Neurofisiologia Clínica OBJ. Area de Atuação - SES 2016

Propaganda
RESIDÊNCIA MÉDICA
SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO EM NEUROLOGIA
Neurofisiologia Clínica (A1105)
Instrução da Prova Objetiva
Você recebeu o seguinte material:
- Um CADERNO DE QUESTÕES constituído de cinquenta questões de múltipla escolha, todas de igual valor, com quatro
alternativas cada, e uma opção correta;
- Um CARTÃO RESPOSTA personalizado.
1) Confira, no CARTÃO RESPOSTA, se seu nome, número de inscrição, cargo escolhido e demais dados pessoais estão corretos.
2) Assine e transcreva a frase no CARTÃO RESPOSTA imediatamente após o seu recebimento. Os cartões que forem entregues fora
desse padrão não serão corrigidos.
3) Após autorização para o início da prova, verifique, no CADERNO DE QUESTÕES, se a sequência da numeração das questões e a
paginação estão corretas.
4) Se houver alguma irregularidade no material recebido comunique a um dos fiscais.
5) O CADERNO DE QUESTÕES poderá ser utilizado para anotações, mas somente as respostas assinaladas no CARTÃO RESPOSTA
serão objeto de correção.
6) Leia atentamente cada enunciado e assinale, no CARTÃO RESPOSTA, a alternativa que responde, corretamente, a cada uma das
questões, observando as seguintes recomendações:
- Utilize caneta esferográfica transparente de tinta preta ou azul.
- Marque suas respostas cobrindo totalmente o espaço que corresponde à letra a ser assinalada, conforme o exemplo abaixo.
- As respostas em que houver falta de nitidez ou marcação em mais de uma letra não serão registradas. Além de sua assinatura, da
transcrição da frase e das marcações das respostas, nada mais deve ser escrito ou registrado no cartão, que não pode ser dobrado,
amassado, rasurado ou manchado.
7) O candidato terá cinco horas para realização da prova.
8) Após o término da prova, entregue ao fiscal o CARTÃO RESPOSTA e o CADERNO DE QUESTÕES.
9) Por motivo de segurança, o candidato só poderá se ausentar, definitivamente do recinto das provas, após uma hora contada a partir de
seu início.
10) Por motivo de segurança, o candidato NÃO poderá anotar seu gabarito em outro local que não seja seu CARTÃO RESPOSTA.
11) O CADERNO DE QUESTÕES somente poderá ser levado pelo candidato faltando quinze minutos para o término da prova.
12) Os três últimos candidatos só poderão deixar o local de prova juntos depois que o último entregar seu CARTÃO
RESPOSTA.
Todos os casos e nomes utilizados nas provas do CEPUERJ são fictícios. Qualquer semelhança com casos reais constitui mera coincidência.
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
NEUROLOGIA
1) Mulher de 35 anos apresentou fraqueza progressiva com dificuldade para subir escadas e se levantar,
com evolução de seis semanas. Queixava-se de dor muscular, sem sinais esfincterianos, bulbares ou
oculares. Apresentava fraqueza proximal maior que distal, reflexos profundos normais e sensibilidade sem
alterações. Não tinha rash cutâneo; creatinofosfocinase (CPK) = 13.274U/I, miografia com potenciais de
fibrilação e potencial de unidade motora polifásicas de baixa amplitude e curta duração. O diagnóstico
provável para o caso é:
a)
b)
c)
d)
síndrome de Kearns-Sayre
miastenia gravis
dermatomiosite
polimiosite
2) A incidência de doenças malignas em pacientes com idade superior a 40 anos acometidos por
dermatomiosite é mais alta que a esperada na população geral, sugerindo que essa doença possa ser
paraneoplásica em pacientes nessa faixa etária. A neoplasia mais associada à dermatomiosite é o(a):
a)
b)
c)
d)
melanoma
tumor cerebral
carcinoma de ovário e estômago
carcinoma de pequenas células de pulmão
3) Mulher jovem e apresentando diplopia intermitente observou queda das pálpebras, primeiramente à
direita, depois à esquerda e fraqueza e cansaço que piorava no final do dia. Evoluiu com dificuldade para
mastigar, porém com fala e deglutição normais. O teste do edrofônio (Tensilon) era equívoco,
apresentando possível melhora apenas na ptose; a eletroneuromiografia apresentava decremento na
