Secretaria de Estado da Educação – SEED Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE Professora PDE Titulada Sandra Regina Cecilio MATERIAL DIDÁTICO: OAC Gênero discursivo carta do leitor: leitura, análise lingüística e produção de texto Fevereiro / 2008 Proposta N°7325 Situação do OAC: Em análise pela Equipe de Validação (Ciclo 2) Autor: SANDRA REGINA CECILIO Estabelecimento: IPIRANGA, E E - E FUND Ensino: E F ANOS FINAIS Disciplina: LINGUA PORTUGUESA Conteúdo: Discurso como prática social Cor do conteúdo: Problematização do Conteúdo Chamada para a Problematização: A carta do leitor é um gênero com diferentes propósitos comunicativos direcionados pelas condições de produção dos discursos. Texto: Este OAC é resultado do estudo orientado no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – na Universidade Estadual de Maringá em conjunto com a orientadora Profa. Ms. Lílian Cristina Buzatto Ritter (Departamento de Letras). Considerando que o objetivo do ensino de Língua Portuguesa é ampliar a competência do aluno para o exercício da fala, da leitura e da escrita selecionamos o estudo do gênero carta do leitor pelo fato de ser um gênero discursivo com diferentes propósitos comunicativos como opinar, agradecer, reclamar, solicitar, elogiar, criticar etc. Sendo assim, é importante no trabalho pedagógico considerar todo o contexto de produção na leitura do gênero para que o aluno perceba que são as condições de produção dos discursos que direcionam a escrita dos textos por seguirem determinados objetivos para públicos/ leitores distintos. Além disso, no trabalho pedagógico com este gênero podemos associar outros gêneros como a reportagem e o artigo de opinião, por exemplo, porque as cartas nos diferentes suportes – revistas ou jornais – quase sempre fazem referência a algo divulgado/ publicado anteriormente. Nesse sentido, o trabalho com o gênero carta do leitor pode instaurar a necessidade de outras leituras, fato que contribui para a diminuição da artificialidade do texto na sala de aula. Investigação Disciplinar Título: O ensino de Língua Portuguesa Texto: Mendonça (2001) salienta que, para muitos, gramática é sinônimo de Língua Portuguesa. Essa associação é decorrente da longa tradição do ensino que, calcada na norma culta valorizada pela sociedade do discurso (FOUCAULT, 1996) e, conseqüentemente, pela escola e pelos professores, continua a ter seu espaço garantido. As pesquisas na área dos estudos lingüísticos em muito têm contribuído para com o desenvolvimento do ensino da língua materna. Há mais de duas décadas, Geraldi (1999) já propunha o estudo do texto como unidade de ensino, que dentro da concepção interacionista de linguagem, é o centro de todo o processo de ensino-aprendizagem de língua. O autor preconiza o estudo do texto nas aulas de Língua Portuguesa, propondo que as atividades básicas de ensino – leitura, produção de textos e análise lingüística – sejam abordadas, sem artificialidade e de forma integrada. Propostas de ensino como o Currículo Básico para o Estado do Paraná (1990), as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – DCE – de Língua Portuguesa (2006) e resultados de pesquisas acadêmicas mostram que o ensino da Língua Portuguesa deve abranger fatores ligados às práticas da linguagem, numa abordagem discursivo-textual. Contudo, na prática parecem não serem observadas grandes mudanças. Resultados de pesquisas como o SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), por exemplo, têm mostrado que os alunos brasileiros apresentam dificuldades de leitura. O que fazer diante destas lacunas no ensino de Língua Portuguesa comprovada por pesquisas e instrumentos de avaliação externos? Por entendermos que o objetivo do ensino da língua materna seja ampliar a competência do aluno para o exercício da fala, da leitura e da escrita – ou seja, dar condições para que ele tenha o domínio de atividades verbais como ler criticamente, escrever para alguém ler, falar para auditórios diferenciados dentro da modalidade adequada e refletir sobre a própria linguagem – salientamos a necessidade de a instituição escolar possibilitar que o aluno aprenda a lidar com os diferentes modos de concretização que a linguagem apresenta. Isso posto, concordamos com Brandão (2003) que: Uma abordagem que privilegie a interação não pode estudar o texto de forma indiferenciada em que, qualquer que seja o texto, vale o mesmo modo de aproximação. Uma abordagem que privilegie a interação deve reconhecer tipos diferentes de textos, com diferentes formas de textualização, visando a diferentes situações de interlocução (BRANDÃO, 2003, p. 18). Nesse sentido, é essencial assinalar que os textos, socialmente produzidos, são de diversos gêneros, já que na sociedade há exemplares distintos de atividades sociais relacionadas à utilização da língua e uma diversidade de áreas de atividades humanas que operam com diferentes modos de produção e compreensão do texto/ discurso. Além disso, as comunidades lingüísticas são heterogêneas e nelas se encontram variadas visões de mundo e usos da linguagem. Desse modo, na busca dos sentidos dos textos consideramos importante verificar os efeitos de sentido que determinado texto produz, de acordo com sua constituição e condições de produção. Assim, entendemos que os textos merecem ser estudados levandose em conta as esferas de atividades nos quais são produzidos, juntamente com as relações dialógicas que se travam entre os enunciados, pois estes, conforme Bakhtin (1953/1997) são plenos de ecos de vozes que se cruzam em um processo contínuo de comunicação. Em vista do exposto, acreditamos na importância de a escola colaborar na (re)construção da situação de produção e recepção dos textos a fim de que possamos nos aproximar com maior êxito do objetivo de formar leitores/produtores de textos socialmente eficazes e críticos em favor da cidadania. Referências BAKHTIN, M. (VOLOCHINOV). Estética da criação verbal. Trad. De Maria E. Galvão G. Pereira. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997 (original de 1953). BRANDÃO, H. N. Texto, gêneros do discurso e ensino. IN: CHIAPPINI, L. (org.). Gêneros do discurso na escola: mito, cordel, discurso político, divulgação científica. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2003. (volume 5 – Coleção aprender e ensinar com textos), p. 17-45. FOUCAULT, M. A ordem do discurso. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1996. GERALDI, J. W. O texto na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Ática, 1999. MENDONÇA, M. C. Língua e Ensino: políticas de fechamento. In: Introdução à Lingüística: Domínios e fronteiras, v.2. MUSSALIM F. e BENTES A. C. (org.), São Paulo: Cortez, 2001, p. 233-264. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação – SEED, Curitiba, 2006. PARANÁ. Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. Curitiba: SEED/SUED, 1990. Perspectiva Interdisciplinar Título: Assuntos variados Texto: Por abordar temas variados de matérias de jornais e revistas, o trabalho pedagógico com o gênero discursivo carta do leitor pode envolver conteúdos de todas as disciplinas do currículo escolar. Contextualização Título: A carta do leitor Texto: A carta é um gênero discursivo que ao longo da história tem servido de meio de comunicação para diferentes fins – agradecimento, informações, cobrança, intimação, notícias familiares, prestação de contas, propaganda, solicitação, reclamação etc. Para Bazerman (2006), este gênero foi criado para mediar a distância entre dois indivíduos e está ligado às relações sociais. De acordo com Paiva (2004), a carta surgiu na Grécia antiga e foi utilizada para questões militares, administrativas e políticas expandindo-se para mensagens particulares e, aos poucos, para propósitos variados como religião, documentação, petição, manifestação, registro de histórias familiares etc. Devido à dinamicidade dos gêneros discursivos em função das necessidades sócio-culturais de nossa sociedade, o gênero carta originou outros gêneros - uma diversidade de cartas - como a carta familiar, a carta íntima, a carta de amor, a carta circular, a carta propaganda, a carta aberta, a carta de solicitação, a carta de reclamação, a carta ao leitor, a carta do leitor, dentre outras. Segundo o agrupamento de gêneros proposto por Dolz e Schneuwly (2004), a carta do leitor pertence à ordem do argumentar, situando-se na esfera de comunicação (domínio social) de assuntos/temas controversos. É um gênero que circula no contexto jornalístico, em seções específicas