Brasília Poética Fundação de Brasília (III) 11 de Março de 2008 Fundação de Brasília III Toada do Plano-Piloto Paranoá dessa água que vem do Tamanduá. Paranoá ouve a mágoa que o candango traz de lá. E faz o lago com calma para deitar a Alvorada - palácio que tem na alma uma sandália azulada, um pouco ileso de dança que ri do vento sem duna - palácio que não se cansa de pousar cada coluna como garça sobre o lago. Paranoá, armador da paisagem, como é vago um rio navegador de um plano em forma de cruz. Paranoá, basta amor e toada de candango que o teu irmão já conduz esse navio com gosto. http://web.brasiliapoetica.blog.br/site _PDF_POWERED _PDF_GENERATED 11 June, 2017, 09:46 Brasília Poética Se falta sal para as quilhas, muito além das tordesilhas cai a lágrima no rosto de tanto remo quebrado na solidão da conquista - esse palácio encantado parece que dói na vista. (continua amanhã) Luiz Paiva de Castro, poeta carioca, natural do Rio de Janeiro. "Poemas para Brasília", de Joanyr de Oliveira. http://web.brasiliapoetica.blog.br/site _PDF_POWERED _PDF_GENERATED 11 June, 2017, 09:46