MATERIAL DIDÁTICO: OAC Gênero discursivo carta do leitor: leitura

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Secretaria de Estado da Educação – SEED
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE
Professora PDE Titulada
Sandra Regina Cecilio
MATERIAL DIDÁTICO: OAC
Gênero discursivo carta do leitor: leitura, análise
lingüística e produção de texto
Fevereiro / 2008
Proposta N°7325
Situação do OAC:
Em análise pela Equipe de Validação (Ciclo 2)
Autor:
SANDRA REGINA CECILIO
Estabelecimento:
IPIRANGA, E E - E FUND
Ensino:
E F ANOS FINAIS
Disciplina:
LINGUA PORTUGUESA
Conteúdo:
Discurso como prática social
Cor do conteúdo:
Problematização do Conteúdo
Chamada para a Problematização: A carta do leitor é um gênero com
diferentes propósitos comunicativos direcionados pelas condições de
produção dos discursos.
Texto:
Este OAC é resultado do estudo orientado no Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE – na Universidade Estadual de
Maringá em conjunto com a orientadora Profa. Ms. Lílian Cristina Buzatto
Ritter (Departamento de Letras).
Considerando que o objetivo do ensino de Língua Portuguesa é
ampliar a competência do aluno para o exercício da fala, da leitura e da
escrita selecionamos o estudo do gênero carta do leitor pelo fato de ser
um gênero discursivo com diferentes propósitos comunicativos como
opinar, agradecer, reclamar, solicitar, elogiar, criticar etc. Sendo assim,
é importante no trabalho pedagógico considerar todo o contexto de
produção na leitura do gênero para que o aluno perceba que são as
condições de produção dos discursos que direcionam a escrita dos
textos por seguirem determinados objetivos para públicos/ leitores
distintos.
Além disso, no trabalho pedagógico com este gênero podemos
associar outros gêneros como a reportagem e o artigo de opinião, por
exemplo, porque as cartas nos diferentes suportes – revistas ou jornais
– quase sempre fazem referência a algo divulgado/ publicado
anteriormente. Nesse sentido, o trabalho com o gênero carta do leitor
pode instaurar a necessidade de outras leituras, fato que contribui para
a diminuição da artificialidade do texto na sala de aula.
Investigação Disciplinar
Título: O ensino de Língua Portuguesa
Texto:
Mendonça (2001) salienta que, para muitos, gramática é sinônimo
de Língua Portuguesa. Essa associação é decorrente da longa tradição
do ensino que, calcada na norma culta valorizada pela sociedade do
discurso (FOUCAULT, 1996) e, conseqüentemente, pela escola e pelos
professores, continua a ter seu espaço garantido. As pesquisas na área
dos estudos lingüísticos em muito têm contribuído para com o
desenvolvimento do ensino da língua materna. Há mais de duas
décadas, Geraldi (1999) já propunha o estudo do texto como unidade de
ensino, que dentro da concepção interacionista de linguagem, é o centro
de todo o processo de ensino-aprendizagem de língua. O autor
preconiza o estudo do texto nas aulas de Língua Portuguesa, propondo
que as atividades básicas de ensino – leitura, produção de textos e
análise lingüística – sejam abordadas, sem artificialidade e de forma
integrada.
Propostas de ensino como o Currículo Básico para o Estado do
Paraná (1990), as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – DCE –
de Língua Portuguesa (2006) e resultados de pesquisas acadêmicas
mostram que o ensino da Língua Portuguesa deve abranger fatores
ligados às práticas da linguagem, numa abordagem discursivo-textual.
Contudo, na prática parecem não serem observadas grandes mudanças.
Resultados de pesquisas como o SAEB (Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Básica) e o PISA (Programa Internacional de Avaliação de
Alunos), por exemplo, têm mostrado que os alunos brasileiros
apresentam dificuldades de leitura.
O que fazer diante destas lacunas no ensino de Língua Portuguesa
comprovada por pesquisas e instrumentos de avaliação externos?
Por entendermos que o objetivo do ensino da língua materna seja
ampliar a competência do aluno para o exercício da fala, da leitura e da
escrita – ou seja, dar condições para que ele tenha o domínio de
atividades verbais como ler criticamente, escrever para alguém ler, falar
para auditórios diferenciados dentro da modalidade adequada e refletir
sobre a própria linguagem – salientamos a necessidade de a instituição
escolar possibilitar que o aluno aprenda a lidar com os diferentes modos
de concretização que a linguagem apresenta.