estimulação repetitiva. O distúrbio pós-sináptico observado nesse caso é:
a)
b)
c)
d)
veneno de aranha viúva-negra
síndrome de Eaton Lambert
miastenia gravis
botulismo
4) Jovem que desenvolveu febre, mal-estar e diarreia foi tratado com antibiótico. Uma semana depois,
apresentou fraqueza com dificuldade para subir escadas e percebeu parestesia em ambos os pés. Dois
dias depois, percebeu que não conseguia ficar de pé. Ao exame, verificou-se reflexos profundos abolidos e
sensibilidade normal; a eletroneuromiografia apresentou lentificação das latências distais e das velocidades
de condução, reflexos H ausentes e miografia apresentando potenciais de fibrilação. A característica que
corrobora para o diagnóstico de Guillain Barré é:
a)
b)
c)
d)
fraqueza assimétrica
nível de sensibilidade bem demarcado
disfunção intestinal e vesical severas e persistente
menos de dez células mononucleares/mm3 no liquor
ORGANIZADOR
Página 1 de 12
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
5) Mulher com história de fraqueza, marcha escarvante e pé cavo bilateral, recentemente apresentou
sintomas sensitivos. Tinha um filho e uma prima materna com arcos dos pés altos. Ao exame de fundo de
olho, verificou-se olho normal, atrofia dos músculos das mãos, pernas finas e com aspecto de garrafa de
champanhe invertida, sensibilidade superficial diminuída e reflexos profundos ausentes; a
eletroneuromiografia apresentou neuropatia sensitivo-motora desmielinizante. Esse caso refere-se a:
a)
b)
c)
d)
doença de Charcot Marie Tooth tipo 1
distrofia miotônica de Steinert
polineuropatia diabética
doença de Refsum
6) Como padrão eletroneuromiográfico na síndrome de Guillain-Barré considera-se, EXCETO:
a)
b)
c)
d)
reflexos H ausentes
estudo da condução nervosa normal
teste de estimulação repetitiva apresentando decremento
baixa amplitude do potencial de ação muscular composto (PAMC)
7) Paciente evoluiu com quadro progressivo de fraqueza assimétrica, predominantemente em membros
superiores, e atrofia muscular. Não apresentava sintomas sensitivos. A eletroneuromiografia evidenciou
fasciculação e bloqueio de condução motora em três nervos dos estudados em locais atípicos. O
diagnóstico para esse caso seria:
a)
b)
c)
d)
hanseníase
polineurorradiculopatia
neuropatia motora multifocal
esclerose lateral amiotrófica
8) Em caso de paciente com queixa de hipoestesia no quinto dedo, sensação de choque no cotovelo,
atrofia leve do primeiro interósseo dorsal e eletroneuromiografia evidenciando mononeuropatia do nervo
Ulnar, é necessário investigar a seguinte doença sistêmica:
a)
b)
c)
d)
amiloidóse
hanseníase
tuberculose
criptococose
9) Algumas doenças podem causar neuropatia periférica por si só ou por drogas utilizadas no seu
tratamento, como é o caso da tuberculose, em que uma das drogas administradas em seu tratamento pode
causar a doença. A droga causadora dessa neuropatia e a sua profilaxia, respectivamente, são:
a)
b)
c)
d)
rifampicina / ácido fólico
isoniazida / cobalamina
isoniazida / piridoxina
pirimetamina / tiamina
ORGANIZADOR
Página 2 de 12
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
10) Ao acordar da anestesia, paciente submetido à cirurgia cardíaca observou que não conseguia fazer a
dorsiflexão do pé. Sem melhora, um mês depois procurou ajuda médica. Ao exame, verificou-se “pé
caído”, eversão do pé comprometida e inversão e flexão plantar mantidas. Após exame de
eletroneuromiografia, foi identificada a seguinte lesão:
a)
b)
c)
d)
mononeuropatia do fibular comum
polineuropatia do doente crítico
plexopatia lombossacra
radiculopatia L5
11) Paciente de 55 anos apresentou fraqueza e atrofia da mão direita que, em um ano, evoluiu com
disfagia e disartria. A função esfincteriana, os movimentos oculares, a função sensitiva e a capacidade
cognitiva foram poupados. Foi encontrada fasciculação na miografia. Esse quadro caracteriza a seguinte
patologia:
a)
b)
c)
d)
mielopatia cervical
