Tipologia Textual Como introdução ao assunto Tipologia Textual seria interessante mencionar alguns itens exigidos por essas questões bastante relevantes nos concursos públicos. Dialetos e falares são variações regionais de uma língua. A língua culta é aquela que está presa aos moldes gramaticais; obedece rigorosamente às regras da gramática. A língua técnica é aquela empregada pelo mesmo grupo de profissionais; pode ser chamada também de jargão. A língua popular ou coloquial é aquela utilizada pelo povo, sem a preocupação formal que caracteriza a língua culta; Tem como objetivo a comunicação. A língua literária é a aquela que observa os fatores estéticos da sociedade; faz, geralmente, uso da linguagem figurada ou conotativa. Narração Tem por objetivo contar uma história real, fictícia ou mesclando dados reais e imaginários. Baseia-se numa sequência de acontecimentos, mesmo que não mantenham relação de linearidade com o tempo real. Sendo assim, está pautada em verbos de ação e conectores temporais. A Narração, segundo o professor Agostinho dias Carneiro, tem como predomino os verbos no presente do indicativo ou no pretérito perfeito; as classes de palavras relevantes são advérbios, verbos e conjunções temporais. A narrativa pode estar em 1ª ou 3ª pessoa, dependendo do papel que o narrador assuma em relação à história. Numa narrativa em 1ª pessoa, o narrador participa ativamente dos fatos narrados, mesmo que não seja a personagem principal (narrador = personagem) – nesse caso o foco narrativo é de primeira pessoa e o ponto de vista é interno. Já a narrativa em 3ª pessoa traz o narrador como um observador dos fatos que pode até mesmo apresentar pensamentos de personagens do texto (narrador = observador) – nesse caso o foco narrativo é em terceira pessoa e o ponto de vista é externo. Por exemplo, Machado de Assis, ao escrever Dom Casmurro, optou pela narrativa em 1ª pessoa justamente para apresentar-nos os fatos segundo um ponto de vista interno, portanto mais parcial e subjetivo. Narração Objetiva X Narração Subjetiva Narração Objetiva: apenas informa os fatos, sem se deixar envolver emocionalmente com o que está noticiado. É de cunho impessoal e direto. Narração Subjetiva: leva-se em conta as emoções, os sentimentos envolvidos na história. São ressaltados os efeitos psicológicos que os acontecimentos desencadeiam nos personagens. Elementos Básicos da Narrativa Fato: que se vai narrar (O quê?) Tempo: quando o fato ocorreu (Quando?) Lugar: onde o fato se deu (Onde?) Personagens: quem participou ou observou o ocorrido (Com quem?) Causa: motivo que determinou a ocorrência (Por quê?) Modo: como se deu o fato (Como?) Consequências: (geralmente provoca determinado desfecho); O Enredo é a historia propriamente dita; O espaço ou lugar é o ambiente em que acontece a história; O tempo é o elemento fortemente ligado ao enredo numa sequência linear ou retrospectiva, é o tempo em que se desenvolve a ação. Pode ser cronológico (quando avança no sentido do relógio) ou psicológico (quando é medido pela emoção da personagem). Observação: O tempo psicológico não é linear. Presente, Passado e Futuro podem fundir-se na narrativa, ou seja, não obedecem a uma sequência de fatos. A modalidade narrativa de texto pode constituir-se de diferentes maneiras: piada, peça teatral, crônica, novela, conto, fábula etc. Uma narrativa pode trazer falas de personagens entremeadas aos acontecimentos, faz-se uso dos discursos: direto, indireto ou indireto livre. No discurso direto, o narrador transcreve literalmente as palavras da personagem. Para tanto, recomenda-se o uso de algumas notações gráficas que marquem tais falas: travessão, dois pontos, aspas. O discurso indireto apresenta as palavras das personagens através do narrador que reproduz uma síntese do que ouviu, podendo suprimir ou modificar o que achar necessário. Para a estruturação desse discurso não são necessárias as marcações gráficas especiais, uma vez que sempre