de revistas e jornais. Sua estrutura básica, de acordo com Silva (1997, apud Bezerra, 2002) apresenta seção de contato, núcleo da carta e seção de despedida. Acrescentamos aqui o título que se caracteriza como uma forma de sumarização do assunto exposto nas cartas. Bezerra (2002) vê a carta do leitor como um texto utilizado em situação de ausência de contato imediato entre remetente e destinatário que não se conhecem, atendendo a diversos propósitos comunicativos como opinar, agradecer, reclamar, solicitar, elogiar, criticar etc. Para Costa (2005), a carta do leitor é um termômetro que afere o grau de sucesso dos artigos publicados nos jornais e revistas, pois os leitores escrevem reagindo, positiva ou negativamente, ao que leram; além de propiciar a interação entre leitor e jornal/revista, dando a estes uma idéia das expectativas daqueles em relação à linha editorial. Mas, a autora ressalta que a carta do leitor constitui, sobretudo, um dispositivo eficaz de divulgação de problemas nos quais muitas vezes, pessoas defendem-se de serviços mal prestados ameaçando denunciar seus responsáveis ao “escrever para os jornais”. Assim, a carta do leitor pode configurar-se com teor de queixa, crítica e/ou denúncia. Referências: BAZERMAN, C. Gêneros textuais, tipificação e interação. Tradução e adaptação de Judith Chambliss Hoffnagel, São Paulo: Cortez, 2. ed., 2006. BEZERRA, Por que cartas de leitor na sala de aula? In: DIONISIO, A. P., MACHADO. A. R., BEZERRA, M. A (org.). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002, p. 208-216. COSTA, S. D. da. Cartas de leitores: gênero discursivo porta-voz de queixa, crítica e denúncia no jornal O Dia. In: Soletras – Revista do Departamento de Letras da UERJ – n 10, 2005, p.28-41. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/soletras/10/03.htm>. Acesso em 13 abril 2007. DOLZ, J. SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e org. Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004, p. 41-70. PAIVA, V. L. M. O. e, E-mail: um novo gênero textual. In: MARCUSCHI, L. A.; XAVIER, A. C. (orgs.) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucena, 2004, p. 68-90. Sítio Título do Sítio: O Diário Online Disponível em (endereço web): http://www.odiariomaringa.com.br Acessado em (mês.ano): Novembro/2007 Comentários: Na seção Caixa postal os leitores podem manifestar opiniões e comentários acerca de conteúdos veiculados em edições anteriores e sobre questões atuais da cidade. É importante destacar a necessidade de cadastramento para ter acesso aos conteúdos da edição online. Título do Sítio: Paraná On-line: o seu canal de informação Disponível em (endereço web): http://www.parana-online.com.br Acessado em (mês.ano): Novembro/2007 Comentários: Na seção "Mural" o espaço é reservado para o debate de assuntos gerais. O Jornal Paraná-Online publica apenas uma opinião por dia de cada internauta. De acordo com o jornal, o internauta deve ficar ciente de que ao postar uma opinião seu e-mail será publicado juntamente com o seu nome. É importante destacar a necessidade de cadastramento para ter acesso aos conteúdos da edição online. Título do Sítio: JL - Jornal de Londrina Disponível em (endereço web): http://portal.rpc.com.br/jl Acessado em (mês.ano): Novembro/2007 Comentários: O jornal apresenta uma seção chamada "Minha Londrina" na qual o leitor pode comentar, cobrar, dar idéias ou fazer elogios à cidade. De acordo com o jornal, o comentário poderá ser publicado no JL. Há também espaço para outros comentários na seção "Opinião do leitor". Proposta de Atividades Título: Análise Contrastiva de Cartas de Leitor Texto: Tipo de Atividade: Leitura contrastiva de cartas do leitor, análise e interpretação de textos do gênero carta do leitor. Público-alvo – 8ª série Objetivos: • Entender que a composição do gênero carta do leitor é planejada de acordo com sua função social e seus propósitos comunicativos; • Apropriar-se das características do gênero referentes às condições de produção, propósitos comunicativos, elementos composicionais, organização e conteúdo temático; • Contribuir para a formação de leitores críticos. Recursos: Revistas e jornais impressos e/ou virtuais. Método: As atividades serão realizadas no coletivo da sala de aula e em