ic2009-0261 - a luta pela terra e a contribuição da pesquisa

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PIBIC-UFU, CNPq & FAPEMIG
Universidade Federal de Uberlândia
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
DIRETORIA DE PESQUISA
A LUTA PELA TERRA E A CONTRIBUIÇÃO DA PESQUISA –
DATALUTA-MG
Natália Lorena Campos¹
Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
Danielle Fabiane da Silva¹
Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
Ricardo Luis de Freitas¹
Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
João Cleps Júnior²
Universidade Federal de Uberlândia
[email protected]
Resumo: O DATALUTA – Banco de Dados da Luta Pela Terra é um projeto de pesquisa e extensão
criado no Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária – NERA da Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP no ano de 1998 e vinculado ao LAGEA –
Laboratório de Geografia Agrária da Universidade Federal de Uberlândia - UFU desde 2005. No
projeto são sistematizados dados referentes às ocupações de terra, assentamentos rurais,
movimentos socioterritoriais e estrutura fundiária denominadas de categorias do banco de dados.
Os dados são coletados diariamente em mídias digitais e impressas e divulgados por meio de
relatórios anuais referentes a Minas Gerais e subsidiam uma análise apurada de como a luta pela
terra e a implantação de assentamentos rurais vem se espacializando pelo Brasil. O objetivo do
projeto é discutir as formas de tratamento dos dados das ocupações e assentamentos do Estado de
Minas Gerais. No DATALUTA mantemos atualizado um banco de dados com informações em
escala nacional sobre ocupações de terra, assentamentos rurais, movimentos socioterritoriais e
estrutura fundiária.
Palavras-chave: Reforma Agrária, Ocupações, Assentamentos, Banco de Dados, DATALUTA.
1. INTRODUÇÃO
O Banco de Dados da Luta pela Terra é desenvolvido pelo Laboratório de Geografia Agrária
(LAGEA), do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, em convênio com o
Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA), do Departamento de
Geografia da FCT/ UNESP – Campus de Presidente Prudente desde o ano de 2005. Participam
também do projeto o Laboratório e Grupo de Pesquisa GEOLUTAS – Geografia das Lutas no
Campo e na Cidade, da UNIOESTE no Paraná.
Na pesquisa, são levantados dados em jornais de abrangência nacional (Folha de São Paulo,
Clica Brasília, Estadão, e Correio Cidadania) e regional (Norte Net, O Tempo, DRD On Line,
Tribuna da Cidade, Jornal Vale do Aço, Jornal Correio, A Gazeta News, Jornal Webminas e
Divinews) e também em informes dos movimentos socioterritoriais (Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra – MST, Movimento Terra Trabalho e Liberdade – MTL, Centro de
1- Acadêmico(a) do curso de Geografia;
2- Orientador.
Documentação Eloy Ferreira da Silva – CEDEFES, Federação dos Trabalhadores da Agricultura do
Estado de Minas Gerais – FETAEMG, Confederação Nacional dos Trabalhadores na agricultura –
CONTAG, Resistência Camponesa, Coordenação Nacional de Lutas – Conlutas, Movimento dos
Atingidos por Barragens - MAB e Agência Brasil de Fato. Esse procedimento revelou a dificuldade
de se obter informações acompanhando as ocupações à distância.
A criação do Banco de Dados da Luta pela Terra - DATALUTA facilitou o acesso às
informações aos pesquisadores e usuários em geral, de modo que seus dados puderam ser
sistematizados das mais diferentes formas, fornecendo os dados dos movimentos socioterritoriais,
permitindo assim compreender sua dinâmica de luta e a problemática da Reforma Agrária no Brasil
e particularmente nos diversos estados brasileiros.
A primeira preocupação para a realização do projeto se deu pelas dificuldades do acesso aos
dados referentes à reforma agrária, espacialmente nos dados referentes aos assentamentos rurais,
uma vez que os mesmos se encontravam dispersos, com formatos e estruturas diferenciadas. Com a
criação do banco de dados do projeto DATALUTA foi possível o acesso a essas informações e
proporcionou o fácil acesso aos interessados nesse tipo de informação.
2. A METODOLOGIA DE PESQUISA E IMPORTÂNCIA DO DATALUTA
A importância do projeto esta no fato de que os dados coletados serem importantes
referências para analise da ação dos movimentos socioterritoriais, bem como entender a
espacialização e a territorialização da luta pela terra, alem de contribuir para políticas
governamentais. Assim, os dados apresentados no projeto constituem uma importante fonte de
informações sobre o assunto, uma vez que o DATALUTA pode coletar dados que não são
sistematizados pelos órgãos responsáveis, uma vez que os dados coletados são amplos,
proporcionando uma maior veracidade e confiabilidade das informações.
