0 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Fisioterapia Gabriela Kaio Castro Watanabe Juliana Eiro Mariane Rasquel PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ADULTOS SUBMETIDOS À FISIOTERAPIA INTENSIVA ENTRE OS ANOS DE 2003 AO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2008 Lins-SP 2008 1 GABRIELA KAIO CASTRO WATANABE JULIANA EIRO MARIANE RASQUEL PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ADULTOS SUBMETIDOS À FISIOTERAPIA INTENSIVA ENTRE OS ANOS DE 2003 AO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2008 Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Fisioterapia, sob a Orientação do Prof. Esp. Antonio Henrique Semençato Júnior e orientação técnica da Profª. Esp. Ana Beatriz Lima. Lins-SP 2008 2 W295p Watanabe, Gabriela Kaio Castro; Eiro, Juliana; Rasquel, Mariane Perfil epidemiológico de pacientes submetidos à fisioterapia intensiva no período de 2003 ao primeiro semestre de 2008 / Gabriela Kaio Castro Watanabe; Juliana Eiro ; Rasquel, Mariane. Lins, 2008. 121p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Fisioterapia, 2008. Orientadores: Ana Beatriz Lima; Antonio Henrique Semençato Júnior 1. Epidemiologia. 2. Fisioterapia. 3. UTI. I Título. CDU 615.8 2 GABRIELA KAIO CASTRO WATANABE JULIANA EIRO MARIANE RASQUEL PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ADULTOS SUBMETIDOS À FISIOTERAPIA INTENSIVA ENTRE OS ANOS DE 2003 AO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2008 Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Aprovada em: _____/_____/_____ Banca Examinadora: Profº Orientador: Antonio Henrique Semençato Júnior Titulação: Professor Fisioterapeuta Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória pelo Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Assinatura:_____________________________ 1º Prof(a): _______________________________________________________________ Titulação:_______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura:_____________________________ 2º Prof(a): _______________________________________________________________ Titulação________________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura:_____________________________ 3 DEDICATÓRIAS Para as pessoas que mais amo no mundo... Francisco e Débora Pai e Mãe, não tenho palavras para agradecer tudo o que vocês fizeram por mim...e se hoje cheguei onde estou é por mérito de vocês que nunca mediram esforços para esse sonho se tornasse realidade. Foram tantas dificuldades, todas superadas com muito trabalho, mais sem nunca perder a alegria, a esperança, união entre agente... Vocês são guerreiros.....Não tenho palavras pra dizer quanto amo vocês... Obrigada por me fazer a pessoa mais feliz deste mundo!!! Amo muito vocês... Gabi Para minha querida irmã Carol, nada mais justo que dedicar este trabalho a você... Obrigada por sempre estar disposta a me ajudar e me dar forças para continuar, por tudo que tem sido em minha vida. Nem sei como me agüentou todos estes anos... Foram tantos conselhos, ajudas milagrosas, dificuldades, broncas pelo quarto desarrumado ou por não fazer almoço (rs)... Foi muito bom... Amo-te muito... Obrigada!!! Gabuxinha, Gabuxinha!!! Ao meu irmão lindo Jun, obrigada por fazer da minha vida muito mais alegre, de sempre me sentir protegida ao seu lado... de pular pela casa, cantar alto, de estarmos juntos nas idéias mais bestas....Bom, agora somos pessoas sérias, né?...ainda bem que não...Muita sorte e sucesso na sua vida....Te Amo Muito Gabi Aos meus Avós e Tio: Batian (in memoriam), Ditian (in memoriam) e Vó Gui(in memoriam) e tio Tomotian (in memóriam) A vida resolveu tirar vocês muito cedo de mim....mais uma coisa ela nunca vai poder tirar, a educação que me deram, as broncas, os valores inestimáveis a família, as lembranças. Agradeço muito a vocês, pois muito do que sou é porque vocês fizeram parte da minha história. Saudades imensas..... Arigatô!!! Gabi (Kaiotchan) Aos meus padrinhos: Luiz e Beth Obrigada por tudo que vocês fizeram por mim e minha família.....esta etapa também é um vitória de vocês....amo vocês Gabi Para minhas amigas-irmãs: Lê, Mi, Lidjuca, Paty e Geno Meninas ....ter vocês como parte de minha família é um presente de Deus, pois ele colocou pessoas maravilhosa no meu caminho. Sempre companheiras e brutinhas. Tenham a certeza que nas melhores e importantes histórias da minha vida vocês fizeram parte dela...nunca vou me esquecer de vocês..... amo muito vcs! Gabú 4 Aos meus familiares A minha formação como profissional não poderia ter sido concretizada sem a ajuda de meus amáveis pais Kiyoshi e Taeko, minhas irmãs queridas Viviane e Sandra, minha madrinha Aiko e a eterna avó Teru que, no decorrer da minha vida, proporcionaram-me, além de extenso carinho e amor, os conhecimentos da integridade, da perseverança e de procurar sempre em Deus à força maior para o meu desenvolvimento como ser humano. Por essa razão, gostaria de dedicar e reconhecer a vocês, minha imensa gratidão e amor. Algumas pessoas marcam a nossa vida para sempre, umas porque nos vão ajudando na construção, outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los. Principalmente Má e San, muito obrigada por tudo!!!! Não sei o que seria da minha vida sem vocês... Jú Ao meu noivo Gilson Mesmo de longe sempre me dando forças para lutar e conquistar todos os meus objetivos. Mais uma etapa que você me ajudou a concluir. Esse tempo que estamos juntos, você mostrou ser uma pessoa maravilhosa. Meu amor, muito obrigada por tudo! Te amo muito! Jú 5 Aos Meus Pais (Marco e Marlene) Vocês durante todo meu tempo de estudo, foram os meus olhos, as minhas pernas, a minha boca, durante todo esse tempo meu coração pulsava na mesma intensidade que os de vocês. Mãe, ao nascer, foram teus braços o meu primeiro leito, abrigo fundamental para o meu crescimento mental e espiritual. E você Pai, o apoio, a sustentação, o equilíbrio, a direção para todos os meus caminhos. Me deram amor, carinho necessário para me tornar quem sou. E as honras e glórias que hoje alcanço, não seriam possíveis se não estivessem ao meu lado. Amo vocês Mari Às minhas irmãs (Michele e Maisa) Obrigada pela força que me deram todo estes tempos, por me fazerem acreditar em mim. Vocês são tudo para mim. Amo vocês Mari Aos meus Amigos (Bruna Mara, Bruna Marcelino, Taina e Murilo) Há quatros anos estamos juntos, mas apenas no ultimo ano conheci pessoas maravilhosas como vocês, mas foi tempo suficiente para que se tornasse uma verdadeira amizade. Obrigado por fazerem parte dessa etapa da minha vida. Amo vocês Mari Ao meu namorado Leandro Sempre serei grata pela sua paciência e compreensão diante das minhas dificuldades durante este tempo. Sem falar dos meus estresses, os quais você as vezes os transformavam em motivos de risos, onde eu me refazia e retomava o leme. Obrigada por me compreender e me dar forças. Te amo Mari 6 AGRADECIMENTOS A Deus Pela força, iluminação que sempre nos mandou dos céu, pois sem Você nada se realizaria. Sei que nos colocastes neste caminho sem ser por acaso, certamente tens algo especial em nossas vidas. Nosso agradecimento maior. Já que muitas vezes, quando nos sentiamos desacreditadas e perdidas nos nossos objetivos e ideais,, nos fez vivenciar a delicia de nos formar, dando-nos forças, luz e amparo. Gabú, Jú e Mari. Ao nosso querido orientador Júnior Através da sua experiência, sabedoria, conhecimentos, pode nos orientar da melhor maneira para a conclusão desse trabalho. Foram dias e noites de dedicação para chegar a essa vitória e enfim.......terminamos!!!!!!! Jú, muito obrigada por tudo!!! Continue sendo essa pessoa maravilhosa... Te admiramos muito! Gabú, Jú e Mari. A professora Bia Muito obrigada pela paciência e compreensão, sem a sua ajuda e orientação esse trabalho não seria concluído. Gabú, Jú e Mari. Ao pessoal da biblioteca, xérox e laboratório de informática Obrigada pelas horas de paciência e disposição para ajudar pessoas loucas e desesperadas como nós. Gabú, Jú e Mari. Aos nossos Professores Agradecemos pelos ensinamentos dados e experiência compartilhada. Gabú, Jú e Mari. 7 A minha parceiras de monografia....Mari e Jú Nem acredito que agente terminou.....obrigado por fazer parte desta etapa tão importante de minha vida, sem vocês ela não seria tão especial......temos muita lembranças para contar....desde ser expulsas da biblioteca a sessões de exorcismo na Santa Casa........ amei fazer este trabalho com vocês!!!!!Adoro vocês!!!! Gabú Para pessoas muito especiais: Jacky (Preta), Thais (Tata), Carol, Paula (Trop´s), Bruna (Baiana), Everton, Netão, Rafa, e Caio (Fiote) Meus amores....vocês não tem idéia de como são importante em minha vida. Aos amigos de longa data, aos de perto ou longe, os de sala, de estágio, para aqueles que apesar de pouco tempo de convívio já tem um enorme pedaço muito grande em meu coração....obrigada por sempre estarem comigo, por me agüentar em momentos de stress, nos conselhos, pelo ombro amigo quando não estava bem, pelas brincadeiras, conversas sentados numa calçada, histórias compartilhadas e muitas outras vividas juntos.... ...Selembra quando a gentechegou a umdia acreditar quetudo era pra sempre, semsaber queo pra sempre, sempre acaba..... Nem desistir, nem tentar agora tanto faz estamos indo de volta pra casa...... Gabú Ao pessoal da sala em especial Bruna (loka), Bruna (Jatobá), Tainá e Simone Obriga por fazer desses quatro anos momentos inesquecíveis.....que mesmo sendo pessoas tão diferentes, nos completamos.....Adoro vocês!!!!!! Gabú 8 As minhas parceiras (Mari e Gabi) Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa. Para realização desse trabalho passamos por varias dificuldades, momentos de stress, noites sem dormir, medos na Santa Casa entre outras coisinhas...Mas enfim conseguimos!!! Podemos dizer que tudo o que passamos valeu a pena. Meninas, adoro vocês!!! Jú A minha grande amiga Simone Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.Passamos por alguns, mas você se mostrou sempre muito amiga! Dando-me forças quando pensei em desistir de tudo, quando fiquei sem esperanças e desacreditada. Obrigada pela sua amizade, ajuda na finalização desse trabalho! Você estará presente sempre no meu coração! Jú Ao meu amigo Cédric Quero muito agradecer pela sua atenção, carinho e amizade... Você é uma daquelas pessoas raras com um objetivo único de dar alegrias as pessoas que lhe cercam...... Alguns eventos e acontecimentos nos trazem prazer, mas a verdadeira e duradoura alegria só pode ser representada na forma de uma amizade como esta que conseguimos construir e consolidar. Você é uma pessoa muito especial! Jú Às minhas parceiras (Ju e Gabu) As dificuldades não foram poucas, os desafios foram muitos, os obstáculos, muitas vezes, pareciam intransponíveis. Muitas vezes nos sentimos só, e, assim, o estivemos. O desânimo quis contagiar, mas, a garra foram mais fortes, sobrepondo esse sentimento, fazendo-nos seguir a caminhada, apesar da sinuosidade do caminho. Agora, ao olharmos para trás, a sensação do dever cumprido se faz presente e podemos constatar que as noites de sono perdidas, não foram em vão. Aqui estamos, como sobreviventes de uma longa batalha, porém, muito mais fortes e hábeis. Obrigada pelos momentos de aprendizagem constante e pela amizade solidificada, pelo esforço, dedicação e compreensão, em todos os momentos desta caminhadas, ao longo deste trabalho. Obrigada por tudo.... Adoro vocês: Mari À Tia Tina Meu anjo da guarda, meu socorro, amiga nas horas difíceis, meu ombro amigo nas horas e lugares certos. Obrigada por tudo !!! Te amo... Mari RESUMO A epidemiologia tem se mostrado nos últimos anos ser de grande valia nas diversas áreas da saúde para caracterizar uma determinada população desvelando informações que permitem fazer de dados passados uma importante fonte para projeções futuras. Com o avanço da fisioterapia intensiva faz-se necessário tal caracterização dos pacientes assistidos por tal profissional no setor de unidade de terapia intensiva, pois, assim se pode ter certa previsibilidade das pessoas que possam vir a usar deste serviço em ambiente hospitalar, melhorando desta forma o atendimento realizado pelos profissionais de fisioterapia que atuem em tal área, além de toda equipe relacionada com a unidade de terapia. Com isso, a presente pesquisa tem como objetivo caracterizar os pacientes atendidos pelo setor de fisioterapia na Unidade de Terapia Intensiva da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Lins no período de 2003 ao primeiro semestre de 2008. Para isso foram coletados dados das fichas de avaliações realizadas pela fisioterapia em pacientes submetidos à terapia intensiva, sendo elas: gênero, idade, processo patológico, etnia, dias de hospitalização, número de sessões efetuadas, evolução de caso, convênio e procedência dos pacientes. Após esta fase, os dados foram comparados entre si, realizando-se gráficos contendo distribuição e até mesmo porcentagens e números encontrados, a fim de caracterizar a população em questão. Foram observados dados de 643 pacientes de ambos os gêneros sendo que houve a prevalência do gênero masculino 59,3%, cuja mortalidade dos mesmos em torno de 30%, com média para as idades de 58 ± 20 anos, média de hospitalização de 09 ±12 dias, número de sessões de fisioterapias intensivas executadas de15 ±23. Em relação à etnia dos pacientes e sua evolução clinica, merece destaque homens de etnia branca com evolução de alta 32% em 2005. Para o gênero feminino, se observou em 2005, mortalidade em etnia branca 57%. O sistema nervoso prevaleceu com relação aos demais sistemas observados, sendo os usuários do SUS de maior prevalência e mortalidade. Com relação à procedência dos mesmos, observouse que 74% dos pacientes pertenciam à cidade de Lins. Palavras-chaves: Epidemiologia. UTI. Fisioterapia Intensiva ABSTRACT The epidemiology has shown in recent years to be of great value in different areas of health to characterize a given population revealing information that allow to make use of past data as a major source for future projections. With the advancement of intensive physiotherapy it is necessary such a characterization of patients assisted by such professional in the sector of intensive care unit, because then you can have some predictability of people likely to use this service in a hospital environment, thus improving the care of physiotherapy performed by professionals who act in this area, plus all the team related to the therapy unit. With that, this research aims to characterize the patients seen by the sector of physiotherapy in an Intensive Care Unit of the Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Lins in the period from 2003 to the first semester of 2008. For that, data were collected from sheets of evaluations conducted by the physiotherapy in patients undergoing intensive therapy, which are: gender, age, pathological process, ethnicity, days of hospitalization, number of sessions conducted, evolution of case, arrangement and source of the patients. After this phase, the data were compared, and graphics containing distribution and even percentages and numbers found were made in order to characterize the population in question. Data from 643 patients of both genders were observed and there was the prevalence of males 59.3%, and the mortality of those was around 30%, with an age average of 58 ±20 years, average hospitalization of 09 ±12 days and number of sessions of intensive physiotherapy executed of 15 ± 23. Regarding the ethnicity of patients and their clinical development, it is worth noting the ethnic white men with evolution of high 32% in 2005. For the female, was observed in 2005, mortality in white ethnicity 57%. The nervous system prevailed with respect to other systems observed, showing users of SUS the highest prevalence and mortality. With regard to their source, it was observed that 74% of the patients belonged to the city of Lins. Key words: Epidemiology. ICU. Intensive Physiotherapy 11 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Número total de pacientes atendidos no período da pesquisa...... 84 Figura 2: Demonstra a relação das médias de idades com relação ao gênero ............................................................................................................ 84 Figura 3: Número total de altas e óbitos no período da pesquisa................. 85 Figura 4: Apresenta a relação entre o número de pacientes por período de análise e a evolução clínica destes de acordo com os gêneros dos mesmos.......................................................................................................... 85 Figura 5: Alta e Óbito relacionados à SUS e NSUS...................................... 86 Figura 6: Porcentagem de altas e óbitos do gênero masculino com relação à etnia no período da pesquisa......................................................... 87 Figura 7: Porcentagem de altas e óbitos do gênero feminino com relação à etnia no período da pesquisa ..................................................................... 87 Figura 8: Número de pacientes atendidos no período da pesquisa com relação à procedência dos mesmos .............................................................. 88 Figura 9: Número de pacientes de acordo com gênero e sua distribuição com relação ao sistema de acometimento por período da pesquisa ............ 89 Figura 10: Número de pacientes de acordo com o gênero e afecções apresentadas do sistema gastrointestinal ..................................................... 89 Figura 11: Número de pacientes de acordo com o gênero e afecções apresentadas do sistema cardiorrespiratório ................................................ 90 Figura 12: Número de pacientes de acordo com o gênero e afecções apresentadas do sistema geniturinário.......................................................... 90 Figura 13: Número de pacientes de acordo com o gênero e afecções apresentadas do sistema osteomioarticular .................................................. 91 Figura 14: Número de pacientes de acordo com o gênero e afecções apresentadas do sistema nervoso................................................................. 92 Figura 15: Número de pacientes de acordo o gênero e afecções apresentadas do sistema endócrino-metabólico-nutricional ......................... 92 Figura 16: Número de pós-operatório realizado de acordo com o gênero ... 93 Figura 15: Outras afecções de acordo com o gênero ................................... 94 12 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Tabela Geral ..................................................................................114 LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS ASCR: Afecções do Sistema Cardiorrespiratório ASEMN: Afecções do Sistema Endócrino-Metabólico-Nutricional ASGI: Afecções do Sistema Gastrintestinal ASGU: Afecções do Sistema Geniturinário ASOMA: Afecções do Sistema Osteomioarticular ASN: Afecção do Sistema Nervoso AVE: Acidente Vascular Encefálico AVEH: Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico AVEI: Acidente Vascular Encefálico Isquêmico BCP: Broncopneumonia CTI: Centro de Terapia Intensiva DM: Diabetes Mellitus DP: Desvio Padrão DPOC: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica EAP: Edema Agudo Pulmonar FEM: Feminino GEN: Gênero HAS: Hipertensão Arterial Sistêmica HDA: Hemorragia Digestiva Alta IAM: Infarto Agudo do Miocárdio ICC: Insuficiência Cardíaca Congestiva IRpA: Insuficiência Respiratória Aguda IRA: Insuficiência Renal Aguda IRC: Insuficiência Renal Crônica 13 LCR: Líquido Cefalorraquidiano MASC: Masculino NSUS: Não pertencentes ao Sistema Único de Saúde PCR: Parada Cardiorrespiratória PO: Pós-operatório RTV: Ressecção Transuretral SOBRATI: Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva SUS: Sistema Único de Saúde TCE: Traumatismo Crânio-encefálico TRM: Traumatismo Raqui-medular TVP: Trombose Venosa Profunda UCIs: Unidades de Cuidados Intermediários UTI: Unidade de Terapia Intensiva 14 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................... CAPÍTULO I 1 20 EPIDEMIOLOGIA CONCEITO....................................................................................... 23 1.1 Metodologia da Investigação Epidemiológica...................................... 24 1.2 Fatores Sociais.................................................................................... 24 1.2.1 Fatores Socioeconômicos.................................................................... 24 1.3 Variáveis Relacionadas ao Tempo...................................................... 25 1.4 Variáveis Relacionadas ao Espaço..................................................... 25 1.5 Variáveis Relacionadas à Pessoa....................................................... 26 1.6 Grupo Étnico........................................................................................ 