1 ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ CURSO DE ESPECILAIZAÇÃO EM PRÁTICAS CLÍNICAS EM SAÚDE DA FAMÍLIA MARIA GURGEL DE MAGALHÃES A INTEGRALIDADE E A COMPLEMENTARIDADE DA ASSISTÊNCIA, INSTRUMENTALIZADA PELO O RELATÓRIO DE ALTA E A CONTRA-REFERÊNCIA FORTALEZA 2009 2 MARIA GURGEL DE MAGALHÃES A INTEGRALIDADE E A COMPLEMENTARIDADE DA ASSISTÊNCIA, INSTRUMENTALIZADA PELO O RELATÓRIO DE ALTA E A CONTRA-REFERÊNCIA Projeto de Intervenção submetido à Escola de Saúde Pública do Ceará, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em Práticas Clínicas em Saúde da Família. Orientadora: Prof. Ms. Cristiana Rocha Façanha FORTALEZA 2009 3 MARIA GURGEL DE MAGALHÃES A INTEGRALIDADE E A COMPLEMENTARIDADE DA ASSISTÊNCIA, INSTRUMENTALIZADA PELO O RELATÓRIO DE ALTA E A CONTRA-REFERÊNCIA Curso de Especialista em Práticas Clínicas em Saúde da Família Escola de Saúde Pública do Ceará Aprovado em ____/____/____ Banca Examinadora: Cristina Rocha Façanha Mestre ________________________________ Ana Flávia de Araújo Lima Mestre _________________________________ Maria Verônica Sales da Silva Doutora _________________________________ 4 RESUMO Este projeto tem como finalidade organizar o processo de trabalho de preenchimento do prontuário com foco no Relatório de Alta e Contra-Referência. É notória a ansiedade dos pacientes do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS) e de suas famílias, quando próximo à alta hospitalar e frequentes retornos ao hospital na busca de informações sobre procedimentos executados durante o internamento. Atribui-se esse comportamento, à deficiência de comunicação quanto ao seu autocuidado e a falta das informações preconizadas e legalmente amparadas constantes no Relatório de Alta e /ou Contra-Referência. Considera-se que a complementaridade da assistência instrumentalizada pelo correto preenchimento dos documentos referidos, inspira segurança e esclarece dúvidas do paciente e de seus familiares e contribui para a continuidade da assistência na Rede de Atenção Básica de Saúde. Objetivando alcançar o intento, foi traçado estratégias, que estão relatadas no apêndice, para sistematizar a Alta Hospitalar, definindo as responsabilidades dos profissionais, as unidades envolvidas e suas atribuições. A avaliação de todo o processo dar-se-á pela análise amostral de prontuários (20%) de pacientes egressos pela Comissão de Revisão de Prontuário e pelo universo de prontuários saídos no Setor de Contas Médicas. Vislumbra-se a humanização do atendimento, e com ela pretende-se reduzir os desconfortos, as reinternações e complicações advindas da inadequada condução do paciente consequente a desinformações. Admite-se que esta proposta irá concorrer para impulsionar um conjunto de práticas no sentido de implementar um canal comunicante do HIAS com a Rede Básica de Saúde. Acredita-se que o funcionamento deste processo é relevante para o alcance do princípio da integralidade e complementaridade dentro do SUS. Palavras-Chave: Alta do Paciente, Acompanhamento dos Cuidados de Saúde. 5 ABSTRACT The present research intends to organize the working process of completing hospital release report with a focus in the patient discharge and counter-reference. It is clear the anxiety of patients from the Albert Sabin Children Hospital (ASCH) and their families, when near the hospital discharge and frequent returns, and the returns in search of information related to the procedures done during hospitalization. This behavior is due to the lack of information about self-care procedures and the missing communications, which are legally supported and should be present in the hospital release report and/or Counter-Reference. Considering that the complementary assistance, performing here by the correct and complete filling of the documents referred, inspire security and clear the patients and their families doubts, and also contributes to the continued care of the assistance performed by the Public Health Care System (PHCS). Aiming to achieve the purpose, was drawn strategies, which are reported in Appendix to systematize the hospital discharge, defining the responsibility of each professional , the unities involved and their attributions. . The research was evaluate of an amount of 20% of the medical record from patients discharge from hospital from revision Medical Record Commissions and all medical record coming from medical bills department. This study also focus the humanization of the assistance that intends to reduce the discomfort and the resulting readmissions and complications related to the inadequate patient dealing and, consequent lack of information. The findings and suggestions from this study can contribute in a way to establish procedures trying to implement a communication bridge between ASCH and the PHCS. It is believed that the procedures, once taken, is relevant to achieve the principles of integrality and complementarity within PHCS. Key Words: Patient