Observação - Degrau Cultural

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Tipologia Textual
 Como introdução ao assunto Tipologia Textual
seria interessante mencionar alguns itens exigidos
por
essas
questões
bastante
relevantes
nos
concursos públicos.
 Dialetos e falares são variações regionais de uma
língua.
 A língua culta é aquela que está presa aos
moldes gramaticais; obedece rigorosamente às
regras da gramática.
 A língua técnica é aquela empregada pelo
mesmo grupo de profissionais; pode ser chamada
também de jargão.
 A língua popular ou coloquial é aquela utilizada
pelo
povo,
sem
a
preocupação
formal
que
caracteriza a língua culta; Tem como objetivo a
comunicação.
 A língua literária é a aquela que observa os
fatores estéticos da sociedade; faz, geralmente, uso
da linguagem figurada ou conotativa.
Narração
 Tem por objetivo contar uma história real, fictícia
ou mesclando dados reais e imaginários.
 Baseia-se numa sequência de acontecimentos,
mesmo que não mantenham relação de linearidade
com o tempo real. Sendo assim, está pautada em
verbos de ação e conectores temporais.
 A Narração, segundo o professor Agostinho dias
Carneiro, tem como predomino os verbos no
presente do indicativo ou no pretérito perfeito; as
classes de palavras relevantes são advérbios,
verbos e conjunções temporais.
 A narrativa pode estar em 1ª ou 3ª pessoa,
dependendo do papel que o narrador assuma em
relação à história.
 Numa narrativa em 1ª pessoa, o narrador
participa ativamente dos fatos narrados, mesmo
que não seja a personagem principal (narrador =
personagem) – nesse caso o foco narrativo é de
primeira pessoa e o ponto de vista é interno.
 Já a narrativa em 3ª pessoa traz o narrador como um
observador dos fatos que pode até mesmo apresentar
pensamentos
de
personagens
do
texto
(narrador
=
observador) – nesse caso o foco narrativo é em terceira
pessoa e o ponto de vista é externo. Por exemplo, Machado
de Assis, ao escrever Dom Casmurro, optou pela narrativa em
1ª pessoa justamente para apresentar-nos os fatos segundo
um ponto de vista interno, portanto mais parcial e subjetivo.
Narração Objetiva
X
Narração Subjetiva
 Narração Objetiva: apenas informa os fatos,
sem se deixar envolver emocionalmente com o que
está noticiado. É de cunho impessoal e direto.
 Narração Subjetiva: leva-se em conta as
emoções, os sentimentos envolvidos na história.
São ressaltados os efeitos psicológicos que os
acontecimentos desencadeiam nos personagens.
Elementos Básicos
da Narrativa
Fato: que se vai narrar (O quê?)
Tempo: quando o fato ocorreu (Quando?)
Lugar: onde o fato se deu (Onde?)
Personagens: quem participou ou observou o ocorrido
(Com quem?)
Causa: motivo que determinou a ocorrência (Por quê?)
Modo: como se deu o fato (Como?)
Consequências:
(geralmente
provoca
determinado
desfecho);
O Enredo é a historia propriamente dita;
O espaço ou lugar é o ambiente em que acontece a
história;
O tempo é o elemento fortemente ligado ao enredo numa
sequência linear ou retrospectiva, é o tempo em que se
desenvolve a ação. Pode ser cronológico (quando avança
no sentido do relógio) ou psicológico (quando é medido pela
emoção da personagem).
Observação: O tempo psicológico não é linear.
Presente, Passado e Futuro podem fundir-se na
narrativa, ou seja, não obedecem a uma sequência
de fatos.
 A modalidade narrativa de texto pode constituir-se de
diferentes maneiras: piada, peça teatral, crônica,
novela, conto, fábula etc.
 Uma narrativa pode trazer falas de personagens
entremeadas aos acontecimentos, faz-se uso dos
discursos: direto, indireto ou indireto livre.
 No
discurso
direto,
o
narrador
transcreve
literalmente as palavras da personagem. Para tanto,
recomenda-se o uso de algumas notações gráficas
que marquem tais falas: travessão, dois pontos,
aspas.
 O discurso indireto apresenta as palavras das
personagens através do narrador que reproduz uma
síntese do que ouviu, podendo suprimir ou modificar
o que achar necessário. Para a estruturação desse
discurso não são necessárias as marcações
gráficas especiais, uma vez que sempre é o
narrador que detém a palavra.
 Usualmente, a estrutura traz verbo dicendi
(elocução) e oração subordinada substantiva com
verbo num tempo passado em relação à fala da
personagem.
