SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Importância do planejamento para a elaboração de um plano de negócios. Rodolfo do Nascimento Souto Discente – Curso de Administração com habilitação em comercio exterior Unaerp - Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá [email protected] Resumo: O assunto que será apresentado ao longo deste trabalho, foi desenvolvido na cidade de Guarujá, o povo brasileiro é reconhecido como um dos mais empreendedores do mundo, porem precisa determinar com clareza o objetivo que deseja alcançar e desenhar um roteiro para conseguir alcança-lo. Deve conhecer a realidade do mercado em que pretende atuar e de seus concorrentes. E com como objetivo analisar os motivos de muitos empreendedores ter o tempo de vida curto de suas empresas em Guarujá e propor uma estrutura básica de planos de negócios. A utilidade deste estudo poderá servir como base a ser aplicada a novos empresários, para se ter outra visão de empreendedorismo na região de Guarujá, como forma de geração de bom planejamento, valor, emprego e renda. O trabalho foi elaborado através de pesquisas bibliográficas, entrevistas informais, internet e outros meios, foi analisado a historia do empreendedorismo no Brasil e o curto tempo de vida de muitas empresas, e foi procurado montar uma estrutura para o empreendedor ter uma melhor visão do plano de negócios. O mundo empresarial e dos negócios pertence cada vez mais aos empreendedores, isto é, à aqueles que identificam as melhores oportunidades e sabem aproveitá-las, cada vez mais, esses empreendedores são convidados a pensar bem sobre os vários fatores que envolvem seu negocio e realizar um planejamento bem detalhado, antes de iniciar suas atividades. Palavras-chave: Empreededorismo, plano de negócios, empresa. 1. Introdução. O assunto que será apresentado ao longo deste trabalho, foi desenvolvido na cidade de Guarujá, como se tem visto hoje no Brasil, o povo brasileiro é reconhecido como um dos mais empreendedores do mundo, e um fator que certamente contribui para isso é o fator criatividade. Temos facilidade em perceber oportunidades de negócios, tanto é que não nos faltam histórias de pessoas que criam diferencial em produtos. No Brasil, taxista serve bebidas, tem jornal e geladeira dentro do carro. Camelô que faz sucesso com sua barraca vira palestrante e fala para grandes empresários. Estilista que faz bolsa e 1 vestidos com latas de refrigerante e exporta suas criações, conforme mostra Navarro (2007). Porém, não basta ter criatividade. Não basta também sonhar e ser motivado, outros traços marcantes do brasileiro. É preciso ter capacidade de planejamento, estratégia e visão de negócios. E nesses aspectos é que o nosso empreendedorismo natural peca, conforme Navarro (2007). Não é à toa que tantas iniciativas de negócios, apesar de muito criativas, acabam não se consolidando pôr aqui. É bem verdade que a burocracia e a tributação excessiva dificultam a missão de abrir, e mais ainda de manter uma empresa legalmente constituída. Mas isso não é justificativa para uma iniciativa não dar certo. Aliás, para o empreendedor que tem convicção e está disposto a batalhar por seu sonho, essas dificuldades são apenas mais um obstáculo a ser superado. O verdadeiro empreendedor não procura desculpas nem culpados para as suas dificuldades. Segue em frente, sabendo o que tem de fazer, conforme Navarro (2007). Agora, para saber o que tem de fazer, ele precisa de um plano de ação. Precisa determinar com clareza o objetivo que deseja alcançar e desenhar um roteiro para conseguir alcança-lo. Deve conhecer a realidade do mercado em que pretende atuar e de seus concorrentes. Tem de definir todas as ações que fazem parte do roteiro e segui-las com determinação, mas também com jogo de cintura para contornar as dificuldades que surgem no meio do caminho, conforme Navarro (2007). Enquanto os candidatos a empreendedores acreditarem que basta ter um sonho ou uma sacada criativa para um negócio, seu projeto ficará no ar. É preciso botar os pés no chão para materializar o sonho, e para isso existe o plano de ação, conforme Navarro (2007). A realidade da cidade Guarujá não foge a este contexto, também é uma realidade, e o desemprego também é um fator para pessoas tentar empreender, e a forma que muitos acham é o caminho do empreendedorismo como não só desempregados mas também outros que tem um bom poder aquisitivo