é o narrador que detém a palavra. Usualmente, a estrutura traz verbo dicendi (elocução) e oração subordinada substantiva com verbo num tempo passado em relação à fala da personagem. Quanto ao discurso indireto livre, é usado como uma estrutura bastante informal de colocar frases soltas, sem identificação de quem a proferiu, em meio ao texto. Trazem, muitas vezes, um pensamento do personagem ou do narrador, um juízo de valor ou opinião, um questionamento referente a algo mencionado no texto ou algo parecido. Esse tipo de discurso é o mais usado atualmente, sobretudo em crônicas de jornal, histórias infantis e pequenos contos. Observação: Discurso é o procedimento do narrador de reproduzir as falas ou pensamento das personagens. Pode ser: Direto = neste caso, o narrador, após introduzir as personagens, faz com que elas falem e pensem por si mesmo, de modo direto, utilizando o diálogo. Pode-se perceber o que foi dito pelo recurso gráfico do travessão. Observação: Discurso é o procedimento do narrador de reproduzir as falas ou pensamento das personagens. Pode ser: Indireto – neste caso, não há diálogo. O narrador não põe as personagens a pensar e nem a falar diretamente, mas faz-se interprete delas, transmitindo o que disseram ou pensaram. O recurso gráfico utilizado é as aspas ( ” ). Observação: Discurso é o procedimento do narrador de reproduzir as falas ou pensamento das personagens. Pode ser: Indireto Livre – quando a fala do narrador e a do personagem parecem confundir-se, pois não há indícios de que a fala pertence a um deles especificamente. Isso se dá quando a mistura de um discurso com o outro ocasiona um movimento interno da fala, chamado de monólogo interior. Normalmente nos concursos, quando a banca trabalha com texto narrativo, o faz com crônica ou conto. Tanto um quanto outro são textos narrativos curtos, isto é, com um único personagem, com um único enredo e um único núcleo. A história é uma só. A crônica é a tradução da realidade. Os fatos podem ser comprovados. Os personagens existem ou existiram de verdade. O conto é característico da ficção. Trabalha com a verossimilhança. Verossimilhança: “semelhança com a verdade”. A verossimilhança pode ser interna ou externa. Interna - quando os acontecimentos, a história, os personagens só mantêm coerência comprometimento com a própria história. e Verossimilhança: “semelhança com a verdade”. A verossimilhança pode ser interna ou externa. Externa - quando a história pode ser exemplificada com personagens e situações do mundo real. O gênero narrativo envolve: romance, conto, crônica, anedota, fábula (o assunto deve ser a vida de animais – personificados – e conter uma lição de moral), apólogo (semelhante à fábula, é uma narrativa em que surgem alegorias, ou seja, a personagem representa uma figura inanimada) e parábola (curta narrativa de sentido alegórico e moral; Nela há a apresentação do homem e sua vida futura e seus meios de vivência espiritual). Texto literário é apresentado em prosa ou verso e tem como característica fundamental a conotação – linguagem figurada - ou os vocábulos informais (vocábulos empregados fora do sentido real) Texto informativo é apresentado normalmente em prosa e tem como característica fundamental a denotação ou vocábulos formais empregados com o sentido real). (vocábulos Nem sempre é possível classificar um determinado texto ou obra dentro de certa modalidade narrativa. Didaticamente, podemos caracterizar da seguinte forma: o conto e a crônica (narrativas curtas) e o romance e a novela (narrativas longas). A epopeia é uma história literária, geralmente em versos que narra grandes feitos heroicos, a saga de um povo. Conto para alguns autores é uma obra curta de ficção em prosa. É uma microvisão do mundo. Observação: A Fábula é uma espécie de conto. É uma narrativa inverossímil, com fundo didático. Objetiva transmitir uma lição de moral. Geralmente os personagens da fábula são animais que representam os