Assimilação de nitrogênio: N2, NO3 - e NH4+ soja Objetivos: • Identificação das formas de N que efetivamente entram no sistema vegetal. • Reconhecimento das enzimas chaves dos processos de fixação e assimilação de N nas plantas. • Formas de mobilização de N entre os tecidos. • Mecanismos de controle do processo. KEGG PATHWAY Database http://www.genome.ad.jp/kegg/pathway.html NO3- nitrate NO2nitrite N2 NH3/NH4+ KEGG PATHWAY Database http://www.genome.ad.jp/kegg/pathway.html NO3- nitrate NO2nitrite N2 NH3/NH4+ Formas de entrada no metabolismo de plantas Bacteria Anabaena NO3nitrate NO2nitrite Planta Arabidopsis NH3/NH4+ N2 Shinorhizobium Oryza Demais organismos? Formas de entrada no metabolismo de animais Homo sapiens Principal deficiência nutricional na agricultura trigo trigo trigo gramado Nitrogênio; formas e estados de oxidação ÚTEIS? Espécies Nome Nível de Oxidação NH3, NH4+ Ammonia, ion amônio -3 N2H4 Hidrazina -2 NH2OH Hidroxilamina -1 N2 Nitrogênio molecular N2O Óxido nitroso +1 NO Óxido nítrico +2 HNO2, NO2- Ácido nitroso, íon nitrito +3 NO2 Dióxido de nitrogênio +4 HNO3, NO3- Ácido nítrico, íon nitrato +5 0 Tamanho dos reservatórios globais de Nitrogênio ÚTEIS????? Reservatório/Tipo de Metric Tons % do Total Biosfera 2.8 x 1011 0.0002 Hidrosfera 2.3 x 1013 0.014 Atmosfera 3.86 x 1015 2.3 Geosfera 1.636 x 1017 97.7 Crosta 0.13 - 1.4 x 1016 0.78-8.4 Solos e Sedimentos 0.35 - 4.0 x 1015 0.21-2.4 Mantle and Core 1.6 x 1017 95.6 Ciclo do nitrogênio %: fixação natural 2% reações fotoquímicas 8% nitrificação nitrificação 90% fixaçãobiológica: LIVRES E SIMBIONTES Objeto de estudo soja : Bradirhizobium Anaerobiose Gunnera : Nostoc (no caule) -bact + bact Azolla : Anabaena (ciano) cana : Acetobacter Anabaena (arroz) Anaerobiose methanococcus Nostoc Anaerobiose Organismos fixadores de N2 • Fixadores de vida livre – Eubacteria – Archaebacteria • Fixadores em associação com plantas – cooperação metabólica • NeC – Eubacteria • cianobactérias • alfa-proteobactérias dos grupos Rhizobiales e Rhodospirillales Distribuição filogenética das eubactérias fixadoras de N2 (Buchanan, 2000). Patógenos Simbiontes vs nutrição Interações essenciais… -Co +Co (essencial para o simbionte) tomate : nemátodo Azolla : Anabaena (ciano) tomate : Cladosporium FIXAÇÂO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO! soja : Bradirhizobium tomate : Pseudomonas feijão : Rhizobium videira : Xylella raíz : micorriza Fixadores em associação com plantas Simbiose extracelular Azolla : Anabaena Simbiose intracelular Glicine : Bradyrhizobium Simbiose intracelular Rhizobium Glicine : Bradyrhizobium Nódulos em Sesbania Nosso objeto de estudo Um grupo singular... Alpha-proteobacteria Árvore filogenética das alfa-proteobactérias estimada pela comparação da seqüência do 16S RNA patógenos Rhizobium Sinorhizobium Mesorhizobium Bradyrhizobium Rhizobium Sinorhizobium Mesorhizobium Associação simbiótica formadora de nódulos Bradyrhizobium Ciclo do N vs Fixação Biológica Ex: moléculas com N em plantas nitrificação desnitrificação [N2 + 4NADH + 4H+ + 16 ATP →2NH3 + H2 + 4NAD++16 ADP + 16 Pi] NITROGENASE Fixação do N2 atmosférico • O N disponível para plantas > 90% provém da fixação biológica > ~80% gerado por associações simbióticas. • A forma atmosférica N≡ ≡N não está disponível para a maioria dos organismos. • Quebra da tripla ligação envolve alto gasto energético. [16 ATP ] • Atividade da nitrogenase é inibida pela presença de oxigênio. • Evolução de processos simbióticos (interação