e querem ser empresários de qualquer forma sem nenhuma base, segundo entrevistas informais, segundo Navarro (2007). Neste estudo, serão discutidos os problemas ou causas que levam as empresas a ter um tempo de vida muito curto no na cidade de Guarujá por falta de planejamento, ou para ser mais objetivo a falta de uma plano de negócios, colocando em pratica os dados de entrevistas informais feita com empresários, como motivos e causas, ainda a titulo complementar será apresentado uma proposta de um modelo de plano de negocio básico para a cidade de Guarujá tendo base em entrevistas informais feita com empresários da própria cidade de Guarujá, segundo entrevistas informais. Segundo entrevistas informais, os empresários falam de falta de planejamento, plano de negócios e outros vários motivos que vão ser falados ao longo desse artigo, mas também, alguns empresários falaram de alguns assuntos que muitos esquecem como, iniciativa, autoconfiança, aceitação do risco, decisão e responsabilidade e controle, e segundo entrevistas informais com empresários não adianta todo um planejamento sem esses fatores e a 2 mesma coisa ao contrario, mas esse assunto não vai ser aprofundado nesse artigo, mas foi um ponto que muitos empresários comentarão, segundo entrevistas informais. 2. Objetivos. Este trabalho tem por objetivo analisar os motivos que levam ao encerramento precoce de um numero significativo de empresas. E como segundo objetivo, propor um modelo básico de plano de negocio para Guarujá, e também soluções de um bom planejamento de plano de negócios. 3. Justificativa. A utilidade deste estudo poderá servir como base a ser aplicada a novos empresários, para se ter outra visão de empreendedorismo na região de Guarujá, como forma de geração de bom planejamento, valor, emprego e renda. Dessa forma foi feito uma pesquisa com empresários de Guarujá segundo entrevistas informais, de tal forma que as idéias geradas nessa pesquisa , serão aproveitadas como base para formação de um plano de negócios básico para a cidade. E analisar o motivos aos quais as empresas tem um tempo de vida tão reduzido pôr falta de um plano de negócios, analisando a causa e propondo alternativa para aumentar o tempo de vida das empresas, abaixo temos alguns fatores que levam ao reduzido tempo de vida das empresas, segundo entrevistas informais. Comportamento empreendedor pouco desenvolvido; E o mais citado em entrevistas informais é a falta de planejamento antes de iniciar o negocio. Falta de analise de futuros concorrentes; Não conhecem a região onde vão empreender; Não tem uma projeção de faturamento; Nível social da região; Publico que vai atingir; 4. A história do empreendedorismo no Brasil. O empreendedorismo começo a ser difundido na sociedade brasileira a partir da década de 1990, com o surgimento de entidades como o serviço brasileiro de apoio às micros e pequenas empresas (SEBRAE) e sociedade brasileira para exportação de softwares (SOLPLEX). Nos períodos anteriores, os ambientes políticos e econômicos do pais não eram favoráveis e havia pouca oferta de informação para auxiliá-los na jornada, conforme mostram Pimentel e Prates (2002). Nos tempos atuais, quando o fantasma do desemprego anda rondando nossa vida financeira e profissional, o interesse pelo empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, intensificando-se no final da década de 1990. 3 Inúmeros motivos podem ser atrelados à popularidade e ás repentino ondas de crescimento sobre o termo empreendedorismo, recebendo atenção especial por parte do governo e de segmentos sociais. Sem duvida, o principal deles é a preocupação com empresas duradouras e a necessidade de redução da taxa de mortalidade dos empreendimentos de pequena dimensão ,conforme mostram Pimentel e Prates (2002). Empresas de pequeno porte em nosso país representam para a economia nacional um papel fundamental por assegurarem o desenvolvimento e a estabilidade da nação. No Brasil em 2001, esse segmento da economia era composto por 2,5 milhões de empresas, representando 98,3% do total em empresas registradas e respondendo por 20,4% do produto interno bruto e 58,4% da mão-de-obra empregado. O crescimento do setor alcança taxas de 10% ao ano e se deve, entre outros fatores à complexibilidade da sociedade, às mudanças estruturais das industrias, à falência do setor público e estatal e à própria mentalidade do brasileiro, que tenta ser “ dono do próprio nariz”, conforme mostram Pimentel e Prates (2002). 