Isso posto, concordamos com Brandão (2003) que:
Uma abordagem que privilegie a interação não pode
estudar o texto de forma indiferenciada em que,
qualquer que seja o texto, vale o mesmo modo de
aproximação. Uma abordagem que privilegie a
interação deve reconhecer tipos diferentes de textos,
com diferentes formas de textualização, visando a
diferentes situações de interlocução (BRANDÃO, 2003,
p. 18).
Nesse sentido, é essencial assinalar que os textos, socialmente
produzidos, são de diversos gêneros, já que na sociedade há exemplares
distintos de atividades sociais relacionadas à utilização da língua e uma
diversidade de áreas de atividades humanas que operam com diferentes
modos de produção e compreensão do texto/ discurso. Além disso, as
comunidades lingüísticas são heterogêneas e nelas se encontram
variadas visões de mundo e usos da linguagem. Desse modo, na busca
dos sentidos dos textos consideramos importante verificar os efeitos de
sentido que determinado texto produz, de acordo com sua constituição
e condições de produção.
Assim, entendemos que os textos merecem ser estudados levandose em conta as esferas de atividades nos quais são produzidos,
juntamente com as relações dialógicas que se travam entre os
enunciados, pois estes, conforme Bakhtin (1953/1997) são plenos de
ecos de vozes que se cruzam em um processo contínuo de comunicação.
Em vista do exposto, acreditamos na importância de a escola
colaborar na (re)construção da situação de produção e recepção dos
textos a fim de que possamos nos aproximar com maior êxito do
objetivo de formar leitores/produtores de textos socialmente eficazes e
críticos em favor da cidadania.
Referências
BAKHTIN, M. (VOLOCHINOV). Estética da criação verbal. Trad. De Maria
E. Galvão G. Pereira. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997 (original de
1953).
BRANDÃO, H. N. Texto, gêneros do discurso e ensino. IN: CHIAPPINI, L.
(org.). Gêneros do discurso na escola: mito, cordel, discurso político,
divulgação científica. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2003. (volume 5 –
Coleção aprender e ensinar com textos), p. 17-45.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1996.
GERALDI, J. W. O texto na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Ática, 1999.
MENDONÇA, M. C. Língua e Ensino: políticas de fechamento. In:
Introdução à Lingüística: Domínios e fronteiras, v.2. MUSSALIM F. e
BENTES A. C. (org.), São Paulo: Cortez, 2001, p. 233-264.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação – SEED, Curitiba,
2006.
PARANÁ. Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná.
Curitiba: SEED/SUED, 1990.
Perspectiva Interdisciplinar
Título: Assuntos variados
Texto:
Por abordar temas variados de matérias de jornais e revistas, o
trabalho pedagógico com o gênero discursivo carta do leitor pode
envolver conteúdos de todas as disciplinas do currículo escolar.
Contextualização
Título: A carta do leitor
Texto:
A carta é um gênero discursivo que ao longo da história tem
servido de meio de comunicação para diferentes fins – agradecimento,
informações, cobrança, intimação, notícias familiares, prestação de
contas, propaganda, solicitação, reclamação etc. Para Bazerman
(2006), este gênero foi criado para mediar a distância entre dois
indivíduos e está ligado às relações sociais.
De acordo com Paiva (2004), a carta surgiu na Grécia antiga e foi
utilizada para questões militares, administrativas e políticas
expandindo-se para mensagens particulares e, aos poucos, para
propósitos
variados
como
religião,
documentação,
petição,
manifestação, registro de histórias familiares etc. Devido à
dinamicidade dos gêneros discursivos em função das necessidades
sócio-culturais de nossa sociedade, o gênero carta originou outros
gêneros - uma diversidade de cartas - como a carta familiar, a carta
íntima, a carta de amor, a carta circular, a carta propaganda, a carta
aberta, a carta de solicitação, a carta de reclamação, a carta ao leitor, a
carta do leitor, dentre outras.
Segundo o agrupamento de gêneros proposto por Dolz e
Schneuwly (2004), a carta do leitor pertence à ordem do argumentar,
situando-se na esfera de comunicação (domínio social) de
assuntos/temas controversos. É um gênero que circula no contexto
jornalístico, em seções específicas de revistas e jornais. Sua estrutura
básica, de acordo com Silva (1997, apud Bezerra, 2002) apresenta
seção de contato, núcleo da carta e seção de despedida.
Acrescentamos aqui o título que se caracteriza como uma forma de
sumarização do assunto exposto nas cartas.