homens. O apólogo é uma narrativa que tem como personagens objetos inanimados também com uma moral finalizadora. Crônica é uma modalidade narrativa breve, periódica, episódica e comunicativa. As personagens são definidas, apenas, quanto ao momento de ação, pouco ou nada se diz sobre elas além do que interessa ao flagrante. A crônica fala da realidade. Tudo é real: personagem, lugar, tempo e ´principalmente o enredo. Romance é uma narrativa escrita em prosa literária, estruturadas em longos ou breves capítulos. O romance é mais longo que o conto que na maioria das vezes conta um só drama. Tem maior número de personagens, o espaço onde se passa o drama é detalhadamente descrito. No conto, a narrativa gira ao redor de uma situação; no romance, há um traçado de eventos e situações. Novela é uma modalidade narrativa que se caracteriza pela sucessividade dos episódios, muitas vezes dos personagens e dos espaços. Assim, a novela condensa os elementos do romance. Os diálogos são mais rápidos, as narrações mais favorecendo para o desfecho da história. diretas, tudo Exemplo: “Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria o de dentro delas. Assim fiz. Morreram.” (LISPECTOR, Clarice. A Quinta história. In: A legião estrangeira. RJ, Editora do Autor, 1964.) Apesar de muito pequeno, esse texto contém os elementos essenciais da narrativa: narrador, personagens, acontecimento. Dentre as três personagens que habitam a minúscula trama - narrador, senhora, baratas -, duas são responsáveis pelos acontecimentos: o eu-narrador e a senhora que dá a receita. A história ainda contém um clímax, isto é, um ponto alto, que coincide com a frase final: "Morreram". A Descrição É pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente por não se preocupar com a seqüência das ações, com a sucessão de momentos, com o desenrolar do tempo. a descrição encara um ou vários objetos, um ou vários personagens, uma ou várias ações, em um determinado momento, em um mesmo instante e em uma mesma fração da linha cronológica. É a foto de um instante por meio das palavras. O texto descritivo, ao contrário do narrativo, caracteriza-se por não apresentar sequência de acontecimentos no tempo, e também não haverá transformação do estado do personagem, objeto ou ambiente descrito, mas simplesmente o estado de um ser em que um determinado momento. O emprego de metáforas possibilita que o leitor tenha mais elementos para montar a imagem do ser descrito. Há o predomínio de verbos no pretérito imperfeito e no presente do indicativo. Exemplo: “Calçava sandálias de pastor e a túnica azulão que lhe caía sobre o corpo lembrava o hábito desses missionários que, de quando em quando, visitavam os povoados do sertão”. A descrição pode ser objetiva = o autor procura priorizar as impressões concretas que o objeto ou a pessoa, ou o ambiente possuem e por isso a linguagem predominante vocábulos formais. é a denotativa, ou A descrição subjetiva = o autor procura priorizar as impressões que o objeto, o ambiente ou a pessoa lhe provocaram, por isso a linguagem predominante informais. é a conotativa ou vocábulos A Dissertação É o desenvolvimento de uma ideia, de um raciocínio sobre um determinado assunto. Para o desenvolvimento de um texto dissertativo é fundamental que os argumentos seja lógicos a fim de que se cheguem a conclusões coerentes. A Argumentação O texto argumentativo tem como objetivo discutir, raciocinar, concluir. Todo texto argumentativo tem como objetivo convencer o leitor. O ato de argumentar, ou seja, a maneira como o falante organiza o discurso para chegar a determinadas conclusões, está intimamente ligado à persuasão. A argumentação é a base da persuasão. Podemos dizer que a argumentação é uma estrutura criada de forma deliberada e que pressupõe o uso de estratégias lingüísticas e racionais. Para que a argumentação seja possível, além de um raciocínio lógico que comprove e justifique um ponto de vista, deve respeitar e