esclerose lateral amiotrófica
atrofia de múltiplos sistemas
neuropatia motora multifocal com bloqueio de condução
12) Idosa observou hipoestesia em bota, associada a desequilíbrio e dor em queimação. No período de um
ano, os sintomas ascenderam até os membros superiores. Ao exame, verificou-se fraqueza simétrica,
arreflexia e teste de Romberg positivo. A eletroneuromiografia mostrou lentificação significativa dos tempos
de condução (velocidade, latências distais e latência da onda F). Com base no caso descrito, a clínica e os
achados de EMG são compatíveis com:
a)
b)
c)
d)
mononeuropatia múltipla
neuropatia motora multifocal
polineuropatia sensitiva e motora de predomínio axonal
polineuropatia sensitiva e motora de predomínio desmielinizante
13) Um dentista relata fraqueza e parestesia na mão direita, sem saber definir em qual território. Refere
que os sintomas pioram à noite e melhoram ao sacudir as mãos. Ao exame, foi observada atrofia na região
tenar. Foi solicitada eletroneuromiografia que provavelmente mostrará os resultados compatíveis com:
a)
b)
c)
d)
esclerose lateral amiotrófica
compressão do nervo ulnar
síndrome do canal do carpo
radiculopatia C5-C6
ORGANIZADOR
Página 3 de 12
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
14) Em relação à epilepsia na infância, é correto afirmar que a:
a) síndrome de West se caracteriza por espasmos infantis, hipsiarritmia e retardo mental
b) epilepsia rolândica se inicia após 12-15 anos de idade e caracteriza-se por crises parciais orofaciais,
especialmente no sono
c) convulsão febril é uma patologia grave, de difícil tratamento, que precisa ser exaustivamente
investigada para evitar recorrência
d) síndrome de Lennox-Gaustaut caracteriza-se por complexos ponta-onda lentos no eletroencefalograma,
epilepsia de vários padrões e ausência de retardo mental
15) De acordo com as características da polineurorradiculopatia desmielinizante inflamatória crônica
(CIDP), é correto afirmar que:
a) é considerada neuropatia sensitivomotora adquirida crônica, pode ser monofásica, recidivante ou
progressiva e manifestar-se num período de evolução superior a 120 dias
b) deve-se suspeitar de síndrome de Lewis-Sumner, ao encontrar na eletroneuromiografia, neuropatia
sensitiva e motora multifocal com bloqueio de condução
c) o exame do líquido cefalorraquidiano e a eletroneuromiografia não ajudam no diagnóstico, sendo
necessário avaliar a evolução clínica
d) os corticoesteroides são eficazes no tratamento, porém plasmaférese e imunoglobulina não estão mais
indicadas
16) Sobre as radiculopatias lombares, é correto afirmar que:
a) para o diagnóstico da doença, é necessário encontrar alterações no exame de eletroneuromiografia
b) a onda F e o reflexo H são achados eletroneuromiográficos que pouco ajudam no diagnósico de
radiculopatias
c) no exame de eletroneuromiografia, a neurocondução ajuda no diagnóstico de radiculopatias lombares,
sendo dispensável realizar miografia
d) as compressões das raízes L5-S1 são as mais comuns devido o trajeto longo no interior da cauda
equina, tornando-as suscetíveis a compressões
17) Fazem parte dos critérios eletroneuromiográficos para diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica
(ELA), EXCETO:
a) potencial de ação de nervo sensitivo (PANS) alterado
b) evidência de reinervação de potenciais de unidade motora (MUPs)
c) desnervação ativa (fibrilações) com ou sem fasciculação em pelo menos dois músculos de diferente
inervação radicular e diferente inervação periférica
d) estudo da condução motora normais ou amplitudes baixas do potencial de ação muscular composto ou
velocidades de condução e latências distais e ondas F limítrofes
ORGANIZADOR
Página 4 de 12
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
18) Paciente de 40 anos apresentou dormência nas mãos e pés com evolução de quatro meses. Tem
histórico de cirurgia bariátrica há quatro anos. Ao exame, verificou-se fraqueza muscular, posição