discharge, Continuity of Patient Care 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................06 OBJETIVOS............................................................................................................................09 2.1 Objetivo Geral...................................................................................................................09 2.2 Objetivos Específicos........................................................................................................09 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .....................................................................................10 3.1 O Sistema Único de Saúde (SUS).....................................................................................10 3.1.1 Retrospectiva Histórica da Construção do SUS do Brasil ........................................10 3.1.2 Os Princípios do SUS ....................................................................................................10 3.1.3 A Integralidade da Assistência ....................................................................................11 3.2. O Prontuário Médico.......................................................................................................12 3.2.1 Legislação e Conceito.....................................................................................................12 3.2.2 Elementos do Prontuário...............................................................................................13 3.2.3 Aspectos Éticos e Técnicos do Prontuário...................................................................14 3.3 O Plano de Alta Hospitalar..............................................................................................15 3.3.1 Relatório de Alta............................................................................................................16 3.3.2 Relatório de Encaminhamento (Transferência e Contra-Referência)......................17 3.4 A Comissão de Revisão de Prontuários...........................................................................18 4. PERCURSO METODOLÓGICO.....................................................................................20 4. 1 O Cenário da Intervenção...............................................................................................20 4.2 Os Sujeitos da Intervenção...............................................................................................20 4.3 O Delineamento do Projeto............................................................................................. 20 4.4. Os Resultados Esperados.................................................................................................22 4.5 A Avaliação da Intervenção.............................................................................................22 4.5.1 A Comissão de Revisão de Prontuários........................................................................22 4.5.2 O Setor de Contas Médicas...........................................................................................23 5 CRONOGRAMA DA IMPLANTAÇÃO DA INTERVENÇÃO.....................................24 REFERÊNCIAS......................................................................................................................25 APÊNDICE..............................................................................................................................27 7 1 INTRODUÇÃO Empenhado em contribuir como profissional da saúde, e enquanto parte integrante da equipe de uma instituição pertencente ao Sistema Único de Saúde, o Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), é que a autora volveu o seu olhar para um os pacientes e seus familiares e como eles interagem. O intento é elaborar um projeto, que visa instituir práticas estruturadas durante o processo de Alta Hospitalar, objetivando apoiar os pacientes e/ou seus familiares a manter o seu bem-estar e auxiliar a tomada de consciência do seu processo saúdedoença. Constata-se a relevância da hospitalização e, consequentemente, do processo de Alta Hospitalar na vida da criança e de seus familiares. Entende-se ainda, que no Brasil, o Sistema Único de Saúde Pública (SUS) é estabelecido com base na hierarquização, regionalizada dos serviços e integralidade da atenção. O fluxo é direcionado da atenção básica aos níveis de maior complexidade. Compreende-se como referência o encaminhamento do nível de menor para o de maior complexidade, enquanto a contra - referência faz o caminho inverso. De acordo com Wanda (2009), com esse formato é de se esperar que a tramitação nessa cadeia ordenada com base na complexidade dos serviços esteja acostada na referência e contra-referência efetivada pelos profissionais participantes do sistema. Entende-se então que a efetiva Referência e a ContraReferência são aspectos essenciais nessa proposta de modelo de atenção. Nas últimas décadas, ocorreram grandes avanços na assistência à saúde da criança. Novas tecnologias foram incorporadas, em sua maioria, voltadas para a assistência hospitalar sendo utilizadas para a recuperação da saúde. Percebe-se no cotidiano do HIAS a ansiedade dos familiares e até do paciente quando próximo à alta, e também as suas idas e vindas, na busca de informações sobre os procedimentos ocorridos durante o internamento. Atribui-se esse comportamento, à deficiência de comunicação sobre como proceder no seu autocuidado. Desse fato, pode-se inferir a importância da alta planejada para a continuidade da assistência na residência e Rede Básica de Saúde. 