4.1. A vida curta das empresas no Brasil. É sabido que no Brasil, parcela significativa das empresas de pequena dimensão tem vida curta. Mais de 80% dessas empresas não ultrapassam o primeiro ano de vida. Isto representa um brutal desperdício de energia e recursos, reduzindo o poder de consumo e gerando desconforto social para milhares de “empreendedores” do país, segundo mostram Pimentel e Prates (2002) A maioria dos empreendedores inicia seu negocio como recursos oriundos de poupança pessoal (80%), seguidos de empréstimos bancários (20%), parcerias com amigos, parentes, e outros, correndo riscos, conforme mostram Pimentel e Prates (2002). 4.2. Estrutura ideal para um novo empreendedor começar a correr atrás do seu sucesso. Conforme Dolabela (1999), do ponto de vista do empreendedor, a estrutura ideal de um empreendimento novo seria que não houvesse o comprometimento do capital para assegurar os ativos necessários até que a clientela pagasse antecipadamente e fornecedores proporcionassem acesso irrestrito a credito com boas condições de pagamento. Porem, os empreendedores, quando da elaboração do plano de negócios deverão analisar cautelosamente como obter recursos necessários para implantar o empreendimento e como financiar as necessidades de capital de giro. A principal utilização do plano de negócios é de prover uma ferramenta de gestão para o planejamento e desenvolvimento de um novo empreendimento. Um plano de negócios inclui muitos elementos e a maioria deles exigirá pesquisa cuidadosa. A coleta de informações sobre o novo negocio tem como objetivo avaliar a atratividade e possíveis problemas desse negócio, para subsidiar a decisão do futuro empreendedor , conforme Dolabela (1999). 4 4.3. A realidade dos empreendedores de Guarujá. O Guarujá é visto por muitos e principalmente pela prefeitura do Guarujá como uma das cidades mais empreendedoras da região, fazendo um estudo detalhado o visto não foi isso , pode ate ter muitos empreendedores e muitos bem sucedidos como empresários, mas a maioria tem um perfil de “empreendedor” com baixo nível de conhecimento no assunto empreendedorismo e sem nenhum conhecimento quanto a planejamento e conhecimento do que se vai fazer entre outros, segundo entrevistas informais. Os fatores apontados por empresários do Guarujá, segundo entrevistas informais apontam que as empresas tem tempo de vida curto por alguns fatores, alguns desses são: Baixo investimento e inovação; Comportamento empreendedor pouco desenvolvido; Dificuldade de acesso ao financiamento de capital de giro (falta de plano de negócios) Falta de um plano de negócios (o mais importante); Mão-de-obra não qualificada; Não conhecem a região onde vão empreender; O primeiro de todos é , querer empreender numa área que não conhece; Isso são só alguns pontos apontados pêlos empresários , mas o mais importante é o plano de negócios, e em Guarujá isso é pouco usado , mesmo empresas que estão sobrevivendo á vários anos não tem plano de negócios , a maioria nem sabem o que é um plano de negócios , muitos abrem uma empresa e pensam em só vender e ter lucro, mas logo no primeiro mês todos tem dificuldades e descobrem o que é ter uma empresa , aparecem impostos, mãode-obra , problemas com fornecedores, reclamações de clientes e assim por falta de uma plano de negócios eles vão descobrindo todos esses fatores que podiam ter sido planejado ou até mesmo saber se seria um negocio viável, segundo entrevistas informais. “O brasileiro é um empreendedor nato, mas peca pela paixão e por fazer apenas o que gosta, desperdiçando assim, energia e dinheiro. O famoso jogo de cintura do brasileiro é o responsável pelos baixos resultados praticados de sua disposição empreendedora. Ela tem uma certa irresponsabilidade nata, cria negócios sem muito critério, sem muita analise ou previsão sobre se vai ou não pode sustentálos dali algum tempo. As formas de agir são feitas meio que no vamos que vamos.” ( BERGAMASO. 2001). 