segmentar e sensibilidade vibratória alteradas; sinal de Romberg, hiperreflexia e sinais de Babinski e
Hoffman. Esse quadro clínico pode aparecer na deficiência de:
a)
b)
c)
d)
vitamina E
piridoxina
tiamina
cobre
19) Paciente de 33 anos apresentando fraqueza muscular, no terceiro dia de evolução do quadro, não
conseguia ficar de pé, procurando emergência hospitalar. Relata episódio de diarreia grave há quatro
semanas. Ao exame, verificou-se tetraparesia com arreflexia. O estudo da condução motora demonstrou
redução de amplitude do potencial motor, porém sem evidência de bloqueio de condução e potenciais
sensitivos sem alterações. O provável diagnóstico é de:
a)
b)
c)
d)
neuropatia motora axonal aguda (AMAN)
neuropatia sensitiva e motora axonal aguda (AMSAN)
polineuropatia desmielinizante inflamatória aguda (AIDP)
polineuropatia inflamatória crônica desmielinizante (CIDP)
20) Paciente de 70 anos apresentou dor e fraqueza no ombro esquerdo que se iniciou há duas semanas,
porém se tornou grave em um dia. Refere quadro infeccioso respiratório na última semana. Procurou
ortopedista que solicitou raio X e descartou qualquer patologia óssea. A dor aumentou e evoluiu para todo
o membro superior esquerdo. Ao exame, verificou-se dor à abdução e flexão do braço, escápula alada e
atrofia nos músculos deltoide e bíceps. Esse caso é sugestivo de:
a)
b)
c)
d)
radiculopatia cervical
neuralgia amiotrófica
neuropatia do nervo axilar
neuropatia do nervo ulnar
21) Paciente de 32 anos apresentou quadro progressivo de dor e parestesia em membro superior direito,
evoluindo com cansaço após esforço físico e atrofia da mão direita há seis meses. Ao exame, apresentava
dor à mobilização do membro superior direito durante a manobra de hiperabdução e atrofia dos músculos
da região tenar e hipotenar. As radiografias de tórax e coluna cervical revelaram processo transverso da
sétima vértebra cervical alongados. A miografia evidenciou sinais de desenervação nos músculos
oponente do polegar, primeiro interósseo e abdutor do dedo mínimo. A descrição refere-se à:
a)
b)
c)
d)
síndrome do desfiladeiro torácico tipo neurogênico verdadeiro
síndrome do canal do carpo grau 5
mononeuropatia ulnar
seringomielia
ORGANIZADOR
Página 5 de 12
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
22) Mulher jovem em pós-parto é encaminhada ao ambulatório de neurofisiologia para investigação de
escápula alada. A neuropatia que deve obrigatoriamente ser investigada e o músculo correspondente,
respectivamente, são:
a)
b)
c)
d)
neuropatia do acessório / músculo elevador da escápula
neuropatia do supraescapular / músculo infraespinhoso
neuropatia do torácico longo / músculo serrátil anterior
neuropatia do axilar / músculo redondo maior
23) Paciente de 60 anos apresenta história com seis meses de evolução de parestesia e dor em queimação
com distribuição em forma de botas. Ao exame, apresenta marcha sem alterações e dificuldade de
sensibilidade tátil e térmica, principalmente nos dedos dos pés. O nível sérico de B12 e a eletroforese de
proteínas estão normais. O próximo passo mais apropriado para a investigação diagnóstica desse caso é:
a)
b)
c)
d)
investigar síndromes paraneoplásicas
realizar teste de tolerância a glicose
solicitar TSH e T4 livre
solicitar anti-HIV
24) Paciente de 52 anos apresenta fraqueza e fadiga muscular que pioram com esforço físico e melhoram
com repouso. Meses depois, iniciou ptose palpebral à direita, diplopia e dificuldade para deglutir. O exame
de eletroneuromiografia verificou decremento à estimulação repetitiva. O caso descrito é indicativo de:
a) patologia autoimune que acomete a região pós-sináptica da junção neuromuscular com autoanticorpos
que destroem as proteínas receptoras de acetilcolina
b) intoxicação alimentar causada pela bactéria Clostridium botulinum, presente no solo e em alimentos
contaminados ou mal conservado
c) ação autoimune na região pré-sináptica nos canais que acarreta a diminuição da ação dos
neurotransmissores