No caso especifico do Estado de Minas Gerais, a coleta dos dados se da importância pelo
fato de no estado apenas 3 instituições documentam as ações dos movimentos socioterritoriais, que
são elas: Comissão Pastoral da Terra – CPT, Ouvidora Agrária; do Ministério do Desenvolvimento
Agrário – MDA e a Pesquisa DATALUTA (LAGEA-UFU e NERA-UNESP). Assim, pode se
verificar que o projeto DATALUTA, junto com outros órgãos, tem um papel importante na coleta e
sistematização dos dados referentes a ocupações de terra, assentamentos e movimentos
socioterritoriais.
O projeto DATALUTA trabalha com diferentes versões, que consistem em: ocupações,
assentamentos, estrutura fundiária e movimentos socioterritoriais. O DATALUTA - SP trabalha
com a escala nacional, estadual e regional (Pontal do Paranapanema), já o DATALUTA- MG
trabalha com a escala estadual e regional (Minas Gerais, Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba).
Figura 1: Estrutura do DATALUTA
Fonte: DATALUTA - Banco de Dados da Luta pela Terra, 2005.
2
2.1. Sistemática de Consultas em Fontes
A consulta DATALUTA é realizada diariamente em mídia digital registrando dados
referentes à questão agrária no Brasil. As reportagens encontradas são arquivadas de acordo com a
nova metodologia DATALUTA. Para isso, utilizamos os seguintes jornais, portais e informes dos
movimentos:
Quadro 1: Listagem dos Jornais Digitais.
FONTES
LOCAL
Norte.net
Montes Claros
O Tempo
Belo Horizonte
DRD on line
Governador Valadares
Tribuna da cidade
Muriaé
Jornal Vale do Aço
Ipatinga
Jornal Correio
Uberlândia
Folha de SP on line
São Paulo
Clica Brasília
Brasília
Estadão
São Paulo
A Gazeta News
Muriaé
Correio Cidadania
Amambai
Jornal Webminas
Belo Horizonte
Divinews
Divinópolis
Fonte: LAGEA, DATALUTA-MG, 2009.
ABRANGÊNCIA
GEOGRÁFICA
Regional
Regional
Regional
Regional
Regional
Regional
Nacional
Nacional
Nacional
Regional
Nacional
Regional
Regional
Quadro 2: Listagem dos Portais de Notícias.
FONTES
LOCAL
UAI
Belo Horizonte
Mega Minas
Uberlândia
G1
São Paulo
Fonte: Projeto DATALUTA/ LAGEA-UFU, 2009.
ABRANGÊNCIA
GEOGRÁFICA
Estadual
Estadual
Nacional
Quadro 3: Listagem dos Informes Movimentos Socioterritoriais.
FONTES
LOCAL
Notícias: MST
Notícias: MTL
CEDEFES
Belo Horizonte
CONTAG
Brasília
FETAEMG
Belo Horizonte
Resistência Camponesa
MTL - DI
CONLUTAS
São Paulo
MAB
São Paulo
Agência Brasil de Fato
Fonte: LAGEA, DATALUTA-MG, 2009.
ABRANGÊNCIA
GEOGRÁFICA
Nacional
Nacional
Nacional
Nacional
Nacional
Nacional
Estadual
Nacional
Nacional
Nacional
Para controle das consultas online, cada item dos quadros acima possui uma tabela onde são
registrados a quantidade de reportagens encontradas no dia ou se o site está fora do ar ou em
construção. Essa tabela é feita em Excel com planilhas mensais do referido ano como pode ser
observado a seguir:
3
Figura 1: Planilha de controle de consulta e informações.
Fonte: Projeto DATALUTA – LAGEA/ NERA, 2009.
Os quadrados em cinza significam que nenhuma reportagem foi encontrada no ato da
consulta, já os vermelhos numerados representam a quantidade de notícias encontradas naquele
momento, e por fim, os brancos com o canto direito superior vermelho indicam que os sites estão
fora do ar ou “em construção”.
2.2. Nova Metodologia DATALUTA
Desde a sua criação até hoje (2009), o projeto DATALUTA sofreu modificações na sua
metodologia e estrutura. Assim, algumas versões que antes eram trabalhadas hoje já não são
adotadas, sendo assim foram incorporadas ao projeto.