eucariotoprocarioto~patogênese). Fixação industrial • Fertilização química • Processo de Haber-Bosch – 1913, os trabalhos de Fritz Haber e Carl Bosch na Alemanha permitiram a síntese química de amônia (NH3). – Produção anual de 80x1012g/ano - N≡ ≡N quebra da tripla ligação Simbiose intracelular: formação de nódulos • Como se desenvolve o processo de infeção e estabelecimento do nódulo? • Quais são os genes da planta e da bactéria envolvidos? • Como está regulado o Nódulo > Medicago : Sinorhizobium sistema? Como se desenvolve o processo de infeção e estabelecimento do nódulo? 1. Raízes liberam substâncias: flavonóides, betaína, que são reconhecidos pelo produto do gene NodD na bactéria que induz a expressão dos genes Nod que irão sintetizar fatores Nod. 2. Bactérias liberam os “fatores” Nod: oligossacarídeos de lipoquitina (particularidades entre diferentes interações) 3. As raízes receptam os fatores Nod, com lectinas e apresentam alteração no fluxo iônico, 4. As raízes expressam as nodulinas, são infectadas, e seguem o programa para a morfogênese do nódulo. Fatores Nod oligossacarídeos de lipoquitina 2 enzimas 1 3 Receptor? Bactéria Transdução do sinal: flutuações de Cálcio nos pelos radiculares quando expostos aos Fatores Nod. Alterações provavelmente devidas a influência sobre os canais ou bombas de Ca2+... ? ...inicia-se a curvatura do pêlo radicular. simbiossomo Quais são os genes da planta e da bactéria envolvidos? Genes Nod: •Síntese de fatores Nod •Proteínas envolvidas na atividade fixadora de N Nodulinas: •participam da invasão, estabelecimento e manutenção do nódulo Tecidos afetados pela formação do nódulo: epiderme, cortex, endoderme e periciclo Fatores Nod •ativação gênica na planta (nodulinas) •indução de divisão celular •(18-30 hrs) Local de formação do nódulo (região cortical na frente dos polos xilemáticos Quais são os genes da planta envolvidos? Na planta: Nodulinas •precoces • ENOD11 • ENOD12 •ENOD40 •genes dim •genes sym •tardias • leghemoglobina (Lb) •Transportadores de NH4+ para a membrana do simbiossomo PLASMID PLASMID pNGR234a CHROMOSOME Quais são os genes envolvidos? Na bactéria: Expressão precoce •Genes nod, nol, noe (síntese e secreção de fatores nod) •especificidade hospeiro Expressão tardia •Genes nifH, nifD e nifK (nitrogenase) •Genes fix (regulatórios) Complexo enzimático da nitrogenase (Heterohexámero) [N2 + 4NADH + 4H+ + 16 ATP →2NH3 + H2 + 4NAD++16 ADP + 16 Pi] (NAD+) (NADH) Polipeptídeo MoFe 4 subunidades (2α e 2β) totalizando 240 kDa: Fe-S-Mo Cofactor Polipeptídeo Fe 2 subunidades idênticas totalizando 64 kDa: 4Fe-4S Cofactor TOTAL: 304 kDa Nitrogenase: Controle da expressão gênica ↓ O2 Via NodD Fatores de transcrição nif: nitrogenase fixN: ambiente microaeróbico (?) Nódulo ativo • • • • Simbiossomos Leghemoglobina (hemo/Fe) Citocromo oxidase de alta afinidade: gerador do ATP necessário para fixação. Células “vazias” formam barreira para o oxigênio. • Respiração bacteriana usa O2, e o ATP produzido é utilizado na fixação de N2 (citocromo oxidase de alta afinidade). • A nitrogenase sempre está funcionando em condições subótimas. • Se ↑ O2, aumenta a respiração, e consequentemente o ATP, a fixação também pode aumentar (consome o ATP) . • Se ↑ ↑ ↑ O2, a inativação da nitrogenase faz aumentar muito o ATP, a respiração é inibida, menos O2 e consumido e a nitrogenase é mais inibida…..colapso do metabolismo. Translocação de esqueletos contendo N a partir das raízes fixadoras pode variar entre diferentes plantas: •Amidas: gln, asp, purinas (nódulos de alfafa, ervilha e outras espécies) •Ureídas: derivados de ácido úrico como ác. Alantóico e alantoina (feijão, soja e vigna) •OutrosAminoácidos - Entrada de N em plantas sem fixação biológica de N2 - Transformação de NO3- para NH4+ - Assimilação do NH4+ e biosíntese de compostos nitrogenados Entrada de NO3- e NH4+ • NO3-: Absorção do solo – transportador do tipo simporte • NH4+: Absorção do solo – transportador do tipo simporte (alta afinidade, induzida e baixa afinidade, constitutivo) • Que vias enzimáticas são utilizadas? – NR/NiR – GS/GOGAT – GDH • Localização nos tecidos Arabidospsis mutante para transportador de nitrato. A mutante para o transportador de NO3- não absorve clorato que é tóxico. NO3- a NH4+: duas reações Nitrato reductase Cofatores: Mo, HemoFe, FAD NO3 NADH NAD+ NO2 Citoplasma de folhas e raízes •Dependendo da espécie: folha ou raíz •Dependendo da disponibilidade de NO3: extensão da expressão ↑NR ↑↑↑NiR Nitrito reductase NR regula NiR impede aúmulo de NO2 Cofatores: FeS, siroheme Platídios de folhas e raízes Regulação da atividade da Nitrato redutase – Transcricional: nitrato ↑, ritmo circadiano sacarose ↑ glutamina ↓ luz (fitocromo) ↑ Plântulas de cevada (expostas a NO3) nia mRNA (tomate) Regulação da atividade da Nitrato redutase – Pós-transcricional (rápida e reversível) • fosfoliração: inativa • defosforilação: ativa Escuro Baixo CO2 cinase Fosfatase Gene nir Gene nr sacarose ABA mRNA NiR mRNA da NR luz Baixo CO2 escuro NR inativa NiR ativa NR ativa degradação NO3- NO2- pós-transcricional transcricional Citocinina transcricional Resumindo... NH4+ Assimilação de NH4+ GS GOGAT Folha: (cp e cit) (cp) Raiz: (cit) (plastos) Carbohidratos Luz + trans Luz + trans + atividade α-Ketoglutarato transaminação α-Ketoglutarato Carbohidratos Luz -Trans - atividade Assimilação de NH4+ GS GOGAT Folha: (cp e cit) (cp) Raiz: (cit) (plastos) X X X X Interação NO3- e metabolismo de C: 1-↑ ↑ NO3- desvia C de amido →aa 1 ↑ ↓ 2- ↑luz e carbohidratos: Ativa GC-GOGAT e inibe AS para acumular N em compostos ricos em carbono: glutamina (1/4) e glutamato (a partir dos quais muitas outras rotas surgem) Baixa Energia: Acumulo de N em compostos com alta relação N/C e estável para o transporte: asparagina(2/4) 1 2 Glutamate synthase Interação NO3- e metabolismo de C: Reciclagem do fosfoglicota da fotorespiração Translocação de esqueletos contendo N a partir das raízes pode variar entre diferentes plantas: Amidas: gln, asp, purinas (nódulos de alfafa, ervilha e outras espécies) Ureídas: derivados de ácido úrico como ác. Alantóico e alantoina (feijão, soja e vigna) Nitrato Aminoácidos RAÍZ Comparação dos processos de incorporação de N ao metabolismo Planta não nodulada Assimilação N em raiz e folha N translocado preferencialmente como nitrato, Gln ou Asn Altos teores de nitrato no solo Planta nodulada (feijão, soja) Assimilação N em raiz. N translocado Gln, Asn ou ureídes Baixos teores de Nitrato no solo Referências bibliográficas e sítios • Buchanan, Gruismen and Jones (2000) Capítulo 16 pg: 786824. • Heldt (2005) Capítulos 10 e 11. Plant Biochemistry. • Kerbauy (2004) Capítulos 3 e 4. • Taiz (2002) Capítulos 12 pg: 260-272. • Forde (2002) Annu. Rev. Plant Biol. 53: 203-224. • Geurts and Bisseling (2002) The plant Cell, Supplement: S239-S249. • Kistner and Parniske (2002) Trends in Plant Science, 7: 511518. • Heldt (2005) Plant Biochemistry. • http://academic.reed.edu/biology/Nitrogen/ • http://www.genome.ad.jp/kegg/metabolism.html