 Quanto ao discurso indireto livre, é usado como
uma estrutura bastante informal de colocar frases
soltas, sem identificação de quem a proferiu, em
meio ao texto.
 Trazem, muitas vezes, um pensamento do
personagem ou do narrador, um juízo de valor ou
opinião, um questionamento referente a algo
mencionado no texto ou algo parecido. Esse tipo de
discurso é o mais usado atualmente, sobretudo em
crônicas de jornal, histórias infantis e pequenos
contos.
Observação:
Discurso é o procedimento do narrador de reproduzir as
falas ou pensamento das personagens. Pode ser:
 Direto = neste caso, o narrador, após introduzir as
personagens, faz com que elas falem e pensem por si
mesmo, de modo direto, utilizando o diálogo. Pode-se
perceber o que foi dito pelo recurso gráfico do travessão.
Observação:
Discurso é o procedimento do narrador de reproduzir as
falas ou pensamento das personagens. Pode ser:
 Indireto – neste caso, não há diálogo. O narrador não põe
as personagens a pensar e nem a falar diretamente, mas
faz-se interprete delas, transmitindo o que disseram ou
pensaram. O recurso gráfico utilizado é as aspas ( ” ).
Observação:
Discurso é o procedimento do narrador de reproduzir as
falas ou pensamento das personagens. Pode ser:
 Indireto Livre – quando a fala do narrador e a do
personagem parecem confundir-se, pois não há indícios de
que a fala pertence a um deles especificamente. Isso se dá
quando a mistura de um discurso com o outro ocasiona um
movimento interno da fala, chamado de monólogo interior.
 Normalmente nos concursos, quando a banca
trabalha com texto narrativo, o faz com crônica ou
conto. Tanto um quanto outro são textos narrativos
curtos, isto é, com um único personagem, com um
único enredo e um único núcleo. A história é uma só.
 A crônica é a tradução da realidade. Os fatos
podem ser comprovados. Os personagens existem
ou existiram de verdade.
 O conto é característico da ficção. Trabalha com
a verossimilhança.
 Verossimilhança: “semelhança com a verdade”. A
verossimilhança pode ser interna ou externa.
Interna - quando os acontecimentos, a história, os
personagens
só
mantêm
coerência
comprometimento com a própria história.
e
 Verossimilhança: “semelhança com a verdade”. A
verossimilhança pode ser interna ou externa.
Externa - quando a história pode ser exemplificada
com personagens e situações do mundo real.
 O gênero narrativo envolve: romance, conto, crônica,
anedota, fábula (o assunto deve ser a vida de animais –
personificados – e conter uma lição de moral), apólogo
(semelhante à fábula, é uma narrativa em que surgem
alegorias, ou seja, a personagem representa uma figura
inanimada) e parábola (curta narrativa de sentido
alegórico e moral; Nela há a apresentação do homem e
sua vida futura e seus meios de vivência espiritual).
 Texto literário é apresentado em prosa ou verso e
tem como característica fundamental a conotação –
linguagem figurada - ou os vocábulos informais
(vocábulos empregados fora do sentido real)
 Texto informativo é apresentado normalmente em
prosa e tem como característica fundamental a
denotação
ou
vocábulos
formais
empregados com o sentido real).
(vocábulos
 Nem sempre é possível classificar um determinado
texto ou obra dentro de certa modalidade narrativa.
Didaticamente,
podemos caracterizar da seguinte
forma: o conto e a crônica (narrativas curtas) e o
romance e a novela (narrativas longas). A epopeia é
uma história literária, geralmente em versos que narra
grandes feitos heroicos, a saga de um povo.
 Conto para alguns autores é uma obra curta de
ficção em prosa. É uma microvisão do mundo.
Observação:
A Fábula é uma espécie de conto. É uma narrativa
inverossímil, com fundo didático. Objetiva transmitir uma
lição de moral. Geralmente os personagens da fábula são
animais que representam os homens.
 O apólogo é uma narrativa que tem como personagens
objetos inanimados também com uma moral finalizadora.
 Crônica
é
uma
modalidade
narrativa
breve,
periódica, episódica e comunicativa. As personagens
são definidas, apenas, quanto ao momento de ação,
pouco ou nada se diz sobre elas além do que interessa
ao flagrante.
 A crônica fala da realidade. Tudo é real: personagem,
lugar, tempo e ´principalmente o enredo.