Em reunião a respeito do projeto DATALUTA realizada em de março de 2009 na UNESP
Campus Presidente Prudente, uma nova metodologia foi adotada para o projeto. Antigamente as
reportagens referentes a Minas Gerais eram salvas em HTML, imprimidas e arquivadas em uma
pasta e também era salvo seu link em um arquivo do Excel. Essa estrutura mudou devidas algumas
falhas encontradas, pois ao longo do tempo esses links deixavam de funcionar impossibilitando
consultar a reportagem de forma online.
Hoje, além de salvar o link das reportagens e imprimi-las, elas são convertidas em PDF de
forma a não perder a integridade das mesmas. Quanto às reportagens do jornal impresso, a página
completa do jornal é escaneada em quatro partes e nomeada conforme a nova metodologia.
Como decisão nesta reunião, o DATALUTA hoje registra dados de manifestação além das
ocupações. Os arquivos das reportagens são nomeados da seguinte forma:
Exemplo 1: O_27092009.pdf (para ocupação) e M_27092009.pdf (para manifestação).
Quando há mais de uma reportagem sobre o mesmo assunto a nomeação é a mesma seguida
de letra conforme o exemplo abaixo:
Exemplo 2: O_27092009_A.pdf e O_27092009_B.pdf.
Esses dados são inseridos em uma planilha mensalmente e enviados ao NERA juntamente
com os arquivos das reportagens para a construção das tabelas base do Brasil, tabela essa utilizada
na confecção do Relatório Dataluta.
4
2.2. Relatório DATALUTA
O Relatório Dataluta consiste na coleta de todos os dados e sistematização por meio de
tabelas, gráficos, mapas e quadros. No Laboratório de Geografia agrária, anualmente é construído
um relatório com os dados de Minas Gerais. O relatório é organizado com dados referentes a
Ocupações de terras e números de famílias assentamentos rurais, famílias assentadas e área,
estrutura fundiária e movimentos socioterritoriais.
Dessa forma, há uma maior clareza dos dados obtidos e a possibilidade de entender algumas
mudanças da questão agrária em Minas Gerias e do Brasil. Um exemplo é demonstrado na tabela
seguinte como a forma em que os movimentos conseguiram avançar na luta pela terra.
Quadro 4 – Mesorregiões de Minas Gerais com maior número de famílias em ocupação entre 1990
e 2007.
N°
CLASS.
MESORREGIÕES
N°
OCUPAÇÕES
FAMÍLIAS
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba
20274
201
1º
Norte
de
Minas
13368
158
2º
Noroeste de Minas
10610
110
3º
Vale do Rio Doce
5712
37
4º
Jequitinhonha
3352
29
5º
Metropolitana de Belo Horizonte
3250
25
6º
Vale do Mucuri
1003
7
7º
Sul/ Sudoeste de Minas
950
12
8º
Oeste de Minas
395
5
9º
Central Mineira
160
4
10º
Zona da Mata
67
2
11º
Fonte: DATATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra, 2008. LAGEA, 2008, NERA, 2008
GRÁFICO 1 - MINAS GERAIS - MUNICÍPIOS COM MAIOR NÚMERO DE OCUPAÇÕES - 1990 - 2007
50
45
45
40
35
33
30
25
21
20
20
10
10
10
10
10
10
9
9
9
9
8
8
Matias Cardoso
10
Lagoa Grande
11
Almenara
12
10
Paracatu
12
Arinos
13
Manga
17
15
5
Varzelândia
Ibiá
Capitão Enéas
Coromandel
Campina Verde
Itacarambi
Frei Inocêncio
Araxá
Prata
Ituiutaba
Porteirinha
Montes Claros
Buritis
Santa Vitória
Unaí
Uberlândia
0
Fonte: DATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra, 2008.
Figura 2: Minas Gerais – Municípios com maior número de ocupações – 1990-2007.
Fonte: DATATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra, 2008. LAGEA, 2008, NERA, 2008
5
Figura 3: Brasil – Geografia das ocupações de terra – 2007 Famílias em ocupação.
Fonte: DATATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra, 2008. LAGEA, 2008, NERA, 2008
6
Abaixo segue o quadro com a relação dos movimentos socioterritoriais de Minas Gerais
atuantes no ano de 2007/2008.
Quadro 5 – Movimentos Socioterritoriais atuantes no Estado de Minas Gerais - 1990-2007.
SIGLA
NOME DAS ORG ANIZAÇÕES
ACRQ
Associação das Comunidades dos Remanescentes de Quilombos
ACUTRMU
Associação Comunidade Unida de Trabalhadores Rurais
APR/CPT
Animação Pastoral Rural
CAA
Centro de Agricultura Alternativa
CCL
Comissões Camponesas de Luta
CLST
Caminho de Libertação dos Sem Terra
CONTAG
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
CPT
Comissão Pastoral da Terra
DISSIDENTES
DO
Dissidentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
MST
FETAEMG
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de MG.