Bezerra (2002) vê a carta do leitor como um texto utilizado em
situação de ausência de contato imediato entre remetente e
destinatário que não se conhecem, atendendo a diversos propósitos
comunicativos como opinar, agradecer, reclamar, solicitar, elogiar,
criticar etc. Para Costa (2005), a carta do leitor é um termômetro que
afere o grau de sucesso dos artigos publicados nos jornais e revistas,
pois os leitores escrevem reagindo, positiva ou negativamente, ao que
leram; além de propiciar a interação entre leitor e jornal/revista,
dando a estes uma idéia das expectativas daqueles em relação à linha
editorial. Mas, a autora ressalta que a carta do leitor constitui,
sobretudo, um dispositivo eficaz de divulgação de problemas nos
quais muitas vezes, pessoas defendem-se de serviços mal prestados
ameaçando denunciar seus responsáveis ao “escrever para os
jornais”. Assim, a carta do leitor pode configurar-se com teor de
queixa, crítica e/ou denúncia.
Referências:
BAZERMAN, C. Gêneros textuais, tipificação e interação. Tradução e
adaptação de Judith Chambliss Hoffnagel, São Paulo: Cortez, 2. ed.,
2006.
BEZERRA, Por que cartas de leitor na sala de aula? In: DIONISIO, A. P.,
MACHADO. A. R., BEZERRA, M. A (org.). Gêneros textuais e ensino. Rio
de Janeiro: Lucerna, 2002, p. 208-216.
COSTA, S. D. da. Cartas de leitores: gênero discursivo porta-voz de
queixa, crítica e denúncia no jornal O Dia. In: Soletras – Revista do
Departamento de Letras da UERJ – n 10, 2005, p.28-41. Disponível em:
<http://www.filologia.org.br/soletras/10/03.htm>. Acesso em 13 abril
2007.
DOLZ, J. SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e
escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça
(francófona). In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na
escola. Trad. e org. Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas:
Mercado de Letras, 2004, p. 41-70.
PAIVA, V. L. M. O. e, E-mail: um novo gênero textual. In: MARCUSCHI, L.
A.; XAVIER, A. C. (orgs.) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro:
Lucena, 2004, p. 68-90.
Sítio
Título do Sítio: O Diário Online
Disponível em (endereço web): http://www.odiariomaringa.com.br
Acessado em (mês.ano): Novembro/2007
Comentários:
Na seção Caixa postal os leitores podem manifestar opiniões e
comentários acerca de conteúdos veiculados em edições anteriores e
sobre questões atuais da cidade. É importante destacar a necessidade
de cadastramento para ter acesso aos conteúdos da edição online.
Título do Sítio: Paraná On-line: o seu canal de informação
Disponível em (endereço web): http://www.parana-online.com.br
Acessado em (mês.ano): Novembro/2007
Comentários:
Na seção "Mural" o espaço é reservado para o debate de assuntos
gerais. O Jornal Paraná-Online publica apenas uma opinião por dia de
cada internauta. De acordo com o jornal, o internauta deve ficar ciente
de que ao postar uma opinião seu e-mail será publicado juntamente com
o seu nome. É importante destacar a necessidade de cadastramento
para ter acesso aos conteúdos da edição online.
Título do Sítio: JL - Jornal de Londrina
Disponível em (endereço web): http://portal.rpc.com.br/jl
Acessado em (mês.ano): Novembro/2007
Comentários:
O jornal apresenta uma seção chamada "Minha Londrina" na qual o
leitor pode comentar, cobrar, dar idéias ou fazer elogios à cidade. De
acordo com o jornal, o comentário poderá ser publicado no JL. Há
também espaço para outros comentários na seção "Opinião do leitor".
Proposta de Atividades
Título: Análise Contrastiva de Cartas de Leitor
Texto:
Tipo de Atividade: Leitura contrastiva de cartas do leitor, análise e
interpretação de textos do gênero carta do leitor.
Público-alvo – 8ª série
Objetivos:
• Entender que a composição do gênero carta do leitor é planejada
de acordo com sua função social e seus propósitos comunicativos;
• Apropriar-se das características do gênero referentes às condições
de produção, propósitos comunicativos, elementos composicionais,
organização e conteúdo temático;
• Contribuir para a formação de leitores críticos.
Recursos: Revistas e jornais impressos e/ou virtuais.