5. O que é um plano de negócios. O conceito de um plano de negócios é um documento que contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano 5 para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros, segundo Salim, Hochman e Ramal (2005). A elaboração de um plano de negócios é uma etapa fundamental para o empreendedor que deseja criar uma empresa, não somente pela sua utilidade na busca de recursos mas, principalmente, como forma de sistematizar suas idéias e planejar de forma mais eficiente o seu negócio. O seu plano de negócios deve ajudá-lo a responder questões importantes relativas ao seu negócio. Não é incomum mudanças profundas no projeto quando se começa a pesquisar e checar as suposições iniciais para a montagem do plano de negócios. É justamente aí, que reside o valor de um bom plano: é muito mais fácil modificar negócios que estão apenas no papel do que aqueles em pleno funcionamento, conforme Commerce (2007). Para montar uma empresa, antes de começar a colocar em prática os passos necessários para a sua legalização, é preciso que o futuro empresário tenha uma série de conhecimentos fundamentais, como: conhecer o ramo de atividade onde vai atuar, o mercado, fazer um planejamento do que vai ser colocado em prática na nova empresa, estabelecer os objetivos que se pretende atingir, entre outros, conforme Halorran (1991). Para isso é preciso fazer um levantamento de dados e informações em uma série de órgãos (IBGE, sindicatos, associações, SEBRAE etc.) para saber como se encontra este mercado, quanto o futuro empresário terá que vender por mês para não vir a fracassar, quanto poderá retirar por mês de pro-labore sem prejudicar o bom funcionamento da empresa, quais os impostos a pagar e suas alíquotas e quanto guardar de recursos financeiros para fazer frente aos compromissos nos primeiros meses. Enfim, é preciso fazer o planejamento financeiro e da estrutura da nova empresa, conforme Dolabela (1999). Existem muitas atividades a serem exploradas, mas atenção! Há uma série de fatores que influenciam e limitam a escolha do seu ramo de negócio. Para se abrir uma empresa, deve-se levar em conta que o sucesso de qualquer negócio depende, sobretudo, de um bom planejamento. Embora qualquer negócio ofereça riscos, é preciso prevenir-se contra eles. Para montar uma empresa, antes de começar a colocar em prática os passos necessários para a sua legalização, é preciso que o futuro empresário tenha uma série de conhecimentos fundamentais, como: conhecer o ramo de atividade onde vai atuar, o mercado, fazer um planejamento do que vai ser colocado em prática na nova empresa, estabelecer os objetivos que se pretende atingir, entre outros, conforme Dolabela (1999). 5.1. A importância de definir o ramo de atividades antes do plano de negócios. A primeira dica é este esquema na figura 1: ele contem todas as perguntas que você devera responder ao longo da elaboração de seu plano de negócios. Essa lista é muito importante e será um excelente guia quando você for construir seu plano segundo Salim, Hochman e Ramal (2005). 6 Durante o tempo em que estiver preparando seu plano e pensando seu negocio, o ideal é que ande com esse papel com o esquema no bolso, o tempo todo, acompanhando você, conforme Salim, Hochman e Ramal (2005). O plano de negócio é um documento escrito que tem o objetivo de estruturar as principais idéias e opções que o empreendedor analisará para decidir quanto à viabilidade da empresa a ser criada. Também é utilizado para a solicitação de empréstimos e financiamento junto a instituições financeiras, bem como para expansão de sua empresa, conforme Halorran (1991). FIGURA 1. Lembrete de plano de negócios. Numa visão mais ampliada, o plano de negócio tem as seguintes funções: - Avaliar o novo empreendimento do ponto de vista mercadológico, técnico, financeiro, jurídico e organizacional; - Avaliar a evolução do empreendimento ao longo de sua implantação: para cada um dos aspectos definidos no plano de negócio, o empreendedor poderá comparar o previsto com o realizado; - Facilitar, ao empreendedor, a obtenção de capital de terceiros quando o seu capital próprio não é suficiente para cobrir os investimentos iniciais, conforme Halorran (1991). 