8 Testemunha-se um grande número de crianças que são hospitalizadas no HIAS, por patologias diversas, sendo a causa dessas, muitas vezes, evitáveis. Estas crianças quando hospitalizadas, ficam expostas a uma série de riscos, tanto físico, quanto psicológico. Ao retornarem aos domicílios, a maioria será submetida às condições de vida, as mais adversas, o que concorre para sua "re-hospitalização". Neste cenário, a idéia foi manifesta a partir de observações e reflexões emergidas durante o trabalho da autora, no Setor de Contas Médicas, do Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza, um Hospital de Referência em agravos de Alta Complexidade. O setor supracitado é o sítio onde ocorre o desmembramento do prontuário com vistas a efetuar cobranças dos procedimentos, medicamentos e as órteses e próteses e materiais especiais (OPME´s), no sentido de proceder o faturamento junto ao órgão gestor, no caso a Secretária Municipal de Saúde de Fortaleza. Na análise de prontuários, observou-se que os formulários para os registros da Alta Hospitalar e Contra-Referência estão regularmente presentes, mas não são convenientemente preenchidos; e quando preenchidos são quase sempre incompletos, não atendendo aos requisitos garantido pela legislação. Portanto, foi observado, alta freqüência de incompletude do preenchimento destes documentos, o que contrasta com a presença dos formulários necessários pra este fim, compondo todos os prontuários. Ocorreu tratar-se de uma prática inadequada que precisa ser expurgada do maior e mais complexo hospital pediátrico do Estado do Ceará. É sabido que a má condução durante a alta hospitalar de uma criança, pode gerar problemas familiares que poderão comprometer a recuperação da mesma. No sentido de evitar esse desfecho, faz se necessário, a atuação de uma equipe multiprofissional visando, principalmente, a manutenção da saúde com a continuidade do tratamento, a diminuição do risco de "re-hospitalização" e o apoio familiar. Nesta perspectiva, vislumbra-se a magnitude do Projeto em estruturar de forma sistematizada, os caminhos a serem percorridos no processo de alta da criança. Existem obstáculos e desafios no HIAS impedindo o completo preenchimento e valorização do Relatório de Alta e da Contra-Referência. Existem questões genéricas e 9 culturais, de ordem político-institucional, técnico-administrativo e operacional que se interpõem a expansão de propostas de reorganização dos serviços e que se manifestam ora em avanços, e ora em retrocessos. O processo de superação permeia a construção de um desenho organizativo do fluxo de alta. No sentido de minimizar os problemas foram pensadas estratégias que estão minuciosamente descritas no apêndice, como proposta de enfrentamento deste problema. Acredita-se que ele contribuirá para estabelecer práticas consideradas imprescindíveis, e facilitará a sua operacionalização da forma mais esclarecedora possível. Analisando o contexto, procura-se construir uma crítica, refletindo sobre o modelo atual e até sobre a pertinência dessa crítica e finalmente propor um novo desenho, utilizando estratégias que se pretende executar e que estão explicitadas no Apêndice. O modelo proposto deve assegurar principalmente a clareza na definição dos papéis, a sensibilização e a capacitação dos profissionais envolvidos, principalmente dos médicos e das enfermeiras assistentes, sobre a contribuição destes documentos (Alta Hospitalar e Contra-Referência), quando adequadamente elaborados, para a continuidade da assistência em outro nível de atenção. Demanda ainda, o entendimento da proposta do SUS, que prevê ações assistenciais baseadas nos critérios de regionalização, hierarquização e devidamente integralizadas. As observações aqui registradas tem intensa marca pessoal, advindo da experiência da autora que gerenciou a Saúde Básica de Fortaleza e o Programa Saúde da Família do município de Aquiraz – CE, oportunidade nas quais percebeu a falta de comunicação do nível de Atenção de Média e Alta Complexidade da Assistência com a Atenção Básica. Nesta abordagem, configura-se a tendência que se deseja imprimir ao sistema, na busca da construção do amálgama da integralidade e complementaridade da assistência. Portanto, este projeto de intervenção é, antes de tudo, um convite para o engajamento da gestão, para examinar criticamente, e ensejar o processo de construção coletiva de uma reflexão acerca da relevância do tema. 10 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral • Organizar o processo de trabalho de preenchimento do prontuário com foco no Relatório de Alta e Contra-Referência. 