 Romance é uma narrativa escrita em prosa literária,
estruturadas em longos ou breves capítulos. O
romance é mais longo que o conto que na maioria das
vezes conta um só drama. Tem maior número de
personagens, o espaço onde se passa o drama é
detalhadamente descrito. No conto, a narrativa gira ao
redor de uma situação; no romance, há um traçado de
eventos e situações.
 Novela
é
uma
modalidade
narrativa
que
se
caracteriza pela sucessividade dos episódios, muitas
vezes dos personagens e dos espaços. Assim, a novela
condensa os elementos do romance. Os diálogos são
mais
rápidos,
as
narrações
mais
favorecendo para o desfecho da história.
diretas,
tudo
Exemplo:
“Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa.
Deu-me a receita de como matá-las. Que misturasse em
partes iguais açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as
atrairiam, o gesso esturricaria o de dentro delas. Assim fiz.
Morreram.”
(LISPECTOR, Clarice. A Quinta história. In: A legião
estrangeira. RJ, Editora do Autor, 1964.)
 Apesar de muito pequeno, esse texto contém os
elementos
essenciais
da
narrativa:
narrador,
personagens, acontecimento. Dentre as três personagens
que habitam a minúscula trama - narrador, senhora,
baratas -, duas são responsáveis pelos acontecimentos: o
eu-narrador e a senhora que dá a receita. A história ainda
contém um clímax, isto é, um ponto alto, que coincide
com a frase final: "Morreram".
A Descrição
 É pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um
ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente
por não se preocupar com a seqüência das ações, com a
sucessão de momentos, com o desenrolar do tempo. a descrição
encara um ou vários objetos, um ou vários personagens, uma ou
várias ações, em um determinado momento, em um mesmo
instante e em uma mesma fração da linha cronológica. É a foto
de um instante por meio das palavras.
 O texto descritivo, ao contrário do narrativo, caracteriza-se por
não apresentar sequência de acontecimentos no tempo, e
também não haverá transformação do estado do personagem,
objeto ou ambiente descrito, mas simplesmente o estado de um
ser em que um determinado momento. O emprego de metáforas
possibilita que o leitor tenha mais elementos para montar a
imagem do ser descrito.
 Há o predomínio de verbos no pretérito imperfeito e no
presente do indicativo.
Exemplo:
“Calçava sandálias de pastor e a túnica azulão que lhe caía
sobre o corpo lembrava o hábito desses missionários que, de
quando em quando, visitavam os povoados do sertão”.
 A descrição pode ser objetiva = o autor procura
priorizar as impressões concretas que o objeto ou a
pessoa, ou o ambiente possuem e por isso a
linguagem
predominante
vocábulos formais.
é
a
denotativa,
ou
 A descrição subjetiva = o autor procura priorizar
as impressões que o objeto, o ambiente ou a
pessoa lhe provocaram, por isso a linguagem
predominante
informais.
é
a
conotativa
ou
vocábulos
A Dissertação
 É o desenvolvimento de uma ideia, de um
raciocínio sobre um determinado assunto. Para o
desenvolvimento
de
um
texto
dissertativo
é
fundamental que os argumentos seja lógicos a fim
de que se cheguem a conclusões coerentes.
A Argumentação
 O texto argumentativo tem como objetivo discutir,
raciocinar, concluir. Todo texto argumentativo tem como
objetivo convencer o leitor.
 O ato de argumentar, ou seja, a maneira como o
falante organiza o discurso para chegar a determinadas
conclusões, está intimamente ligado à persuasão. A
argumentação é a base da persuasão. Podemos dizer
que a argumentação é uma estrutura criada de forma
deliberada e que pressupõe o uso de estratégias
lingüísticas e racionais.
 Para que a argumentação seja possível, além de um
raciocínio lógico que comprove e justifique um ponto de
vista, deve respeitar e estar de acordo com os
interesses do interlocutor sem o que a argumentação
perde a força.
Coerência e Coesão
 Coerência é a relação que se estabelece entre
as partes do texto, criando uma unidade de sentido.
Relaciona-se com a linearidade do texto. Constitui,
em linhas gerais, um princípio de interpretabilidade
e compreensão do texto caracterizado por tudo de
que o processo possa depender.
 Dessa forma a coesão relaciona-se com a
coerência, entretanto, não é necessária para que
ela
aconteça.
Então,
a
coerência
é
a
não
contradição de sentidos entre as passagens do
texto, e a existência da continuidade semântica.
 Um fato normal é a coesão textual levar à
coerência; porém pode haver texto com a presença
de elementos coesivos, e não apresentar coerência.