26 1.7 Idade.................................................................................................... 26 1.8 Gênero................................................................................................. 27 1.9 Variação Sazonal.................................................................................. 27 1.10 Estudo Descritivo.................................................................................. 27 1.11 Coeficientes.......................................................................................... 1.12 Estudo Observacional........................................................................... 28 1.13 Estudo Transversal............................................................................... 29 1.14 Estudo Retrospectivo............................................................................ 29 1.15 Levantamento de Prontuários............................................................... 29 1.16 Incidência.............................................................................................. 29 1.17 Prevalência........................................................................................... 30 1.18 Mortalidade........................................................................................... 31 CAPÍTULO II - FISIOTERAPIA INTENSIVA E UTI........................................... 32 2 INTRODUÇÃO..................................................................................... 32 2.1 Histórico da Criação da Entidade......................................................... 34 2.2 Fisioterapia Intensiva............................................................................ 35 2.3 Recursos Físico.................................................................................... 28 37 15 2.4 Aparelhos.............................................................................................. 38 2.5 Recursos Humanos.............................................................................. 2.6 Convênios............................................................................................. 41 2.7 Cidades Atendidas................................................................................ 42 2.8 Avaliação Fisioterapêutica.................................................................... 42 2.9 Tratamento Fisioterapêutico................................................................. 43 2.10 Fisioterapia Motora............................................................................... 44 2.11 Fisioterapia Respiratória....................................................................... 45 CAPÍTULO III 39 PROCESSOS PATOLÓGICOS INERENTES A PESQUISA.. 46 3 INTRODUÇÃO..................................................................................... 46 3.1 Afecções do Sistema Cardiorrespiratório e PO relacionados.............. 47 3.1.1 Angina instável.................................................................................... 48 3.1.2 Broncopneumonia................................................................................. 48 3.1.3 Bloqueio Átrio Ventricular Total............................................................ 3.1.4 Broncoespasmo.................................................................................... 49 3.1.5 Choque Cardiogênico........................................................................... 49 3.1.6 Choque Séptico.................................................................................... 50 3.1.7 Derrame Pleural.................................................................................... 50 3.1.8 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.................................................. 50 3.1.9 Edema Agudo Pulmonar.................................................................. 51 3.1.10 Edema Pulmonar.................................................................................. 51 3.1.11 Embolia Gordurosa............................................................................... 52 3.1.12 Hemotórax............................................................................................ 52 3.1.13 Hipertensão Arterial Sistêmica............................................................. 52 3.1.14 Infarto Agudo do Miocárdio................................................................... 53 3.1.15 Insuficiência Cardíaca Congestiva....................................................... 53 3.1.16 Insuficiência Coronariana..................................................................... 54 49 16 3.1.17 Insuficiência Respiratória Aguda......................................................... 54 3.1.18 Miocardiopatia Dilatada........................................................................ 54 3.1.19 Parada Cardiorrespiratória................................................................... 55 3.1.20 Pneumotórax........................................................................................ 55 3.1.21 Sepse.................................................................................................... 55 3.1.22 Tumor de Pulmão................................................................................. 3.1.23 Trombose Venosa Profunda................................................................. 56 3.2 Afecções do Sistema Endócrino-metabólico-nutricional....................... 56 3.2.1 Cetoacidose Diabética.......................................................................... 57 3.2.2 Desidratação......................................................................................... 57 3.2.3 Diabetes Mellitus.................................................................................. 57 3.2.4 Hipoglicemia......................................................................................... 58 3.2.5 Síndrome Anêmica............................................................................... 58 3.2.6 Síndrome de Addison........................................................................... 58 3.3 Afecção do Sistema Gastrointestinal e PO relacionados..................... 59 3.3.1 Abdome Agudo Obstrutivo.................................................................... 59 3.3.2 Adenocarcinoma de Intestino Delgado................................................. 59 3.3.3 Cirrose Hepática................................................................................... 59 3.3.4 Diverticulite........................................................................................... 60 3.3.5 Hemorragia Digestiva Alta.................................................................... 60 3.3.6 Insuficiência Hepática........................................................................... 60 3.3.7 Obstrução Intestinal........................................................................... 3.3.8 Pancreatite............................................................................................ 61 3.3.9 Perfuração de intestino......................................................................... 61 3.3.10 Pós-operatório de Apendicectomia....................................................... 61 56 60 17 3.3.11 Pós-operatório de Colicistectomia........................................................ 61 3.3.12 Pós-operatório de Colostomia.............................................................. 62 3.3.13 Pós-operatório de Enterorrafia............................................................. 62 3.3.14 Pós-operatório de Gastrectomia........................................................... 62 3.3.15 Pós-operatório Gastrorrafia.................................................................. 62 3.3.16 Pós-operatório de Hepatorrafia........................................................... 63 3.3.17 Pós-operatório de Laparotomia............................................................ 63 3.3.18 Pós-operatório de Obstrução Intestinal................................................ 63 3.3.19 Pós-operatório de Sigmoidectomia..................................................... 63 3.3.20 Pós-operatório de Tumor Vesical......................................................... 64 3.3.21 Trombose Mesentérica ....................................................................... 64 3.3.22 Tumor Estomacal.................................................................................. 64 3.3.23 Tumor Intestinal.................................................................................... 64 3.3.24 Úlcera Gástrica..................................................................................... 65 3.4 Afecção do Sistema Geniturinário e PO relacionados.......................... 65 3.4.1 Adenocarcinoma de Ovário.................................................................. 3.4.2 Glomerulonefrite Crônica...................................................................... 66 3.4.3 Insuficiência Renal Aguda.................................................................... 66 3.4.4 Insuficiência Renal Crônica.................................................................. 67 3.4.5 Infecção Urinária................................................................................... 67 3.4.6 Pielonefrite............................................................................................ 67 3.4.7 Pós-operatório de Cesária.................................................................... 68 3.4.8 Pós-operatório de Resecção Transueretral Prostática........................ 68 3.4.9 Pós-operatório de Uretectomia Interna................................................. 68 3.5 Afecção Osteomioarticular e PO relacionados..................................... 66 69 18 3.5.1 Fratura de Fêmur.................................................................................. 69 3.5.2 Fratura de Quadril................................................................................. 69 3.5.3 Politrauma............................................................................................. 70 3.5.4 Trauma de Tórax.................................................................................. 3.5.5 Pós-operatório de Amputação Membro Inferior.................................... 70 3.5.6 Pós-operatório de Angioplastia de Quadril........................................... 71 3.5.7 Pós-operatório de Fratura de Fêmur.................................................... 71 3.6 Afecção do Sistema Nervoso e PO relacionados................................. 71 3.6.1 Aneurisma Cerebral.............................................................................. 71 3.6.2 Acidente Vascular Encefálico............................................................... 72 3.6.3 Coma Diabético.................................................................................... 72 3.6.4 Coma Hipoglicêmico............................................................................. 73 3.6.5 Coma Metabólico.................................................................................. 73 3.6.6 Convulsão............................................................................................. 73 3.6.7 Edema Cerebral.................................................................................... 73 3.6.8 Encefalopatia Diabética........................................................................ 74 3.6.9 Encefalopatia Hipertensiva................................................................... 74 3.6.10 Hematoma Cerebral............................................................................. 74 3.6.11 Hidrocefalia........................................................................................... 75 3.6.12 Infarto Cerebral..................................................................................... 75 3.6.13 Pós-operatório de cateter Intraventricular............................................ 3.6.14 Pós-operatório de Craniotomia............................................................. 76 3.6.15 Pós-operatório de Drenagem de Hematoma Cerebral......................... 76 3.6.16 Pós-operatório de Drenagem de Hematoma Epidural......................... 76 3.6.17 Pós-operatório de Drenagem de Hematoma Parenquimatoso............. 76 70 75 19 3.6.18 Pós-operatório de Laminectomia.......................................................... 77 3.6.19 Pós-operatório de Tumor Encefálico.................................................... 77 3.6.20 Pós-operatório de Válvula Craniana................................................... 77 3.6.21 Síndrome de Guillain-Barré.................................................................. 78 3.6.22 Traumatismo Crânio-encefálico............................................................ 78 3.6.23 Traumatismo Raqui-medular................................................................ 3.6.24 Tumor Cerebral..................................................................................... 79 3.7 Outros................................................................................................... 79 3.7.1 Afogamento.......................................................................................... 79 3.7.2 Dengue Hemorrágica............................................................................ 79 3.7.3 Erisipela................................................................................................ 3.7.4 Espancamento...................................................................................... 80 3.7.5 Ferimento por Arma Branca................................................................. 80 3.7.6 Icterícia................................................................................................. 81 3.7.7 Intoxicação Exógena............................................................................ 81 78 80 PESQUISA.............................................................................. 82 4 Introdução........................................................................................... 82 4.1 Descrição do trabalho no local da pesquisa........................................ 83 DISCUSSÃO ....................................................................................... 97 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO........................................................ 102 CAPITULO IV CONCLUSÃO....................................................................................... 103 REFERÊNCIAS.................................................................................... 105 APÊNDICE........................................................................................... 113 20 INTRODUÇÃO De acordo com Jekel; Belmorel; Kataz (1999), a palavra epidemiologia teve sua origem na língua grega, significando etimologicamente, o estudo daquilo que afeta a população. Para Ayres (1995), a epidemiologia tornou-se o saber que mais metalizou os ideais revolucionários da medicina social sendo a mesma nascida das transformações ocorridas nas práticas de saúde. O campo da ciência médica referente às relações entre os vários fatores e condições que determinam as freqüências e distribuições de um processo infeccioso, uma doença [...] em uma comunidade humana, é chamado de epidemiologia, (LEAVELL; CLARK, 1976, 12:18). Pereira (2007) discorre que a epidemiologia tem como objetivo reduzir os problemas de saúde na população, representando um melhor conhecimento da distribuição das doenças, dos fatores que determinam esta distribuição e das possibilidades de êxito das intervenções destinadas a alterá-la. De acordo com Barreto; Abdalla (1998), apesar de buscar sempre efeitos benéficos, a epidemiologia também gera efeitos indesejáveis. Neste contexto, sua função pode ser dividida em duas perspectivas: contribuir para os ajustes internos do sistema, ajudando também a ampliá-la e auxiliar na compreensão de problemas e necessidades de saúde que este sistema deve priorizar, medindo seu impacto sobre a saúde global das populações. Concebida como a disciplina científica referente ao comportamento coletivo da doença e da invalidez em grupo de pessoas torna-se, assim, uma pane da ecologia humana, especificamente, da ecologia médica. (LEAVELL; CLARK, 1976, 20). Conforme referido por Pereira (2007) o corpo de conhecimentos da epidemiologia contém numerosos detalhes, informações e formas de abordagens dos problemas de saúde, que são úteis para qualquer profissional desta área, em especial, para avaliar as diferentes situações e orientar as ações que se fazem necessárias. Os princípios da epidemiologia como área científica está ligada aos princípios básicos da ciência: observação exata; interpretação correta; explicação racional; e sistematização científica. 21 Pereira (2007) ainda cita que a epidemiologia apresenta várias subdivisões, por área de conhecimento, as quais foram surgindo, à medida que os problemas tomaram-se prioritários. Causatis Neto; Ferraz (2002) salientam que a pesquisa traz subsídios para analisar como a Fisioterapia está e como a mesma se reflete em relação à produção cientifica, ou seja, demonstra as áreas que se encontram em déficit de pesquisa, tipo de delineamento inespecífico para a saúde, aspectos humanos envolvidos, dentre outros. Gambaroto (2006) afirma que tais aspectos requerem maior especificidade aos profissionais de Fisioterapia junto à execução de atividades através de intervenções Terapêuticas Intensivas em Unidades de Terapia Intensiva, suprindo desta forma as necessidades de tais setores. Ultra (2008) discorre que o Fisioterapeuta Intensivista é aquele que tem sua dedicação total voltada ao paciente crítico, realizando diagnóstico funcional e decidindo as intervenções por meio de procedimentos cinesiológicos e instrumentais, com objetivo de melhorar o quadro geral dos pacientes que se encontram hospitalizados em tais unidades. Os serviços de saúde; também passaram a ser abordados, levando-se em consideração que a assistência aos doentes e as práticas preventivas representam fatores que intervêm na distribuição e na ocorrência das doenças. A partir de tais contextos inerentes a epidemiologia, bem como o interesse da Fisioterapia Intensiva em traçar um perfil que possa melhor caracterizar a população assistida em uma Unidade de Terapia Intensiva, surgiu a seguinte pergunta problema: o Fisioterapeuta Intensivista pode traçar um perfil epidemiológico de pacientes hospitalizados em uma Unidade de Terapia Intensiva em um período de 5 anos e meio, e que estejam sob seus cuidados profissionais ? Em resposta a esta questão, foi levantado o seguinte pressuposto que norteou o presente trabalho: a partir da coleta, observação, análise e compreensão dos dados referentes às avaliações Fisioterapêuticas executadas na Unidade de Terapia Intensiva da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Lins, no período de 2003 ao primeiro semestre de 2008, tornase possível traçar um perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à intervenção da Fisioterapia Intensiva. 22 Para demonstrar a veracidade deste pressuposto foi realizado o presente trabalho cujo principal objetivo foi: caracterizar a população em questão a fim de traçar um perfil epidemiológico dos pacientes atendidos nesta unidade de tratamento e assim contribuir para certa previsibilidade dos casos futuros e um melhor preparo de toda equipe multidisciplinar envolvida na UTI, além da Fisioterapia Intensiva, para um melhor atendimento oferecido aos mesmos. Assim, para melhor compreensão e demonstração dos itens acima citados o presente trabalho fora dividido da seguinte forma: Capítulo I: Conceitua as características de um estudo epidemiológico. Capítulo II: Refere-se à Unidade de Terapia Intensiva e o trabalho realizado pelo Fisioterapeuta Intensivista em tal setor. Capítulo III: Demonstra sucintamente definições dos processos patológicos observados durante a execução desta pesquisa. Capítulo IV: Descreve a pesquisa realizada. Encerram o trabalho a discussão, proposta de intervenção, conclusões e apêndices. 23 CAPÍTULO I EPIDEMIOLOGIA 1 CONCEITO De acordo com Pereira (2007) a epidemiologia se refere aos estudos dos fatores que determinam à freqüência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação das doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. O mesmo autor ainda discorre que a epidemiologia é o ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados a mesma. Tais informações assim fornecidas pela epidemiologia, podem ser utilizadas para planejar e avaliar estratégias de como prevenir doenças e de como manejar aqueles pacientes na qual a doença já se estabeleceu. Segundo Rouquayrol; Almeida (2003) a epidemiologia é o eixo da saúde pública. Proporciona as bases para a avaliação das medidas de profilaxia, fornece pistas para o diagnóstico de doenças e enseja a verificação da consistência de hipóteses de causalidade. De acordo com Leavell; Clark (1976), a epidemiologia propõe uma forma sistemática de descrever o que se sabe a respeito da história natural de uma doença e uma metodologia científica para o preenchimento de lacunas no conhecimento dos elementos da história natural. Trata-se ainda de uma ciência que estuda o processo saúde doença em coletividades humanas, analisando distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção controle, ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores 24 que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações da mesma. 