estar de acordo com os interesses do interlocutor sem o que a argumentação perde a força. Coerência e Coesão Coerência é a relação que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido. Relaciona-se com a linearidade do texto. Constitui, em linhas gerais, um princípio de interpretabilidade e compreensão do texto caracterizado por tudo de que o processo possa depender. Dessa forma a coesão relaciona-se com a coerência, entretanto, não é necessária para que ela aconteça. Então, a coerência é a não contradição de sentidos entre as passagens do texto, e a existência da continuidade semântica. Um fato normal é a coesão textual levar à coerência; porém pode haver texto com a presença de elementos coesivos, e não apresentar coerência. O importante é que eles estejam adequadamente articulados. Exemplo: O povo, na chegada dos atletas da Paralimpíadas de Londres, manifestou-se satisfatoriamente em relação à presença dos campeões os quais foram recebidos com aplausos e muitas vaias. Coesão é entendida como ligação, a relação, os nexos que se estabelecem entre os elementos que constituem o texto. É a relação semântica entre os vários enunciados presentes no texto. Diz-se, portanto, que um texto tem coesão quando seus vários enunciados estão organicamente articulados entre si. “A coesão não nos revela a significação do texto; revela-nos a construção do texto como estrutura semântica”. Existem três tipos de coesão referencial, a sequencial e a lexical. textual: a a) Coesão referencial é aquela estabelecida entre dois ou mais elementos do texto que remetem a um mesmo referente. termos anafóricos, catafóricos , dêiticos, verbos vicários Dêiticos = É a localização. Todo anafórico e todo catafórico são dêiticos. Anafóricos = ocorre quando uma classe diferente é empregada para lembrar ao leitor o que já fora mencionado. Catafóricos = para mostrar ao leitor o que vai ser mencionado. Verbos vicários = são os verbos fazer e ser que retomam estruturas maiores anteriormente citadas. A referencial é aquela em que um elemento da superfície do texto retoma outro(s) elemento(s) do mundo textual ou aponta para ele(s). O primeiro (o que retoma ou aponta para um outro) chama-se forma referencial; o segundo (o que é retomado ou para ele se aponta), referente textual. Retomada ou Antecipação por uma palavra gramatical (Pronomes, Verbos, Numerais, Advérbios) Vejam os exemplos abaixo: 1. Meu irmão está viajando. Ele só voltará ao trabalho daqui a três semanas. (Referente de "ele" = "meu irmão"). Retomada ou Antecipação por uma palavra gramatical (Pronomes, Verbos, Numerais, Advérbios) Vejam os exemplos abaixo: 2. O chefe cobrou do funcionário os trabalhos atrasados. Ele ficou sem palavras, pois ainda não havia terminado sequer a metade. (Referente de "ele" = "funcionário"). Retomada ou Antecipação por uma palavra gramatical (Pronomes, Verbos, Numerais, Advérbios) Vejam os exemplos abaixo: 3. O professor cobrou do aluno os trabalhos atrasados. Ele já havia esperado muito e precisava lançar as notas. (Referente de "ele" = "professor"). Retomada ou Antecipação por uma palavra gramatical (Pronomes, Verbos, Numerais, Advérbios) Vejam os exemplos abaixo: 4. Há, de fato, a hipótese de que a inflação volte a cair, todavia, não creio nisso: ainda conservo meu senso de realidade. É absurdo acreditar em tal hipótese. (Referente de "isso" e "tal" = "hipótese de que a inflação volte a cair"). b) Coesão lexical é obtida pela reiteração (repetição do mesmo item lexical, uso de sinônimos, nomes genéricos, etc.) e pela contigüidade (uso de termos pertencentes a um mesmo campo significativo). b) Coesão lexical é obtida pela reiteração (repetição do mesmo item lexical, uso de sinônimos, nomes genéricos, etc.) e pela contigüidade (uso de termos pertencentes a um mesmo campo significativo). Exemplo: O cavalo fugiu. O animal parecia assustado. O aluno acordou preocupado. O candidato ia encarar quatro horas de prova. Retomada por palavra