Método: As atividades serão realizadas no coletivo da sala de aula e em
pequenos grupos de alunos. O professor será o grande mediador na
seleção
do
material,
questionamento,
encaminhamento
e
acompanhamento das atividades realizadas em sala de aula.
Desenvolvimento:
Atividades:
1 - Reconhecimento do gênero:
Apresentar várias cartas – carta pessoal, carta de reclamação, carta
de solicitação, carta do leitor, carta ao leitor, etc. - e discutir com os
alunos o propósito comunicativo de cada uma.
2- Propósitos comunicativos nas cartas de leitor:
Expor cartas do leitor provenientes de diferentes suportes e para
público-alvo distinto – público adulto (revistas Veja, Época, Exame etc.),
público adolescente (revistas Capricho, Toda Teen etc.) público infantil
(revista Ciência Hoje das Crianças, Recreio etc.).
Na leitura das cartas, levar os alunos a entender que os conteúdos
são diferentes porque cada revista é direcionada para públicos distintos.
Ao mudar o suporte e o público-alvo, mudam-se também os objetivos, o
nível de linguagem e a maneira de construir o discurso porque as cartas
apresentam propósitos diferentes e, desse modo, as condições de
produção direcionam a escrita das cartas. Assim, as cartas do leitor nas
revistas para adolescentes podem tematizar pedidos de conselho,
orientações relacionadas a sexo, saúde, relacionamentos, funcionando
como uma espécie de consultório sentimental; as cartas do leitor em
revistas infantis podem tematizar a interação entre leitor e revista, a
troca de correspondência entre os leitores, a divulgação de clubes etc.;
nas cartas de revistas direcionadas para adultos o tema é voltado para
assuntos veiculados anteriormente pela revista e os leitores escrevem
com o objetivo de opinar, comentar, parabenizar, completar
informações sobre reportagens anteriores.
É importante evidenciar nas discussões e leituras das cartas que a
carta do leitor é produzida em co-autoria, e desse modo, tanto o leitor
quanto os editores da revista constroem o discurso de acordo com a
apreciação valorativa que fazem sobre a revista e o tema. Contudo, ao
escolher cartas que fazem referências às matérias já mostradas pelas
revistas, o veículo se auto-referencia pela fala do leitor.
3 – Analisar cartas considerando os elementos lingüísticos e seus
efeitos de sentido:
Nestas atividades é importante que o aluno perceba a função social
do texto para que ele não relacione a leitura somente com o objetivo do
trabalho a ser produzido em sala de aula. O objetivo é que o aluno, com
a mediação do professor, perceba as características relativamente
estáveis do gênero e de seu suporte.
Nesta atividade o professor pode abordar, além de outros elementos, o
uso de adjetivos ou expressões de valor positivo ou negativo e de
elementos coesivos que são elementos lingüísticos comuns neste
gênero.
4 – Produção de Texto
Ler uma matéria de jornal e/ ou revista e posicionar-se em relação
ao assunto escrevendo uma carta para o suporte da publicação. É
interessante nesta atividade que a situação de produção em sala de aula
se aproxime da situação de produção desse gênero como ocorre na
sociedade. Dessa forma, é importante que o professor crie essa situação
no espaço escolar. No caso de gêneros da esfera midiática, a produção e
publicação de jornais e/ ou revistas escolares são projetos que
conseguem abarcar esse momento enunciativo.
Nesta atividade de escrita, que inclui os processos de refacção
mediados pelo professor, é importante considerar aspectos das
condições de produção como:
•Número máximo de palavras ou caracteres exigidos pela
revista/jornal, seguindo os critérios para o envio da carta.
•Ter objetivos de escrita como: a) elogiar ou criticar algum aspecto
da reportagem; b)opinar sobre o tema abordado, sempre
argumentando; c) complementar as informações trazidas na
reportagem etc.
•Revisão cuidadosa da carta, atentando para os seguintes aspectos:
considerar o leitor e o veículo de publicação do texto.
ter em mente o objetivo de comentar sobre a publicação.
estabelecer um contato cordial de tratamento com o destinatário,
apresentar-se, explicitar o tema e os argumentos, finalizar a
carta, utilizar “fórmulas de despedida”, assinar e dependendo do
caso explicitar sua função social.
empregar adequadamente a linguagem formal.
marcar no texto expressões de polidez.
Além do envio das cartas, o professor pode também construir um painel
para divulgar todas as cartas escritas pela turma.
OBS: se as cartas forem publicadas pela revista e/ ou jornal é
interessante observar se passaram por edições. Se isso ocorrer, é
relevante uma análise do processo de edição.