FETRAF
Federação da Agricultura Familiar
FST
Fórum Sindical dos Trabalhadores
LCP
Liga dos Camponeses Pobres
LCPCO
Liga dos Camponeses Pobres do Centro Oeste
LCPNM
Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas
LOC
Liga Operária e Camponesa
MLT
Movimento de Luta pela Terra
MLST
Movimento de Libertação dos Sem Terra
MLSTL
Movimento Libertação dos Sem Terra (MLST de Luta)
MI
Movimento Independente
QUILOMBOLAS
Movimentos Quilombolas
ÍNDIOS
Movimentos Indígenas
MPRA
Movimento pela Reforma Agrária
MPST
Movimento Populares pelos Sem Terra
MST
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
MSTR
Movimento Sindical dos Trabalhadores Rurais
MTL
Movimento Terra Trabalho e Liberdade
MTR
Movimento dos Trabalhadores Rurais
OLC
Organização de Luta no Campo
OTC
Organização de Trabalhadores no Campo
OTL
Organização Terra e Liberdade
STR
Sindicato de Trabalhadores Rurais (Local)
UNLC
União Nacional da Luta Camponesa
Fonte: DATATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra, 2008. LAGEA, 2008, NERA, 2008.
3. CONCLUSÃO
Assim é possível concluir que com o aprimoramento da metodologia DATALUTA,
conseguimos uma maior compreensão da realidade sobre a conquista da terra, e possibilitando
assim uma análise mais complexa dos dados. A utilização de gráficos e mapas no relatório amplia
as possibilidades de análise geográfica, enfatizando a análise temporal e espacial.
7
4. REFERÊNCIAS
CLEPS JR, J. Banco de Dados da Luta pela Terra em Minas Gerais DATALUTA: importância
na pesquisa sobre os movimentos socioterritoriais. Encuentro de Geógrafos de América Latina,
VI, Bogotá, Anais... Bogotá: Universidade Nacional de Colômbia, 2007. v. 1. p. 1-20.
DATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra: Relatório 2005 - Minas Gerais. LAGEA –
Laboratório de Geografia Agrária – IG/ UFU. Coordenação: CLEPS JUNIOR, João. Uberlândia,
dezembro de 2006.
DATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra: Relatório 2006 - Minas Gerais. LAGEA –
Laboratório de Geografia Agrária – IG/ UFU. Coordenação: CLEPS JUNIOR, João. Uberlândia,
agosto de 2008.
DATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra: Relatório 2007 - Minas Gerais. LAGEA –
Laboratório de Geografia Agrária – IG/ UFU. Coordenação: CLEPS JUNIOR, João. Uberlândia,
janeiro de 2009.
DATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra: Relatório 2007 – Brasil. NERA - Núcleo de
Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária – FCT/ UNESP. Coordenação: FERNANDES,
Bernardo Mançano. Presidente Prudente, São Paulo. Agosto de 2008.
FERNANDES, B. M. et al. DATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra: uma
experiência de pesquisa e extensão no estudo da territorialização da luta pela terra. Terra
Livre, São Paulo. 2004.
STEDILE, J. P. (org). A questão agrária no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2005. 3 vol.
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THE FIGHT FOR LAND AND THE RESEARCH’S CONTRIBUTION DATALUTA-MG
Natália Lorena Campos¹
Federal University of Uberlandia
[email protected]
Danielle Fabiane da Silva¹
Federal University of Uberlandia
[email protected]
Ricardo Luis de Freitas¹
Federal University of Uberlandia
[email protected]
João Cleps Júnior²
Federal University of Uberlandia
[email protected]
Abstract: The Dataluta – Fight for Land Database is a research and extension Project created in
the Study Nucleo, Reseachs and Agrarian Reform Projects – NERA of Paulista State College Julio
de Mesquita Filho – UNESP in 1998 and linked to LAGEA - Laboratory of Agricultural Geography
- Federal University of Uberlandia – UFU since 2005. The project is systematized data on the land
occupations, settlement, socioterritoriais movements and agrarian structure called database
categories. Data are collected daily in digital media, printed and disseminated through annual
reports to Minas Gerais and subsidize a detailed analysis how the fight for land and the rural
settlements establishment has been spatialized by Brazil. The objective project is discussing ways of
dealing with data of occupations and settlements of Minas Gerais. In Dataluta a database is
keeping with nationwide information about land occupation, rural settlements, socioterritoriais
movements and land structure.
Key-words: Agrarian Reform, Occupations, Settlements, Database, DATALUTA.
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