1ª Questão: Efeito da lignina na nutrição animal

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1ª Questão: Efeito da lignina na nutrição animal.
A lignina pertence ao grupo dos materiais pépticos. Não é um glicídio
verdadeiro.
Contem
carbonos
demasiadamente
para
ser
considerada
carboidrato. Também não se encontrando hidrogênio e oxigênio na proporção
correta.
É encontrado principalmente nas folhas, cascas de cereais e de
plantas. Não é digerido no trato digestivo dos animais, inclusive atrapalhando a
digestibilidade de outros nutrientes. Mesmo nos ruminantes não é digerido por
não ser atacado pelas bactérias do rúmen. A lignina, porém, é uma fonte muito
importante para o fornecimento de carboidratos dos ruminantes, uma vez que
processos de hidrólise ácida ou alcoólica, ou por processamento a vapor, sob
pressão, podem quebrar sua molécula, tornando-a então utilizável para
herbívoros.
ANDRIGUETTO. J. M.;et. al. Nutrição animal. São Paulo: Nobel, 1999. Pag.
22.
2ª Questão: Discorra sobre a digestão dos carboidratos no intestino delgado
dos animais domésticos.
Os carboidratos da dieta são principalmente amidos, sacarose, lactose e
carboidratos fibrosos. O amido é um polissacarídeo que contem glicose e
consiste em uma cadeia de alfa 1,4 unidades de glicose. A maioria dos amidos
são ramificados e contem também ligações alfa 1,6. Sacarose e lactose são
dissacarídeos que consistem em glicose e frutose, e glicose e galactose
respectivamente. Carboidratos fibrosos incluem as hemicelulose e celulose,
que contem os polímeros de glicose com ligações beta 1,4.
A fase luminal da digestão do amido consiste na hidrolise enzimática pela alfa
amilase pancreática das ligações interiores alfa 1,4 da molécula do amido, para
liberar os produtos finais oligossacarídeos no lúmen do duodeno. Como a alfa
amilase tem baixa especificidade para as ligações mais externas da molécula e
não faz a clivagem das ramificações alfa 1,6, os produtos finais da digestão da
amilase são trissacarídeos com ligações alfa 1,4 e dissacarídeos (maltotriose e
maltose) e um grupo de oligossacarídeos ramificados que contem tanto as
ligações alfa 1,6, como as alfa 1,4 e são conhecidos como alfa dextrinas.
Nenhuma glicose livre é formada pela hidrolise da alfa amilase pancreática. Ela
é incapaz de hidrolisar os polímeros da glicose com ligações beta, e portanto
os carboidratos fibrosos que contem esta ligação não são diferidos no intestino
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delgado, mas sim digeridos por fermentação microbiana nos pré estômagos de
ruminantes, e no ceco se outros herbívoros.
Os produtos da digestão luminal dos carboidratos não podem ser absorvidos
pela mucosa e devem ser mais degradado sem monossacarídeos antes que
possam ser transportados para dentro da célula epitelial. A fase mucosa desta
degradação é realizada por sacarídeos específicos na borda em escova da
célula epitelial. Estas enzimas são incorporadas na membrana luminal da
célula e migram para a ponta das microvilosidades. Portanto, a hidrólise na
posição justaluminal. Exceto a lactose, estes sacarídeos são hidrolisados tão
eficientemente que a etapa autolimitante é geralmente a absorção de
monossacarídeos através do mecanismo de transporte. A lactose é
desdobrada mais lentamente e, portanto sua hidrolise é autolimitante em sua
assimilação global.