lexical Exemplo: 1. José Alencar fará sessões diárias de quimioterapia. O vice-presidente da República está vencendo corajosamente a batalha contra o câncer. (Referente de "o vice-presidente da República" = "José Alencar" e vice-versa). O que é um "hiperônimo"? E um "hipônimo"? O que é um "hiperônimo"? E um "hipônimo"? Hiperônimos são indicadores de classes, ou seja, cada hiperônimo representa uma determinada classe; quanto aos hipônimos, cada um é elemento da classe considerada. Ao analisar ambos, você percebe que entre eles vigora uma relação do tipo "contém / está contido" e vice-versa. Exemplo: "fruta" é um hiperônimo e "laranja", "maçã", "abacate", "melão" etc. são seus hipônimos. Note que "maçã", "laranja" etc. estão contidas em "fruta"; além disso, toda laranja, por exemplo, é uma fruta, mas nem toda fruta é uma laranja. Exemplo: Há os hiperônimos muito gerais, tipo "coisa", "troço", "problema", "negócio" etc.? Por que eles têm esse nome? O que é uma coisa? Teoricamente, tudo pode caber dentro desse nome e, além disso, repare que "coisa" já virou até verbo! c) Coesão por conexão ou sequencial permite estabelecer relações de significado entre as partes do texto (elementos ou orações) por meio de marcadores formais – conectivos, palavras denotativas: mas, porém, logo que, até, mesmo... Concordância É a relação de gênero e número estabelecida entre substantivos e adjetivos. A concordância pode ser gramatical ou rígida (concordando com os núcleos) e atrativa (concordando com o mais próximo) Exemplo: Camisa e calça novas ou nova. Sapato e cinto modernos ou moderno. Com gêneros diferentes, na concordância gramatical, o masculino generaliza. Exemplo: Homem e mulher educados. Homem e mulher educada. Casos Especiais 1. Adjetivo anteposto a mais de um substantivo O adjetivo concordará com o substantivo mais próximo. Ex.: Ele possuía elegante postura e educação. Observação: a) Mas se ele (o adjetivo) funcionar como predicativo (com verbo de ligação na frase), optaremos pela concordância rígida. Ex.: Estavam sujos os braços e as pernas. Observação: b) O adjetivo, obrigatoriamente, ira para o plural se ele ser referir a nomes próprios. Ex.: Os elegantes Pedro e João patrocinaram a festa. 2. Adjetivo ligado a substantivos de gêneros diferentes Poderemos optar pela concordância (prevalecendo o masculino) ou pela atrativa. Ex.: Encontramos o muro e a porta pichados. Ex.: Encontramos o muro e a porta pichada. Ex.: Encontramos a porta e o muro pichado. rígida 3. Substantivo feminino (sem determinante) + verbo ser + adjetivo. O adjetivo fica invariável. Ex.: Água é bom. Ex.: Poesia é necessário. Ex.: É proibido permanência de menores. elemento 3. Substantivo feminino (sem elemento determinante) + verbo ser + adjetivo Mas, se ocorrer o elemento determinante, concordância é estabelecida. Ex.: A água é boa. Ex.: Esta poesia é necessária. Ex.: É proibida a permanência de menores. a 4. Anexo / Incluso: São adjetivos. Devem concordar. Ex.: O documento segue anexo (incluso). Ex.: As cartas vão anexas (inclusas). Obs.: A expressão em anexo é invariável. Ex.: O documento segue em anexo. Ex.: As cartas vão em anexo. 5. Menos / Alerta / Pseudo São invariáveis. Ex.: Elas estudaram menos este ano. Ex.: Menos pessoas compareceram à última reunião. Ex.: Os meninos estavam alerta. Ex.: Eles eram pseudoprodutores. 6. Bastante: É rigorosamente igual a muito, suficiente. O que ocorrer com os citados vocábulos, ocorrerá com o bastante: Ex.: As alunas estudaram bastante este ano. (= muito) Ex.: Compramos bastantes canetas. (= muitas) Ex.: Já possuímos provas bastantes para a resolução do caso. (= suficientes) 7. Barato / Caro: Barato e caro são adjetivos. Ex.: Compramos livros baratos. Ex.: Compramos livros caros. 7. Barato / Caro Mas podem funcionar como advérbios junto aos verbos custar, pagar, comprar e vender. Ex.: Pagamos caro (barato) por livros baratos (caros). Ex.: Os livros caros (baratos) custaram barato (caro). 