2.2 Objetivos Específicos • Apontar para a necessidade do cumprimento de exigência legal do preenchimento do Relatório de Alta. • Implementar o preenchimento da Contra-Referência de pacientes egressos do Hospital Infantil Albert Sabin. • Propor um novo modo de organização de serviço e práticas assistenciais para o Hospital Infantil Albert Sabin, que vise fortalecer a integralidade da assistência, usando como ferramenta a complementaridade do Relatório de Alta e o da ContraReferência. 11 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 O Sistema Único de Saúde (SUS) 3.1.1 Retrospectiva histórica da Construção do Sistema Único de Saúde do Brasil O Movimento pela Reforma Sanitária, iniciado na década de 1980, foi ultimado com a criação do SUS, em 1990, através da Lei 8080. O SUS, sistema de saúde de que se beneficia os cidadãos brasileiros, foi criado por ato constitucional: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1988). No entender de Mendes (1994), o sistema de saúde brasileiro percorreu no último século, do sanitarismo campanhista para o modelo médico-assistencial privatista, até chegar, nos anos 80, ao projeto neoliberal. A assistência individual curativa, foi estruturada a partir de 1923, quando foi instituída as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP´s), com a Lei Elói Chaves. Somente a partir de 1945 ocorre uma aceitação tácita das obrigações das empresas para com a assistência médica. (OLIVEIRA; TEIXEIRA, 1985). Ainda na década de 40 foi implementada a Fundação Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) e, em 1953, foi criado o Ministério da Saúde. (MERHY; QUEIROZ, 1993). 3.1.2 Os Princípios do SUS Ao SUS é atribuído a universalização da assistência, arrimado na participação comunitária, descentralização e hierarquização regionalizada dos serviços e a integralidade da 12 atenção à saúde. A integralidade, um dos pilares do Sistema Único de Saúde, foi instituída pela Constituição, nominada Cidadã, em 1988. O texto constitucional não emprega o termo integralidade, e sim "atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais". (BRASIL, 1988, ). Ainda de acordo com o relato constitucional deve a “sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.” Esse não é o único Sistema de Saúde no Brasil. O que caracteriza esse Sistema é o seu financiamento público. (RUBEN, 2009). No final da década de oitenta, surgiam as propostas de redução da participação do Estado na saúde, contrapondo-se as expectativas sugeridas pela conferência de Alma-Ata. Assim, em 1987, o Banco Mundial publicava um texto provocativo, no qual afirmava categoricamente que: "a abordagem mais comum para os cuidados de saúde nos países em desenvolvimento tem sido tratá-lo como um direito do cidadão e tentar prover serviços gratuitos para todos. Essa abordagem geralmente não funciona". (WORLD BANK, 1987, p. 3). É, pois, discrepante a posição brasileira e a posição defendida, pelo Banco Mundial. “A capacidade instalada, o alcance social do sistema, o contingente de trabalhadores nele inseridos e a ampliação exponencial das necessidades da população constituem um conjunto que precisa ser permanentemente avaliado, estudado e pesquisado.”.(FRATINI, et al. 2008). 3.1.3 A Integralidade da Assistência O Sistema Único de Saúde prevê o funcionamento interdependente das unidades prestadoras de serviços de saúde, para atender às necessidades de saúde da população. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes. (BRASIL, 1988). A integração entre os serviços está intimamente ligada às questões de acessibilidade, universalidade, a integralidade e principalmente à complementaridade da assistência. 13 A estruturação de mecanismos de encaminhamento de pacientes aos diversos níveis de atenção, isto é, a atividade de Referênciar e Contra-referenciar é parte de um processo que assegura o fluxo dos pacientes, favorecendo a continuidade do cuidado, o acolhimento, a satisfação do usuário, contribuindo ainda para reduzir os índices de reinternações e consequentemente os custos. (BRIAN JACK..., 2009). Na prática, cada profissional atua na sua unidade de trabalho, não olvidando para a importância de referenciar devidamente o usuário, tanto entre Unidade Básica de Saúde (UBS) e Hospital, como vice-versa, fato que obstaculiza a integralidade e complementaridade do cuidado. A integralidade das ações deve ser entendida como um conjunto adequado, articulado e contínuo de ações e serviços. Todos os municípios e estados devem preocupar-se e empreender esforços, para garantir a complementaridade das ações de saúde afim de favorecer a qualidade da atenção dispensada ao usuário. Acreditamos que o presente trabalho possa trazer contribuições para repensar e discutir um tema fundamental que revela aspectos que, embora reconhecidos pelas pessoas envolvidas nas atividades diárias, são pouco explorados em trabalhos ou estudos. 