d) patologia que acomete tanto os neurônios motores superiores quanto os inferiores
25) Homem de 47 anos, apresenta histórico de iniciar parestesia e edema de membros inferiores, seguidos
por astenia, distensão abdominal e tumoração em região cervical há dois anos. Relatou também
impotência sexual e escurecimento da pele. Nega febre ou sudorese noturna, mas refere leve perda
ponderal. Ao exame, verificou-se hepatoesplenomegalia, ascite e ginecomastia. A radiografia identificou
lesões osteoblásticas na pelve. A eletroforese de proteínas manteve alterações, entretanto, a dosagem
específica das imunoglobulinas e das cadeias leves mostrou aumento de IgA e lambda, respectivamente.
O diagnóstico provável para o caso é de:
a)
b)
c)
d)
amiloidose
fibrose cística
diabetes mellitus
síndrome de POEMS
ORGANIZADOR
Página 6 de 12
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
26) Homem de 58 anos, destro, apresenta há um ano história de tremor e quedas progressivas. O tremor é
mais pronunciado na mão direita, está presente em repouso e melhora com ação. As quedas, que
começaram no mesmo período do tremor, não são precedidas por sintomas pré-sincopais nem causadas
por “tropeços”. Além desses sintomas, o paciente notou ainda constipação e hiposmia. Entre os dados
apresentados, aquele que aumenta a suspeita de síndromes parkinsonianas atípicas é:
a)
b)
c)
d)
quedas frequentes no início do quadro
início assimétrico do tremor
idade de início
hiposmia
27) Paciente com diagnóstico de doença de Parkinson há cinco anos, atualmente faz uso de
levodopa/carbidopa com controle insatisfatório dos sintomas motores. Diante da possibilidade da
introdução de agonista dopaminérgico, o paciente deve ser informado sobre a probabilidade de apresentar
a seguinte síndrome neuropsiquiátrica:
a)
b)
c)
d)
apatia
ansiedade
depressão
transtorno do controle do impulso
28) Em pacientes com ataxia de Friedreich, a característica clínica extraneurológica mais associada ao
quadro clínico é:
a)
b)
c)
d)
insuficiência adrenal
retinite pigmentosa
diabetes mellitus
hepatopatia
29) Homem de 65 anos, destro, tem histórico de declínio cognitivo nos últimos dois anos. O exame
neuropsicológico revela dificuldade com atenção, memória operacional, funções executivas e funções
visuoespacias. A família refere que o paciente tem “dias bons”, em que parece quase normal, e “dias
ruins”, em que passa horas dormindo em sua cadeira. Além disso, a esposa do paciente diz que ele
frequentemente vê “pessoas andando pela casa”. O exame neurológico demonstra síndrome rígidoacinética e instabilidade postural. Diante do quadro clínico, a condição que melhor explica os sintomas é:
a)
b)
c)
d)
atrofia de múltiplos sistemas-forma parkinsoniana
demência por corpúsculos de Lewy
paralisia supranuclear progressiva
doença de Alzheimer
ORGANIZADOR
Página 7 de 12
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
30) O fármaco usado no tratamento da esclerose múltipla, associado ao desenvolvimento de edema
macular é:
a)
b)
c)
d)
acetato de glatirâmer
fumarato de dimetila
interferon beta
fingolimode
31) A síndrome de área postrema (soluços intratáveis, náusea e vômitos) está associada à seguinte
condição autoimune:
a)
b)
c)
d)
encefalomielite disseminada aguda (ADEM)
neuromielite óptica
esclerose múltipla
neurolúpus
32) Criança de cinco anos é trazida pelos pais para avaliação de episódio de vômito associado à ruptura
de contato e desvio do olhar, iniciado durante o sono. O episódio durou aproximadamente 30 minutos. O
exame neurológico e a ressonância de crânio foram normais. O eletroencefalograma mostrou pontas
multifocais com predomínio occipital. Diante do caso clínico, a condição que melhor representa os achados
acima é a síndrome de:
a)
b)
c)
d)
Doose
Jeavons
Panayiotopoulos
Lennox-Gastaut
33) Mulher de 61 anos, destra, com diagnóstico clínico de variante comportamental da demência
frontotemporal, morreu após assalto à mão armada e foi levada ao Instituto Médico Legal para autópsia.