O estagio final do carboidrato é o transporte dos monossacarídeos para dentro
da célula epitelial. Nos casos da glicose ou galactose, isto é realizado através
de um mecanismo de transporte especifico n membrana luminal que requer a
presença se sódio. Estas hexoses podem ser transportadas para dentro da
célula por transporte ativo, contra seu gradiente de concentração. A frutose não
pode entrar na célula contra seu gradiente de concentração, mas um
mecanismo transportador facilita sua entrada na célula quando sua
concentração no lúmen é maior que aquela dentro da célula. O metabolismo da
frutose pela célula mantém sua concentração mais baixa, uma vez que estes
monossacarídeos consigam entrar na célula epitelial, elas podem então se
difundir abaixo do seu gradiente se concentração para o sangue porta, para a
liberação para os tecidos do corpo em geral.
DUKES, Fisiologia dos animais domésticos.
1° QUESTAO. Existem basicamente três formas para equilibrar os níveis de
aminoácidos nas rações de não ruminantes. Quais são elas? Explique cada
umas delas.
1° forma: combinação de ingredientes da ração.
Existem desequilíbrios de aminoácidos em todos os ingredientes usados nas
rações de aves e suínos. Os aminoácidos essenciais, lisina, metionina,
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triptofano, e treonina, estão limitantes nas fontes de proteína e energia
comumente utilizadas nas rações desses animais.
A combinação de ingredientes que se complementam em aminoácidos permite
a formulação prática de dietas com níveis de proteínas adequadas sem
excessos neste nutriente.
Para suínos a combinação, milho e farelo de soja se complementam de forma
adequada, mas para aves essa combinação não supre totalmente o nível de
metionina necessários, ao atendimento das necessidades.
Existem combinações de ingredientes que se complementam, no entanto
eventuais deficiências podem ocorrer dependendo do número de ingredientes
combináveis e também da qualidade do processamento das fontes protéicas.
2° forma: utilização de aminoácidos sintéticos.
A
partir da
fabricação
de
aminoácidos sintéticos,
tornou-se
fácil a
complementação de rações deficientes.
São basicamente quatro aminoácidos fabricados em escala industrial: são a DL
– metionina e suas análogas a L – lisina – Hcl, L – treonina e L – triptofano. O
aminoácido DL – metionina é uma mistura racêmica entre formas levógiras e
dextrogiras, enquanto a L – lisina e L – treonina somente na forma levógira. O
aproveitamento da DL – metionina 98 – 99 % em pó não é 100%, pois metade
da composição está na forma D que necessita ser transformada pelo sistema
hepático em MHA e depois convertida na forma orgânica que é L. Os
aminoácidos ocorrem na natureza numa configuração L. O organismo animal
tem a capacidade de transformar a forma D para a forma L.
3° forma: formulação da ração com excesso de proteína.
A elevação do nível de proteína da dieta também elevará os níveis dos
aminoácidos e desta maneira supera as necessidades dos aminoácidos
limitantes.
Apesar dessa maneira ser prática, ela acarreta problemas de metabolismo e
custo de ração. Rações com níveis de protéicos elevados sobrecarregam a
digestão, absorção, e eliminação do nitrogênio não aproveitável, havendo
sobrecarga de rins e fígado. A associação de todos esses efeitos reduz a
eficiência dessa ração, além de ter um custo elevado.
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BERTECHINI, Antônio Gilberto. Nutrição de monogástricos. 2006, P. 109.
2° QUESTÃO. Qual a diferença entre proteína bruta e proteína digestível?
Proteína bruta é a quantidade total de proteínas e aminoácidos que estavam
contidas em um alimento e que foram ingeridos por um animal. Sendo assim,
ela pode ser estimada a partir da diferença entre a quantidade de proteínas
oferecida ao animal e a quantidade que ele não ingeriu, ou seja, que sobrou no
cocho. Pode ser medida através de aparelhos como o calorímetro, baseado na
composição química dos alimentos.
Proteína digestível é a quantidade dessa proteína que foi absorvida no TGI
desse animal, pois ao passar por ele ocorrem perdas desses nutrientes.
Corresponde à diferença entre a proteína bruta do alimento ingerido e a
proteína bruta das fezes.
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