8. Meio / Todo São advérbios. Ex.: Encontramos a porta meio (todo) aberta. (= ligeiramente, totalmente) 8. Meio / Todo São advérbios. Ex.: Encontramos a porta meio (todo) aberta. (= ligeiramente, totalmente) Obs.: Admite-se que todo varie. Ex.: Encontramos a porta toda aberta. 9. Junto Pode ser uma locução prepositiva (junto a, junto de), indicando posicionamento (invariável). Ex.: Os lugares eram junto ao (junto do) palco. Pode ser um adjetivo, indicando companhia. Ex.: Aquelas duas artistas moram juntas. 10. Só Pode ser adjetivo (sozinho, a) ou palavra denotativa de exclusão (= apenas, somente). Neste caso, ficará invariável. Ex.: As meninas compareceram sós à cerimônia (= sozinhas); Ex.: Só as meninas compareceram à cerimônia (= apenas, somente) Observação: A sós é invariável. Ex.: Ele estudava a sós em seu quarto. 11. Mesmo Pode ser um pronome de reforço (próprio(a)(s)) ou palavra denotativa de inclusão (= inclusive, até). Neste caso, como toda palavra denotativa, invariável. Ex.: Elas mesmas fizeram o trabalho (= próprias). Ex.: Todas passarão, mesmo as preguiçosas (= inclusive, até). 12. Tal qual Com tal qual ocorrerá o seguinte: o vocábulo tal concordará com o elemento que estiver a sua direita e o qual com o da esquerda. Ex.: Ele é tal qual o pai. Ex.: Eles são tais quais os pais. Ex.: Ele é tal quais os pais. Ex.: Eles são tais qual o pai. 13.Obrigado / Quite São adjetivos. Concordam. Ex.: Muito obrigado, agradecido, grato). agradeceu o menino (= 13.Obrigado / Quite. São adjetivos. Concordam. Ex.: Muito obrigada, agradecida, grata). agradeceu a menina (= 13.Obrigado / Quite São adjetivos. Concordam. Ex.: Estou quite com a escola (= em dia com minhas obrigações). 14. O mais, o menos, o melhor, o pior + possível O adjetivo possível concordará com o artigo. Ex.: Daqui, temos visões o mais belas possível. Ex.: Daqui, temos visões as mais belas possíveis. 14. O mais, o menos, o melhor, o pior + possível O adjetivo possível concordará com o artigo. Ex.: Daqui, temos visões o mais belas possível. Ex.: Daqui, temos visões as mais belas possíveis. Observação: quanto possível (invariável). Ex.: Daqui, temos visões belas quanto possível. 15.Substantivos usados com valor de adjetivos Ficam invariáveis: Ex.: Reuniões monstro. Ex.: Camisas laranja. 15.Substantivos usados com valor de adjetivos Ficam invariáveis: Ex.: Reuniões monstro. Ex.: Camisas laranja. Obs.: O mesmo ocorrerá quando um adjetivo funcionar como advérbio de modo. Ex.: Falemos sério. 16. Particípios Os particípios funcionam como adjetivos. Concordam: Ex.: Adiado o jogo, todos se retiraram. Ex.: Feita e entrega, a exigência foi cumprida. Obs.: O particípio, quando em um tempo composto, conjugado na voz ativa, fica invariável. Ex.: Os advogados tinham terminado a exposição de motivos. 17. Substantivo ligado a dois ou mais numerais A dupla concordância só é admitida se cada numeral vier antecedido de artigo; caso contrário, o substantivo fica no plural: Ex.: Estudei aqui o primeiro e o segundo graus (ou grau). Ex.: Estudei aqui o primeiro e segundo graus. Ex.: Estudei aqui os graus primeiro e segundo. 18. Um único substantivo determinado por mais de um adjetivo Duas construções são possíveis. a) Substantivo no singular: Ex.: O ato prejudicou o comércio inglês e o italiano. 18. Um único substantivo determinado por mais de um adjetivo Duas construções são possíveis. b) Substantivo no plural: Ex.: O ato prejudicou os comércios inglês e italiano. 19. A olhos vistos A expressão é invariável. Ex.: O aluno melhorava a olhos vistos. Ex.: As alunas melhoravam a olhos vistos. 20. Conforme / Conformes Conforme: Ex.: Os alunos foram chamados conforme a classificação (= de acordo com). Conformes: Ex.: Os alunos ficaram conformes com a classificação (= conformados). 21. Um e outro / Nem um nem outro + substantivo As expressões são seguidas por substantivo no singular. Ex.: Um e outro aluno saiu (ou saíram). Ex.: Nem um nem outro aluno saiu.