3.2 O Prontuário Médico 3.2.1 Legislação e Conceito “É vedado ao médico deixar de elaborar prontuário médico para cada paciente.” (CONSELHO..., 2009a). A Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) N.º 1.638/2002 no seu Art. 1.º define O Prontuário Médico como: Art. 1.º. – Definir prontuário médico como o documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a 14 comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo. (CONSELHO..., 2006). O prontuário médico, ou melhor, prontuário do paciente, é um conjunto de documentos padronizados, ordenados e concisos, destinados ao registro de todas as informações referentes aos cuidados médicos e paramédicos prestados ao paciente. As anotações devem ser feitas de forma legível, permitindo inclusive, identificar os profissionais de saúde envolvidos no cuidado. (CONSELHO, 2009b). 3.2.2 Elementos do Prontuário Nogueira (2002) em resposta ao Processo Consulta nº 1.401/02 ao Conselho Federal de Medicina 30/02, de 21 de junho de 2002, descreve os elementos do Prontuário: DOCUMENTOS PADRONIZADOS DO PRONTUÁRIO : 1. Formulários com dados de identificação 2. Folha de anamnese e exame físico 3. Evolução e prescrição médica • Nos doentes internados a evolução e prescrição devem ser diárias, com data e horário em que foram realizadas; • Nas Unidades de Terapia Intensiva, a evolução e a prescrição podem ser realizadas em folhas separadas, devido ao grande número de informações e medicamentos usados. 4. Evolução e prescrição de enfermagem e de outros profissionais assistentes (fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, etc) • Nos doentes internados a evolução e prescrição devem ser diárias, com data e horário em que foram realizadas; • Nas Unidades de Terapia Intensiva, a evolução e a prescrição podem ser realizadas em folhas separadas, devido ao grande número de informações e medicamentos usados; 5. Exames complementares (laboratoriais, radiológicos, ultrasonográficos e outros) e seus respectivos resultados; • Devem ser colocados em ordem cronológica para facilitar a consulta pelos profissionais envolvidos; • Exames radiológicos devem ficar em envelopes ou pastas próprias; 6. Formulário de descrição cirúrgica; 7. Partograma (em obstetrícia); 8. Anestesia – ficha de avaliação pré-anestésica, ficha de anestesia, ficha da sala de recuperação pós-anestésica; 9. Formulário de débitos do centro cirúrgico ou obstétrico (gastos de sala); 10. Formulários de interconsultas; 15 • Quando há necessidade especialidade; 11. Resumo de alta; 12. Outros. (NOGUEIRA, 2002). de consultar médico de outra 3.2.3 Aspectos Éticos e Técnicos do Prontuário Segundo o CONSELHO... (2009b), no Prontuário, não é permitido: 1. Escrever a lápis; 2. Usar líquido corretor, conhecido como "branquinho"; 3. Deixar folhas em branco; 4. Fazer anotações que não se referem ao paciente. PRESTES JÚNIOR (2007) relata: O prontuário médico pertence ao paciente, sob a guarda e responsabilidade dos médicos e das instituições de saúde. Portanto, é um valioso instrumento de: a) Assistência Médica: a correta organização, com dados evolutivos cronológicos com fácil manipulação e consulta permite uma visão global do estado clínico do paciente, além de permitir a comunicação entre as diversas equipes de saúde. b) Ensino: é, na verdade, o instrumento utilizado para a discussão de casos. As diversas situações clínicas só poderão ser recompostas com um prontuário adequadamente preenchido. c) Pesquisa científica: Todos os dados são importantes e, portanto, devem ser preenchidos, pois não se sabe quais os dados que serão úteis para uma pesquisa futura. d) Controle de qualidade: é um exemplo de gerenciamento das atividades médico-hospitalares e ainda prevista na Resolução 41/92 do Conselho Regional de Medicina que tornou obrigatória a Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições de saúde. e) Controle de custos: também é dependente da veracidade e detalhamento das informações contidas no prontuário médico. Ressalta-se aqui o fato de instrumentalizar a comunicação entre as várias equipes de saúde. As dúvidas geradas pelos aspectos controversos sobre Prontuários Informatizados foram esclarecidas pelo Conselho Federal de Medicina ao expedir a Resolução 1639/2002 sobre as "Normas Técnicas para o uso de Sistemas Informatizados para a Guarda e Manuseio do Prontuário Médico". O documento versa sobre a utilização do prontuário informatizado, desde que o sistema utilizado assegure o sigilo profissional, a inviolabilidade do sistema e a rastreabilidade dos dados. O Conselho Federal de Medicina ainda dispõe, para os 16 interessados, uma análise técnica do sistema e uma certificação, o que, certamente, permite uma maior credibilidade como prova judicial. (CONSELHO..., 2009b). As preocupações com a boa qualidade do prontuário médico, deve fazer parte da rotina das instituições de saúde, mormente aquelas de cunho universitário, cujo papel de formação deve ser instituído de forma plena, a fim de atender aos anseios de uma sociedade cada vez mais exigente. (CONSELHO..., 2006). 