10. FADIGA SUPERFICIAL Além da determinação da resistência de um dente de engrenagem submetida a flexão, é necessário determinar a resistência deste mesmo dente à fadiga superficial. A partir da equação de Hertz, pode-se obter uma expressão matemática para a tensão de contato entre dois dentes das engrenagens em contato: p max 2F a (21) onde pmax é a tensão de compressão na superfície de contato entre dois cilindros, F é a força de compressão que gera a tensão, é o comprimento da área de contato (cilindros) e a é a constante geométrica (cap3), dada por a 2 F [(1 12 ) / E1 ] [(1 22 ) / E 2 ] (1 / d1 ) (1 / d 2 ) (22) onde d é o diâmetro dos cilindros, é o coeficiente de Poisson dos materiais dos cilindros e E, o módulo de elasticidade. As equações acima podem ser aplicadas para o contato entre os dentes das engrenagens. Substituindo-se a tensão de compressão por c, d por 2r, por b e: F Wt cos( ) (23) obtém-se a equação para a tensão superficial de Hertz: c2 Wt [(1 / r1 ) (1 / r2 )] 2 b cos( ) [(1 1 ) / E1 ] [(1 22 ) / E2 ] (24) com r sendo os valores instantâneos dos raios de curvaturas dos perfis dos dentes do pinhão e da coroa, no ponto de contato. O raio de curvatura do dente é dado por: r d sen( ) 2 (25) z2 d 2 z1 d1 (26) é o ângulo de pressão. Denominando de i a relação de transmissão: i e definindo-se o coeficiente elástico por: cp 1 1 1 22 ( ) E1 E2 2 1 (27) o fator geométrico I por: I cos( )() sen( ) i 2 i 1 (28) Wt K v .b.d .I (29) tem-se que c Cp Logo, o fator de segurança para a fadiga superficial em dentes de engrenagens cilíndricas de dentes retos é dado pela equação: F .S c ( Sc c )2 (20)