1.1.1 Metodologia da investigação Epidemiológica A sistemática predominante do raciocínio, em epidemiologia, é própria da lógica indutiva. Mediante a qual, partindo-se de certo número de dados, se estabelece uma proposição mais geral e, ainda utilizando métodos específicos encontrados em outras áreas do conhecimento, embora seja freqüente as referências a métodos epidemiológicos, eles devem ser entendidos como certos números de estratégias adaptadas para aplicações a situações próprias de estudos da saúde populacional. Segundo Leavell; Clark (1976), os princípios da epidemiologia como área científica estão ligados aos princípios básicos da ciência: a observação exata, interpretação correta, explicação racional e sistematização científica. 1.2 Fatores sociais O estudo em nível pré-patogênico da produção da doença em termos coletivos, objetivando o estabelecimento de ações de ordem preventiva, deve considerar a doença como fluindo, originalmente, de processos sociais, crescendo através de relações ambientais e ecológicas desfavoráveis, atingindo o homem pela ação direta de agentes físicos, químicos, biológicos psicológicos ao se defrontarem, no individuo suscetível, com pré - condições genéticas ou somáticas desfavoráveis. (ROUQUAYROL; ALMEIDA, 2003, p.22) Fatores que constituem esse componente podem ser agrupados didaticamente, para melhor compreensão, em tipos gerais cujos limites não se pretendem que sejam claros ou finalmente definidos. 1.2.1 Fatores socioeconômicos 25 Os grupos sociais economicamente privilegiados estão menos sujeitos à ação dos fatores ambientais que ensejam ou estimulam a ocorrência de certos tipos de doenças. Rouquayrol; Almeida (2003) afirmam que a incidência é acintosamente elevada nos grupos economicamente desprivilegiados. As pessoas de baixa renda são percebidas como mais doentias, propensas a enfermidades graves, permanecendo com doenças amiúdes, morrendo jovens, procriando crianças de baixo peso em maior proporção e a sua taxa de mortalidade é mais elevada. 1.3 Variáveis relacionadas ao tempo De acordo com Silva (2001), esta variável, trabalha com três conceitos: intervalo de tempo, intervalo cronológico e período. Intervalo de tempo é quantidade de tempo transcorrido entre dois eventos sucessivos tomados em consideração, é mensurada em número de horas, dias, semanas, meses ou anos. O Intervalo cronológico se refere a uma seqüência de alguns anos, especificados, no calendário oficial. O período por denominação de ordem geral que se dá a partes de tempo delimitadas, marcadas cronologicamente e especificadas. 1.4 Variáveis relacionadas ao espaço Os diferentes critérios adotados para a organização e subdivisão racionais ao espaço constituem as variáveis de lugar. A análise dos agraves à saúde, com realce para as diferenças geográficas e históricas, constitui a preocupação fundamental de uma disciplina localizada na interseção da saúde e da geografia, conhecida como geografia da saúde ou por seus sinônimos: geografia médica, geomedicina, geopatologia, medicina geográfica, patologia geográfica e epidemiologia geográfica. (PEREIRA, 2007, p.192) 26 1.5 Variáveis relacionadas à pessoa Leavell; Clark (1976), relatam tais variáveis independem do tempo e do espaço. As variáveis são: raça, etnia, cultura, religião e nível socioeconômico. Entre as variáveis utilizadas para descrever a distribuição de um evento, o gênero e a idade são os mais empregados. Duas razões explicam a preferência: a enorme variabilidade dos agraves à saúde em relação ao gênero e a idade, é a facilidade de obtenção de dados sobre as características, com alto grau de precisão. 1.6 Grupo étnico Segundo Pereira (2007) este termo é utilizado para designar um conjunto de pessoas que têm maior grau de homogeneidade, em termos de patrimônio genético. Os indivíduos pertencentes a um mesmo grupo étnico têm muitas características em comum, em termos de idioma, religião, alimentação, hábitos, reações a estímulos externos e deficiências orgânicas. 1.7 Idade Segundo Rouquayrol; Almeida (2003), dentre todas as variáveis relacionada à pessoa, a idade é aquela que soma maior quantidade de relatos em estudos de epidemiologia. Da-se o nome de grupo etário ao conjunto de pessoas cujas idades se situem dentro de um mesmo intervalo de tempo. Medronho; et al. (2008) descrevem que sob o ponto de vista epidemiológico, os vários grupos etários são bastante diferenciados entre si em função dos riscos próprios, das doenças características e da interação do meio ambiente. 27 1.8 Gênero Existem diferenças anatômicas e fisiológicas que caracterizam homens e mulheres, cada qual a seu tempo e modo vivem experiências específicas, privadas e não compartilhadas pelo gênero oposto. Segundo Pereira (2007) sob o ponto de vista epidemiológico, essa diversidade biológica e social, dentro das unidades das espécies, implicam em disparidades quanto às exposições a riscos. As desproporções entre os gêneros se devem a dois fatores que agem em sentidos opostos: o número de nascimentos e os coeficientes de mortalidade que se expressam diferentemente. 1.9 Variação Sazonal Em algumas distribuições cronológicas, observam-se que os máximos e os mínimos ocorrem sempre no mesmo período, sejam relacionados aos anos, meses, semanas ou os dias. Silva (2001), afirma que a variação é caracterizada por certa sazonalidade, que é denominada como uma propriedade segundo a qual o fenômeno considerado e a periodicidade se repetem sempre na mesma estação do ano. 1.10 Estudo Descritivo As investigações epidemiológicas, de cunho descritivo, têm o objetivo de informar sobre a distribuição de um evento, na população, em termos quantitativos. Na formação de grupo-controle para a comparação dos resultados. (PEREIRA, 2007, p.63). Estudos descritivos informam sobre as freqüências e as distribuições de eventos, têm o objetivo de descrever os dados colhidos. Referem-se à mortalidade e à morbidade e são organizados de maneira a mostrar as 28 variações com que os óbitos e as doenças se encontram no seio da própria população. A epidemiologia, no seu processo descritivo, estuda a distribuição de freqüência das doenças e dos agraves à saúde coletiva, em função de variáveis ligadas ao tempo, ao espaço ambientais e populacionais e às pessoas, possibilitando o detalhamento do perfil epidemiológico, com vistas ao aprimoramento das ações de assistência e prevenção da doença, de promoção da saúde e também do refinamento das hipóteses causais. (ROUQUAYROL; ALMEIDA, 2003, p.84). 1.11 Coeficientes As informações sobre a saúde referem-se globalmente, a todas as populações ou especificamente a subgrupos dessas populações. Coeficientes gerais referem-se a todas as populações, sem divisões por subgrupos. Os coeficientes gerais devem ser usados com cautela, pois podem levar as conclusões enganosas, já que as características peculiares a cada população, como sua composição etária e por gênero tem marcada influencia sobre eles. (PEREIRA, 2007, p.62) Coeficientes específicos são utilizados com finalidades de conhecerem mais detalhadamente as situações e mesmo contornar os problemas de necessidades de padronizações que o uso dos coeficientes gerais requerem. 1.12 Estudo Observacional As informações científicas sobre um dado evento são geradas por experimentações ou por observações. A denominação estudo de observação ou observacional está reservada às investigações de situações que ocorrem naturalmente. Segundo Rouquayrol; Almeida (2003) o estudo observacional pode ser resumido em descrever a distribuição de um parâmetro, na população, o que serve para formular hipóteses; ou testar uma hipótese sobre a associação 29 entre dois eventos, tentando verificar, sem usar a experimentação, se há relação causal entre eles. 1.13 Estudo Transversal De acordo com Pereira (2007), este termo significa que os dados sobre as variáveis de interesse foram coletados em um mesmo momento ao passado, incluindo informações retrospectivas. 1.14 Estudo Retrospectivo Silva (2001) descreve que tal estudo utiliza dados do passado sobre a exposição. O seu uso levanta suspeita por sugerir informações de padronizações discutíveis, a não ser que procedimentos estritos tenham sido tomados. 1.15 Levantamento de prontuários Rouquayrol; Almeida (2003), descrevem que os levantamentos em prontuários podem ser realizados por meio de um censo ou mediante amostragem. A amostragem é uma estratégia econômica, rápida e flexível para completar o sistema de informações permanente, já existente. A reunião de prontuários de pacientes é outra possibilidade de realização de pesquisas, por intermédio das quais se podem descrever a respectiva história natural. 1.16 Incidência 30 Rouquayrol; Almeida (2003) profere que a incidência de uma doença, em um determinado local e período, é o número de casos novos da doença surgidos no mesmo local e período. A mesma denota a intensidade com que acontece uma doença numa população e mede a freqüência ou probabilidade de ocorrência de novos casos de doenças na população. Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer. De acordo com Pereira (2007) a incidência de doenças é medida pela freqüência absoluta de casos novos relacionados à unidade de intervalo de tempo, dia, semana, mês ou ano. O coeficiente de incidência é definido como a razão entre os números de casos novos de uma determinada doença que ocorrem em uma comunidade, em um intervalo de tempo determinado, e a população exposta ao risco de adquirir a referida doença. Rouquayrol; Almeida (2003) citam que a incidência é a medida mais importante da epidemiologia, sendo preferida em investigações cientificas, seja nas pesquisas etiológicas, em estudos de prognósticos, na verificação da eficácia das ações terapêuticas e preventivas e em outros tipos de pesquisas. Seu conhecimento, ou estimativa aproximada, são necessários para planejar as investigações, como os ensaios clínicos, para determinar o tamanho da amostra. 1.17 Prevalência Rouquayrol; Almeida (2003) afirmam que prevalência é a força com que subsistem as doenças nas coletividades, é a freqüência absoluta dos casos de doenças. O verbo prevalecer significa ser mais, ter mais valor, preponderar, predominar. A prevalência indica a qualidade daquilo que prevalece, portanto, prevalência implica em acontecer e permanecer existindo num momento considerado. Seu coeficiente é a medida que permite estipular e comparar, no tempo e no espaço. A prevalência é útil em planejamentos e administrações de serviços e de programas. Quando se trata de prever necessidades de serviços o 31 conhecimento da prevalência é suficiente. A observação da freqüência e da distribuição do evento, sob forma de incidência ou prevalência, informa a magnitude e a importância dos danos à saúde da população. (PEREIRA, 2007, p.78) 1.18 Mortalidade Medronho; et al. (2008) afirmam que as estatísticas de mortalidade são muito úteis como fonte de informação para avaliar as condições de saúde da população. A utilização e a importância das estatísticas de mortalidade podem ser avaliadas pela constatação de que os registros de óbitos serviram como base de dados para o desenvolvimento da epidemiologia moderna. Foi a partir da utilização destes registros que a epidemiologia se firmou como uma disciplina que sempre leva em conta os aspectos quantitativos dos fenômenos. 32 CAPITULO II UTI E FISIOTERAPIA INTENSIVA 2 INTRODUÇÃO Ultra (2008) destaca que a idéia de locais específicos voltados a indivíduos criticamente enfermos surgiu na Dinamarca na década de 1950, em virtude de uma epidemia de poliomielite, cujos mesmos necessitavam de suporte ventilatório; posteriormente tais unidades começaram a abrigar pacientes operados com necessidades de cuidados mais abrangentes. Desta forma se iniciou um movimento para tornar profissionais atuantes em tal área com conhecimentos específicos, sendo iniciado através de médicos intensivistas. As Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caracterizam-se como "Unidades complexas dotadas de sistemas de monitorizações contínuas que admitem pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com determinados suportes e tratamentos intensivos tenham possibilidades de alcançarem recuperação. De acordo com o mesmo autor, ainda há discreta confusão em determinados centros hospitalares no que diz respeito a nomenclaturas, pois Unidade de Terapia Intensiva se difere de Centro de Terapia Intensiva (CTI) cujo qual apresenta mais de um setor de tratamento intensivo. Neste contexto ainda se ressalta que após recuperação e alta da UTI, pacientes podem ser encaminhados para Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs), anteriormente conhecidos como Unidades Semi-Intensivas. Sendo a UTI um local complexo, reservado e único em ambiente Hospitalar, se propondo ao estabelecimento e monitorização completa sob vigilância de 24 horas; desde então passando por transformações em aspectos teóricos, práticos e tecnológicos. Para Regenga (2000) as UTIs foram criadas para concentrar três componentes: pacientes graves, equipamentos de alta 33 tecnologia e equipe multidisciplinar com conhecimentos e experiências para oferecerem tratamentos gerais e específicos na tentativa de reduzir a mortalidade de pacientes hospitalizados, fato este confirmado por Guimarães; Falcão; Orlando, (2008) que citam a UTI como uma área de atuação multiprofisional de atendimentos direcionados a pacientes críticos com comprometimento das funções vitais, cujos tratamentos intensivos se devem destinar às necessidades daqueles que possam se beneficiar com monitorização rigorosa e tratamentos intensos. Ultra (2008), afirma que atualmente 5 a 10% dos leitos hospitalares correspondem a UTI, cuja equipe multidisciplinar formada por médicos, fisioterapeutas, enfermagem, entre outros não menos importantes, como colaboradores de limpeza, manutenção, farmácia e laboratório, especialmente treinados e voltados para o tratamento assistencial ou ambiental de pacientes críticos. Em virtude de os processos patológicos serem inúmero se torna complexa a atuação e compreensão exigidas aos profissionais que realizam suas atividades profissionais na UTI. Porém, mecanismos inerentes a morte são poucos e comuns à todas as doenças. Assim o Intensivista atua diretamente nos ditos mecanismos de morte, na tentativa de promover a melhora e maximização do paciente que se encontra em estado crítico de saúde com perigo iminente de morte, possibilitando e fornecendo condições que possibilitem uma continuidade do tratamento da doença que o levou a tal processo patológico em ambiente de tratamento intensivo. Regenga (2000) categoriza os pacientes sob dois aspectos, primeiro o doente grave e segundo o doente de alto risco. O primeiro é aquele que apresenta um comprometimento das funções vitais como alterações hemodinâmicas, respiratórias, renais, neurológicas ou metabólicas que podem determinar a morte. E o segundo é aquele que se encontra bem no momento e subitamente pode sofrer alterações graves de suas funções vitais. Desta forma é de importante relevância as funções dos profissionais nos processos de amenizações dos sofrimentos, através de atuações desde processos álgicos intensos até quadros graves de dispnéias; independentemente dos prognósticos, sobretudo nas reduções das morbimortalidades em até 70% dos casos. Atualmente todas especialidades em conjunto utilizam-se das UTIs nas perspectivas e tentativas de melhorarem 34 cada vez mais prognósticos apresentados pelos diversos indivíduos que necessitem de tal suporte terapêutico. Como relatado por Ultra (2008), há tempos as UTIs, eram locais considerados frios e fechados sem possibilidade de contato junto aos familiares, sendo na atualidade abertas a visitas diárias e algumas a qualquer hora do dia ou noite para os mesmos. Knobel (1998) destaca que a humanização em UTI se traduz em cuidar do paciente como um todo desde o contexto familiar e até mesmo o social, respeitando os valores individuais, as esperanças, os aspectos culturais; além de garantir a qualidade da comunicação entre o paciente, sua familia e a equipe multidisciplinar envolvida no processo terapêutico do mesmo. Silva (2001) ainda destaca, a importância de se contextualizar, tanto para o paciente como para sua família, a compreenção de que a UTI é uma etapa fundamental para superação de determinados processos patológicos, porém tão importante é aliviar e proporcionar conforto independente do prognóstico ao qual o mesmo possa estar envolvido. Assim a equipe deverá estar orientada nos aspectos referentes ao respeito, a dignidade e autodeterminação de cada pessoa hospitalizada, estabelecendo e divulgando a humanização durante a execução de seus trabalhos, buscando amenizar os momentos de dificuldade vivenciados através do paciente e de sua família. A UTI é sem dúvida muito importante para o avanço terapêutico, porém impõe novas rotinas ao paciente onde há separação de seus familiares e amigos, que podem ser amenizadas através de visitas diárias. Outro aspecto importante é a interação família-paciente com a equipe multidisciplinar, apoiando e participando das decisões, frente as diversas terapêuticas designadas ao paciente. 2.1 Histórico da criação da Entidade Na cidade de Lins/SP, um grupo de 45 pessoas reuniu-se para criar um empreendimento de caráter filantrópico na área da saúde. Reuniram em assembléia no dia 18 de março de 1923, tendo em pauta aprovar o Estatuto e 35 eleger a primeira Diretoria. Na assembléia foi eleito o primeiro provedor Dr. Mário Pinto de Avellar Fernandes. O estatuto foi registrado em Cartório da Comarca de Pirajuí sob o número 2, livro 1, folha 1. Para construção da Santa Casa de Misericórdia de Lins o Delegado de Polícia, Dr. Firmiano Pinto da Silva convocou interessados em fazer doações para as obras. O Coronel João Pinto Ramalho fez a doação do terreno, e com trabalhos espontâneos, mutirões em menos de três anos ficaram concluídos os três primeiros pavilhões destinados à enfermarias. Posteriormente fora construído o pavilhão Santa Izabel, o maior de todos, com andar térreo e superior. Com 320 funcionários atuando e expandindo devido ao processo extraordinário no campo da saúde, tanto na técnica médica, como na legislação estatal que favoreceram a ampliação das instalações existentes, tendo um instrumental eficiente e moderno para o atendimento aos pacientes, totalizando uma média de 12000 pacientes mensais. A constituição Federal de 1988, artigo 198 diz: a saúde é direito de todos e dever do Estado . Apesar de a saúde ser reconhecida como um direito de todos e dever do Estado, a realidade demonstra que a cobertura dos serviços e a população está aquém do proposto. Embora o Sistema Único de Saúde SUS tenha como princípio à globalização do atendimento, a acessibilidade e a integração dos serviços, o sistema de saúde vem apresentando deficiências e pontos de estrangulamento. As transferências das gestões plenas para as Prefeituras Municipais, bem como os seguros e planos de saúde atualmente nas mãos de empresas privadas, acabou por deixando em plano inferior as Santas Casas que são o braço direito do governo no atendimento a saúde da população. 