3.3 O Plano de Alta Hospitalar É sabido que todo o paciente ao receber a alta hospitalar deve receber orientação quanto à continuidade de seu tratamento e que, quanto mais precoce for a alta mais bem elaborada deve ser a orientação. A reflexão sobre o tema é estratégico para a promoção da saúde. A contribuição da equipe de saúde, na construção do conhecimento com o paciente e sua família, sobre como conduzir os cuidados após alta hospitalar, é de fundamental importância para a completa recuperação do paciente. Na opinião de Marin e Angerami (2000) Preparar o familiar do paciente para os cuidados no domicílio é uma estratégia de educação e saúde que visa à manutenção ou à melhora do estado de saúde do doente, oportunizando-lhe condições para torná-lo com a máxima autonomia possível. Por meio da educação, ajuda-se o indivíduo, e a família, a cooperar em sua terapia e aprender a resolver problemas, à medida que ele se defronta com novas situações, podendo isso impedir recorrentes hospitalizações que, com freqüência ocorrem quando desconhece a importância do autocuidado. Sendo a alta um momento importante do tratamento do doente, todos os profissionais da equipa multidisciplinar intervem na previsão das condições em que esta vai se processar. Dentro do possível, o doente e a família serão informados da alta hospitalar com antecedência. 17 3.3.1 Relatório de Alta A Alta Médica é relatada no Código de Ética Médica no seu Art. 71. “É vedado ao médico deixar de fornecer laudo médico ao paciente, quando do encaminhamento ou transferência para fins de continuidade do tratamento, ou na alta, se solicitado”. As altas podem ser: hospitalar, para pacientes internados, ambulatorial e domiciliar de acordo com critérios do Ministério da Saúde. Em todos os casos, no resumo de alta, haverá: 1. Diagnóstico definitivo ou diagnósticos prováveis (com o CID); evitar siglas; 2. História sucinta da doença atual e citar doenças anteriores ou associadas se houver; 3. Principais procedimentos médicos realizados; 4. Principais medicamentos utilizados; 5. Resultados resumidos dos principais exames complementares que ajudaram a estabelecer o diagnóstico; 6. Complicações (incluir infecção nosocomial); 7. Condições em que o paciente se encontra no momento da alta (curado, inalterado, melhorado); 8. Circunstâncias de alta (a pedido, por evasão, por indisciplina, por transferência); 9. Programação de seguimento médico se houver (ambulatorial, domiciliar, encaminhamentos a outros especialistas). Anotar data de retorno se este for necessário. 10. Orientação após a alta ou relato do óbito. Acrescentar data, assinatura e carimbo. 11. Uma cópia deve ser entregue ao paciente. (CONSELHO...,2006). E ainda, antes de deixar o Hospital, o paciente/familiar deverá esclarecer com os profissionais todas as dúvidas e confirmar as orientações sobre os cuidados que deve ter em casa; 18 O Médico Assistente deve solicitar ao paciente a reiteração de como foi compreendida por ele as orientações. E ainda, O Relatório de Alta deverá: • Ser consistentes nas informações clínicas para o médico assistente; • Registrar a data da próxima consulta e exames se necessário; Receitas dos medicamentos devidamente identificados; • Informações sobre os medicamentos e a dieta; • Posse de seu cartão do hospital e objetos pessoais. • O familiar/responsável pelo doente deverá assinar um documento confirmando que deixa a Instituição. Merhy (1993) apud Silva et al (2005) opina que: A organização de linhas de cuidado implica em fluxos de ações resolutivas da equipe de saúde centradas no acolher, informar, encaminhar por dentro de uma rede cuidadora, na qual o usuário saiba sobre a estrutura do serviço e da rede assistencial. (SILVA, et. al., 2005) 3.3.2 Relatório de Encaminhamento (Transferências e Contra-Referência) Trata-se de um documento padronizado, com resumo da história clínica e do exame físico, relato sumário de procedimentos, exames complementares realizados e hipóteses de diagnóstico, de ordinário, fornecidos aos pacientes para encaminhá-los a médicos da mesma ou de outras instituições. A segunda via deve ser guardada no prontuário da instituição de origem, e a primeira, no prontuário da instituição ou da clinica a que o paciente foi encaminhado. É regular que os encaminhamentos tragam o nome da instituição emitente, dados do paciente (número de registro, nome, sexo, data de nascimento, filiação, naturalidade, endereço, telefones), nome do médico ou da instituição e clínica aos quais o paciente é encaminhado, data, assinatura e carimbo do médico solicitante. Deve haver espaço para resposta do parecer (contra-referência) em caso de retorno do paciente, após a consulta, ao local de origem. 