O importante é que eles estejam adequadamente
articulados.
Exemplo:
O povo, na chegada dos atletas da Paralimpíadas
de Londres, manifestou-se satisfatoriamente em
relação à presença dos campeões os quais foram
recebidos com aplausos e muitas vaias.
 Coesão é entendida como ligação, a relação, os
nexos que se estabelecem entre os elementos que
constituem o texto. É a relação semântica entre os
vários enunciados presentes no texto. Diz-se, portanto,
que um texto tem coesão quando seus vários
enunciados estão organicamente articulados entre si.
 “A coesão não nos revela a significação do texto;
revela-nos a construção do texto como estrutura
semântica”.
 Existem
três
tipos
de
coesão
referencial, a sequencial e a lexical.
textual:
a
a) Coesão referencial é aquela estabelecida entre
dois ou mais elementos do texto que remetem a um
mesmo referente.
 termos anafóricos, catafóricos , dêiticos, verbos
vicários
 Dêiticos = É a localização. Todo anafórico e todo catafórico
são dêiticos.
 Anafóricos = ocorre quando uma classe diferente é
empregada para lembrar ao leitor o que já fora mencionado.
 Catafóricos = para mostrar ao leitor o que vai ser
mencionado.
 Verbos vicários = são os verbos fazer e ser que retomam
estruturas maiores anteriormente citadas.
 A referencial é aquela em que um elemento da
superfície do texto retoma outro(s) elemento(s) do
mundo textual ou aponta para ele(s). O primeiro (o que
retoma ou aponta para um outro) chama-se forma
referencial; o segundo (o que é retomado ou para ele
se aponta), referente textual.
 Retomada
ou
Antecipação
por
uma
palavra
gramatical (Pronomes, Verbos, Numerais, Advérbios)
Vejam os exemplos abaixo:
1. Meu irmão está viajando. Ele só voltará ao trabalho
daqui a três semanas. (Referente de "ele" = "meu irmão").
 Retomada
ou
Antecipação
por
uma
palavra
gramatical (Pronomes, Verbos, Numerais, Advérbios)
Vejam os exemplos abaixo:
2. O chefe cobrou do funcionário os trabalhos atrasados.
Ele ficou sem palavras, pois ainda não havia terminado
sequer a metade. (Referente de "ele" = "funcionário").
 Retomada
ou
Antecipação
por
uma
palavra
gramatical (Pronomes, Verbos, Numerais, Advérbios)
Vejam os exemplos abaixo:
3. O professor cobrou do aluno os trabalhos atrasados.
Ele já havia esperado muito e precisava lançar as notas.
(Referente de "ele" = "professor").
 Retomada
ou
Antecipação
por
uma
palavra
gramatical (Pronomes, Verbos, Numerais, Advérbios)
Vejam os exemplos abaixo:
4. Há, de fato, a hipótese de que a inflação volte a cair,
todavia, não creio nisso: ainda conservo meu senso de
realidade.
É
absurdo
acreditar
em
tal
hipótese.
(Referente de "isso" e "tal" = "hipótese de que a inflação
volte a cair").
b) Coesão lexical é obtida pela reiteração (repetição
do mesmo item lexical, uso de sinônimos, nomes
genéricos, etc.) e pela contigüidade (uso de termos
pertencentes a um mesmo campo significativo).
b) Coesão lexical é obtida pela reiteração (repetição
do mesmo item lexical, uso de sinônimos, nomes
genéricos, etc.) e pela contigüidade (uso de termos
pertencentes a um mesmo campo significativo).
Exemplo:
O cavalo fugiu. O animal parecia assustado.
O aluno acordou preocupado. O candidato ia encarar
quatro horas de prova.
Retomada por palavra lexical
Exemplo:
1. José Alencar fará sessões diárias de quimioterapia.
O
vice-presidente
da
República
está
vencendo
corajosamente a batalha contra o câncer. (Referente de
"o vice-presidente da República" = "José Alencar" e
vice-versa).
 O que é um "hiperônimo"? E um "hipônimo"?
 O que é um "hiperônimo"? E um "hipônimo"?
Hiperônimos são indicadores de classes, ou seja, cada
hiperônimo
representa
uma
determinada
classe;
quanto aos hipônimos, cada um é elemento da classe
considerada. Ao analisar ambos, você percebe que
entre eles vigora uma relação do tipo "contém / está
contido" e vice-versa.
Exemplo:
 "fruta"
é
um
hiperônimo
e
"laranja",
"maçã",
"abacate", "melão" etc. são seus hipônimos.
