Brasília, latitude 10

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Brasília Poética
Brasília, latitude 10
13 de Agosto de 2008
Brasília, latitude 10
Sim, foi assim sua infância.
Infância irrequieta, impulsiva e agreste, pedindo para ser conquistada.
Botas-de-sete-léguas chegaram, não mais com sonho de esmeralda.
Vieram os gigantes mecanizados, cibernéticos, futurólogos.
Em homenagem ao passado, plantaram um marco,
disseram uma primeira missa.
A terra foi revolvida e de seu ventre vermelho jorrou o leite.
Colméias brancas surgiram e se multiplicaram.
O homem tornou a se sentir desbravador.
Reencontrou seu anseio demiúrgico de criar, vivificar.
Há muito os fortes não sentiam a forte força de dar vida,
e se encantaram com seu rebento.
Por ser criança, cercou-se de crianças.
Nasceu a cidade-infância. Cidade bíblica.
O homem aleitou a terra, saciou as sedentas árvores.
Estas, acordadas, levantaram-se,
enverdeceram,
criaram contraste para a beleza do pôr-do-sol.
Com o homem-jardineiro surgiu a cidade verde,
a cidade cheia de luz.
Aparece vigoroso o profético mel.
Mas a vaidade chegou.
Ei-la menina-moça.
Brasília: sonho-realidade.
Brasília: canto de amor.
Branca Bakaj, poetisa natural do Rio de Janeiro.
"Poemas para Brasília", antologia de Joanyr de Oliveira
http://web.brasiliapoetica.blog.br/site
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_PDF_GENERATED 9 June, 2017, 23:30
Brasília Poética
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