Durante o exame do cérebro, o achado patológico mais provável de ser encontrado é:
a)
b)
c)
d)
placas amiloides
corpúsculos de Lewy
inclusões de proteína tau
proliferação da micróglia
34) Mulher de 72 anos é trazida para a emergência após apresentação hiperaguda de hemiplegia
esquerda e negligência espacial. A tomografia computadorizada de crânio sem contraste mostrou
hematoma intraparenquimatoso lobar parietal direito. Diante da possibilidade de angiopatia amiloide
cerebral esporádica, a sequência de ressonância magnética do crânio que melhor poderia sugerir esse
diagnóstico é imagem ponderada em:
a)
b)
c)
d)
T1
T2
difusão (DWI)
suscetibilidade (SWI)
ORGANIZADOR
Página 8 de 12
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
35) Homem de 29 anos é levado para avaliação por disfagia e disartria progressivas ao longo de um ano.
Nos últimos três meses, além dos sintomas citados, notou-se aparecimento de dificuldade progressiva de
marcha e transtorno do sono. No exame neurológico, observa-se paraparesia espástica, disartria, reflexo
mentoniano exaltado e tremor palatal. A ressonância magnética (RM) de crânio mostra atrofia bulbar,
assim como hipersinal no T2 nos núcleos denteados e pedúnculos cerebelares médios. Tem história
familiar de pai falecido por volta dos 40 anos devido a uma doença semelhante. Diante do exposto, o
diagnóstico que melhor explica a constelação de achados é:
a)
b)
c)
d)
doença de Alexander
adrenoleucodistrofia
doença de Kennedy
doença de Krabbe
36) Homem de 74 anos é levado para avaliação por dor facial persistente após episódio de herpes zoster
no território de V2 há quatro meses. Durante esse período, utilizou amitriptilina sem sucesso. Diante do
quadro clínico do paciente, a melhor opção terapêutica é:
a)
b)
c)
d)
valaciclovir
pregabalina
lamotrigina
lacosamida
37) Mulher de 63 anos com histórico de quatro anos de dor de cabeça, bilateral, de moderada intensidade,
sem náusea, fotofobia, injeção conjuntival, lacrimejamento ou ptose associados, é levada ao ambulatório
de cefaleia. Ainda durante a anamnese, nota-se que a dor de cabeça acontece por quase toda a noite e,
exclusivamente, durante o sono. O exame neurológico e a RM de crânio são normais. Entre as possíveis
condições, a que melhor descreve o quadro clínico é:
a)
b)
c)
d)
hemicrania paroxística crônica
cefaleia do tipo tensional
cefaleia em salvas
cefaleia hípinica
38) Homem de 43 anos é levado ao ambulatório de cefaleia com histórico de dois anos de dor na região
parietal direita, em pontada, circunscrita em área de aproximadamente 4cm, sem histórico de trauma ou
neurocirurgia. O exame neurológico é relevante apenas por alodinia sobre a área descrita. A RM de crânio
é normal. Entre as possíveis condições, a que melhor explica os sintomas do paciente é cefaleia:
a)
b)
c)
d)
numular
em salvas
secundária
primária em facada
ORGANIZADOR
Página 9 de 12
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
39) Mulher de 35 anos, com o diagnóstico de esclerose múltipla, em terapia de manutenção com
natalizumabe, é trazida à consulta para avaliação de afasia e hemianopsia homônima direita progressivas
ao longo de uma semana. A RM de crânio mostra grande área confluente de hipersinal no T2/FLAIR,