5.2. Informações iniciais para o empreendedor planejar seu negócio. Os dias de hoje são testemunhas de uma verdadeira revolução, sobre tudo no mundo dos negócios. A maturação e disseminação das tecnologias da informação aceleram tremendamente a velocidade com que se efetuem os negócios, abrindo também grandes oportunidades para os empreendedores. Enquanto no passado os jovens buscavam um emprego, cada vez mais eles buscam exercer a sua iniciativa e ter seu próprio negócio. Mesmo dos funcionários de empresas é cobrado o espírito de iniciativas e a capacidade de 7 identificar e explorar as oportunidades de negócios que se apresentam no dia-adia. Essa mesma velocidade no desenrolar dos eventos na economia atual faz com que aqueles que tomam a iniciativa sem o planejamento adequado acabem se frustando ou deixando de aproveitar as oportunidades identificadas. Não há mais espaços para a imprevisão, pois a competição é feroz, segundo Salim, Hochman e Ramal (2005). E nesse contexto podemos citar abaixo os fatores mais importantes para um plano de negócios, conforme Salim, Hochman e Ramal (2005). - Conhecer o ramo de atividade – É preciso conhecer alguns dados elementares sobre o ramo em que pretende atuar, possibilidades de atuação dentro do segmento (ex. confecção é o ramo; pode-se atuar com jeans, malha, linho...para público infantil, adulto, feminino...). - Conhecer o mercado consumidor – O estudo do mercado consumidor é um dado importante para o empreendimento, pois abrange as informações necessárias à identificação dos prováveis compradores. O que produzir, de que forma vender, qual o local adequado para a venda, qual a demanda potencial para o produto. Essas são algumas indagações que podem ter respostas mais adequadas quando se conhece o mercado consumidor. – Conhecer o mercado fornecedor – Para iniciar e manter qualquer atividade empresarial, a empresa depende de seus fornecedores – o mercado fornecedor. O conhecimento desse mercado vai se refletir nos resultados pretendidos pela empresa. Mercado fornecedor é aquele que fornece à empresa os equipamentos, máquinas, matéria-prima, mercadorias e outros materiais necessários ao seu funcionamento. - Conhecer o mercado concorrente – O mercado concorrente é composto pelas pessoas ou empresas que oferecem mercadorias ou serviços iguais ou semelhantes aos que você pretende oferecer. Este mercado deve ser analisado criteriosamente, de maneira que sejam identificados: quem são meus concorrentes? que mercadorias ou serviços oferecem? quais são as vendas efetuadas pelo concorrente? quais os pontos forte e fracos da minha concorrência? os seus clientes lhes são fiéis? - Definir produtos a serem fabricados, mercadorias a serviços a serem prestados - É preciso conhecer produto/serviço. Ofereça produtos e serviços que atendam seu mercado. Defina qual a utilização do seu produto/serviço, qual usada, tamanhos oferecidos, cores, sabores... serem vendidas ou detalhes do seu as necessidades de a embalagem a ser 8 - Analisar bem a localização de sua empresa – Onde montar o meu negócio? A resposta certa a essa pergunta pode significar a diferença entre o sucesso ou o fracasso de um empreendimento. Tudo é importante para esta escolha e deve ser observado e registrado. - Conhecer marketing – Marketing, como muitos pensam, não é só propaganda. Marketing é um conjunto de atividades desenvolvidas pela empresa, para que esta atenda desejos e necessidades de seus clientes. As atividades de marketing podem ser classificadas em áreas básicas, que são traduzidas nos 4 P's do marketing. São eles: Produto, Pontos de Venda, Promoção (Comunicação) e Preço. - Processo operacional- Este item trata do como fazer. Devem ser abordadas tais questões: que trabalho será feito e quais as fases de fabricação/venda/prestação de serviços; quem fará; com que material; com que equipamento; e quando fará. É preciso verificar quem tem conhecimento e experiência no ramo: você? um futuro sócio? ou um profissional contratado? - Projeção do volume de produção, de vendas ou de serviços - É prudente que o empreendedor ou empresário considere: a necessidade e a procura do mercado consumidor; os tipos de mercadorias ou serviços a serem colocados no mercado; a disponibilidade de pessoal; a capacidade dos recursos materiais máquinas, instalações; a disponibilidade de recursos financeiros; a disponibilidade de matéria-prima, mercadorias, embalagens e outros materiais necessários. - Projeção da necessidade de pessoal – Identifique o número de pessoas necessárias para o tipo de trabalho e que qualificação deverão ter, inclusive o do serviço de escritório. - Análise financeira – É necessário fazer uma estimativa do resultado da empresa, a partir de dados projetados, bem como, uma projeção do capital necessário para começar o negócio, pois terá que fazer investimento em local, equipamentos, materiais e despesas diversas, para instalação e funcionamento inicial da empresa. Logo abaixo, veja a estrutura de