2.2 Fisioterapia Intensiva 36 Fisioterapia é a ciência da saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas por traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, do movimento humano, da sinergia funcional, e da cinésio-patologia de órgãos e sistemas do corpo humano, além das disciplinas comportamentais e sociais. (LOPES, 2005, p. 68) Azeredo (2002) afirma que a partir de 1980, o fisioterapeuta vem atuando na área de Terapia Intensiva. Tal atuação se estendia à aplicação de técnicas fisioterapêuticas, evoluindo para cuidados e manuseios da ventilação mecânica. A fisioterapia intensiva tem um importante papel na manutenção das vias aéreas e pulmões desobstruídos, principalmente, quando patologias de gênese hipersecretiva estão envolvidas ou quando disfunções neuromusculares tornam a tosse ineficaz. As técnicas desobstrutivas também fazem parte dos programas pré e pós-operatórios de cirurgias cardíacas, torácicas e abdominais com objetivo profilático contra pneumonias e atelectasias. (Rossetti, 2006) Como reportado por Azeredo (2002) o fisioterapeuta que atua em Terapia Intensiva promove a assistência ao paciente baseado em diretrizes médicas, devendo ser capaz de avaliar e aplicar o melhor procedimento levando em consideração os riscos e benefícios. Sabe-se que a Fisioterapia reduz em até 40% o tempo de permanência do paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva , quando aplicadas sem interrupções, ou seja, 24 horas por dia. (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOUSP, 2007). A fisioterapia intensiva tem avançado em seus limites com conhecimento e técnica, modificando o prognóstico e seqüelas dos pacientes críticos. O Suporte Avançado em Fisioterapia Intensiva traduz a nova dimensão da fisioterapia, mostrando que o processo educacional e treinamento fazem a diferença. A educação também traz consigo as fronteiras e os limites da profissão permitindo que cada profissional saiba onde e até quando agir, evitando distorções das funções. Cabe na consciência dos profissionais de UTI e da Fisioterapia Nacional a manutenção da filosofia e da sua própria história que está sendo escrita para cada profissional que 37 reconhece a transformação e a ideologia de seus novos conceitos que tendem a elevar a profissão. De acordo com Smith; Ball (2004) nem todos os pacientes internados na UTI necessitam de suporte Fisioterapêutico, havendo responsabilidade de avaliação do profissional as reais necessidades e indicações de procedimentos específicos em tal unidade, devendo-se levar em conta os processos patológicos e os estados gerais dos pacientes. O fisioterapeuta intensivista tem as vantagens de trazer habilidades e conhecimentos de outras áreas de atuação da Fisioterapia e portanto atuar de forma intensiva em cada caso. 2.3 Recursos Fisicos O estabelecimento da Irmandade de Misericórdia da Santa Casa de Lins tem capacidade para atender cerca de 100 leitos: sendo 28 destes destinados a convênios e particulares, 34 para o SUS, 16 para Ginecologia e Obstetrícia, 6 leitos na UTI para adultos, 6 para UTI Neonatal e 10 direcionados a Pediatria. Destaca-se que desde o ano de 2006 tal entidade vem passando por reformas e transformações nos mais diversos setores, sendo reformados e concluídos os Centros de Ginecologia e Obstetrícia, Inaugurada a Unidade de Oncologia, reforma do pavilhão de pediatria e UTI neonatal, Pronto socorro e posteriormente a UTI adultos e Centro Cirúrgico também se beneficiarão de tais mudanças segundo projetos que se encontram em andamento, entre outros. O corpo físico da UTI é composto por uma copa, secretaria contendo arquivos, documentos, armazenamento de prontuários dos pacientes, entre outros inerentes a toda parte burocrática, sendo este organizado por uma secretária responsável por tal setor; ainda se encontra uma sala para armazenamento de equipamentos descontaminados, com geladeira para estocagem de materiais que necessitem de refrigeração; expurgo contendo biombos e local específico para armazenamento de materiais contaminados; entrada para a ala que contém seis leitos dispostos lado a lado, frente a 38 bancada de enfermagem que contém materiais específicos, além de um aparelho de Gasômetro e 3 pias para lavagem das mãos; 2 aparelhos de Ar condicionado; carrinho de emergência devidamente equipado com dispositivo de ventilação AMBU, equipamentos para entubação orotraqueal, desfibrilador semi-automático, eletrocardiógrafo e medicamentos específicos contidos em tal; dispõe ainda banheiro com vaso sanitário e chuveiro para higienização de pacientes que consigam se deslocar, além de local específico para descartar excretas pela equipe de enfermagem; cada leito é suprido por rede de ar comprimido e oxigênio, sistema de aspiração a vácuo, além de ventiladores mecânicos Inter5 da Intermed® e Bird 6400 da Bird®; aparelhos para monitorização não invasiva da frequência cardíaca, pulso, traçado eletrocardiográfico, pressão arterial, oximetria periférica de oxigênio e capnografia da Dixtal®; cerca de 2 bombas infusoras da Lifemed®, bomba de infusão contínua para nutrição enteral ou parenteral, entre outros citados a seguir. 2.4 Aparelhos Conforme estabelecido pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva (SOBRATI, 2005) uma unidade de terapia intensiva deve conter em cada leito monitores cardíacos, cama elétrica projetada, oximetria de pulso e rede de gases. Dentre os principais equipamentos utilizados em UTI estão: termômetro, oxímetro de pulso, eletrocardiógrafo, monitor de pressão arterial, capnógrafo, monitor cardíaco, sonda naso-enteral, sonda vesical, máscara e cateter de oxigênio, cateter central para acesso venoso central, tubo orotraqueal e nasotraqueal; ventilador mecânico, blender, desfibrilador, bomba de infusão, maca para transporte com cilindro de oxigênio, aspirador portátil, megatoscópio, oftalmoscópio, otoscópio, pontos de oxigênio e ar comprimido medicinal com válvulas reguladoras de pressão e pontos de vácuo. A instituição da Irmandade de Misericórdia da Santa Casa de Lins é composta por setor de Imagem e Diagnóstico tendo um tomógrafo, um mamógrafo, endoscopia, aparelhos de raios X fixo e portátil, um aparelho de 39 ultra-som; setor de nefrologia com sistema para atendimento em hemodiálise, sendo este de domínio particular; setor de hemonúcleo destinado à coleta de sangue para atender receptores dos hospitais de Lins e região, sendo este também de domínio particular; setor de Fisioterapia anexo ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, necessário à complementação do tratamento médico; laboratório de análises clínicas de domínio privado, destinado a exames gerais e específicos; farmácia para suprimento interno de acordo com a demanda interna do hospital, fornecendo assim medicamentos para pacientes internados. 2.5 Recursos Humanos Os profissionais que atuam nestas unidades complexas são designados intensivistas. A equipe de atendimento é multiprofissional e interdisciplinar, constituída por diversos profissionais: Médicos, Fisioterapeutas, Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem, Nutricionistas, Psicólogos, Assistentes Sociais e Secretária. O Médico Intensivista: designação técnica do médico especializado e dedicado exclusivamente ao atendimento do paciente internado nas Unidades Intensivas e Emergenciais. Possui conhecimento clínico e cirúrgico amplo, capaz de diagnosticar, emergenciais. A medicar especialidade e é realizar definida procedimentos complexos como Medicina Intensiva, reconhecida mundialmente com certificações específicas. Cabe a este profissional evoluir e medicar diariamente os pacientes internados nos aspectos nutricionais, cardiológicos, pulmonares, neurológicos entre outros. Responde integralmente na condução e responsabilidade da Unidade como todo. Fisioterapeuta Intensivista: a fisioterapia no paciente crítico é fundamental para manutenção e prevenção de vários aspectos da fisiologia em virtude da dependência total ou parcial dos pacientes que podem culminar na chamada Síndrome do Imobilismo. Na Síndrome há diminuição do trofismo muscular, emagrecimento, retração de tendões e vícios posturais que podem 40 provocar contrações permanentes e no dorso as chamadas úlceras de pressão. A assistência ventilatória é outra necessidade fundamental realizada através do fisioterapeuta, que efetua higienização brônquica diária através de técnicas específicas e controle do ventilador mecânico juntamente com o médico, entre outras diversas técnicas executadas por tal profissional com titulação específica e reconhecida. Enfermeiro Intensivista: Enfermeiro com formação para o atendimento de pacientes de alta complexidade com grande dependência do leito. Supervisiona a ação do grupo de técnicos e auxiliares de enfermagem, como a higienização, controle das medicações e prescrições, tendo papel assistencial fundamental. Nutrólogo e nutricionista: o nutrólogo é médico especializado no diagnóstico e prescrição nutricional. Diariamente efetua avaliações e mantém o aporte calórico, protéico, glicêmico e vitamínico equilibrado e essencial para manutenção do funcionamento e atividades vitais do organismo. O nutricionista, incorporado na equipe multiprofissional, efetua diagnósticos e evoluções dietéticas específicas, coordenando, organizando e acompanhando as prescrições nutricionais. Psicólogo Intensivista: todos aspectos emocionais, seja do paciente, da família ou da equipe, são constantemente avaliados e observados através da psicologia intensiva. Com presença fundamental nos períodos das visitas familiares, objetiva estabelecer além da humanização a aproximação e apoio terapêutico necessário. Assistente Social: atua no apoio a família e paciente em situações externas ou internas que possam impor dificuldades não relacionadas ao andamento terapêutico direto, seja no âmbito familiar , do trabalho ou pessoais. O Fisioterapeuta Intensivista é aquele que tem sua dedicação total voltada ao paciente crítico, realizando seu diagnóstico funcional e decidindo sua intervenção por meio de procedimentos cinesiológicos e instrumentais, com o objetivo de melhora do quadro do paciente, debatendo com q equipe multidisciplinar de forma coerente à estadia do paciente na terapia intesiva. Para isso, é importante a realização de um treinamento específico em centros formadores a fim de tornar o profissional apto a atuar de forma segura e adequada na UTI. (ULTRA, 2008, p. 3) 41 Segundo a portaria que estabelece critérios de classificação para unidades de tratamento intensivo pela Sociedade de Terapia Intensiva SOBRATI (2005), a composição mínima da equipe deve ser: um responsável técnico com título de especialista em terapia intensiva; um médico diarista (rotineiro) para o turno da manhã e um à tarde com título de especialista em terapia intensiva para cada 10 leitos ou fração; um médico plantonista por turno exclusivo da unidade para cada 10 leitos ou fração; um enfermeiro coordenador responsável pela área de enfermagem; um enfermeiro assistencial por turno, exclusivo da unidade, para cada 10 leitos/fração; um fisioterapeuta para cada 10 leitos/fração no turno da manhã, da tarde e noite; um fonoaudiólogo e/ou terapeuta ocupacional disponível para a unidade; um psicólogo disponível para a unidade; um técnico de enfermagem para cada dois leitos/fração por turno; um funcionário exclusivo responsável pelo serviço de limpeza. A Irmandade de Misericórdia da Santa Casa de Lins conta com o seguinte Corpo Clínico as seguintes especialidades: Anestesiologia, Clínica Médica, Cirurgia Geral, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Plástica, Cardiologia, Dermatologia, Endocrinologia, Endoscopia, Ginecologia e Obstetrícia, Neurologia, Nefrologia, Oftalmologia, Ortopedia, Pneumologia, Pediatria e Urologia. Conta com serviços de nutrição e dietética, com câmaras frigoríficas, lavanderia hospitalar e serviços de segurança sanitária para controle das infecções hospitalares. 2.6 Convênios Os convênios atendidos nesse estabelecimento são o SUS e particulares que englobam os seguintes: ABET (PLANTEL), ABRAMGE, APAS, ASSEFAZ, ASSITALIA, CABESP, CASSI, DEPVAT, ECONOMUS, FUNDAÇÃO CESP-FAEC, GEAP, HSBC SEGUROS S/A, IAMSPE, INTERCLÍNICA, PAMS-FUNCEF, PLAMSFER, SABESPREV, SÃO LUCAS, SAÚDE BRADESCO, SUL AMÉRICA e UNIMED. 42 2.7 Cidades atendidas O campo de abrangência da Santa Casa, como hospital de referência da Direção Regional de Bauru compreende 10 municípios: Sabino, Promissão, Guaiçara, Cafelândia, Guaimbê, Pongaí, Uru, Guarantã, Getulina e Lins. Com uma população estimada em 163 mil habitantes, além desta população eventualmente há o atendimento a paciente em trânsito ou de outras cidades, urgência e emergência. Feito a pesquisa com os prontuários dos pacientes foram encontrados algumas cidades acima não citados como: Pirajuí, São José do Rio Preto, Garça, Avanhandava, Cerqueira Cezar, Jaú, Barra Bonita, Pederneiras, Lençóis Paulistas, Reginópolis, Igaraçu do Tiete, Rio de Janeiro, Ferraz de Vasconcelos, Agudos e Mirandópolis. 2.8 Avaliação Fisioterapêutica Segundo Ellis; Alison (1997), a avaliação é necessária para averiguação da efetividade na intervenção; ela provê a oportunidade e comprova as suposições feitas na fase de análise do processo de tomada de decisões. A avaliação é necessária para obter dados gerais e específicos dos pacientes para elaboração de um melhor plano de tratamento e obter êxitos no tempo em que o mesmo permanece internado. A avaliação fisioterapêutica dos pacientes com doença pulmonar é constituída de duas partes. A primeira inclui sinais e sintomas clínicos coletados por meio da história e do exame do tórax. A segunda parte completa a avaliação com dados objetivos dos gases sangüíneos arteriais, testes de função pulmonar, radiografia torácica, testes de esforço graduado e estudos bacteriológicos. Com a informação e os dados coletados da avaliação, o fisioterapeuta é capaz de avaliar a disfunção física e traçar os objetivos de tratamento e as abordagens terapêuticas para atingi-los. (IRWIN; TECKLIN, 2003 p. 334) Essa avaliação fisioterapêutica é seguida através de um prontuário, onde é completada com os dados pessoais do paciente como nome, idade e 43 endereço, história pregressa e historia da moléstia atual, medicamentos utilizados, sinais vitais, ausculta pulmonar, expansibilidade torácica e diafragmática, percussão dos pulmões, ângulo de Sharpy, tipo de tórax, expectoração e sua coloração, baqueteamento digital, cianose e dispnéia. Falcão; Guimarães; Amaral (2006), afirmam que os dados colhidos na admissão do paciente na Unidade de Terapia Intensiva, devem ser detalhados e criteriosos com conhecimento da história pregressa e atual em relação às alterações cardíacas, neurológicas e pulmonares. O tempo de existência do problema que envolve a queixa principal, a forma de manifestação, resultados dos exames anteriores, hábitos e vícios atuais e anteriores devem ser abordados nesse primeiro momento da avaliação. Depois de colhidos os dados o fisioterapeuta realiza a avaliação do SNC de acordo com a escala de Glasgow ou escala de Ramsay quando o paciente permanece sob efeito de sedativos. Hemodinâmica; uso de drogas vasoativas, pressão arterial e freqüência cardíaca. Devem ser analisados a freqüência respiratória, expansibilidade torácica e padrão respiratório, oximetria e gasometria arterial, radiografia do tórax, ausculta pulmonar e ventilometria. Quando o paciente se encontra em intubado em ventilação mecânica é necessário avaliar a confirmação do posicionamento da cânula orotraqueal ou traqueostomia, conhecimento da ventilação respiratória e valores de complacência estática e resistência pulmonar, cuidados com os parâmetros ventilatórios. 2.9 Tratamento Fisioterapêutico Inicialmente quando estabelecido contrato para prestações de serviços em fisioterapia respiratória e motora, entre a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Lins e a Faculdade Salesiana de Lins, através da Faculdade de Educação Física de Lins. O curso de Bacharelado em Fisioterapia através de seus acadêmicos dos dois últimos semestres pertinentes a formação dos mesmos, prestavam atendimentos em tal centro hospitalar sob supervisão de um fisioterapeuta, onde os mesmos executavam dois atendimentos diários em 44 média. A partir do ano de 2003, através de modificações estruturais frente a supervisão, bem como demanda de necessidade assistencial, tal setor passou a realizar uma média de quatro atendimentos diários e 2006 ao se tornar Centro Universitário, adquire autonomia na prestação de serviços na Unidade de Terapia intensiva com supervisão de um Fisioterapeuta intensivista; atendendo as exigências de diretrizes e normas para funcionamento estabelecidas por decretos e sanções de liminares junto ao poder legislativo e judiciário. O tratamento é compreendido por quatro atendimentos diários, sendo realizados dois no período matutino e dois no período vespertino. Em tais atendimentos são executadas sessões de fisioterapia motora global e específica além de fisioterapia respiratória global e específica, entre outras que se façam necessárias de acordo com as necessidades individuais apresentadas pelos pacientes que se encontram hospitalizados em tal unidade. Segundo Falcão; Guimarães; Amaral (2006), as técnicas de higiene brônquica são indicadas para pacientes com patologias pulmonares, pósoperatório de cirurgia torácica que apresentam secreção pulmonar. Com o objetivo de melhorar o intercâmbio gasoso e reduzir o trabalho respiratório. De acordo com Ultra (2008), a mobilização global é realizada pelo fisioterapeuta por meio de movimentos passivos ou ativos quando possível, respeitando as limitações e os processos álgicos. 2.10 Fisioterapia Motora A fisioterapia motora é realizada pelos estagiários de Fisioterapia; para evitar o imobilismo, preservar a tonicidade da musculatura. Inicia-se com sessões de alongamentos globais, para preparação dos músculos para os exercícios que podem ser passivos, ativo-assistidos ou ativos livres. De acordo com Regenga (2000) o repouso prolongado leva à atrofia e a fraqueza muscular. O Fisioterapeuta Intensivista pode evitar os efeitos deletérios da hipoatividade ou inatividade do paciente acamado. Como conseqüência do imobilismo, o paciente torna-se descondicionado reduzindo a 45 capacidade de executar exercício aeróbico, diminuindo a tolerância aos esforços. Segundo Lopes (2005) mobilização é movimento de alongamentos passivos realizados pelo terapeuta, com velocidade baixa. Movimento ativo é quando o próprio paciente realiza o exercício. E passivo o movimento é realizado pelo fisioterapeuta sendo que não há contração voluntária dos músculos esqueléticos do paciente. 2.11 Fisioterapia respiratória A Fisioterapia Respiratória é realizada de acordo com o propcesso patológico apresentado pelo paciente, existem técnicas para reexpansão pulmonar, desobstrução, fortalecimento diafragmático, estimulação diafragmática. Alguns aparelhos incentivadores com as mesmas finalidades, aparelhos de vibratoterapia, realização de drenagem postural associada a técnicas de higienização traqueobrônquica, técnicas de tosse assistida, cinesioterapia respiratória, além de procedimentos gerais e específicos de acordo com a desordem funcional do trato respiratório de cada paciente. Segundo Regenga (2000) a fisioterapia respiratória atua no deslocamento de secreções pulmonares, para auxiliar na eliminação destas secreções, facilitando a atividade mucociliar e reexpandindo as áreas pulmonares com atelectasias podendo utilizar recursos ou técnicas fisioterapêuticas. De acordo com Rodrigues (2003) os objetivos da reabilitação pulmonar são de reduzir os sintomas, reduzir a perda funcional causada pela doença e aperfeiçoar as atividades físicas e sociais, traduzidas em melhora da qualidade de vida. 46 CAPITULO III PROCESSO PATOLÓGICO INERENTE À PESQUISA 3 INTRODUÇÃO Becker (1968) descreve que a palavra patologia possui origem grega, que significa: páthos, doença, e lógos, estudo, tratado. Etimologicamente, portanto, significa estudo das doenças. Ximenes (1999), Souza, Pato e Logullo (sd). Define patologia como o ramo da medicina que descreve as alterações anatômicas e funcionais causadas pelas doenças no organismo vivo. Divide-se em patologia geral, que estuda os mecanismos básicos das doenças, e patologia especial, que descreve as alterações de cada órgão ou sistema. Quando se ocupa das alterações anatômicas, macro e microscópicas recebe a denominação de anatomia patológica e quando tem por objeto as alterações fisiológicas, a de fisiopatologia. O estudo das alterações produzidas nos tecidos pelas doenças constitui a histopatologia, e das alterações celulares, a citopatologia ou patologia celular. Quando nos referimos à patologia cardíaca, obstétrica, pulmonar, entre outras, estamos nos referindo ao estudo das alterações encontradas nas doenças cardíacas, obstétricas, pulmonares, entre outras. Conforme discorrido por Becker (1968), além de significar o estudo das alterações produzidas no organismo pelas doenças, o termo patologia é também utilizado para designar essas mesmas alterações. Em nenhum dicionário, especializado ou não para termos médicos, encontra-se averbado o termo patologia como sinônimo de doença, enfermidade ou afecção. Dizer que o indivíduo tem uma patologia, seria o mesmo que dizer que tal possui uma cardiologia em lugar de uma cardiopatia, assim patologia, não se deve ser utilizado em substituição à doença, pois o mesmo desvio semântico é encontrado em outras línguas como espanhol e em inglês, tornando mais difícil sua rejeição em português. Assim, poderíamos dizer que nos encontramos 47 diante do que os lingüistas chamam de neologismo de significado; a mesma palavra incorpora outro significado além do primitivo, tradicional. Como a evolução semântica das palavras é imprevisível, bem pode ser que futuramente se poderão acrescentar mais um significado à palavra patologia. A boa linguagem, vernácula, correta, no entanto, pelo menos por enquanto, não incorpora este novo significado de patologia. Para tanto será utilizado durante o desenvolvimento desta pesquisa o termo processo patológico para sinônimo de doenças ou afecções. Para Kumar; Abbas; Fausto (2005) a patologia enfoca quatro aspectos da doença: sua causa (etiologia), os mecanismos de seu desenvolvimento (patogenia), as alterações estruturais induzidas nas células e nos tecidos (morfologia) e as consequencias funcionais das alterações morfológicas, clinicamente observadas, tratando desta forma dos estudos das moléstias em geral sob aspectos determinados, envolvendo tanto a ciência básica quanto a prática clínica. Tal estudo não pode ser erroneamente designado como apenas doença em si, portanto quando designamos determinada afecção devemos nos preocupar em utilizar termos como processo patológico, tendo em vista a patologia como ramo da ciência da saúde que estuda as doenças. Rubin; Farber (2002) discorrem que uma célula deve manter certa organização para que possa sobreviver; para isso a evolução celular permitiu as diferenciações entre elas nas mais diversas funções e distribuídas por todo corpo. Porém, estas devem ser capazes de se adaptarem às condições adversas geradas no ambiente em que estão. Quando sofrem inúmeros estímulos devidos alterações do ambiente, as células podem gerar respostas ao mesmo, cujo seu entendimento constitui a base da patologia. Neste capítulo os processos patológicos observados durante a apuração dos dados pertinentes a esta serão apresentados separadamente de acordo com os sistemas aos quais pertencem, com uma breve explicitação de suas características. 