19 É antiético deixar de fornecer relatório completo sobre o estado do enfermo quando da remoção ou do encaminhamento a outro médico ou serviço para continuação do tratamento. “Art. 71 – è vedado ao médico deixar de fornecer laudo médico ao paciente, quando do encaminhamento ou transferência para fins de continuidade do tratamento, ou na alta, se solicitado.(CONSELHO, 2009a). Segundo Araújo (2009) os obstáculos existentes para a organização da Referência e Contra-Referência, somente serão superados via processo de estruturação de um novo modelo organizativo, onde estejam assegurados os critérios de regionalização, hierarquização, integralização e democratização. 3.4 A Comissão de Revisão de Prontuários O Conselho Federal de Medicina editou em 10/7/02 a Resolução CFM nº 1638, que torna obrigatória a criação da Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições de saúde. Art. 3.º. – Tornar obrigatória a criação das Comissões de Revisão de Prontuários nos estabelecimentos e/ou instituições de saúde onde se presta assistência médica. (CONSELHO..., 2002). A Comissão de Revisão de Prontuários, instituída pelos Conselhos Regionais de Medicina, vem exercendo um papel relevante no aprimoramento técnico dos profissionais quanto ao correto preenchimento do prontuário médico. A divulgação deveria ser estendida aos cursos de graduação, onde os estudantes apreenderiam as particularidades médico-legais que envolvem essa documentação. (CONSELHO..., 2009b). O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal no item 17.17 do seu Regimento e Normas de Fiscalização (2001, p. 30), determina que, nos estabelecimentos de assistência médica em que haja Serviço de Documentação Médica, seja criada a Comissão de Revisão de Prontuário e que sua normatização conste do regimento interno da instituição. É instrumento de assessoria aos órgãos superiores, que devem receber os relatórios como fonte de informação e base para tomada de decisões. 20 Quanto mais padronizarmos nossos processos, tanto melhor para a segurança do paciente, para a saúde financeira do sistema de saúde, que cada vez mais se torna caro e difícil de ser mantido. Alguns pontos de risco para o paciente são exatamente os pontos de transições, como: transferência do paciente da UTI para enfermaria ou alta hospitalar para o seguimento ambulatorial. Informações são perdidas nessas transições, levando a grandes riscos e muitas vezes graves eventos com os pacientes. Ressalta-se que na sociedade contemporânea, em que a qualidade dos sistemas de saúde é posta à prova constantemente, um prontuário devidamente preenchido traduz, não somente a seriedade dos profissionais envolvidos, mas também um instrumento que favorece a atenção integral e inclusive a defesa judicial nas ações de responsabilidade civil, envolvendo médicos e hospitais. 21 4 O PERCURSO METODOLÓGICO 4.1 O Cenário da Intervenção O Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), instituição de natureza pública, com atendimento direcionado às patologias de Média e Alta Complexidade de Resolução para todo o Estado do Ceará. Hospital de ensino, considerado o maior hospital pediátrico do Ceará, localizado no bairro da Vila União, na cidade de Fortaleza. O sítio que deflagrou a Proposta foi o Setor de Contas Médicas, do próprio hospital. A distorção constatada foi o preenchimento inadequado (incompleto) do Relatório de Alta e do Formulário de Contra-Referência. O correto preenchimento desses documentos foi identificado como o principal instrumento dessa ação. 4.2 Os Sujeitos da Intervenção Recursos humanos envolvido no Processo de Alta Hospitalar: médico assistente, enfermeira assistente, secretária de bloco, serviço social, coordenação e assessor administrativo do SAME, coordenação de transporte, motorista da ambulância e o segurança que controla a saída dos pacientes. 4.3 O Delineamento do Projeto No sentido de elaborar a proposta, foi construído de forma sistematizada uma sequência de estratégias, definindo os profissionais, as unidades e as suas atribuições durante o processo da Alta Hospitalar. 22 Sumariando as atividades que estão pontualmente descritas no apêndice, ressaltamos que, compete: Ao (a) Médico (a) comunicar a Alta Hospitalar ao paciente/acompanhante e assegurar essencialmente o preenchimento adequado do Relatório de Alta e do formulário da Contra-Referência e fornecer orientações sobre o plano terapêutico; À enfermagem cabe também anunciar a Alta Hospitalar ao paciente/família e ao Serviço Social e ainda prover todas as orientações sobre cuidados a serem observados; O Serviço Social provê as condições que favoreçam o deslocamento do paciente para sua residência ou para outro local onde será acolhido; O Setor de Transporte será habilitado a transportar o paciente, quando necessário, dentro dos preceitos da humanização; O SAME providencia aprazamento de consultas de retorno e /ou exames, caso se faça necessário; Segurança/Portaria controla a