temporoparietal esquerda, com mínimo realce de contraste. Entre as possíveis condições, a que melhor
explica o quadro clínico é:
a)
b)
c)
d)
neuromielite óptica
surto de esclerose múltipla
leucoencefalopatia multifocal progressiva
linfoma primário do sistema nervoso central
40) Mulher de 46 anos com histórico de câncer de mama tratado com mastectomia, quimioterapia e
radioterapia, apresenta fraqueza progressiva do braço esquerdo. O exame neurológico é compatível com
plexopatia braquial. Entre os possíveis achados, o que melhor sugere plexopatia actínica em detrimento de
plexopatia por invasão tumoral (recorrência do tumor) é:
a)
b)
c)
d)
hipermetabolismo na tomografia por emissão de pósitron
mioquimia na eletromiografia dos músculos afetados
síndrome de Horner ipsilateral
presença de dor
41) Mulher de 30 anos, com história de dor de cabeça, diplopia binocular e dificuldade de marcha nos
últimos seis meses, apresenta a RM de crânio que mostra tumor na região da glândula pineal com
hidrocefalia obstrutiva. Durante o exame neuro-oftalmológico, além de paralisia do olhar vertical e retração
palpebral, o achado ocular mais provável de ser encontrado nessa paciente é:
a)
b)
c)
d)
crise oculogírica
nistagmo evocado pelo olhar
paralisia do terceiro nervo craniano
nistagmo de convergência-retração
42) Homem de 64 anos, destro, com histórico de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2 e
tabagismo, é admitido na emergência após início hiperagudo de redução do nível de consciência e paresia
do olhar vertical. A RM de crânio mostrou restrição da difusão no tálamo paramediano bilateral. É(são)
responsável(is) pelo acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico desse paciente a(s) artéria(s):
a)
b)
c)
d)
de Percheron
coroideia anterior
lenticuloestriadas
talamogeniculada
ORGANIZADOR
Página 10 de 12
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
43) Mulher de 73 anos, destra, com histórico de hipertensão arterial sistêmica, é admitida na emergência
após uma hora da instalação hiperaguda de afasia global, desvio conjugado do olhar para esquerda,
hemiplegia direita, hemianopsia homônima direita e hemi-hipoestesia dolorosa direita (NIHSS 22). A
pressão arterial era de 172 x 84mmHg, a glicemia capilar de 102mg/dL e não havia contraindicação à
trombólise. A tomografia computadorizada de crânio foi normal (ASPECTS 10) e a angioTC de crânio
mostrou oclusão do “T carotídeo” esquerdo. Diante do quadro clínico, a melhor conduta é recomendar:
a)
b)
c)
d)
AAS 100mg
enoxaparina 1mg/kg de 12/12h
trombólise IV com rt-PA e trombectomia mecânica
trombólise IV com rt-PA seguida de trombólise IA com rt-PA
44) Adolescente de 17 anos, com histórico de dois anos de evolução de fraqueza e atrofia progressivas na
musculatura do antebraço e mão direitos, apresenta exame neurológico que mostra fraqueza, arreflexia e
amiotrofia nos miótomos de C7 a T1, com exceção do músculo braquiorradial direito. A sensibilidade, os
nervos cranianos e o restante do exame neurológico estão normais. A RM da coluna cervical em flexão
mostra atrofia assimétrica da medula, flow void epidural posterior e deslocamento anterior da dura-máter.