3.1 Afecções do Sistema Cardiorrespiratório (ASCR) e pós-operatório (PO) relacionados. 48 São caracterizadas pelas modificações do funcionamento do coração, vasos sanguíneos e linfáticos bem como os processos patológicos pulmonares e seus segmentos: cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia e árvore brônquica. A seguir será apresentado breve resumo dos processos patológicos observados ao longo do presente estudo. 3.1.1 Angina Instável Blakiston (1982) descreve a angina como uma dor torácica paroxística, retroesternal ou precordial, podendo ser irradiada para o membro superior, tendo como etiologia um déficit na oxigenação ou irrigação sanguínea junto ao miocárdio. Para Guyton; Hall (2006) tal angina aparece na maioria das pessoas que possuem constrição progressiva das artérias coronárias. Essa dor normalmente se manifesta quando o coração é submetido a grandes esforços em relação ao seu fluxo sanguíneo. Para Theroux; Fuster, (1998), o paciente com angina instável tem prognóstico variável quanto a eventos desfavoráveis como infarto agudo do miocárdio, óbito, recorrência de angina e necessidade de revascularização miocárdica, fato este também referido por Zaacks; et al. (1999). Estes autores ainda revelam que em virtude da ampla variação das manifestações clínicas das síndromes isquêmicas miocárdicas instáveis sem supradesnível do segmento ST, sua estratificação de risco ajuda a determinar estratégias para tratamento ambulatorial ou hospitalar, propiciando uma adequação de custos em função de maior eficácia terapêutica, conforme explicitado por Kong; Blazing; OConnor (1999) e Calvin (1998). 3.1.2 Broncopneumonia (BCP) Scanlan; Wilkins; Stoller, (2000) afirmam que na broncopneumonia há em torno de um ou mais brônquios infiltrado de formas irregulares, devido a 49 inflamação parenquimatosa, sendo esta diagnosticada por radiografia torácica. 3.1.3 Bloqueio Átrio Ventricular DeCS (2008) discorre que se trata de um bloqueio na condução do impulso dos átrios para os ventrículos cardíacos. O bloqueio AV pode significar retardo na condução do impulso ou bloqueio total. O sistema que gera e conduz o impulso nervoso através das fibras cardíacas, promovem sua ritmicidade contrátil. Este sistema é composto pelo nodo sinusal, vias internodais, nodo atrioventricular, feixe átrio-ventricular (A-V) o feixe esquerdo e direito das fibras de Purkinje. O único meio pelos quais os impulsos podem normalmente passar dos átrios para os ventrículos é pelo feixe A-V. (GUYTON; HALL, 2006, p. 127) Quando há um bloqueio nesta passagem os ventrículos deixam de contrair por alguns segundos podendo ocasionar desmaio ou até mesmo a morte. 3.1.4 Broncoespasmo Processo pelo qual há um estreitamento agudo e obstrutivo das vias aéreas devido uma contração anormal, porém reversível, da musculatura lisa dos brônquios. (SCARNLAN; WILKINS; STOLLER, 2000) 3.1.5 Choque Cardiogênico Guyton; Hall (2006) afirmam que se trata da incapacidade do coração bombear quantidades mínimas de sangue para o organismo. O choque é uma situação de grave distúrbio hemodinâmico e 50 metabólico caracterizado pela incapacidade do sistema circulatório de manter uma irrigação sangüínea adequada da micro circulação, com conseqüente perfusão inadequada de órgãos vitais. (RUBIN; FARBER, 2002, p. 293). 3.1.6 Choque Séptico O choque séptico é uma condição na qual a pressão arterial declina a níveis potencialmente letais como conseqüência da Sepse. Sendo este causado por toxinas produzidas por certas bactérias e por citosinas, que são substâncias sintetizadas pelo sistema imune para combater as infecções. Os vasos sangüíneos dilatam, produzindo hipotensão arterial apesar do aumento da freqüência cardíaca e do volume de sangue ejetado. (MERK, 2008) 3.1.7 Derrame Pleural Presença de líquido na cavidade pleural resultante da diferença entre a pressão hidrostática sanguínea e a pressão coloidosmótica do líquido pleural. (TARANTINO, 1997, p. 906). Para Guyton; Hall (2006) tais anormalidades das pressões pleurais levam há um acúmulo de quantidade relativamente grande de líquidos entre os folhetos pleuras. Os Sintomas são diferentes, dependendo da localização da área afetada, alguns podendo ser mencionados como quadros álgicos localizados, dispnéias e tosses produtivas ou não. (TARANTINO, 1997) 3.1.8 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Segundo Luna; Sabra (2006) a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença inflamatória crônica do pulmão causada por partículas 51 e gases tóxicos inalados ao longo da vida. A DPOC inclui duas doenças pulmonares: bronquite crônica e enfisema pulmonar. Processos patológicos estes que limitam o fluxo aéreo, progressivo e que não são totalmente reversíveis. Entende-se por bronquite crônica a condição clínica caracterizada por excesso de secreção mucosa na arvore brônquica, havendo tosse crônica ou de repetição, junto com expectoração pelo menos em três meses do ano em dois anos consecutivos. (BETHLEM, 2002, p. 602) Enfisema é uma alteração pulmonar caracterizado por aumento anormal dos espaços aéreos distais aos brônquios terminais, acompanhado por alterações destrutivas das paredes alveolares [...] (TARANTINO, 1997, p. 510). 3.1.9 Edema Agudo Pulmonar (EAP) Refere-se ao aumento da quantidade de líquido extravascular nos espaços aéreos pulmonares (BETHLEM, 2002). A etiologia mais freqüente é a insuficiência do ventrículo esquerdo ou insuficiência cardíaca congestiva. (LUNA; SABRA, 2006). Nos pulmões normais, apenas 1,5% de seu peso é representado pelo liquido alveolar. Devido à sua grande elasticidade dependente da estrutura anatômica e do conteúdo aquoso, é fácil imaginar as graves conseqüências que o aumento de líquido poderá provocar, tanto em seus volumes e capacidades, como em sua mecânica ou trocas gasosas. (TARANTINO, 1997, p. 887) 3.1.10 Edema Pulmonar A distribuição de líquido e de ar nos pulmões está em equilíbrio constante, porém quando esta homeostase é quebrada há uma alteração no intercâmbio gasoso pulmonar e o trabalho respiratório são alterados, fazendo 52 com que haja aumento da quantidade total de líquido em todo órgão. Esta inundação alveolar ocorre apesar da existência de mecanismos de drenagem de líquidos que podem manter a função pulmonar normal apesar de uma duplicação de água pulmonar total. (SCARNLAN; WILKINS; STOLLER, 2000) 3.1.11 Embolia Gordurosa Para Rubin; Farber (2002) a patogênese da síndrome da embolia gordurosa envolve a obstrução mecânica e a lesão bioquímica. Tal síndrome é caracterizada por insuficiência pulmonar, sintomas neurológicos, anemia e trombocitopenia. 3.1.12 Hemotórax Presença de sangue na cavidade pleural em virtude de traumatismo ou ruptura de um vaso sanguíneo. (RUBIN; FARBER, 2002, p. 643). Este acúmulo sanguíneo pode ter origem da parede torácica, pulmão, diafragma ou mediastino. E sua drenagem pode ser auto transfundida, pois o mesmo não se coagula. (TARANTINO, 1997) 3.1.13 Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Caracterizada por aumento da pressão arterial, em relação a valores preconizados para normalidade. Para Timerman; César (2000), na hipertensão arterial deve ser levada em consideração condições ambientais, genéticas, hábitos saudáveis além de fatores pré-disponíveis para o aparecimento deste processo patológico. A HAS é um fator de risco para muitas doenças cardiocirculatórias. 53 3.1.14 Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) Silva (2000) discorre que o Infarto Agudo do Miocárdio é uma manifestação clinica caracterizada por isquemia causada pela oclusão de um vaso coronariano por uma placa de ateroma, levando à necrose das células cardíacas. Rubin; Farber (2002) afirmam que seu início é na maioria das vezes súbito, com angina intensa podendo haver outros sintomas como: sudorese, náuseas, vômitos e dispnéia. De acordo com Kumar; Abbas; Fausto (2005), o infarto agudo do miocárdio é resultante de uma isquemia do músculo cardíaco, esta diminuição do fluxo sanguíneo local é causada por déficit na perfusão em relação à necessidade exigida por tal órgão. [...] a isquemia prolongada resultante da oclusão completa de uma artéria coronária ou uma oclusão grave combinada com o aumento do tônus vasomotor resultará na morte das células miocárdicas ou em infarto. (IRWIN; TECLIN, 2003 p. 16). 3.1.15 Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) A ICC é a manifestação clínica causada pela conseqüência de um débito cardíaco inadequado as necessidades do organismo. (RUBIN; FARBER, 2002) Imediatamente após uma oclusão coronariana aguda, o fluxo sangüíneo cessa nos vasos coronários em um ponto além da oclusão, exceto por pequena quantidade de fluxo colateral dos vasos circulantes. A área do músculo que ficou com fluxo zero, apresenta fluxo tão pequeno que não consegue sustentar a função do músculo cardíaco, sendo chamada de área infartada. O processo geral é chamado de infarto do miocárdio. (GUYTON; HALL, 2006, p. 218) Segundo Luna; Sabra (2006) o coração sofre um déficit no enchimento ou no esvaziamento de seu ventrículo. Ocorrendo um comprometimento na quantidade de sangue necessário à perfusão tissular. Se o mesmo tentar suprir esta necessidade ele aumentará a pressão de enchimento ventricular. 54 3.1.16 Insuficiência Coronariana Miller (2003) descreve que a insuficiência coronariana é a diminuição no suprimento sangüíneo, para o miocárdio, resultante da constrição e obstrução nas artérias coronarianas, mas não acompanha uma necrose das células miocárdicas. 3.1.17 Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) Segundo Scalan; Wilkins; Stoller, (2000), quando o organismo não consegue manter a quantidade necessária de oxigênio, bem como a remoção do dióxido de carbono gerado pelas células o indivíduo apresenta um quadro de insuficiência respiratória aguda. Luna; Sabra (2006) afirmam que o pH sangüíneo é mantido pela respiração, quantidade de O2 e CO2 dentro da normalidade. Quando um indivíduo está em IRpA esse equilíbrio não é mantido, sendo diagnosticado pelo exame de gasometria. É uma sensação subjetiva, relatada pelo paciente, diante de uma dificuldade respiratória. (BETHLEM, 2002). Esta situação pode ser percebida quando a quantidade de respiração é demasiada ao nível de atividade exercida podendo ser elas: hipoxemia, acidose, febre, exercícios ou ansiedade. (SCANLAN, WILLIANS, STOLLER, 2000) 3.1.18 Miocardiopatia Dilatada Doença primária do músculo cardíaco, onde a dilatação e a disfunção na ação contrátil do ventrículo esquerdo, leva a uma alteração sistólica. (REGENGA, 2000) 55 [...] os diâmetros diastólicos e sistólicos finais do ventrículo esquerdo estão aumentados, associado à diminuição do espessamento sistólicos do septo e da parede posterior. A espessura da parede ventricular freqüentemente é normal, mas como as cavidades estão dilatadas, resultam em aumento total da massa ventricular (TIMERMAN; CÉSAR, 2000, p.339) 3.1.19 Parada Cardiorrespiratória (PCR) Segundo Timerman; César (2000), parada cardiorrespiratória consiste em uma súbita interrupção da contração ventricular, juntamente com a ausência da atividade respiratória. Guyton; Hall (2006) afirmam que a anormalidade da condução rítmica do coração e a disfunção da respiração levam a hipóxia das fibras musculares e condutoras miocárdicas, alterando as concentrações eletrolíticas da membrana, onde a excitabilidade fica tão afetada, que a ritmicidade automática do coração desaparece. 3.1.20 Pneumotórax Souza; Mozachi, (2005) descrevem que o pneumotórax se trata de uma presença de ar na cavidade pleural. Este fato faz com que desapareça a pressão negativa normal entre as pleuras, impedindo o pulmão de se expandir, colapsando-o. 3.1.21 Sepse A sepse pode ser definida como uma reação inflamatória-vascular sistêmica à presença de microrganismos ou alguns de seus componentes na corrente sanguínea. Compreende várias fases evolutivas, como bacteremia, síndrome séptica, choque séptico e insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas. (DO PRADO; RAMOS; DO VALLE, 2003 p. 19) 56 3.1.22 Tumor de Pulmão O tumor de pulmão origina-se nas células do revestimento epitelial de superfície ou glandulares que, em resposta aos estímulos carcinogênicos, começam a proliferar de modo anormal e evasivo. Sua historia natural caracteriza-se normalmente por evolução lenta, de modo que o tumor pode permanecer despercebido por muitos anos. Sabe-se, também, que na fase sintomática o tumor já percorreu 2/3 de sua vida e tem uma grande população de células malignas, restando, portanto apenas 1/3 da vida do tumor para o diagnóstico e tratamento. Este aspecto de sua história natural, diagnóstico tardio, deixa a impressão de que o tumor é de desenvolvimento rápido e os diversos tratamentos são ineficientes. (DO PRADO; RAMOS; DO VALLE, 1995, p. 100). 3.1.23 Trombose Venosa Profunda (TVP) Trombos são coágulos fixos que se desenvolvem em um vaso sangüíneo, devido o fluxo de sangue que passa por ele, o mesmo pode se tornar circulante, daí recebe o nome de êmbolos. (GUYTON; HALL, 2006) Na trombose venosa profunda os coágulos originam-se no sistema venoso em grandes veias dos membros inferiores ou do lado direito do coração. Quando desprendidos podem ocorrer embolia pulmonar arterial. 3.2 Afecções do Sistema Endócrino-metabólico-nutricional (ASEMN) Segundo Berne et al. (2004) o metabolismo pode ser amplamente definido como a soma de processos químicos envolvidos na produção de energia a partir de fontes exógenas e endógenas, sintetizar e degradar componentes tissulares estruturais e funcionais e eliminar produtos de resíduos. A regulação da velocidade e da direção de muitos dos aspectos básicos do metabolismo é uma das principais funções do sistema endócrino. 57 3.2.1 Cetoacidose Diabética Este processo patológico é resultante do aumento dos níveis de cetoácidos, ácidos cetoacéticos e ácidos -hidroxibutíricos, quando o organismo usa apenas gorduras para a obtenção de energia. Outra causa desta acidose é a diminuição da concentração de sódio, devido o mesmo se ligar aos cetoácidos, quando está aumentado no organismo. Esta falta de sódio é suprida por íons de hidrogênio, aumentando tal acidose. (GUYTON; HALL 2006) 3.2. 2 Desidratação É caracterizada por uma perda excessiva de água corporal, sendo que a mesma não está compensada pela ingestão de líquidos. (PORTO, 2005) Carpenito-Moyet (2005) acredita que esta falta de água no organismo causa distúrbios hídricos e eletrolíticos. 3.2.3 Diabetes Mellitus (DM) Segundo Guyton; Hall (2006) a DM é caracterizada por uma síndrome metabólica envolvendo carboidratos, lipídios e proteínas. Neste processo patológico há um aumento considerável na quantidade de glicose (hiperglicemia), devido uma ineficiência de secreção de insulina e/ou na sua própria ação. A insulina é um hormônio secretado pelo pâncreas endócrino; sua função é controlar a produção e armazenamento da glicose resultante da digestão de Hidratos de Carbono. (SMELTZER; BARE, 2005) O estado diabético pode ocorrer de duas maneiras: o pâncreas não produz a insulina (diabetes tipo I), ou há uma diminuição da sensibilidade da célula à ação de tal hormônio (diabetes tipo II). (GUYTON; HALL, 2006) 58 3.2.4 Hipoglicemia Hipoglicemia é, por definição, a presença de um valor sangüíneo de glicose abaixo de 45 mg/100 ml (ou 50 mg/100ml utilizando-se plasma ou soro) acompanhado de sintomas e sinais característicos. Com o deficiente provimento de glicose às células nervosas podem sofrer, nos casos leves, como ainda é comum no decurso da insulinoterapia mal controlada dos diabéticos. (DO PRADO; RAMOS; DO VALLE, 2003, p. 480) 3.2.5 Síndrome Anêmica Segundo Miller (2003) é uma afecção na qual ocorre redução na administração de oxigênio para os tecidos. Resultante da destruição de hemácias, perda sanguínea excessiva ou diminuição da produção eritrocitária. Anemia não é uma doença e sim um sintoma de vários distúrbios diferentes. Do Prado; Ramos; Do Valle (2003) definem anemia como uma diminuição do volume de hemácias ou de hemoglobinas por unidade de volume de sangue. 3.2.6 Síndrome de Addison Processo patológico onde há uma destruição progressiva das glândulas supra-renais, mais especificamente na parte cortical, normalmente devido uma reação auto-imune. Os sintomas aparecem quando pelo menos 90% das mesmas já estão afetadas, entre eles se destacam fraqueza, disfunção cardíaca e cutânea. (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005) De acordo com Guyton; Hall (2006) há uma diminuição da secreção do hormônio aldosterona, produzido pelas glândulas supracitadas, causando uma diminuição na absorção do sódio. 59 3.3 Afecção do Sistema Gastrointestinal (ASGI) e PO relacionados As principais funções fisiológicas do sistema gastrintestinal são a digestão das substâncias alimentares e a absorção das moléculas e nutrientes para a corrente sanguínea. O sistema gastrintestinal executa estas funções pela motilidade, secreção, digestão e absorção. (BERNE et al., 2004, p. 573) 3.3.1 Abdome Agudo Obstrutivo Processo patológico de evolução rápida, podendo ser incluído neste, desde situação anormal em que o segmento possa se encontrar, até mesmo em situação onde há necessidade de intervenção cirúrgica devido ao risco de mortalidade. Neste caso o paciente não elimina fezes, nem gases, levando a uma distensão relativamente grande do abdome. Quanto mais baixa situar-se esta obstrução, maior será a probabilidade de evolução para ascite. (Do PRADO; RAMOS; Do VALLE, 2003) 3.3.2 Adenocarcinoma de Intestino Delgado De acordo com Kumar; Abbas; Fausto (2005) este tumor é comumente encontrado afetando a porção duodenal do intestino delgado, podendo crescer e circulando a alça intestinal, causando obstrução intestinal, seguido de cólicas, vômitos e perda de peso. 3.3.3 Cirrose Hepática Segundo Smeltzer; Bare (2005) a cirrose hepática se trata de uma doença crônica na qual o tecido hepático normal é substituído por fibrose difusa, podendo romper as estruturas e a função do fígado. 60 3.3.4 Diverticulite Potter; Perry (2005), reportam que tal processo patológico se traduz em uma situação onde há inflamação nas divertículas, que são herniações no revestimento intestinal, normalmente em forma de bolsas. Para Smeltzer; Bare (2005), os divertículos estão inflamados devido a obstrução dos mesmos pelo acúmulo de material fecal. 3.3.5 Hemorragia Digestiva Alta (HDA) Souza; Mozachi (2005) definem esta como um problema comum na medicina intensiva, a causa mais comum é a doença ulcerosa péptica. A HDA se manifesta de três formas: hematêmese, vômito contínuo; melena que são fezes contendo sangue; hematoquezia que se trata da passagem de sangue vivo pelo reto (enterorragia). 3.3.6 Insuficiência Hepática Neste processo, o fígado sofre uma ineficiência de seus hematócritos, causando uma disfunção em todas as funções deste órgão entre eles podem se destacar a metabolização e sintetização de proteínas, podendo variar de maior a menor grau. (GARNIER, et al., 2002) 3.3.7 Obstrução intestinal A obstrução intestinal ocorre quando a propulsão do conteúdo em direção ao ânus sofre interferência. Há vários critérios para classificá-los: quanto ao nível, ao grau, ao grau de circulação sanguínea, quanto ao tipo de 61 evolução e a natureza da obstrução. (VIDAL, 2005) 3.3.8 Pancreatite Qualquer inflamação aguda ou crônica desta é denominada pancreatite. (GARNIER, et al., 2002) Uma condição aguda, apresentando-se tipicamente com dor abdominal, associada a níveis elevados de enzimas pancreáticas no sangue ou na urina. Causada por inflamação e necrose do tecido pancreático. (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005, p. 385). 