 Note que "maçã", "laranja" etc. estão contidas em
"fruta"; além disso, toda laranja, por exemplo, é uma
fruta, mas nem toda fruta é uma laranja.
Exemplo:
 Há os hiperônimos muito gerais, tipo "coisa",
"troço", "problema", "negócio" etc.? Por que eles têm
esse nome?
 O que é uma coisa? Teoricamente, tudo pode caber
dentro desse nome e, além disso, repare que "coisa" já
virou até verbo!
c) Coesão por conexão ou sequencial permite
estabelecer relações de significado entre as partes
do texto (elementos ou orações) por meio de
marcadores
formais
–
conectivos,
palavras
denotativas: mas, porém, logo que, até, mesmo...
Concordância
 É a relação de gênero e número estabelecida
entre substantivos e adjetivos. A concordância pode
ser gramatical ou rígida (concordando com os
núcleos) e atrativa (concordando com o mais
próximo)
Exemplo:
Camisa e calça novas ou nova.
Sapato e cinto modernos ou moderno.
 Com gêneros diferentes, na concordância gramatical,
o masculino generaliza.
Exemplo:
Homem e mulher educados.
Homem e mulher educada.
Casos Especiais
1. Adjetivo anteposto a mais de um substantivo
 O adjetivo concordará com o substantivo mais
próximo.
Ex.: Ele possuía elegante postura e educação.
Observação:
a) Mas se ele (o adjetivo) funcionar como
predicativo (com verbo de ligação na frase),
optaremos pela concordância rígida.
Ex.: Estavam sujos os braços e as pernas.
Observação:
b) O adjetivo, obrigatoriamente, ira para o plural se
ele ser referir a nomes próprios.
Ex.: Os elegantes Pedro e João patrocinaram a
festa.
2. Adjetivo ligado a substantivos de gêneros
diferentes
 Poderemos
optar
pela
concordância
(prevalecendo o masculino) ou pela atrativa.
Ex.: Encontramos o muro e a porta pichados.
Ex.: Encontramos o muro e a porta pichada.
Ex.: Encontramos a porta e o muro pichado.
rígida
3.
Substantivo
feminino
(sem
determinante) + verbo ser + adjetivo.
 O adjetivo fica invariável.
Ex.: Água é bom.
Ex.: Poesia é necessário.
Ex.: É proibido permanência de menores.
elemento
3.
Substantivo
feminino
(sem
elemento
determinante) + verbo ser + adjetivo
 Mas,
se
ocorrer
o
elemento
determinante,
concordância é estabelecida.
Ex.: A água é boa.
Ex.: Esta poesia é necessária.
Ex.: É proibida a permanência de menores.
a
4. Anexo / Incluso:
 São adjetivos.
 Devem concordar.
Ex.: O documento segue anexo (incluso).
Ex.: As cartas vão anexas (inclusas).
Obs.: A expressão em anexo é invariável.
Ex.: O documento segue em anexo.
Ex.: As cartas vão em anexo.
5. Menos / Alerta / Pseudo
 São invariáveis.
Ex.: Elas estudaram menos este ano.
Ex.: Menos pessoas compareceram à última reunião.
Ex.: Os meninos estavam alerta.
Ex.: Eles eram pseudoprodutores.
6. Bastante:
 É rigorosamente igual a muito, suficiente.
 O que ocorrer com os citados vocábulos, ocorrerá com o
bastante:
Ex.: As alunas estudaram bastante este ano. (= muito)
Ex.: Compramos bastantes canetas. (= muitas)
Ex.: Já possuímos provas bastantes para a resolução do
caso. (= suficientes)
7. Barato / Caro:
 Barato e caro são adjetivos.
Ex.: Compramos livros baratos.
Ex.: Compramos livros caros.
7. Barato / Caro
 Mas podem funcionar como advérbios junto aos
verbos custar, pagar, comprar e vender.
Ex.: Pagamos caro (barato) por livros baratos (caros).
Ex.: Os livros caros (baratos) custaram barato (caro).
8. Meio / Todo
 São advérbios.
Ex.: Encontramos a porta meio (todo) aberta. (=
ligeiramente, totalmente)
8. Meio / Todo
 São advérbios.
Ex.: Encontramos a porta meio (todo) aberta. (=
ligeiramente, totalmente)
Obs.: Admite-se que todo varie.
Ex.: Encontramos a porta toda aberta.
9. Junto
 Pode ser uma locução prepositiva (junto a, junto de),
indicando posicionamento (invariável).