pequenos grupos de alunos. O professor será o grande mediador na seleção do material, questionamento, encaminhamento e acompanhamento das atividades realizadas em sala de aula. Desenvolvimento: Atividades: 1 - Reconhecimento do gênero: Apresentar várias cartas – carta pessoal, carta de reclamação, carta de solicitação, carta do leitor, carta ao leitor, etc. - e discutir com os alunos o propósito comunicativo de cada uma. 2- Propósitos comunicativos nas cartas de leitor: Expor cartas do leitor provenientes de diferentes suportes e para público-alvo distinto – público adulto (revistas Veja, Época, Exame etc.), público adolescente (revistas Capricho, Toda Teen etc.) público infantil (revista Ciência Hoje das Crianças, Recreio etc.). Na leitura das cartas, levar os alunos a entender que os conteúdos são diferentes porque cada revista é direcionada para públicos distintos. Ao mudar o suporte e o público-alvo, mudam-se também os objetivos, o nível de linguagem e a maneira de construir o discurso porque as cartas apresentam propósitos diferentes e, desse modo, as condições de produção direcionam a escrita das cartas. Assim, as cartas do leitor nas revistas para adolescentes podem tematizar pedidos de conselho, orientações relacionadas a sexo, saúde, relacionamentos, funcionando como uma espécie de consultório sentimental; as cartas do leitor em revistas infantis podem tematizar a interação entre leitor e revista, a troca de correspondência entre os leitores, a divulgação de clubes etc.; nas cartas de revistas direcionadas para adultos o tema é voltado para assuntos veiculados anteriormente pela revista e os leitores escrevem com o objetivo de opinar, comentar, parabenizar, completar informações sobre reportagens anteriores. É importante evidenciar nas discussões e leituras das cartas que a carta do leitor é produzida em co-autoria, e desse modo, tanto o leitor quanto os editores da revista constroem o discurso de acordo com a apreciação valorativa que fazem sobre a revista e o tema. Contudo, ao escolher cartas que fazem referências às matérias já mostradas pelas revistas, o veículo se auto-referencia pela fala do leitor. 3 – Analisar cartas considerando os elementos lingüísticos e seus efeitos de sentido: Nestas atividades é importante que o aluno perceba a função social do texto para que ele não relacione a leitura somente com o objetivo do trabalho a ser produzido em sala de aula. O objetivo é que o aluno, com a mediação do professor, perceba as características relativamente estáveis do gênero e de seu suporte. Nesta atividade o professor pode abordar, além de outros elementos, o uso de adjetivos ou expressões de valor positivo ou negativo e de elementos coesivos que são elementos lingüísticos comuns neste gênero. 4 – Produção de Texto Ler uma matéria de jornal e/ ou revista e posicionar-se em relação ao assunto escrevendo uma carta para o suporte da publicação. É interessante nesta atividade que a situação de produção em sala de aula se aproxime da situação de produção desse gênero como ocorre na sociedade. Dessa forma, é importante que o professor crie essa situação no espaço escolar. No caso de gêneros da esfera midiática, a produção e publicação de jornais e/ ou revistas escolares são projetos que conseguem abarcar esse momento enunciativo. Nesta atividade de escrita, que inclui os processos de refacção mediados pelo professor, é importante considerar aspectos das condições de produção como: •Número máximo de palavras ou caracteres exigidos pela revista/jornal, seguindo os critérios para o envio da carta. •Ter objetivos de escrita como: a) elogiar ou criticar algum aspecto da reportagem; b)opinar sobre o tema abordado, sempre argumentando; c) complementar as informações trazidas na reportagem etc. •Revisão cuidadosa da carta, atentando para os seguintes aspectos: considerar o leitor e o veículo de publicação do texto. ter em mente o objetivo de comentar sobre a publicação. estabelecer um contato cordial de tratamento com o destinatário, apresentar-se, explicitar o tema e os argumentos, finalizar a carta, utilizar “fórmulas de despedida”, assinar e dependendo do caso explicitar sua função social. empregar adequadamente a linguagem formal. marcar no texto expressões de polidez. Além do envio