3.3.9 Perfuração de intestino Situação onde o intestino sofre uma agressão resultando em perda de sua continuidade. 3.3.10 Pós-operatório de apendicectomia Segundo a Enciclopédia Ilustrada de Saúde (2008) a apendicectomia é uma intervenção cirúrgica destinada a proceder à remoção do apêndice vermiforme encontrado no cécun da porção proximal do intestino grosso. Esta intervenção surge em conseqüência do surgimento de uma apendicite, isto é, uma inflamação geralmente associada a infecção de tal apêndice. Esta estrutura possui formato de uma pequena bolsa de tecido intestinal semelhante a um dedo e está localizada entre o intestino delgado e o intestino grosso (cólon). 3.3.11 Pós-operatório de Colicistectomia 62 É um procedimento cirúrgico onde a vesícula biliar inflamada ou infeccionada é extirpada por uma abertura abdominal. (TIMBY; SMITH, 2005) Procedimento cirúrgico, onde há a remoção da vesícula biliar. (POTTER; PERRY, 2005) Neste procedimento são ligadas as artérias e o ducto cístico após a retirada da vesícula biliar. (SMELTZER; BARE, 2005) 3.3.12 Pós-operatório de Colostomia Abertura cirúrgica do colón por meio de um estroma que permite a drenagem dos conteúdos intestinais; é um tipo de desvio fecal . (SMELTZER; BARE, 2005, p. 842). 3.3.13 Pós-operatório de Enterorrafia Procedimento cirúrgico onde é realizada a sutura de uma abertura seja ela de qualquer natureza, no intestino delgado ou grosso. (GASTRONET, 2008). 3.3.14 Pós-operatório de Gastrectomia Garnier, et al. (2002), afirmam que gastrectomia é um processo cirúrgico, onde há a ressecção total ou parcial do estômago. 3.3.15 Pós-operatório de Gastrorrafia 63 Processo cirúrgico pelo qual é realizada uma sutura gástrica. (MILLER; 2003, p. 547). 3.3.16 Pós-operatório de Hepatorrafia Processo cirúrgico pelo qual são realizadas suturas no fígado, devido a cortes realizados intencionalmente ou não. (GARNIER et al., 2002) 3.3.17 Pós-operatório de Laparotomia Procedimento cirúrgico onde é realizada uma incisão na parede abdominal. (MILLER; 2003) 3.3.18 Pós-operatório de Obstrução Intestinal No volvo do cólon sigmóide, há que distinguir suas modalidades: torção com alça viável e torção com necrose. O quadro clinico é de obstrução intestinal baixa, com parada de eliminação de gases e de fezes, fortes dores em cólicas, grande distensão abdominal assimétrica, dada por abaulamento alongado em diagonal, do quadrante inferior direito ao superior esquerdo; pode haver vômitos reflexos, coincidentes com o quadro agudo, mas o vômitos de material fecalóide de regurgitação do conteúdo intestinal. (Do PRADO; RAMOS; Do VALLE, 2003, p. 246). 3.3.19 Pós-operatório de Sigmoidectomia Procedimento cirúrgico onde há retirada do cólon sigmóide pertencente à porção distal do intestino grosso. Geralmente tal procedimento se deve a processos inflamatórios crônicos e até mesmo neoplasias. 64 3.3.20 Pós-operatório de Tumor Vesical Procedimento cirúrgico que consiste na exérese de um processo neoplásico localizado na bexiga. (MILLER, 2003) 3.3.21 Trombose Mesentérica A trombose mesentérica é a oclusão das artérias mesentéricas, responsáveis pela irrigação sanguínea do intestino. Pode ser causada por doença aterosclerótica, conseqüente a uma embolia originária de um distúrbio cardíaco e também pode ser devido a um processo inflamatório das artérias. Normalmente acontece de forma aguda, com evolução rápida, podendo levar a morte. (BAN-INTERNACIONAL, 2008) 3.3.22 Tumor Estomacal É uma neoplasia estomacal que se estende da mucosa gástrica até a submucosa quando em estágios iniciais, e em casos mais avançados pode ser encontrado na parede muscular e em várias profundidades, sendo este o principal fator de evolução clínica da doença, também deve ser levado em consideração para sua classificação o seu crescimento e seu subtipo histológico. (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005) 3.3.23 Tumor Intestinal Figueiredo (2008) descreve que tal tumor também denominado câncer de intestino, cólon, reto ou colorretal; inicia-se através de pólipos que crescem 65 na parede do mesmo e que podem se transformar em câncer com o passar do tempo. Quando um pólipo é retirado do intestino durante o exame colonoscópico, pode-se impedir que tal se transforme em câncer. Assim, o câncer de intestino pode ser prevenido removendo-se o pólipo antes que este se transforme em neoplasia maligna, sem que seja necessária intervenção cirúrgica. Quando descoberto tardiamente pode ser fatal. Quase metade dos pacientes com este câncer ainda morrem em menos de cinco anos após o tratamento. Desta forma é de suma importância sua detecção precoce, quando a possibilidade de cura ainda é grande. 3.3.24 Úlcera Gástrica Kumar; Abras; Fausto (2005), discorrem que este processo patológico se trata de lesões focais na mucosa gástrica, podendo variar sua profundidade causando alterações no epitélio superficial e até mesmo o envolvimento de toda mucosa, sendo esta de maior profundidade, podendo evoluir para hemorragia digestiva alta de complexidade cirúrgica. 3.4 Afecções do Sistema Geniturinário (ASGU) e PO relacionados Segundo Rizzolo; Madeira (2006) o sistema genital é responsável pela reprodução. Este sistema pode ser dividido em feminino e masculino, com estruturas diferentes anatomicamente, porém de um modo geral são homólogos uns aos outros: órgãos de produção de gametas, ductos que fazem seu transporte, órgãos de cópula e glândulas anexas para produção de secreções. Fazem parte deste segmento também, as afecções do sistema urinário, onde os rins são responsáveis pela purificação do sangue através da excreção, removendo substâncias tóxicas para manter o equilíbrio eletrolítico e preservar a homeostase, estes catabólitos são eliminados pela urina. Além dos 66 rins fazerem parte deste sistema os ureteres, bexiga urinária e uretra também o fazem. Serão discutidas a seguir, as afecções relacionadas a este sistema encontradas em nesta pesquisa. 3.4.1 Adenocarcinoma de Ovário As neoplasias malignas do ovário englobam grupos heterogêneos de neoplasias de características anatomoclínicas próprias e de malignidades distintas; desta forma, Do Prado; Ramos; Do Valle, (2003) destacam que o adenocarcinoma, seja também denominado carcinoma de ovário, sendo o mesmo de classificação histológica complexa conforme a divisão adotada pela comissão de câncer da federação internacional de ginecologia e obstetrícia. Deve-se ressaltar a exigência do controle rigoroso em pacientes previamente tratados por câncer de mama, em virtude de maior propensão ao desenvolvimento do carcinoma de ovário; estudos sugerem papel preventivo do câncer de ovário através do uso de pílulas contraceptivas. 3.4.2 Glomerulonefrite Crônica A glomerulonefrite crônica pode estar associada a outras doenças do TGU, por isso ela pode ser considerada como um conjunto de doenças glomerulares em estágio final. Há uma inflamação nos glomérulos de forma crônica. (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005) 3.4.3 Insuficiência Renal Aguda (IRA) Segundo Guyton; Hall (2006), a insuficiência renal aguda encontrada 67 em pacientes hospitalizados é devido à diminuição da quantidade de sangue para os rins, levando a redução da quantidade de urina eliminada, podendo ocorrer uma interrupção total do débito urinário. Isso faz com que haja um acúmulo de liquido corporal. Kumar; Abbas; Fausto (2005) afirmam que nestas condições, os rins sofrem uma rápida deteorização de sua função, sendo esta irreversível. 3.4.4 Insuficiência Renal Crônica (IRC) Condição patológica onde há uma perda irreversível em grande número de néfrons funcionantes. Os sintomas clínicos graves aparecem quando essas perdas estão a 70% abaixo do funcionamento normal. Uma grande variedade de doenças pode desenvolver uma IRC. (GUYTON; HALL, 2006) A insuficiência renal crônica é uma doença progressiva e irreversível da função renal, onde há um desequilíbrio em manter as funções metabólicas e eletrolíticas do organismo causando uremia e azotemia. (SMELTZER; BARE, 2005) 3.4.5 Infecção Urinária A bexiga é um órgão estéril, onde barreiras anatômicas da uretra, e o próprio fluxo urinário além de enzimas antibacterianas contribuem para a integridade deste órgão. Quando as bactérias conseguem ter acesso a bexiga, se desenvolvem infecções urinárias. Normalmente elas são de origem fecal e ascendem a partir do períneo se fixando e colonizando o epitélio do trato urinário, afim de não ser eliminada pela urina. (SMEITZER; BARE, 2005) 3.4.6 Pielonefrite 68 A infecção aguda do rim caracteriza-se por inflamação supurativa intersticial irregular; necrose tubular e por cilindros nefrofilíticos. As alterações em estágio mais avançado incluem abscessos, papilite necrotizante, pionefrose, abscessos perinéfricos e, finalmente fibroses renais com deformação fibrótica do córtex, cálice e pelve subjacentes. (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005 p. 407) 3.4.7 Pós-operatório de Cesária De acordo com Miller (2003) é uma cirurgia para realizar um parto de um feto por meio de incisão através da parede abdominal baixa e do útero. Intervenção cirúrgica esta, que consiste na retirada do feto vivo, mediante uma incisão na parede abdominal e uterina. Ela é necessária quando a circunferência da bacia é reduzida e impede a passagem do feto. (SOUZA; PATO; LOGULLO, [s.d.]. 3.4.8 Pós-operatório de Ressecção transuretral (RTV) prostática Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (2008) este processo cirúrgico é caracterizado pela remoção de tecido benigno da próstata através da inserção de um instrumento através da uretra no pênis. Quando ela é realizada apenas parte da glândula prostática é removida. Um instrumento é colocado na uretra e guiado em direção à próstata para remover uma parte do tecido que circunda a uretra. 3.4.9 Pós-operatório de Uretectomia Interna Neste procedimento cirúrgico uma parte da uretra é seccionada de forma circunferencial, esta ressecção é feita através de um segmento interno. (GARNIER et al., 2002) 69 3.5 Afecção do Sistema Osteomioarticular (ASOMA) e PO relacionados Rizzolo; Madeira (2006), definem o sistema esquelético como o conjunto de ossos e cartilagens que protegem os órgãos internos e permitem a realização de movimentos. O sistema muscular é responsável pela produção de movimento e calor. Neste segmento serão discutidas as afecções deste encontradas neste estudo. 3.5.1 Fratura de Fêmur Fratura é uma perda da continuidade óssea. Segundo Gabriel; Petit; Carril (2001, p. 71) entende-se por fratura a solução de continuidade que se produz em um osso, quando a força aplicada sobre ele é superior a sua elasticidade. O Fêmur é o maior osso do corpo humano, e ao seu redor existem grandes grupos musculares. A existência de uma fratura neste local normalmente ocorre o envolvimento de partes moles, causando inúmeras complicações e limitações ao paciente. (HEBERT, et al, 2003) 3.5.2 Fratura de Quadril O Quadril é formada por duas hemipelves unidas anteriormente pela sínfise púbica e, posteriormente ao sacro, pelas articulações sacroilíacas. Cada hemipelve, é formada pelo osso ilíacos, ísquio e púbis. (CAMARGO, et al., 2004, p. 309) As fraturas de pelve ocorrem de forma direta e grande intensidade, normalmente por acidentes automobilísticos. (GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001). 70 3.5.3 Politrauma Politrauma é considerado uma síndrome decorrente de lesões múltiplas, podendo acarretar disfunções sistêmicas seqüenciais de sistema vitais e órgãos, podendo ser direta ou indiretamente ligado ao trauma. (CAMARGO, et al., 2004) O Politraumatizado é um paciente com lesões graves que corre risco de vida, sendo necessário um tratamento multidiciplinar, para minimizar seu quadro e seqüelas. (HEBERT, et al., 2003) 3.5.4 Trauma de Tórax O traumatismo torácico e abdominal pode ser causado de forma direta ou por compressão, o mais freqüentemente encontrado é em acidentes automobilísticos, lesões perfurantes por arma branca e até mesmo lesões por arma de fogo, entre outras. (CAMARGO, et al., 2004) Trauma nesta área podem acometer pulmões, vísceras e coração, causando desequilíbrio nas funções cardíacas e ventilatórias, levando a inúmeras complicações devido ao acometimento de vários sistemas e órgãos. 3.5.5 Pós-operatório de Amputação Membro Inferior A amputação de um membro ocorre após inúmeras tentativas de salvar a extremidade acometida. Na maioria das vezes ocorre a amputação devido a uma vasculopatia, tumor, infecção ou trauma. (FERNANDES et al., 2007) Este método constitui um processo muito agressivo, trazendo um transtorno físico e psíquico à pessoa submetida a tal procedimento cirúrgico. (GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001) O coto deve ser reconstituído para que futuramente tenha o máximo de 71 eficiência funcional e possível utilização de prótese. (FERNANDES et al., 2007). 3.5.6 Pós-operatório Angioplastia de Quadril Cirurgia realizada para reparo de vias sanguíneas e linfáticas da região pélvica. (MILLER, 2003) 3.5.7 Pós-operatório de Fratura de Fêmur Realização de um processo cirúrgico para a redução de uma fratura localizada no fêmur. 3.6 Afecção do Sistema Nervoso Central e PO relacionados Rizzolo; Madeira (2006), descrevem que o sistema nervoso é encarregado de controlar as diversas atividades do organismo. Desempenha três grandes funções: capta alterações, interpreta essas alterações e as respondem. O sistema nervoso pode ser dividido em: central e periférico. As afecções geradas neste segmento serão discutidas a seguir. 3.6.1 Aneurisma Cerebral Aneurisma Cerebral é uma anormalidade congênita, da parede dos vasos sanguíneos; geralmente uma artéria, apresenta uma fraqueza e 72 dilatação da mesma podendo ocasionar um rompimento, normalmente atraumático, causando hemorragia cerebral. É uma das causas do AVC hemorrágico. (O SULLIVAN, SCHMITZ, 2004) 3.6.2 Acidente Vascular Encefálico (AVE) O Acidente Vascular Encefálico é um distúrbio neurológico causado por uma disfunção da circulação encefálica. (O SULLIVAN; SCHMTZ, 2004) O AVE pode ser classificado em duas categorias dependendo das alterações da circulação encefálica afetada, são elas: Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEI), onde há uma diminuição do fluxo sanguíneo, privando aquelas partes do encéfalo de oxigênio e glicose, causando um déficit no metabolismo celular, levando a sua morte. (O SULLIVAN; SCHMTZ, 2004) O acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEH) é caracterizado por uma hemorragia podendo ser espontânea ou traumática. Esta hemorragia é causada por uma perda da continuidade de um vaso cerebral, formando então o hematoma intracerebral. (LUNA; SABRA, 2006). Neste caso, é necessária a intervenção cirúrgica para a drenagem do hematoma existente no encéfalo do indivíduo. Portanto, nesta categoria, incluem-se os pós-operatórios reduzidos e a localização do extravasamento anormal de sangue. São eles: pós-operatório de drenagem de hematoma parenquimatoso e pós-operatório de drenagem de hematoma subdural. 3.6.3 Coma Diabético É ocasionado devido descompensação grave do Diabetes Mellitos, onde o pH está à níveis inferiores de 7.0, podendo causar óbito em poucas horas caso não for revertido. (GUYTON; HALL, 2006) 73 3.6.4 Coma Hipoglicêmico Coma é o estudo de consciência sem resposta ao meio . (Knobel, 1998, p. 698) Distúrbios metabólicos que levam a alteração do equilíbrio ácido-base, como a hipoglicemia, podem levar um individuo à esta perda de consciência. (KNOBEL, 1998) 3.6.5 Coma metabólico As integridades funcionais e anatômicas do encéfalo dependem do fluxo sanguíneo contínuo e do aporte de oxigênio e glicose. Portanto o coma metabólico ocorre devido à interrupção do fornecimento de substrato energético ou pela alteração das respostas fisiológicas das membranas neurais. (FISIO WEB, 2008) 3.6.6 Convulsão Contração muscular brusca e involuntária. Pode ser tônica, clônica ou tônicoclônica Tônica: é prolongada e imobiliza os membros atingidos. Clônica: resulta de uma série de contrações rápidas e rítmicas. Tônico-Clônica: a imobilização da parte atingida é interrompida por contrações clônicas. As convulsões podem ser parciais, quando se manifestam em determinada região, ou totais, quando se estendem por todo o corpo. (SOUZA; PATO; LOGULLO, [s.d.], p. 98) 3.6.7 Edema Cerebral Edema cerebral é caracterizado por um aumento da quantidade de líquido no tecido cerebral, sem levar em consideração o mecanismo que levou 74 a tal quadro. (STÁVALE, 1996) Luna; Sabra (2006) descrevem que os sinais e sintomas apresentados por um paciente com edema cerebral dependem de sua localização e seu volume. 3.6.8 Encefalopatia diabética De acordo com Rhoden, et al. (2005) a encefalopatia diabética caracteriza-se por déficit cognitivo e alterações estruturais e neurofisiológicas no cérebro acometendo paciente que possuem níveis de glicose elevados no sangue. 3.6.9 Encefalopatia Hipertensiva Encéfalopatia Hipertensiva segundo Kumar; Abbas; Fausto (2005), é uma síndrome clínico-patológica que surge em um paciente hipertenso por disfunção cerebral difusa. Pacientes que sofrem múltiplos infartos podem desenvolver uma síndrome clínica distinta caracterizada por demência, anormalidades da marcha e sinais pseudobulbares e deficiências neurológicas focais. 3.6.10 Hematoma cerebral Acúmulo de sangue dentro da cavidade craniana, podendo ser causada por ruptura de vasos sanguíneos e dos tecidos localizados no cérebro ou ao seu redor. (MERK, 2008) 75 3.6.11 Hidrocefalia Kumar; Abbas; Fausto (2005) descrevem que a hidrocefalia se trata de um acúmulo de LCR (líquido cefalorraquidiano) no sistema ventricular, isso ocorre como conseqüência tanto de comprometimento do fluxo como da reabsorção do LCR, causando a elevação da pressão intracraniana (PIC). De acordo com Guyton; Hall (2006) a hidrocefalia é caracterizada por um acúmulo de líquido na abóbada craniana. Ela pode ser classificada como hidrocefalia comunicante e hidrocefalia não-comunicante. Na primeira o líquido circulante pode fluir dos ventrículos para o espaço subaracnóideo. Isso não acontece no segundo tipo, neste o líquido formado comprime o cérebro contra o crânio. As lesões causadas pela hidrocefalia são geralmente graves e devem na maioria das vezes sofrerem intervenções cirúrgicas para colocação de válvulas nos sistemas ventriculares encefálicos para drenagem de tal acúmulo liquórico. 3.6.12 Infarto Cerebral De acordo com O Sullivan; Schmitz (2004) o infarto cerebral è causado por um trombo que se aloja no cérebro, causando morte dos tecidos. O infarto cerebral é um distúrbio focal, progressivo e permanente da função neurológica, que deixa um déficit residual menor ou maior, de acordo com o tratamento realizado . (LUNA; SABRA, 2006 p. 747) 3.6.13 Pós-operatório de Cateter Intraventricular Comumente pacientes neurológicos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) se apresentam com cateteres e/ou drenos em região cefálica ou coluna lombar, e o manejo destes pacientes pela equipe 76 de enfermagem implica no conhecimento básico dos tipos de drenos e cateteres, suas funções e indicações. A seguir, faz-se necessária uma breve exposição sobre os principais elementos anatômicos do Sistema Nervoso (SN) onde estes materiais são alocados. (SOUZA; MOZACHI, 2005. p.326) 3.6.14 Pós-operatório de Craniotomia Segundo Timby; Smith (2005) é um procedimento neurocirúrgico onde o crânio é aberto para que as estruturas subjacentes possam ser exploradas. 3.6.15 Pós-operatório de Drenagem de Hematoma Cerebral Segundo Souza; Mozachi (2005) drenagem do hematoma consiste em uma cateterização cirúrgica do sistema ventricular, exteriorização do cateter pela pele e acoplamento do mesmo a um sistema coletor (bolsa de drenagem) . Utilizados no controle do volume e da pressão liquórica por intermédio da drenagem temporária externa de LCR. 3.6.16 Pós-operatório de Drenagem de Hematoma Epidural Um hematoma epidural é conseqüência da hemorragia de uma artéria que se encontra entre as meninges, membranas que revestem e protegem o cérebro em relação a face interna do crânio, nesta condição clinica há um aumento da pressão intracraniana. Para eliminar a acúmulo de sangue e minimizar os sintomas causados por ele, é realizado um processo cirúrgico para colocação de dreno no local da hemorragia. (MERK, 2008) 3.6.17 Pós-operatório de Drenagem Hematoma Parenquimatoso 77 A hemorragia parenquimatosa normalmente acontece devido a manifestações de doenças vasculares do cérebro já existentes, podendo-se citar a hipertensão arterial sistêmica e aneurisma cerebral. (Kumar; Abbas; Fausto, 2005), causando um AVCH. Como tratamento deste quadro, é realizado cirurgicamente a colocação de dreno local para drenagem do sangue acumulado nesta aérea. 