um plano de negócios completo de uma empresa q cuja a missão é incentivar as vendas via e-commerce através de programas de fidelização de associados e afiliados segundo Salim, Hochman e Ramal (2005). Capítulos 1. SUMARIO EXECUTIVO 1.1.Objetivos 1.2.Missão 1.3.Chaves para o sucesso 9 2. RESUMO DA EMPRESA 2.1. Proprietários da empresa 2.2. Sumario da startup 2.3. Serviços da empresa 2.4. Localização e facilidades necessárias 3. SERVIÇOS 3.1. Descrição dos serviços 3.2. Comparação competitiva 3.3. Material de vendas 3.4. Fontes 3.5. Tecnologia 3.6. Serviços futuros 4. PLANO DE MARKETING 4.1. Segmentação do mercado 4.2. Análise de industria 4.3. Análise de mercado 5. ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO 5.1. Estratégias de marketing 5.2. Estratégias de vendas 6. ORGANIZAÇÃO 6.1. Equipe gerencial 6.2. Conselho de Administração 6.3. Remuneração 6.4. Motivação de pessoal 7. PLANEJAMENTO FINANCEIRO 7.1. Pressupostos importantes 7.2. Análise do ponto de equilíbrio (break-even) 7.3. Perdas e ganhos projetados 7.4. Fluxo de caixa projetados 7.5. Indicadores de negócios 6. Conclusões O mundo empresarial e dos negócios pertence cada vez mais aos empreendedores, isto é, à aqueles que identificam as melhores oportunidades e sabem aproveitá-las. Cada vez mais, esses empreendedores são convidados a pensar bem sobre os vários fatores que envolvem seu negocio e realizar um planejamento bem detalhado, antes de iniciar suas atividades. 10 Neste novo mundo de negócios, não se pensa mais em abrir ou manter uma empresa sem fazer antes um bom plano de negócios, segundo Salim, Hochman e Ramal (2005). Os dias de hoje são testemunhas de uma verdadeira revolução, sobre tudo no mundo dos negócios. A maturação e disseminação das tecnologias da informação aceleram tremendamente a velocidade com que se efetuem os negócios, abrindo também grandes oportunidades para os empreendedores. Enquanto no passado os jovens buscavam um emprego, cada vez mais eles buscam exercer a sua iniciativa e ter seu próprio negócio. Mesmo dos funcionários de empresas é cobrado o espírito de iniciativas e a capacidade de identificar e explorar as oportunidades de negócios que se apresentam no dia-adia conforme entrevistas informais. Essa mesma velocidade no desenrolar dos eventos na economia atual faz com que aqueles que tomam a iniciativa sem o planejamento adequado acabem se frustando ou deixando de aproveitar as oportunidades identificadas. Não há mais espaços para a imprevisão, pois a competição é feroz conforme entrevistas informais. Uma das grandes causas de insucesso de um empreendimento reside no fato de seu inicio ser decorrente de uma decisão emocional ou circunstancial, como por exemplo, um chope com amigos ou um programa de demissão voluntária. A forma de se aumentar a chance de sucesso é fazendo um exercício no papel do que será este empreendimento e de como ele deverá se comportar nos próximos anos. Este exercício organizado é o que chamamos de plano de negócios conforme Dolabela (2001). 7- Referências. BARGAMASO. C. Esses milhões que movem o mundo. In: Revista pequenas empresas e grandes negócios : 2001, p.19-23. COMMERCE, ABC. Plano de Negócios – eBook. Disponível em: <http://www.abc-commerce.com.br/ebook.htm>. Acesso em: 26 março. 2007, 18:50:40. DOLABELA, F. Oficina do empreendedor, Editora cultura editores associados, São Paulo, SP, 1999, 280 p. Bibliografia: p. 19- 228, ISBN 85-293-0048-3 DRUCKER, P.F. inovação e espirito empreendedor (pratica e princípios), Editora Pioneira Thomson, São Paulo, SP, 2002, 378 p., Bibliografia: p. 15 – 138. HALLORAN J.W. Porque os empreendedores Falham, Editora Mc Graw- Hill ltda, São Paulo, SP, 1991, 218 p., Bibliografia: p. 18- 32. 11 NAVARRO, Leila. Ser ou não ser empreendedor? Eis a questão. Disponível em: <http://www.empreenderparatodos.adm.br/empre/mat_23.htm>. Acesso em: 25 março. 2007, 12:13:58. PIMENTEL, C.R., PRATES, G.A. Tempo, espaço, tecnologia e o ser humano: a vertente para o empreendedorismo, Ribeirão Preto, SP, 2002, 120 p., Bibliografia: p. 95- 111. ISBN 85-093138-1-6 PIMENTEL, R.P. e MARASEA, D.C. Responsabilidade social: Gestão empreendedora, Ribeirão Preto, SP, 2004, 196 p. Bibliografia: p. 09- 44. ISBN 85-903138-6-7. SALIM, N.H., RAMAL, A.C. e RAMAL, S.A. Construindo planos de negócios, Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 2005, 338 p. Bibliografia: p. 241- 290. ISBN 85-352-1736-3 12