O Caráter Motivacional da Gestão de Recursos Humanos Para que

Propaganda
Capítulo 8 - O Caráter Motivacional da Gestão de Recursos Humanos
Para que possamos entender melhor o caráter motivacional que hoje, a Gestão de
RH assume, precisamos partir de uma definição básica da motivação em si, bem
como conhecer quais são as principais variáveis que atuam neste processo tão
delicado que é o ato de estar motivado e motivar pessoas.
O que é Motivação?
A palavra motivação seria o somatório de duas palavras distintas, motivo + ação.
Pela etimologia da palavra podemos defini-la como sendo motivo para ação. Ou um
determinado porque para um determinado fim. Para Aurélio Buarque de Holanda “é
o conjunto de fatores, os quais agem entre si, e determinam a conduta de um
indivíduo”.
Então podemos perceber que as nossas ações dependem de impulsos para
acontecer. Onde estes impulsos poderão ser de cunho interno ou externo.
O Impulso Interno
O impulso interno será aquele originado no nosso próprio interior. Está ligado a
nossa capacidade individual de nos motivar, de encontrar em nós mesmos razões
para que haja a motivação. Este impulso interno sofrerá variação de pessoa para
pessoa, conforme seu estado de espírito. Pessoas que comumente estão com astral
elevado, de bem com a vida ou tirando brincadeira das situações mais inusitadas
estão propensas a desenvolver um impulso motivacional interno com maior
facilidade que aqueles que nunca vêem a “luz no fim do túnel” ou se deprimem com
as mais simples situações.
Vale a pena observar que nossas motivações internas influenciam diretamente no
nosso comportamento, influenciando assim, as nossas motivações externas.
MOTIVAÇÃO INTERNA
MOTIVAÇÃO EXTERNA
O Impulso Externo
Refere-se aos impulsos oriundos do nosso próprio meio social e que nos diz
respeito. Estão ao nosso redor e nos afeta diretamente. A intensidade de sua
influência em nosso comportamento dependerá do grau de importância que
dispensamos a ele. Por exemplo, se a opinião de um amigo é muito importante para
mim todo comentário favorável a meu respeito será como um estimulante positivo
para o meu comportamento. Do contrário, se recebo deste mesmo amigo algum tipo
de crítica negativa a meu respeito, tal comentário será responsável por me tornar
menos motivado.
A motivação externa também afeta a nossa motivação externa.
MOTIVAÇÃO EXTERNA
MOTIVAÇÃO INTERNA
O Ciclo Motivacional
O nosso comportamento, em nenhum momento acontece de forma causal, ao
contrário, cada ação que por nós é executada é fruto de algum estímulo, de alguma
influência. Existirá sempre uma razão para cada comportamento, ou seja, existe
sempre um motivo. E esses motivos estão presentes a cada momento de nossas
vidas, mesmo nos atos mais cotidianos estamos sendo influenciados por estes
motivos, que nos movem a algum tipo de comportamento. Estes motivos compõem o
que chamamos de Ciclo Motivacional.
Quando nosso ciclo motivacional está completo, ou seja, todas as nossas
necessidades, internas ou externas, estão supridas dizemos que nosso ciclo
motivacional está completo. Temos ausência de frustração. Porém, se alguma
variável que compõe o ciclo motivacional deixa de existir por algum tipo de barreira,
imediatamente nosso ciclo passa ao estado de bloqueado, bloqueando também as
nossas ações.
Maslow e a Hierarquia das Necessidades
Um dos estudos mais importante dentro das teorias motivacionais foi desenvolvido
por Abraham Maslow. Ele nos cita um comportamento totalmente comandado pelas
necessidades humanas dispostas hierarquicamente. Seu estudo, intitulado
Hierarquia das Necessidades nos sugere que as necessidades de nós, seres
humanos obedecem a uma determinada escala de prioridade, onde uma
determinada necessidade somente será suprida quando as necessidades dispostas
no nível inferior estiverem satisfeitas.
A Motivação nas Organizações
Agora que já temos uma idéia de como motivação pode interferir em nosso
comportamento, nosso foco será o estudo desta motivação nos ambientes
organizacionais.
Alguns administradores esquecidos de todas as variáveis que giram em torno do
nosso processo motivacional, que engloba estímulos internos e externos, transferem
para o RH a árdua missão de transformar colaboradores descrentes, apáticos ou
desmotivados em pessoas motivadas e ainda, se possível, motivadoras.
Ora, mas como conseguir tal façanha?
Trabalhar a motivação de indivíduos nesse estado emocional não é tarefa fácil e
dificilmente poderá ser desempenhada somente pelo RH. Quando nossos
colaboradores atingem certo nível desinteresse por seu trabalho e até mesmo pelo
alcance de seus objetivos pessoais as causas para todo esse desinteresse
certamente é fruto de um somatório de muitas pequenas causas que resultaram
neste estado de desmotivação. Neste caso, um esforço conjunto de toda a
organização será indispensável para alterar esta situação, principalmente o apoio
dos gestores, pois somente eles terão autonomia suficiente para reverter quadros de
insatisfação salarial, inadequação à função desempenhada ou sentimentos de
desvalorização profissional. Os gestores entram com a autonomia administrativa
para alterar estas situações, enquanto que ao RH cabe a tarefa de ouvir e tratar as
queixas de cada colaborador, tratando-o como ser único.
A maioria das organizações esquece de enxergar aos seus colaboradores como
seres únicos, individuais e passam a aplicar o mesmo tipo de tratamento a todos
indiscriminadamente. É exatamente nesta uniformidade de tratamento que se inicia o
processo de desvalorização do colaborador. Se o colaborador ou a equipe da qual o
mesmo faz parte desempenha um bom trabalho, todos receberão uniformemente a
mesma compensação. Do contrário, se as metas não são cumpridas todos
receberão a mesma penalidade. Observe que é tudo muito impessoal. Parece que já
temos a receita em nossa gaveta, é esperar o momento certo para aplicá-la.
Se estamos falando de organizações formadas por indivíduos, no seu sentido mais
individual, mais pessoal, não podemos simplesmente aplicar a estes normas de
comportamentos padronizados. É preciso tentar adentrar na motivação interior de
cada um de nossos colaboradores. É preciso entender que em muitos casos um
simples “muito obrigado” por uma tarefa cumprida vale muito mais que um aumento
salarial. Somente assim, poderemos alcançar a motivação exterior.
This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com.
The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.
This page will not be added after purchasing Win2PDF.
Download