saída do paciente devidamente acompanhada e certificase do recebimento dos documentos em foco (Relatório de Alta e o formulário da Contra-Referência). A validação do desenho proposto dar-se-á durante o período de 03 (três) meses de aplicação. Durante essa fase, o fluxo traçado e às atribuições definidas poderão sofrer os ajustes necessários, isto é, serão replanejadas (PDCA) no sentido de buscar a melhoria contínua. Vislumbrando a concretização destas ações, foi planejado, conforme cronograma, reuniões dialogadas / oficinas, pautando a: Sensibilização e a capacitação dos profissionais envolvidos no processo. A meta é transmitir o conhecimento até que se perceba que cada colaborador tem clareza do seu papel. No sentido de enriquecer e elucidar dúvidas sobre o fluxo atual e o que seria proposto no projeto, foi efetivada entrevistas não estruturadas, com: a médica assistente do Bloco B, a enfermeira assistente do Bloco B, a assistente social e a secretária, a coordenadora da Comissão de Revisão de Prontuário a coordenadora do SAME e a técnica do SAME. 23 4.4 Resultados Esperados Presume-se que ao implementar um conjunto de práticas no sentido de completar o Relatório de Alta Hospitalar e o sistema de Contra-Referência, instrumentos legalmente instituídos, fortalece um canal comunicante entre o Hospital Infantil Albert Sabin e a Rede Básica de Saúde. Acredita-se que o funcionamento deste processo concorre para impulsionar o alcance do princípio da integralidade e complementaridade da assistência dentro do SUS. É aceitável como meta atingida, quando setenta e cinco por cento (75%) dos prontuários apresentarem seus Relatórios de Alta e Contra-Referência devidamente preenchidos. Espera-se alcançar a meta, ao final de seis (06) meses, após implantação do projeto. 4.5 A Avaliação da Intervenção 4.5.1 A Comissão de Revisão de Prontuário: Utilizando a revisão amostral de 20% dos prontuários de pacientes egressos/mês, acompanhar a efetividade das ações projetadas aplicando a relação percentual entre: Prontuários Incompletos (no que se refere a Relatório de Alta e Contra-Referência X100 Total de Prontuários Revisados (Pacientes Egressos por alta, óbito, transferência) A seleção da amostra é aleatória (quanto à procedência), visto que, serão revisados os prontuários que transitam no SAME no dia e horário de trabalho da colaboradora “Revisora de Prontuários” (uma vez por semana). 24 Itens de conferência do Prontuário, com foco principalmente, no Relatório de Alta e Formulário da Contra-Referência: • Composição, • Completude, • Clareza, • Legibilidade, • Identificação dos Profissionais (assinatura e carimbo), 3.5.2 O Setor de Contas Médicas: • Proverá a Revisão de Prontuários do universo do Pacientes Egressos do HIAS / mês; • Retornar ao SAME todos os Prontuários que estão em desacordo com a Norma para seja providenciada as correções junto aos coordenadores do Setor. 25 5 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DA INTERVENÇÃO ETAPAS 2009 JUL AGO SET OUT Reunião de Diretoria. Lançamento do Projeto. Reunião com o Conselho Diretor. Lançamento do Projeto. Reunião com a Direção Clínica, Coordenação Médica de Enfermarias e Médicos Assistentes. Definição de papéis e capacitação. Reunião com a Direção Clínica, Coordenação de Enfermagem e Enfermeiras Assistentes. Definição de papéis e capacitação. Reunião com o Setor de Assistência Social. Definição de papeis. Reunião com a Coordenação e Administrativos envolvidos do SAME. Definição de papeis. Reunião com a Coordenação do Setor de Transporte. Definição de papeis. Reunião com Reunião com a Coordenação do Setor de Segurança. Definição de papeis. Deflagrado o Processo Avaliação do Processo: Comissão de Revisão de Prontuários & Contas Médicas Aplicação, Validação e Ajustes Meta a ser Alcançada: 75% dos prontuários com Relatórios de Alta e Contra-Referência devidamente preenchidos. REFERÊNCIAS 2010 NOV DEZ JAN FEV 26 ARAÚJO, E. C. A referência e contra-referência e a reorganizaçäo dos serviços: da atenção primária a um novo modelo de cuidado à saúde. Dissertação - Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina para obtenção do Grau de Mestre. Disponível em < http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/? IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=75 418&indexSearch=ID. Acesso em: 5 jan. 2009. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Congresso Nacional, 1988. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de ética médica: Art. 69. Resolução CFM nº 1.246/88, DE 08.01.88. Disponível em: HTTP://WWW.IPPMG.ORG.BR/IMAGEBANK/CODIGO_ETICA_MEDICA.PDF. Acesso em: 14 de jan. 2009a. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Define prontuário médico e torna obrigatória a criação da Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições de saúde. Resolução nº 1.638/2002. CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO DISTRITO FEDERAL. 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