Avaliação: a avaliação se dará de forma contínua, principalmente no
processo de escrita das cartas, no qual o professor poderá perceber o
quanto os alunos aprenderam do arranjo composicional do gênero, das
marcas lingüísticas e seus efeitos de sentido e das condições de
produção de cartas do leitor.
Imagens
Comentários e outras sugestões de Imagens:
A invenção da escrita foi um dos grandes marcos da história da
humanidade. Por meio dela, tornou-se possível a transmissão da história
dos povos, das descobertas e dos conhecimentos adquiridos, o registro
de idéias, de sentimentos, de protestos etc. Ela propicia a comunicação
entre as pessoas, registra a autoridade da lei. É de extrema relevância na
sociedade moderna.
Sugestão de Leitura
Categoria: Outros
Sobrenome:
BEZERRA
Nome:
Maria Auxiliadora
Título:
Por que cartas de leitor na sala de aula?
Disponível em
(endereço WEB):
Comentários:
Nesse artigo, a autora considera que trabalhar com cartas do leitor partindo do
que os alunos já lêem pode tornar-se mais produtivo. Assim, após a
caracterização do gênero, Bezerra analisa cartas veiculadas em revistas para
adultos e para adolescentes tendo como ponto de partida a leitura/escrita do
gênero como prática de letramento.
In: DIONISIO, A. P., MACHADO. A. R., BEZERRA, M. A (org.). Gêneros textuais e
ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002, p. 208-216.
Categoria: Internet
Sobrenome:
CARDOSO
Nome:
Denise Porto
Sobrenome Autor:
SILVA
Nome Autor:
Antonieta Emanuelle Santos
Título:
Cartas de Leitor: atividades para o ensino médio
Disponível em
(endereço WEB):
http://www.posgrap.ufs.br/periodicos/pdf/interdisciplina
r/INTER_v02_n02_artigo_01.pdf
Acesso em
(mês.ano):
Novembro/2007
Comentários:
O artigo relata uma experiência educacional com o gênero carta do leitor
direcionado para alunos da primeira série do ensino médio. As autoras assinalam
que o trabalho pedagógico com este gênero auxilia na formação de uma prática
pedagógica mais eficaz e na formação de leitores/produtores de textos críticos
diante da realidade que os circunda.
Categoria: Internet
Sobrenome:
MELLO
Nome:
Vera Helena Detee
Título:
Trabalhando com a gramática no gênero textual carta do
leitor: uma abordagem enunciativa
Disponível em
(endereço WEB):
http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/c
d/Port/131.pdf
Acesso em
(mês.ano):
Novembro/2007
Comentários:
Neste artigo, a autora discute o ensino de língua portuguesa na concepção
interacionista de linguagem e apresenta uma proposta de estudo da gramática
no ensino médio a partir da exploração do gênero discursivo carta do leitor,
apresentando análises de três cartas veiculadas na revista Veja, à luz da teoria
da enunciação.
Categoria: Livro
Sobrenome:
COSTA HÜBES (coord.)
Nome:
Terezinha da Conceição
Título do Livro:
Seqüência Didática: uma proposta para o ensino da
Língua Portuguesa nas séries iniciais
Edição:
1
Local da Publicação: Cascavel
Editora:
AMOP e Departamento de Educação
Disponível em
(endereço WEB):
Ano da Publicação:
2007
Comentários:
O caderno pedagógico traz orientação metodológica ancorada nos gêneros
textuais como objeto de ensino e uma série de seqüências didáticas de gêneros
variados para as séries iniciais da educação básica: lista de compras, rótulo,
adivinhas, conto de fadas, receita culinária, cartum, fábula, lenda, poema, carta
familiar, seminário, resenha crítica, artigo de opinião, biografia/autobiografia e
carta do leitor.
As seqüências didáticas foram produzidas por professores participantes do Grupo
de Estudo "o ensino da gramática numa perspectiva textual/discursiva" no
município de Cascavel/PR.
Caderno Pedagógico 01
Seqüência Didática: uma proposta para o ensino da Língua Portuguesa nas
séries iniciais.
Publicação da AMOP – Associação dos municípios do Oeste do Paraná e
Departamento de Educação, Cascavel.
Categoria: Outros
Sobrenome:
PEREIRA
Nome:
Juliana Sell do Vale
Sobrenome Autor:
ALMEIDA
Nome Autor:
Marina Barbosa de
Título:
“Sabe tudo sobre tudo”: análise da seção de cartaspergunta em revistas femininas para adolescentes
Disponível em
(endereço WEB):
Comentários:
Neste artigo há análises de cartas de leitor em revistas para adolescentes.