3.6.18 Pós-operatório de Laminectomia Laminectomia é uma cirurgia executada na porção inferior da coluna para aliviar a pressão numa ou mais raízes do nervo. (VERTEBRATA, 2008) 3.6.19 Pós-operatório de Tumor Encefálico Processo cirúrgico onde há uma ressecção de uma neoplasia intracraniana. Geralmente os tumores crescem de forma regular, arredondada, mas também podem ser encontrados de maneira difusa e com infiltrados. Estas massas neoplásica comprimem outras estruturas causando sintomas como aumento da pressão intracraniana, convulsão, hidrocefalia, edema cerebral, anormalidade das funções hipofisárias além de alterações motoras, cognitivas e psicossociais. ( SMELTZER; BARRE, 2005) 3.6.20 Pós-operatório de Válvula Craniana É um procedimento cirúrgico para colocação de uma válvula no crânio, utilizada para controlar o volume e a pressão liquórica por intermédio de drenagem interna. (SOUZA; MOZACHI, 2005) 78 3.6.21 Síndrome de Guillain Barré Smeltzer; Bare, (2005) afirmam que essa síndrome clinica é rapidamente progressiva, de etiologia desconhecida, que envolve os nervos cranianos, espinhais e periféricos. A síndrome é precedida por infecção após vacinação ou cirurgia. A infecção viral induz a uma reação auto-imune que ataca a mielina dos nervos periféricos, as porções proximais dos nervos tendem a ser afetadas com maior freqüência. Achados de autópsia demonstram edema inflamatório e desmielinização com infiltração linfocítica. 3.5.22 Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) O TCE pode ser provocado por acidente de trânsito (60 a 70%), quedas (20%) e outras causas mais raras (agressões, projétil de arma de fogo, etc), esta proporção, entretanto, varia de acordo com a idade. Segundo Do Prado; Ramos; Do Valle, (2003) no TCE, as lesões são provocadas pelo impacto e pelo movimento de aceleração/desaceleração do cérebro dentro da caixa craniana. 3.6.23 Traumatismo Raquimedular (TRM) O traumatismo raquimedular acomete principalmente indivíduos jovens, com nítida preponderância sobre o sexo masculino. É geralmente decorrência de acidentes com automóveis ou motocicletas, mas pode estar associado a quedas, ferimentos contusos sobre a coluna vertebral, ferimentos por projétil de arma de fogo, ferimento por arma branca. (DO PRADO; DO RAMOS; DO VALLE, 2003, p. 737) 79 3.6.24 Tumor Cerebral São denominados tumores cerebrais qualquer proliferação celular de origem neoplásica (LUNA; SABRA, 2006). Eles podem ser classificados em dois grupos: primários e metastáticos. No primeiro grupo, o tumor pode surgir de células parenquimatosas cerebrais, nervos cranianos ou dos tecidos de revestimento do tecido neural. Já os metastáticos são aqueles que se formaram em estruturas vizinhas e chegam ao cérebro, como ocorre nas metástases. (Do PRADO; RAMOS; Do VALLE, 2003) Esse tipo de condição patológica é muito variada, com características individuais, biológicas e prognósticos diferentes para cada indivíduo. 3.7 Outros Os processos patológicos que não pertenciam a nenhum dos sistemas acima foram agrupados a seguir. 3.7.1 Afogamento Defini-se por afogamento a asfixia conseqüente à submersão em água ou outro meio líquido tendo ou não o mesmo entrado em contato com o pulmão. Em aproximadamente 10% dos afogamentos não ocorrem aspiração de água. (Do PRADO; RAMOS; Do VALLE, 2003, p. 1154) 3.7.2 Dengue hemorrágica Segundo o Ministério de Saúde (2008) a dengue é caracterizada por uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na 80 maioria dos casos, e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. Possui duas formas de evolução: dengue clássica e a hemorrágica. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas normais, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e conseqüências como a morte. 3.7.3 Erisipela Doença infecciosa, onde o agente etiológico é o Streptoccocus pyogenes. Ele entra em contato com o organismo através de escoriações na pele, podendo afetar qualquer parte do corpo, porém freqüentemente encontrado em membros inferiores. (Porto, 2005) Segundo Do Prado; Ramos; Do Valle, (2003) este processo patológico apresenta-se com celulites e acometimento de vasos linfáticos. 3.7.4 Espancamento Segundo Civita (1999), o espancamento é o ato ou efeito de espancar; surrar, sova, flagelação ou fustigação. 3.7.5 Ferimento por Arma Branca Neste caso há rompimento da epiderme, derme, outros tecidos subjacentes e até mesmo órgãos. Podendo ser superficial ou profunda, dependendo do objeto ou instrumento que penetra no corpo. (POTTER; PERRY, 2005) Pode ser incluídas como arma branca facadas, objetos cortantes e perfurantes. 81 3.7.6 Icterícia De acordo com Smeltzer; Bare (2005), Quando a concentração de bilirrubina no sangue está elevada de maneira anormal, todos os tecidos do corpo, incluindo as escleras e a pele, tornam-se amarelas ou amareloesverdeadas. Essa condição é denominada icterícia. A quantidade de bilirrubina se torna alterada devido uma disfunção hepática. Sendo este processo patológico, uma de várias manifestações clínicas. 3.7.7 Intoxicação Exógena Doença pela ação de venenos sobre o organismo, neste caso estas substâncias produzidas fora do corpo. Neste segmento serão incluídas as intoxicações por digestão, inalação ou potencialmente perigosas. (Craven; Hirnle, 2006) absorção de substâncias 82 CAPITULO IV A PESQUISA 4 INTRODUÇÃO Após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário Católico Salesiano Auxillium, processo número 103/2008 e apresentação do termo de consentimento iniciou-se a presente pesquisa. Para se caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à fisioterapia intensiva entre os anos de 2003 ao primeiro semestre de 2008, hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Lins, foram coletados e analisados dados das fichas de avaliações fisioterapêuticas de todos os pacientes que passaram por esta unidade. Sendo considerado critério de exclusão para tal aqueles que se apresentavam incompletos. Foram obtidos os seguintes dados: gênero, idade, processo patológico, etnia, dias de hospitalização, número de sessões fisioterapêuticas efetuadas, evolução de caso, convênio e procedência do paciente. Desta forma totalizando 643 sujeitos de ambos os gêneros avaliados e tratados na Unidade de Terapia Intensiva através de procedimentos e técnicas pertinentes à fisioterapia intensiva durante o período pré-estabelecido para esta. Os métodos utilizados na presente pesquisa foram os seguintes: Método de observação sistemática: foram observados, analisados registrados e comparados os dados obtidos nas fichas de avaliações fisioterapêuticas dos pacientes submetidos à avaliação e tratamento na Unidade de Terapia Intensiva, no período de 2003 ao primeiro semestre de 2008, cujos dados foram posteriormente tabulados e tratados em planilhas do Microsoft Office Excel (Microsoft Corporation®). 83 Estatístico: De forma ilustrativa e descritiva serão apresentados gráficos contendo as variáveis analisadas e comparadas entre si. As técnicas realizadas foram as seguintes: Tabela Geral (APÊNDICE A) Termo de Consentimento (APÊNDICE B) Aprovação Comitê Ética (APÊNDICE C) 4.1 Descrição do Trabalho no Local da Pesquisa A pesquisa foi realizada no setor de Fisioterapia Respiratória da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Lins na Unidade de Terapia Intensiva, no período compreendido entre o primeiro semestre de 2003 ao primeiro semestre de 2008, totalizando 11 semestres de estudo. Foram considerados critérios de exclusão para o mesmo, fichas que apresentavam dados incompletos dos pacientes que foram submetidos a tratamento fisioterapêutico intensivo. Após a realização desta etapa, as variáveis sofreram comparação e os resultados tratados sob a forma de gráficos e uma tabela para então serem levantadas as considerações pertinentes aos resultados apresentados nesta. Desta forma foram averiguados 643 prontuários de pacientes de ambos os gêneros, os quais se encontravam arquivados no setor de Fisioterapia, fora também obtido termo de consentimento do fisioterapeuta responsável pelo setor de origem dos dados para utilização dos mesmos contidos nesta (Apêndice B). A seguir serão explicitados os dados de acordo com o delineamento adotado para esta. 84 100 64% 90 80 NÚMERO DE PACIENTES 57% 61% 70 61% 60 43% 51% 50 36% 49% 39% 39% 59% 40 41% 30 20 10 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 MASCULINO 48 67 66 72 88 40 FENININO 46 42 42 55 49 28 PERÍODO DA PESQUISA E DISTRIBUIÇÃO GERAL DE ACORDO COM OS GÊNEROS Fonte: Elaborada pelos autores, 2008. Figura 1: Número total de pacientes atendidos no período da pesquisa. Este gráfico demonstra que foram identificados 381 casos do gênero masculino (59%) e 262 casos do gênero feminino (41%), denotando prevalência para o gênero masculino durante o período da pesquisa, principalmente no ano de 2007 com 23% (n=88) em contraste com o gênero feminino. 70 61 60 60 64 62 58 63 60 56 54 61 58 50 MÉDIA DAS IDADES 50 40 30 20 10 0 2003 2004 MED IDADE MASC 2005 2006 2007 2008 MED IDADE FEM Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 2: Demonstra a relação das médias de idades com relação ao gênero. 85 Em tal gráfico as médias para as idades demonstraram prevalência para o gênero feminino com média de 62 anos, no período da pesquisa em relação ao masculino que fora de 56 anos, exceto no ano de 2004. 90 78 80 75 NÚMERO DE PACIENTES 70 58 60 50 51 49 59 58 52 50 45 38 40 30 30 20 10 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 ALTAS E ÓBITOS POR PERÍODO ALTA ÓBITO Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 3: Número total de altas e óbitos no período da pesquisa. Pode-se notar prevalência de mortalidade (média de 66 sujeitos de ambos os gêneros) em relação à sobrevivência na UTI (média de 49 sujeitos de ambos os gêneros) no período da pesquisa, exceto no ano de 2004 cujas % TOTAL DE PACIENTES DE ACORDO COM O GÊNERO E EVOLUÇÃO CLÍNICA altas (sobrevivência) foram maiores (n=58). 100% 90% 26% 19% 25% 27% 22% 26% 23% 19% 14% 17% 14% 15% 27% 28% 29% 35% 30% 80% 70% 60% 50% 40% 32% 30% 20% 24% 34% 32% 24% 29% 30% 10% 0% 2003 2004 2005 2006 2007 2008 ÓBITO FEM. 24 21 27 34 30 18 ALTA FEM. 22 21 15 21 19 10 ÓBITO MASC. 25 30 31 41 48 20 ALTA MASC. 23 37 35 31 40 20 EVOLUÇÃO DOS CASOS POR GÊNERO E PERÍODO DA ANÁLISE 86 Fonte: Elaborada pelos autores, 2008. Figura 4: Apresenta a relação entre o número de pacientes por período de análise e a evolução clínica destes de acordo com os gêneros dos mesmos. Nota-se prevalência na mortalidade média masculina de 30,2%, em contraste com 24,2% da feminina e menor prevalência de sobrevivência em ambos os gêneros sendo de 28,6 para o gênero masculino e 17% para o feminino. Destaca-se que no ano de 2007 o gênero masculino apresentou mortalidade de 35% e o gênero feminino em 2006 de 27%. Em relação à sobrevivência no ano de 2004 o gênero masculino apresentou 34% e o gênero feminino em 2003 revelou 23%. ALTAS E ÓBITOS RELACIONADO À SUS E NSUS 80 71 70 58 NUMERO DE PACIENTES 60 50 50 47 49 48 42 41 40 38 34 30 30 23 20 10 17 15 7 8 10 10 9 11 7 7 8 3 0 2003 ALTA SUS 2004 2005 ÓBITO SUS 2006 ALTA NSUS 2007 2008 ÓBITO NSUS Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 5: Alta e Óbito relacionados à SUS e NSUS Observa-se que os pacientes assistidos pela UTI em todos os semestres pertenciam ao SUS. Houve maior mortalidade no ano de 2007 (n= 71) e menor mortalidade no ano de 2004 (n=50). Os pacientes NSUS apresentaram menor mortalidade em 2007 (n=11), e maior mortalidade em 2006 (n= 17). 87 % DE ALTA E ÓBITO NO GEN. MASC. POR ETNIA 100% 2% 6% 3% 10% 17% 14% 80% 60% 3% 9% 1% 10% 2% 10% 10% 12% 7% 8% 44% 42% 38% 46% 42% 56% 31% 45% 36% 31% 39% 26% 2003 2004 2005 2006 2007 2008 40% 20% 0% PERÍODO DA PESQUISA ALTA - ETNIA BRANCA ÓBITO - ETNIA BRANCA ALTA - ETNIA NEGRA ÓBITO - ETNIA NEGRA ALTA - ETNIA AMARELA ÓBITO - ETNIA AMARELA Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 6: Porcentagem de altas e óbitos do gênero masculino com relação à etnia no período da pesquisa. Percebe-se que no gênero masculino houve maior mortalidade em indivíduos de etnia branca no ano de 2008 (56%). 100% 4% 4% 14% 90% 15% % DE ALTA E ÓBITO NO GEN. FEM. POR ETNIA 80% 8% 2% 5% 19% 14% 12% 4% 10% 4% 4% 18% 70% 60% 36% 57% 33% 40% 31% 2003 2004 44% 50% 44% 49% 46% 21% 32% 2007 2008 40% 30% 20% 33% 10% 0% ALTA - ETNIA BRANCA ÓBITO - ETNIA NEGRA 2005 2006 PERÍODO DA PESQUISA ÓBITO - ETNIA BRANCA ALTA - ETNIA AMARELA ALTA - ETNIA NEGRA ÓBITO - ETNIA AMARELA Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 7: Porcentagem de altas e óbitos do gênero feminino com relação à etnia no período da pesquisa. 88 Nota-se que no gênero feminino houve maior mortalidade em indivíduos de etnia branca no ano de 2005 (57%). 450 416 NÚMERO DE PACIENTES ATENDIDOS 400 350 300 250 227 200 150 100 50 0 1 CIDADES ATENDIDAS NO PERÍODO DA PESQUISA LINS OUTROS Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 8: Número de pacientes atendidos no período da pesquisa com relação à procedência dos mesmos. Nota-se que há prevalência da população linense (n=416) nos atendimentos executados na UTI. No período de analise da pesquisa, a UTI da instituição em analise recebeu 416 pacientes da cidade onde está localizada, correspondendo a 64% do total de atendimentos, sendo os 36% restantes indivíduos de outras localidades, sendo elas em sua maioria cidades da micro-região. Entre elas podem ser destacadas as seguintes localidades: Promissão (7%), Cafelândia (6,5%), Guaiçara (6%), Getulina (4,5%), Sabino (3%), Pongaí (2,5%), Pirajuí (1,5%), Guarantã (1%). Outras localidades como: Guainbe, Avanhandava, Igaraçu do Tietê, Uru, Barra Bonita, Lençóis Paulista, Agudos, Ferras de Vasconcelos, Reginópolis, Mirandópolis, Cerqueira César, Jaú, Garça, São José do Rio Preto, Pederneiras e Rio de Janeiro atingiram menos que 1% do total, porem somadas correspondem aos 4% restantes. Para melhor caracterização dos pacientes submetidos à fisioterapia 89 intensiva no período da pesquisa, eles foram divididos pelo sistema de acometimento dos processos patológicos que os mesmos apresentavam quando e pelo ano em que deram entrada ao setor em questão, com isso obteve-se o gráfico abaixo. 60 TOTAL DE PACIENTES DE AMBOS OS GÊNEROS 50 40 30 20 10 0 2003 2004 2005 2006 2007 ASGI 2 6 2 4 4 5 ASCR 45 40 36 29 35 25 ASGU 4 6 2 17 24 9 ASOMA 3 3 2 7 2 1 27 37 50 54 51 20 ASN 2008 ASEMN 2 2 3 1 1 0 PO 9 14 8 11 16 6 OUTROS 2 1 5 4 4 2 DISTRIBUIÇÃO DOS SISTEMAS ACOMETIDOS POR PERÍODO Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 9: Número de pacientes de acordo com gênero e sua distribuição com relação ao sistema de acometimento por período da pesquisa. Observa-se neste que houve prevalência das afecções do sistema nervoso e incidência do mesmo no ano de 2006. 6 5 5 4 3 2 2 1 1 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 1 A B D A O D M EN E O A C G A U R D C O IN O O B M ST A R DE U TI IN VO TE C S IR TI R N O O SE ... H H EM EP Á O D TI R IV R C ER A A G TI IA C D U IN IG LI SU ES TE FI TI C VA IÊ N A O C LT B IA ST A H R E U PÁ Ç Ã T O IC IN A TE PE ST R IN FU PA AL R N A C Ç R Ã E TR O A TI D O TE E M IN B O T SE ES TI M N ES O TU EN M T É O R R IC ES A TO TU M M A O C R A IN L TE Ú LC ST ER IN A A L G Á ST R IC A NÚMERO DE PACIENTES ACOMETIDOS AFECÇÕES DO SISTEMA GASTROINTESTINAL DE ACORDO COM O GÊNERO MASCULINO AFECÇÕES ENCONTRADAS FEMININO Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 10: Número de pacientes de acordo com o gênero e afecções 90 apresentadas do sistema gastrointestinal. Neste gráfico constata-se prevalência do gênero masculino com incidência para cirrose hepática (n=12). AFECÇÕES DO SISTEMA CARDIO-RESPIRATÓRIO DE ACORDO COM O GÊNERO NÚMERO DE PACIENTES ACOMETIDOS 35 30 29 25 21 20 18 17 15 15 13 10 9 2 2 1 2 0 3 1 0 1 0 U EI O A TR IO A N G IN A IN ST -V ÁV EN EL TR IC U B LA B C R C P R O H TO N O C Q TA O U ES E L CA PA R SM D C IO O H G O ÊN Q DE U IC E R O SÉ R A PT M IC E O PL EU R A L D PO ED C EM EM BO A P EA U LI P L M A O G NA O R R D U R O SA 1 0 7 6 0 1 0 1 1 0 2 2 0 2 1 IA M C O M R I IO C O C N C A A R R IA D IO NA PA TI IR A pA D IL A TA D A PN EU PC M R O TÓ TU RA M X O SÉ R D PS E E PU LM Ã O 1 0 0 4 3 H H EM A S O TÓ R A X 5 10 7 1 0 1 IN SU FI C IÊ N C IA 5 8 TV P 10 B LO Q AFECÇÕES ENCONTRADAS MASCULINO FEMININO Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 11: Número de pacientes de acordo com o gênero e afecções apresentadas do sistema cerdiorespiratório. Neste gráfico constata-se prevalência do gênero masculino com incidência para broncopneumonia (n=29). AFECÇÕES DO SISTEMA GENITURINÁRIO DE ACORDO COM O GÊNERO NÚMERO DE PACIENTES ACOMETIDO 30 27 25 20 15 14 11 10 7 5 LO PI EL O N EF R IT E A G IR C U D A 1 0 IR A U R IN Á R IA 1 0 AFECÇÕES ENCONTRADAS G A D EN O C A R M ER UL O C IN O M A N EF R IT E D E C R Ô O VÁ R NI C A IO 1 0 IN FE C ÇÃ O 1 0 0 MASCULINO FEMININO 91 Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 12: Número de pacientes de acordo com o gênero e afecções apresentadas do sistema genitorinário. Para este constata-se prevalência do gênero feminino com incidência para insuficiência renal aguda (n=27). AFECÇÕES DO SISTEMA OSTEOMIOARTICULAR DE ACORDO COM O GÊNERO 7 7 6 5 4 2 0 0 R IL TR A A D U LI Q PO D E A U A R TR TU FR A MASCULINO E U FÊ M E D R A A TU FR 1 A X 1 TÓ R 1 2 D 2 A 2 M 3 U M A 3 R NÚMERO DE PACIENTES ACOMETIDOS 8 AFECÇÕES ENCONTRADAS FEMININO Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 13: Número de pacientes de acordo com o gênero e afecções apresentadas do sistema osteomioarticular. Pode-se observar neste que houve prevalência do gênero masculino com incidência para politraumatismos (n=7). 92 AFEÇÕES DO SISTEMA NERVOSO DE ACORDO COM O GÊNERO NÚMERO DE PACIENTES ACOMETIDOS 80 71 70 60 50 43 40 30 30 27 29 20 17 10 2 1 0 1 2 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 TC E A D TU M O R A C O M A A N EU R ÍS M C O M A AFECÇÕES ENCONTRADAS MASCULINO 2 1 1 0 TR C M ER EB R A L 1 IA A VE H R A L C ER EB 1 0 VH I H B IP ÉT O IC C G O O LI M C A ÊM M IC ET O A B Ó LI C C O ED O N EN VU EM C EN LS ÉF A C Ã A C ÉF O LO ER A PA LO EB TI PA R A A TI L D A IA H H B EM IP ÉT ER A IA TO TE M N A SI VA C ER E H SÍ B I D N R IN R D A O FA R L C O R E M TO FA E D L C IA E ER G U EB IL R LA A L IN -B A R R É 1 0 0 FEMININO Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 14: Número de pacientes de acordo com o gênero e afecções apresentadas do sistema nervoso. Neste gráfico observa-se prevalência do gênero masculino com incidência para traumatismo crânio-encefálico (n=71). AFECÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO-METABÓLIO-NUTRICIONAL NÚMERO DE PAIENTES ACOMETIDOS 2,5 2 2 2 1,5 1 1 1 1 1 0 0 0 MASCULINO N ÊM M E R O SÍ N D SÍ N D R O D M E E A LI H IP O G AFECÇÕES ENCONTRADAS A D D IS O N IA C EM D M D ES D A B ÉT SE C ET O A C ID O 0 ID R A TA Ç Ã O 0 IC A 0 IC A 0,5 FEMININO Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 15: Número de pacientes de acordo o gênero e afecções apresentadas do sistema endócrino-metabólico-nutricional. PO A M PO PU PO A N PO TA C GI A ÇÃ A TE OP PE O L TE A ND DE R ST ICE M IN IA M TR D CTO II A EQ M VE U IA N AD PO TR R PO I I C O PO CU L D LE LA R C C EM E R PO IST SÁ A EC RI G EM C A P OL TO D O E C OS MIA ED RA T EM N OM IO I PO PO A C TO A FR EN ER MIA A TE EB TU R O RA PO RA RR L D PO LA E AF IA SI MIN FÊM G E PO MO CT UR G ID OM PO P AS EC IA O TR TO H EM GA EC MI A ST TO A TO R O M PO MA RR IA PO PO EP AF H R OB P EPA ID IA ES U S O EC TR LA TO RA Ç UÇ PA RR L Ã O ÃO RO AFI PO A TU IN TO R ES PO MO TE MI A S R EC R C T Ç TV E INA L PO ÃO PR RE B U TU OS RA R M T E PO C OR ÁT L VE ICA VÁ TO LV MIA SI C U LA INT AL E C R RN A N A IA N A NÚMERO DE PACIENTES ACOMETIDOS 93 Observa-se prevalência do gênero feminino com incidência para desidratação (n=2) e diabetes mellitus (n=2). Neste gráfico constata-se prevalência do gênero masculino com incidência para broncopneumonia (n=29). 14 0 PÓS-OPERATÓRIOS REALIZADOS DE ACORDO COM O GÊNERO 12 12 10 8 9 6 6 4 2 3 2 1 1 0 1 1 0 MASCULINO 1 0 2 3 1 0 operatório de laparotomia (n=12). 