Ex.: Os lugares eram junto ao (junto do) palco.
 Pode ser um adjetivo, indicando companhia.
Ex.: Aquelas duas artistas moram juntas.
10. Só
Pode ser adjetivo (sozinho, a) ou palavra denotativa de
exclusão (= apenas, somente).
 Neste caso, ficará invariável.
Ex.: As meninas compareceram sós à cerimônia (=
sozinhas);
Ex.: Só as meninas compareceram à cerimônia (= apenas,
somente)
Observação: A sós é invariável.
Ex.: Ele estudava a sós em seu quarto.
11. Mesmo
Pode ser um pronome de reforço (próprio(a)(s)) ou
palavra denotativa de inclusão (= inclusive, até).
Neste caso, como toda palavra denotativa, invariável.
Ex.: Elas mesmas fizeram o trabalho (= próprias).
Ex.: Todas passarão, mesmo as preguiçosas (=
inclusive, até).
12. Tal qual
Com tal qual ocorrerá o seguinte: o vocábulo tal
concordará com o elemento que estiver a sua direita e o
qual com o da esquerda.
Ex.: Ele é tal qual o pai.
Ex.: Eles são tais quais os pais.
Ex.: Ele é tal quais os pais.
Ex.: Eles são tais qual o pai.
13.Obrigado / Quite
São adjetivos.
Concordam.
Ex.:
Muito
obrigado,
agradecido, grato).
agradeceu
o
menino
(=
13.Obrigado / Quite.
São adjetivos.
Concordam.
Ex.:
Muito
obrigada,
agradecida, grata).
agradeceu
a
menina
(=
13.Obrigado / Quite
São adjetivos.
Concordam.
Ex.: Estou quite com a escola (= em dia com minhas
obrigações).
14. O mais, o menos, o melhor, o pior + possível
O adjetivo possível concordará com o artigo.
Ex.: Daqui, temos visões o mais belas possível.
Ex.: Daqui, temos visões as mais belas possíveis.
14. O mais, o menos, o melhor, o pior + possível
O adjetivo possível concordará com o artigo.
Ex.: Daqui, temos visões o mais belas possível.
Ex.: Daqui, temos visões as mais belas possíveis.
Observação: quanto possível (invariável).
Ex.: Daqui, temos visões belas quanto possível.
15.Substantivos usados com valor de adjetivos
 Ficam invariáveis:
Ex.: Reuniões monstro.
Ex.: Camisas laranja.
15.Substantivos usados com valor de adjetivos
 Ficam invariáveis:
Ex.: Reuniões monstro.
Ex.: Camisas laranja.
Obs.: O mesmo ocorrerá quando um adjetivo funcionar
como advérbio de modo.
Ex.: Falemos sério.
16.
Particípios
Os particípios funcionam como adjetivos.
Concordam:
Ex.: Adiado o jogo, todos se retiraram.
Ex.: Feita e entrega, a exigência foi cumprida.
Obs.: O particípio, quando em um tempo composto,
conjugado na voz ativa, fica invariável.
Ex.: Os advogados tinham terminado a exposição de
motivos.
17.
Substantivo ligado a dois ou mais numerais
 A dupla concordância só é admitida se cada numeral
vier antecedido de artigo; caso contrário, o substantivo
fica no plural:
Ex.: Estudei aqui o primeiro e o segundo graus (ou grau).
Ex.: Estudei aqui o primeiro e segundo graus.
Ex.: Estudei aqui os graus primeiro e segundo.
18.
Um único substantivo determinado por mais
de um adjetivo
 Duas construções são possíveis.
a) Substantivo no singular:
Ex.: O ato prejudicou o comércio inglês e o italiano.
18.
Um único substantivo determinado por mais
de um adjetivo
 Duas construções são possíveis.
b) Substantivo no plural:
Ex.: O ato prejudicou os comércios inglês e italiano.
19.
A olhos vistos
 A expressão é invariável.
Ex.: O aluno melhorava a olhos vistos.
Ex.: As alunas melhoravam a olhos vistos.
20. Conforme / Conformes
Conforme:
Ex.:
Os
alunos
foram
chamados
conforme
a
classificação (= de acordo com).
Conformes:
Ex.: Os alunos ficaram conformes com a classificação
(= conformados).
21. Um e outro / Nem um nem outro + substantivo
 As expressões são seguidas por substantivo no
singular.
Ex.: Um e outro aluno saiu (ou saíram).
Ex.: Nem um nem outro aluno saiu.
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