IN: MEURER, J. L.; DESIRÉE, M.R. (orgs). Gêneros textuais e práticas
discursivas: subsídios para o ensino da linguagem. Bauru, SP: EDUSC, 2002.
Destaques
Título: Números
Texto:
Muitos jornais e revistas dão destaque às cartas recebidas durante a
semana ou mês. Para tanto, apresentam um quadro demonstrativo que
informam o total de cartas recebidas no período. O gênero discursivo
carta do leitor por seu caráter de contato entre leitor e equipe de
redação reforça os laços sociais entre ambos constituindo-se em uma
estratégia de marketing positiva para a própria revista e/ou jornal.
Assim, valorizando-se os leitores, os laços sociais entre um e outro são
estreitados e isso também garante o “consumo”. Nesse sentido, esta
publicação constitui-se em uma estratégia de marketing positiva para a
revista/ jornal.
Paraná
Título: "Escrita e ensino gramatical: um novo olhar para um velho
problema"
Texto:
No Estado do Paraná, destacamos o trabalho realizado no projeto
de pesquisa “Escrita e ensino gramatical: um novo olhar para um velho
problema” desenvolvido pela Universidade Estadual de Londrina entre
os anos de 2003 e 2007, coordenado pela Profa Dra Alba Maria
Perfeito e do qual fizeram parte a autora deste OAC - professora PDE
titulada - e sua orientadora PDE.
O projeto envolveu docentes da Universidade Estadual de Londrina
(UEL), da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR - Londrina) e da
Universidade Estadual de Maringá (UEM), alunos de graduação e pósgraduação e professores, com seus alunos de quarta e oitava séries do
ensino fundamental (séries finais de cada ciclo) de escolas públicas e
uma particular de três cidades paranaenses - Londrina, Maringá e
Apucarana.
Ancorando-se no percurso metodológico de pesquisa em
Lingüística Aplicada, o projeto atendeu a demanda de instrumentos de
reflexão mais adequados ao estudo de práticas contextualizadas de
ensino gramatical, investindo na formação contínua do professor
objetivando aprimorar sua formação via diagnóstico e intervenção, por
meio de reflexão prática-teoria-prática.
Em um primeiro momento, investigou-se etnograficamente, em
situação de sala de aula, o trabalho gramatical docente no ensino
fundamental, suas relações com a leitura e escrita no que tange às
concepções de linguagem adotadas. De forma geral, apesar de se saber,
pelo menos no plano teórico, da existência de três práticas
interdependentes a serem trabalhadas nas aulas de Língua Portuguesa
– leitura, análise lingüística, incluindo-se a gramática, e produção
textual – o diagnóstico revelou que há uma desarticulação entre elas,
uma vez que não se considera o texto como ponto de partida e chegada
de todo o processo de ensino-aprendizagem e, ainda, que o tratamento
didático gramatical em termos de categorizações, definições e
prescrições continua presente nas salas de aula.
Diante disso, no processo de intervenção os integrantes do projeto
trabalharam
com
os
professores
envolvidos
,
discutindo
encaminhamentos metodológicos ancorados na teoria dos gêneros
discursivos, fundamentada na teoria bakhtiniana que assume a natureza
interacional da linguagem.
O projeto culminou com o curso “Gramática contextualizada às
práticas de leitura e de produção textual” (maio a novembro de 2007,
na cidade de Londrina) tendo como público-alvo professores da rede
pública estadual, incluindo professores PDE. O curso teve como objetivo
a reflexão e prática sobre os gêneros discursivos, como eixo de
articulação e de progressão curricular, apresentando embasamento
teórico e sugestões de seqüências didáticas de/com variados gêneros
discursivos como carta do leitor, literatura de cordel, narrativa com
mito, fábula, crônica fictícia infantil, crônica de humor, notícia,
biografia, comunicado, resenha crítica, texto de divulgação científica,
editorial, artigo de opinião, poema, bula de remédio e etiqueta.
O material trabalhado no curso foi disponibilizado em CD ROM pela
equipe que desenvolveu o projeto na universidade.
Copyright © 2003 - Portal Educacional do Estado do Paraná
Secretaria de Estado da Educação do Paraná
Av. Água Verde, 2140 - Água Verde - CEP 80240-900 Curitiba-PR - Fone: (41) 3340-1500
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