1 0 1 0 0 1 0 AFECÇÕES ENCONTRADAS 1 0 1 2 0 1 0 1 0 1 0 2 1 1 0 1 0 1 0 1 0 FEMININO Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 16: Número de pós-operatórios realizados de acordo com os gêneros. Nota-se prevalência do gênero masculino com incidência para pós- 94 OUTRAS AFECÇÕES DE ACORDO COM O GÊNERO 11 10 8 6 4 3 2 1 1 1 0 0 0 0 C A IN MASCULINO AFECÇÕES ENCONTRADAS N A R B O LE SÃ TO XI C PO R A A Ç R Ã ES PA O M A C A EX Ó M EN G EN TO PE LA IS I ER R R Á G O H EM U E D EN G A 1 IC A 0 N NÚMERO DE PACIENTES ACOMETIDOS 12 FEMININO Fonte: elaborado pelos autores, 2008. Figura 17: Outras afecções de acordo com o gênero. Aquelas afecções que não se enquadravam nos processos patológicos foram designadas como outras, assim observa-se prevalência no gênero masculino com incidência para intoxicação exógena (n=11). Analisando a tabela 1 (Apêndice E), pode-se destacar de modo geral prevalência do gênero masculino, com incidência de afecções do sistema nervoso cuja evolução do processo patológico foi de alta mortalidade com 13,7% (n=88), média para as idades de 58 (±20) anos, média de hospitalização de 09 (±13) dias, média de fisioterapia intensiva realizadas de 15 (± 23) sessões, em contraste com aqueles que apresentaram menor mortalidade referente as afecções do sistema cardiorrespiratório com 10,9% (n=70), com média para as idades de 58 (±20) anos, média de hospitalização de 09 (±13) dias e média de fisioterapia intensiva realizadas de 15 (±23) sessões. No gênero feminino a incidência do sistema cardiorrespiratório prevaleceu tanto para alta como para óbito, porém com um maior número de pacientes que evoluíram para mortalidade em 8,7% (n=56) dos casos, com média para as idades em 58 (±20) anos, hospitalização de 09 (±13) dias em média e fisioterapias executadas em média de 15 (±23) sessões. Com relação 95 à baixa mortalidade 6,7% (n=43) deste mesmo sistema, se observou igualdade à alta mortalidade para os valores das médias de: idade, hospitalização e fisioterapias realizadas. Ao analisar individualmente para cada sistema acometido pelos diversos processos patológicos se obtiveram os seguintes resultados: as afecções do sistema gastrintestinal (3,4%) houve prevalência de mortalidade do gênero masculino 2,2% (n=14), com média para as idades de 59 (±20) anos, hospitalização de 09 (±13) dias em média e sessões de fisioterapia realizadas de 15 (±24) sessões. Referente às afecções do sistema cardiorrespiratório houve prevalência de mortalidade no gênero masculino 10,9% (n=70), média para as idades de 58 (±20) anos, hospitalização de 09 (±13) dias em média, e sessões de fisioterapias em 15 (±23) sessões médias. As afecções do sistema geniturinário desvelaram prevalência para o gênero feminino 4,7% (n=30), com média para as idades de 59 (±20) anos, hospitalização com média de 09 (±13) dias e fisioterapias realizadas em média de 15 (±23) sessões. Em relação às afecções do sistema óste-mio-articular, houve prevalência de baixa mortalidade no gênero masculino 1,4% (n=9), com média para as idades de 58 (±20) anos, hospitalização média de 09 (±13) dias e média de fisioterapias realizadas em 15 (± 23) sessões. Essas mesmas médias e desvios padrões foram encontrados para as afecções do sistema nervoso, para o mesmo gênero e evolução clínica apenas com a diferença em porcentagem geral de 13,7% (n=88) indivíduos. As afecções que envolviam o sistema endócrino-metabólico e nutricional houve prevalência para o gênero feminino, demonstrando baixa incidência de casos, porém com mortalidade de 0,6% (n=4), idade média de 58 (±20) anos, média de hospitalização de 08 (±12) dias e média de sessões de fisioterapias realizadas de 12 (±17) sessões. Para aqueles que sofreram algum tipo de intervenção cirúrgica (PósOperatório), houve prevalência do gênero masculino com baixa mortalidade 4% (n=26), média de idades de 58 (±20) anos, média de hospitalização de 09 (±12) dias, média de fisioterapias realizadas de 15 (± 23) sessões. 96 Aqueles que pertencem à categoria OUTROS houve prevalência do gênero masculino com baixa mortalidade e porcentagem de 1,4% (n=9), média de idade de 58 (±20) anos, hospitalização com média de 09 (± 13) dias e fisioterapias realizadas em média de 15 (±24) sessões. Levando em consideração todos os indivíduos pesquisados, o gênero masculino prevaleceu 59,3% (n=195) sobre o gênero feminino 40,7% (n=154). Há certa homogeneidade dos casos podendo ser observadas através dos dados obtidos para ambos os gêneros; constatando-se que na totalidade os sujeitos de ambos os gêneros apresentaram mortalidade em relação à sobrevivência, média de idade de 58 (±20) anos, média de hospitalização de 09 (±12) dias, média de fisioterapias intensivas realizadas de 15 (± 23) sessões. 97 DISCUSSÃO Segundo Jerre; et al. (2007) o fisioterapeuta Intensivista se trata de um profissional de suma importância dentro da equipe multidisciplinar de uma unidade de terapia intensiva, sua atuação ganhou extremas extensões e faz parte de vários segmentos no tratamento intensivo, desde o atendimento a pacientes críticos, onde há a necessidade de ventilação mecânica, bem como seu monitoramento e extubação, além daqueles que necessitam de tratamento para complicações respiratórias e sistemas esquelético, muscular e articular inerentes ao imobilismo. Pode-se observar a importância do conhecimento e categorização epidemiológica dos pacientes submetidos à fisioterapia intensiva, demonstrando os principais eventos que possam contribuir na mortalidade ou sobrevida da população por tais profissionais assistida no processo de desenvolvimento desta pesquisa. Sendo assim, a presente pesquisa fora realizada com intuito de traçar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à fisioterapia intensiva entre os anos de 2003 ao primeiro semestre de 2008; cujos dados, inerentes aos gêneros, etnias e médias: para idades, tempo de hospitalização, sessões fisioterapêuticas executadas, evolução referente à mortalidade, bem como procedência e tipo de cobertura referente aos honorários (Sistema Único de Saúde ou outros), dados estes contidos nas avaliações de 643 casos. Observando-se certo grau de homogeneidade dos casos tratados pela fisioterapia intensiva de tal setor e observados durante o processo desta pesquisa. Malta; et al. (2008) referem que as informações referentes à saúde são essenciais para o planejamento, monitoramento e a gestão das intervenções para a saúde de uma população alvo, colaborando para o monitoramento das mudanças epidemiológicas sofrida por elas. Com isso é possível desenvolver um conjunto de ações que permitem conhecer as afecções predominantes e identificar a população mais susceptível a desenvolvê-las e assim fornecer subsídios para a melhor tratá-lo e elaborar um plano preventivo. Para Barcellos; Quitério (2006) o sistema de saúde necessita de reestruturação das ações de vigilância em saúde e a formação de equipes multidisciplinares, com capacidade de diálogos e construção de sistemas de informações capazes de 98 auxiliar as situações de saúde e a tomada de decisões. O presente trabalho pode observar e demonstra coerência com tais autores, tendo em vista os resultados obtidos no mesmo. Inoue et al. (2008) afirmam que a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) surgiu devido à necessidade de aperfeiçoamento e concentração de recursos para o atendimento de pacientes críticos, sendo esta a assistência de mais complexa do sistema de saúde. Um estudo epidemiológico numa UTI se faz necessário devido à grande importância de sua intervenção a um paciente debilitado, além de contribuir para informações adicionais para toda equipe envolvida nesta unidade. Tais informações condizem com os resultados obtidos na presente pesquisa que pode demonstrar de forma geral os aspectos epidemiológicos da população assistida pela fisioterapia intensiva, devendo tal estudo se expandir para totalidade de pacientes que porventura estejam sob tratamento na unidade de terapia intensiva que sofrera tal análise pela equipe de fisioterapia. Um estudo realizado por Nogueira; et. al. (2007), sobre a mortalidade em pacientes admitidos na UTI, revelou um predomínio do gênero masculino com idade média de 54 anos, com tempo de internação na unidade de 09 dias, com evolução de óbito de 30%. No presente trabalho executado na UTI adultos da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Lins se observou maior prevalência para o gênero masculino, com média de idade de 59 anos de idade com hospitalização de 09 dias em média, cuja maioria evoluiu para mortalidade 30,2% em médias gerais, demonstrando assim que o presente trabalho condiz com os dados reportados por tal autor. Já Tavares; et al. (2008) demonstraram numa determinada Unidade Terapia intensiva, que 60% dos casos eram do gênero feminino, média de idade de 51 anos, tempo de permanência na UTI de 06 dias e com média de mortalidade de 54,6%. Na pesquisa executada para o presente pode-se observar 41% de casos do gênero feminino, média de idade de 62 anos, tempo de hospitalização na UTI com média de 09 dias e mortalidade em cerca de 24,2%, corroborando desta forma com os dados referidos pelo autor. Abelha; et al. (2006) afirmam que o tempo prolongado de internação na UTI além de estar associada com um mau prognóstico para o paciente, aumentam os custos desta unidade. Numa pesquisa realizada pelo mesmo 99 autor, observou-se que o tempo médio de internação é de 4,09 dias. Na presente pesquisa evidenciou-se que o período de internação tanto para pacientes do gênero masculino como para aqueles do gênero feminino foram de 09 dias em média superando em mais de 50% a média obtida pelo autor, fato este que pode contribuir para mortalidade observada nesta. Para Santo (2007) o índice de mortalidade é de grande valia para os epidemiologistas, pois a partir destes dados é possível a geração de hipóteses sobre a etiologia das doenças, bem como analisar os padrões de mudanças sofridas por ele, sua população e sua área geográfica. Ainda de acordo com Lucif Júnior; Rocha, (2004) a mortalidade hospitalar é um indicativo tradicional frente ao desempenho hospitalar e, provavelmente permanecerá por muito tempo. Em um estudo desenvolvido por Lucif Júnior; Rocha (2004) sobre a desigualdade na mortalidade hospitalar pelo índice de comorbidade de Charlson revelou que o risco de morte é mais que o dobro para os pacientes do Sistema Único de Saúde (S.U.S.), comparados com os do os que não pertenciam a esta categoria (N.S.U.S.). No presente estudo foi comparada a mortalidade dos pacientes atendidos pelo S.U.S. e N.S.U.S.; prevalecendo casos que evoluíram para mortalidade, sendo os mesmos pertencentes à categoria do SUS, principalmente no ano de 2007 com 71% dos casos, dados estes que condizem com o trabalho desenvolvido pelo autor citado. Melo; Silva; Moreira Júnior (2004) demonstraram que a há predomínio de adultos jovens, abaixo de 40 anos, do gênero masculino (83%), vítimas de T.C.E., com índice de mortalidade de 1,4%, os mesmos autores ainda afirmam, que este tipo de trauma é o principal responsável pelas elevadas taxas de letalidades e seqüelas em todo o mundo. De acordo com os resultados da pesquisa executada se observou que as afecções do sistema nervoso predominaram nos anos de 2005, 2006 e 2007 com porcentagem de 50%, 54% e 51%, respectivamente; em tal sistema a maior incidência fora referente ao traumatismo crânio-encefálico, no gênero masculino (n=71), merecendo destaque os pacientes afetados pelo A.V.E., para o mesmo gênero (n=43). Conforme referido por Zétola; et. at. (2001), na atualidade existem quantidades expressivas de jovens que sofrem A.V.C. (A.V.E.), antes, esta maioria era encontrada em pacientes de maior idade. Isso se deve ao estilo de 100 vida adotado pelas pessoas e doenças secundárias associadas, que contribuem como fatores de risco. Desta forma fica evidente de acordo com os resultados obtidos nesta e os autores referidos que os dados são equivalentes a literatura revista para execução desta. Santo (2007) revela que a broncopneumonia se trata de um processo patológico que corresponde à sexta causa de morte em todo o Brasil. Para Carrilho; et al. (2006) em uma UTI a broncopneumonia pode ser derivada de múltiplas causas, porém a maioria é agravada ou até mesmo desencadeada pela ventilação mecânica, demonstrando em seus trabalhos incidência referente a associação de tal processo patológico com à ventilação mecânica em UTI cirúrgica, cuja porcentagem de pacientes do gênero masculino fora superior em 55% dos casos, sendo estes resultados compatíveis com aqueles obtidos na pesquisa executada na UTI da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Lins, para o gênero masculino (n=29) e para o gênero feminino que também se observou tal prevalência, porém em menor número de casos (n=21). Bernardina; et al. (2008), referem que a insuficiência renal aguda (IRA) correspondem a 5% dos pacientes do gênero masculino hospitalizados numa UTI, cuja taxa de mortalidade variou de 50 a 90%, estando intimamente ligada ao tempo de internação nesta unidade. Notou-se na presente pesquisa maior incidência prevalecendo no gênero feminino (n=27). Melo; Silva; Moreira Júnior (2004) revelaram que 31,1% dos casos de TCE estavam associados à politraumatismo. De acordo com os resultados obtidos nesta, houve prevalência para pacientes do gênero masculino sendo que estes possuíam diagnóstico médico principal para politraumatismos (n=7), destacando-se que secundariamente os mesmos possuíam em sua maioria diagnóstico médico secundário para TCE, não sendo realizados neste correlacionamento com diagnósticos secundários Para Santo (2003) o diabetes mellitus representa a trigésima quarta causa de morte em todo Brasil. Observou-se nesta prevalência para o gênero feminino nos seguintes processos patológicos em igual proporção: diabetes mellitus (n=2) e desidratação (n=2). Lourenço; Furtado; Bonfim (2008) discorrem que em geral, as intoxicações exógenas resultam em alta incidência, porém com baixa 101 letalidade e pouco tempo de permanência hospitalar. Pode-se notar que a intoxicação exógena prevaleceu no gênero masculino nesta pesquisa (n=11). 102 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Com a realização deste trabalho, visou-se destacar a importância de um estudo epidemiológico na Unidade de Terapia Intensiva para Adultos da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Lins situada a cidade de Lins, Interior Paulista pelo Fisioterapeuta Intensivista, profissional este, que está intimamente relacionado com atividades inerentes a este setor. Além de fornecer informações importantes para toda equipe multidisciplinar envolvida na assistência intensiva frente às necessidades individuais dos pacientes que se encontram hospitalizados em tal unidade. A Fisioterapia Intensiva vem se destacando nas últimas décadas, sendo esta comprovada por estudos descritivos, embora aquém do desejável. Almejando ganhar respeito e consideração da comunidade, não podendo desta forma assumir modelos empíricos baseados em delineamentos científicos inadequados, afinal de nada adianta a comunidade científica dizer que a Fisioterapia Intensiva bem como áreas correlacionadas junto ao paciente criticamente enfermo, ser fundamentada em critérios científicos se não for capaz de mostrar a ela que é possível fazê-la como ciência. Sendo este assunto amplo, de extrema importância e pouco explorado, propõem-se a realização de outras pesquisas referentes ao perfil epidemiológico de pacientes assistidos pela Fisioterapia Intensiva, analisando parâmetros não utilizados neste trabalho ou até mesmo correlacionando outros dados. Devendo-se destacar maior aperfeiçoamento técnico-científico de profissionais que atuem em tal área, sendo esta nova especialidade de suma importância e reconhecimento junto aos conselhos Federal e Estadual de Fisioterapia e Terapia Ocupacional a partir do ano vindouro. 103 CONCLUSÃO Após análise dos dados de acordo com os resultados obtidos na presente pesquisa, pode-se concluir que fora possível traçar um perfil epidemiológico através da apreciação de 643 prontuários de pacientes de ambos os gêneros submetidos à Fisioterapia Intensiva na Unidade de Terapia Intensiva para Adultos da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Lins. Salientando-se que este método é de extrema importância para melhor compreensão daqueles que necessitem de cuidados intensivos e melhores respaldos tanto ao Fisioterapeuta Intensivista como outros profissionais envolvidos no tratamento de tais pacientes nesta Unidade de Terapia Intensiva. O perfil epidemiológico dos 643 pacientes assistidos pela Fisioterapia Intensiva na UTI escolhida para esta, desvelou prevalência de uma população com procedência da própria cidade de Lins, sendo a maioria destes atendidos pelo SUS, cuja incidência se mostrou evidente em relação à mortalidade comparada à sobrevivência no período da pesquisa, exceto no ano de 2004; já aqueles não assistidos por tal sistema apresentaram menor mortalidade em 2007, e maior em 2006, ressaltando menor assistência oferecida por tal setor a este grupo em relação à assistência prestada pelo SUS. Observou-se ainda que às afecções dos diversos sistemas orgânicos encontrados nesta UTI mostrou prevalência inerente a afecções do sistema nervoso, principalmente no ano de 2006. Durante o tratamento dos dados pode-se observar prevalência do gênero masculino e incidência para etnia branca em todos os anos, sendo que as médias para as idades foram de 59 anos, com tempo de hospitalização de 09 dias em média, execução média de Fisioterapia Intensiva com 15 sessões, cuja maioria evoluiu para mortalidade. As maiores incidências de processos patológicos ocorreram em afecções do sistema nervoso através de TCE, seguido de broncopneumonia cardiorrespiratório. relacionada às afecções do sistema 104 Destaca-se que apesar da expressividade dos dados para o gênero masculino, em relação às médias para as idades se observou prevalência para o gênero feminino no período da pesquisa, exceto no ano de 2004. Em relação ao gênero feminino pode-se observar em todos os anos que as médias para as idades foram de 62 anos, com valores médios inerentes a: período médio de hospitalização, média de sessões executadas pela Fisioterapia Intensiva, além de evolução para mortalidade e incidência para etnia branca, semelhantes aos valores reportados aos sujeitos do gênero masculino. As maiores incidências de processos patológicos para o gênero feminino foram afecções do sistema geniturinário através de insuficiência renal aguda, seguido de acidente vascular encefálico hemorrágico relacionado às afecções do sistema nervoso. As condições supradescritas se referem à epidemiologia dos casos através de prontuários arquivados no setor de Fisioterapia do Hospital em questão. Ressaltando-se determinadas peculiaridades que porventura possam despertar interesse e aprofundamento de tal assunto, inerente a procedimentos específicos ou gerais para futuras pesquisas que realizem levantamentos de dados, categorizando ainda mais a população assistida pelos profissionais que promovem assistência intensiva aos diversos processos patológicos; proporcionando melhor entendimento e atendimento ao paciente crítico que requeira suporte intensivo especializado, bem como contribuir com o enriquecimento de dados para que tal setor promova melhores atribuições terapêuticas aqueles que necessitem de assistência em Terapia Intensiva. O intuito desse trabalho não fora em nenhum momento levantar críticas a Unidade de Terapia Intensiva escolhida para levantamento dos dados contidos neste e nem tão pouco ao tratamento oferecido pela equipe multidisciplinar, incluindo a Fisioterapia Intensiva do mesmo. 105 REFERÊNCIAS ABELHA, F. J. et al. 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São Paulo, v. 59, n. 3, p. 740-745., set. 2001. 113 APÊNDICES 114 APÊNDICE A - Tabela Geral Sist. Acom. (%) ASGI 3,4 Gên. Masc. Fem. Masc. ASCR 32,7 Fem. Masc. ASGU 9,8 Fem. Masc. ASOMA 2,8 Fem. Masc. ASN 37,2 Fem. Masc. ASEMN 1,4 Fem. Masc. PO 10,0 Fem. Masc. OUTROS 2,8 % Total 100 Fem. Total (%) Masc. 59,3 Fem. 40,7 (n) Total 3 14 1 4 41 70 43 56 9 17 7 30 9 3 3 3 88 69 35 47 1 1 4 3 26 16 12 10 9 5 3 1 643 186 195 108 154 Evol. % Alta 0,5 Óbito 2,2 Alta 0,2 Óbito 0,6 Alta 6,4 Óbito 10,9 Alta 6,7 Óbito 8,7 Alta 1,4 Óbito 2,6 Alta 1,1 Óbito 4,7 Alta 1,4 Óbito 0,5 Alta 0,5 Óbito 0,5 Alta 13,7 Óbito 10,7 Alta 5,4 Óbito 7,3 Alta 0,2 Óbito 0,2 Alta 0,6 Óbito 0,5 Alta 4,0 Óbito 2,5 Alta 1,9 Óbito 1,6 Alta 1,4 Óbito 0,8 Alta 0,5 Óbito 0,2 % Total 100,0 Alta 28,9 Óbito 30,3 Alta 16,8 Óbito 24,0 Méd. e DP. Méd. e DP. Méd. e DP. Idade 59 ± 20 59 ± 20 69 ± 00 58 ± 20 58 ± 20 58 ± 20 58 ± 20 58 ± 20 60 ± 20 58 ± 20 58 ± 20 59 ± 20 58 ± 20 60 ± 20 58 ± 20 58 ± 21 58 ± 20 58 ± 20 58 ± 20 58 ± 20 20 ± 00 40 ± 00 58 ± 20 58 ± 20 58 ± 20 58 ± 20 58 ± 20 59 ± 20 58 ± 20 60 ± 20 58 ± 20 54 ± 00 Hospitaliz. 09 ± 13 09 ± 13 01 ± 00 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 10 ± 14 09 ± 12 09 ± 11 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 06 ± 00 25 ± 00 08 ± 12 09 ± 13 09 ± 12 09 ± 12 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 09 ± 13 01 ± 00 Sessões 15 ± 24 15 ± 24 02 ± 00 14 ± 21 15 ± 24 15 ± 23 15 ± 23 15 ± 23 17 ± 27 15 ± 24 15 ± 23 15 ± 23 15 ± 23 17 ± 25 14 ± 21 15 ± 18 15 ± 23 15 ± 23 15 ± 24 15 ± 24 08 ± 00 42 ± 00 12 ± 17 14 ± 21 15 ± 23 15 ± 23 15 ± 24 15 ± 23 15 ± 24 17 ± 23 15 ± 24 01 ± 00 58 ± 20 58 ± 20 58 ± 20 58 ± 20 08 ± 12 09 ± 12 08 ± 13 09 ± 12 15 ± 23 15 ± 23 15 ± 23 15 ± 23 115 APÊNDICE B - Termo de consentimento 116 117 118 119 APENDICE C Aprovação Comitê de Ética This document was created with Win2PDF available at http://www.daneprairie.com. 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