das cartas, o professor pode também construir um painel para divulgar todas as cartas escritas pela turma. OBS: se as cartas forem publicadas pela revista e/ ou jornal é interessante observar se passaram por edições. Se isso ocorrer, é relevante uma análise do processo de edição. Avaliação: a avaliação se dará de forma contínua, principalmente no processo de escrita das cartas, no qual o professor poderá perceber o quanto os alunos aprenderam do arranjo composicional do gênero, das marcas lingüísticas e seus efeitos de sentido e das condições de produção de cartas do leitor. Imagens Comentários e outras sugestões de Imagens: A invenção da escrita foi um dos grandes marcos da história da humanidade. Por meio dela, tornou-se possível a transmissão da história dos povos, das descobertas e dos conhecimentos adquiridos, o registro de idéias, de sentimentos, de protestos etc. Ela propicia a comunicação entre as pessoas, registra a autoridade da lei. É de extrema relevância na sociedade moderna. Sugestão de Leitura Categoria: Outros Sobrenome: BEZERRA Nome: Maria Auxiliadora Título: Por que cartas de leitor na sala de aula? Disponível em (endereço WEB): Comentários: Nesse artigo, a autora considera que trabalhar com cartas do leitor partindo do que os alunos já lêem pode tornar-se mais produtivo. Assim, após a caracterização do gênero, Bezerra analisa cartas veiculadas em revistas para adultos e para adolescentes tendo como ponto de partida a leitura/escrita do gênero como prática de letramento. In: DIONISIO, A. P., MACHADO. A. R., BEZERRA, M. A (org.). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002, p. 208-216. Categoria: Internet Sobrenome: CARDOSO Nome: Denise Porto Sobrenome Autor: SILVA Nome Autor: Antonieta Emanuelle Santos Título: Cartas de Leitor: atividades para o ensino médio Disponível em (endereço WEB): http://www.posgrap.ufs.br/periodicos/pdf/interdisciplina r/INTER_v02_n02_artigo_01.pdf Acesso em (mês.ano): Novembro/2007 Comentários: O artigo relata uma experiência educacional com o gênero carta do leitor direcionado para alunos da primeira série do ensino médio. As autoras assinalam que o trabalho pedagógico com este gênero auxilia na formação de uma prática pedagógica mais eficaz e na formação de leitores/produtores de textos críticos diante da realidade que os circunda. Categoria: Internet Sobrenome: MELLO Nome: Vera Helena Detee Título: Trabalhando com a gramática no gênero textual carta do leitor: uma abordagem enunciativa Disponível em (endereço WEB): http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/c d/Port/131.pdf Acesso em (mês.ano): Novembro/2007 Comentários: Neste artigo, a autora discute o ensino de língua portuguesa na concepção interacionista de linguagem e apresenta uma proposta de estudo da gramática no ensino médio a partir da exploração do gênero discursivo carta do leitor, apresentando análises de três cartas veiculadas na revista Veja, à luz da teoria da enunciação. Categoria: Livro Sobrenome: COSTA HÜBES (coord.) Nome: Terezinha da Conceição Título do Livro: Seqüência Didática: uma proposta para o ensino da Língua Portuguesa nas séries iniciais Edição: 1 Local da Publicação: Cascavel Editora: AMOP e Departamento de Educação Disponível em (endereço WEB): Ano da Publicação: 2007 Comentários: O caderno pedagógico traz orientação metodológica ancorada nos gêneros textuais como objeto de ensino e uma série de seqüências didáticas de gêneros variados para as séries iniciais da educação básica: lista de compras, rótulo, adivinhas, conto de fadas, receita culinária, cartum, fábula, lenda, poema, carta familiar, seminário, resenha crítica, artigo de opinião, biografia/autobiografia e carta do leitor. As seqüências didáticas foram produzidas por professores participantes do Grupo de Estudo "o ensino da gramática numa perspectiva textual/discursiva" no município de Cascavel/PR. Caderno Pedagógico 01 Seqüência Didática: uma proposta para o ensino da Língua Portuguesa nas séries iniciais. Publicação da AMOP – Associação dos municípios do Oeste do Paraná e Departamento de Educação, Cascavel. Categoria: Outros Sobrenome: PEREIRA Nome: Juliana Sell do Vale Sobrenome Autor: ALMEIDA Nome Autor: Marina Barbosa de Título: “Sabe tudo sobre tudo”: análise da seção de cartaspergunta em revistas femininas para adolescentes Disponível em (endereço WEB): Comentários: Neste artigo há análises de cartas de leitor em revistas para adolescentes. IN: MEURER, J. L.; DESIRÉE, M.R. (orgs). Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o ensino da linguagem. Bauru, SP: EDUSC, 2002. Destaques Título: Números Texto: Muitos jornais e revistas dão destaque às cartas recebidas durante a semana ou mês. Para tanto, apresentam um quadro demonstrativo que informam o total de cartas recebidas no período. O gênero discursivo carta do leitor por seu caráter de contato entre leitor e equipe de redação reforça os laços sociais entre ambos constituindo-se em uma estratégia de marketing positiva para a própria revista e/ou jornal. Assim, valorizando-se os leitores, os laços sociais entre um e outro são estreitados e isso também garante o “consumo”. Nesse sentido, esta publicação constitui-se em uma estratégia de marketing positiva para a revista/ jornal. Paraná Título: "Escrita e ensino gramatical: um novo olhar para um velho problema" Texto: No Estado do Paraná, destacamos o trabalho realizado no projeto de pesquisa “Escrita e ensino gramatical: um novo olhar para um velho problema” desenvolvido pela Universidade Estadual de Londrina entre os anos de 2003 e 2007, coordenado pela Profa Dra Alba Maria Perfeito e do qual fizeram parte a autora deste OAC - professora PDE titulada - e sua orientadora PDE. O projeto envolveu docentes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR - Londrina) e da Universidade Estadual de Maringá (UEM), alunos de graduação e pósgraduação e professores, com seus alunos de quarta e oitava séries do ensino fundamental (séries finais de cada ciclo) de escolas públicas e uma particular de três cidades paranaenses - Londrina, Maringá e Apucarana. Ancorando-se no percurso metodológico de pesquisa em Lingüística Aplicada, o projeto atendeu a demanda de instrumentos de reflexão mais adequados ao estudo de práticas contextualizadas de ensino gramatical, investindo na formação contínua do professor objetivando aprimorar sua formação via diagnóstico e intervenção, por meio de reflexão prática-teoria-prática. Em um primeiro momento, investigou-se etnograficamente, em situação de sala de aula, o trabalho gramatical docente no ensino fundamental, suas relações com a leitura e escrita no que tange às concepções de linguagem adotadas. De forma geral, apesar de se saber, pelo menos no plano teórico, da existência de três práticas interdependentes a serem trabalhadas nas aulas de Língua Portuguesa – leitura, análise lingüística, incluindo-se a gramática, e produção textual – o diagnóstico revelou que há uma desarticulação entre elas, uma vez que não se considera o texto como ponto de partida e chegada de todo o processo de ensino-aprendizagem e, ainda, que o tratamento didático gramatical em termos de categorizações, definições e prescrições continua presente nas salas de aula. Diante disso, no processo de intervenção os integrantes do projeto trabalharam com os professores envolvidos , discutindo encaminhamentos metodológicos ancorados na teoria dos gêneros discursivos, fundamentada na teoria bakhtiniana que assume a natureza interacional da linguagem. O projeto culminou com o curso “Gramática contextualizada às práticas de leitura e de produção textual” (maio a novembro de 2007, na cidade de Londrina) tendo como público-alvo professores da rede pública estadual, incluindo professores PDE. O curso teve como objetivo a reflexão e prática sobre os gêneros discursivos, como eixo de articulação e de progressão curricular, apresentando embasamento teórico e sugestões de seqüências didáticas de/com variados gêneros discursivos como carta do leitor, literatura de cordel, narrativa com mito, fábula, crônica fictícia infantil, crônica de humor, notícia, biografia, comunicado, resenha crítica, texto de divulgação científica, editorial, artigo de opinião, poema, bula de remédio e etiqueta. O material trabalhado no curso foi disponibilizado em CD ROM pela equipe que desenvolveu o projeto na universidade. Copyright © 2003 - Portal Educacional do Estado do Paraná Secretaria de Estado da Educação do Paraná Av. 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