participantes vão discutir as principais técnicas e métodos
adotados pela Fisioterapia Manual.
Além das conferências e das demonstrações técnicas da
Fisioterapia Manual repassadas aos participantes através de
telões, os profissionais e alunos poderão contar com uma feira
de equipamentos e produtos expostos em estandes durante
todo o período do evento.
Crefito-6 - Outubro de 2004
Entre os conferencistas, estarão o belga Dominique Lippens
e os franceses Philippe Shouchard, Philippe Manuard e Pierre
Bisschop. Serão temas discutidos durante o congresso, RPG,
Maitland, Mulligan, Mckenzie, Sohie, Osteopatia e Fisioterapia
Sub-Aquática.
O II Congresso Internacional de Fisioterapia Manual é uma
realização do Instituto de Fisioterapia Manual e da Associação
Pernambucana de Fisioterapeutas, com apoio do Governo do
Estado e da Universidade Federal de Pernambuco.
As inscrições para o evento já estão abertas e podem ser
feitas através do site www.fisioterapiamanual.com.br
-17-
Sindicalização: O caminho para
a valorização profissional
Os sindicatos são de vital importância para o desenvolvimento de qualquer
categoria profissional. É através deles
que os trabalhadores terão força e poder de reivindicar seus direitos e manter suas conquistas trabalhistas. É dever do sindicato zelar pelas garantias
de seus filiados e proporcionar todo
apoio possível no momento em que eles
necessitam.
Para a presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas e
Terapeutas Ocupacionais do
Estado do Ceará (SINFITO-CE),
Francineide de Menezes, é de
extrema importância que os
profissionais dessas duas categorias atentem para a importância de se filiarem a sua entidade: “É através do trabalho do
sindicato que a categoria se fortalece. Quanto mais filiados tivermos, mais
força representativa e capacidade de articulação podemos desenvolver”. Na opinião
da presidente, que chega agora ao seu terceiro mandato, os sindicatos têm a função
de servir de mediador nas questões envolvendo profissionais e empregadores.
Além de mediar esta relação nem
sempre cordial, o sindicato, entre outras prerrogativas, luta por melhores ganhos financeiros através das campanhas
salariais e fornece assistência jurídica
aos seus filiados em casos de litígios
trabalhistas. O departamento jurídico
tem também a função de orientar os profissionais a respeito de homologação de
contratos verificando se todos os direitos dos trabalhadores – como FGTS –
estão sendo cumpridos pelo empregador.
Com data base em maio, o SINFITOCE tem batalhado pela questão do piso
“É dever do sindicato zelar pelas
garantias de seus filiados e
proporcionar a estes todo apoio
possível no momento em que
estes necessitam.”
-18-
salarial, ponto nevrálgico da maioria das
convenções coletivas. Segundo
Francineide de Menezes, este ano o piso
das duas categorias foi para R$ 766,50.
“Pode parecer pouco, mas estamos conseguindo bons avanços nestes últimos anos”.
Mas não é só no âmbito trabalhista
que o sindicato atua. Ele tem participação política junto a outras entidades
classistas e ao poder público. “Estamos
sempre participando de eventos sociais
que possam mostrar à população em
geral qual a importância da nossa categoria”, afirma Francineide.
Os profissionais interessados em
sindicalizar-se devem procurar a sede
da entidade para preencher o cadastro
de inscrição. O desconto em folha é de
1%. O SINFITO-CE fica na Rua Padre
Ambrósio, 390 – Vila União. O horário
de funcionamento é das 8h às 12h.
Diretoria Atual
- Presidente: Francineide
Menezes (FT)
- Secretária geral: Heryka Sobrinho (TO)
- Diretora de Finanças: Maria das
Graças Diógenes (FT)
- Diretora de Pesquisa e Divulgação: Marilce Farias (FT)
- Diretora de Formação Sindical:
Cláudia Araújo
- Diretor de Assuntos da Saúde:
Wiron Filho (FT)
- Diretor de Assuntos Jurídicos:
Joaquim Neto (TO).
- Atualmente o sindicato conta
com 400 filiados em um universo estimado em 2000 profissionais em
todo o Ceará.
Crefito-6 - Outubro de 2004
Agenda
Cursos e Eventos
Curso Internacional Método
Bad Ragaz (SP, RJ)
Peggy Schoedinger – EUA (Outubro)
Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações
sos de Fisioterapia
Telefones
elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 –
1107 / 0800 – 437008
Site
Site: www.vfcursos.com.br
E-mail
E-mail: [email protected]
Curso Internacional Método
Halliwick (SP, RJ)
Peggy Schoedinger – EUA (Outubro)
Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações
sos de Fisioterapia
Telefones
elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 –
1107 / 0800 – 437008
Site
Site: www.vfcursos.com.br
E-mail
E-mail: [email protected]
Curso Internacional Método
Mulligan (RS, SP)
Toby Hall – Austrália (Outubro)
Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações
sos de Fisioterapia
Telefones
elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 –
1107 / 0800 – 437008
Site
Site: www.vfcursos.com.br
E-mail
E-mail: [email protected]
Curso Internacional
Mobilização Neural (RJ, SP, RS)
Crefito-6 - Outubro de 2004
Toby Hall – Austrália (Novembro)
Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações
sos de Fisioterapia
Telefones
elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 –
1107 / 0800 – 437008
Site
Site: www.vfcursos.com.br
E-mail
E-mail: [email protected]
Curso Internacional RPG –
Sistema Australiano (SP, RJ)
Toby Hall – Austrália (Novembro)
Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações
sos de Fisioterapia
Telefones
elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 –
1107 / 0800 – 437008
Site
Site: www.vfcursos.com.br
E-mail
E-mail: [email protected]
Curso Internacional Movimento
Combinado (SP, RJ)
Toby Hall – Austrália (Novembro)
Informações: Valéria Figueiredo – CurInformações
sos de Fisioterapia
Telefones
elefones: (43) 3325 – 7656 / 3336 –
1107 / 0800 – 437008
Site
Site: www.vfcursos.com.br
E-mail
E-mail: [email protected]
Curso Internacional de
Hidroterapia
Dr. Johan Lambeck (Holanda)
Dr. Urs Gamper (Suíça – no RJ em novembro)
Halliwick Integrado (Básico + Avançado)
Períodos: 12 a 15 de nov de 2004 – Rio
de Janeiro
29 a 31 de out e 02 de nov de 2004 – São
Paulo
30 de mar a 03 de abril de 2005 – Rio de
Janeiro
24 a 27 de mar de 2005 – São Paulo
17 a 21 de abril de 2005 – Porto Alegre
Informações
Informações: Drª Sandra G. Jabur
Wegner – Crefito 2/20502-F
(21) 2287 8413 / 2522 8841
[email protected]
www.hidrovida.fst.br
Curso Internacional de
Hidroterapia
Dr. Johan Lambeck (Holanda)
Dr. Urs Gamper (Suíça – no RJ em novembro)
Bad Ragaz
Períodos: 08 a 11 de nov de 2004 – Rio
de Janeiro
1 a 3 nov de 2004 – São Paulo
21 a 23 de nov de 2004 - Manaus
04 a 06 de abril de 2005 – Rio de Janeiro
28 e 29 mar de 2005 – São Paulo
14 a 16 abril de 2005 – Porto Alegre
Informações
Informações: Drª Sandra G. Jabur
Wegner – Crefito 2/20502-F
(21) 2287 8413 / 2522 8841
[email protected]
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