Diante dos achados clínicos e radiológicos, a condição que melhor explica os sintomas é:
a)
b)
c)
d)
mielopatia espondilótica cervical
esclerose lateral amiotrófica
atrofia muscular espinhal
amiotrofia monomélica
45) Homem de 36 anos é trazido para avaliação com histórico de fraqueza progressiva de cinturas
escapular e pélvica, associada à arreflexia, amiotrofia e fasciculação. No exame neurológico, observa-se
fasciculação da face e perioral, além de atrofia da língua e tremor postural das mãos. O exame clínico é
relevante apenas por identificar ginecomastia. A dosagem de CK é discretamente aumentada e a
eletroneuromiografia demonstra alterações neurogênicas crônicas com neurocondução motora e sensitiva
normais. Diante do caso clínico, a condição que melhor explica os sintomas é:
a)
b)
c)
d)
doença de Kennedy
esclerose lateral amiotrófica
distrofia muscular de cinturas
distrofia fascioescapuloumeral
46) Homem de 46 anos é trazido à emergência com histórico de seis semanas de diarreia e perda de peso.
Nos dez dias anteriores à internação, o paciente desenvolveu agitação, alucinação, mioclonia, ataxia e
crise generalizada tônico-clônica. A RM de crânio, o exame liquórico, a pesquisa de anticorpos
onconeurais, as tomografias computadorizadas de tórax, abdome e pelve com contraste e a tomografia por
emissão de pósitrons de corpo inteiro (FDG-PET) foram normais. Diante dos achados clínicos, laboratoriais
e radiológicos, a opção que melhor explica esse caso é encefalite:
a)
b)
c)
d)
antirreceptor NMDA
límbica anti-LGI1
anti-IgLON5
anti-DPPX
ORGANIZADOR
Página 11 de 12
RESIDÊNCIA MÉDICA SES/MS-DGH/HCPMERJ 2017
ÁREA DE ATUAÇÃO (A1105) – PROVA OBJETIVA
47) Menina de nove anos é trazida ao ambulatório com história de postura anormal do pé direito durante o
andar, iniciada há aproximadamente um ano. Durante esse período, a mãe notou piora dos sintomas com
“movimentos e posturas estranhas” no tronco, braços e cabeça, tendo sido diagnosticada como “paralisia
cerebral”. Chamava a atenção durante a anamnese que a mãe, assim como outros familiares, notavam
que os movimentos e posturas anormais ficavam muito piores ao longo do dia. Diante dos dados da
anamnese, e considerando a principal hipótese diagnóstica, a melhor estratégia terapêutica é:
a)
b)
c)
d)
levodopa
baclofeno
triexifenidil
tetrabenazina
48) Homem de 25 anos, com história de cinco dias de evolução de perda visual monocular, indolor,
associada à escotoma ceco-central, discromatopsia e defeito pupilar aferente relativo no olho direito,
apresenta fundo de olho com hiperemia do disco óptico sem, no entanto, haver edema de disco. Recebe
diagnóstico de neurite óptica idiopática, sendo tratado com pulsoterapia com metilprednisolona IV, sem
apresentar melhora da acuidade visual (20/800). Quatro semanas após o início dos sintomas no olho
direito, o paciente nota perda visual no olho esquerdo. A RM de crânio e órbitas com supressão de
gordura, o exame do liquor com bandas oligoclonais e a pesquisa do anticorpo antiaquaporina 4 mostramse normais. A condição que melhor explica os sintomas apresentados é:
a)
b)
c)
d)
neurorretinite
esclerose múltipla
neurite óptica idiopática
neuropatia óptica hereditária de Leber
49) Mulher de 54 anos com histórico de transplante renal em uso de ciclosporina é admitida na emergência
com alteração do estado mental, crise epiléptica generalizada tônico-clônica, cefaleia e alteração visual. A
RM de crânio mostra hipersinal occipitoparietal bilateral no T2/FLAIR, sem realce de contraste no T1 e sem
restrição da difusão. Essa patologia clínica é melhor explicada por:
a)
b)
c)
d)
síndrome de encefalopatia reversível posterior (PRES)
acidente vascular cerebral isquêmico
encefalopatia urêmica
meningoencefalite
50) Homem de 75 anos é levado para avaliação por histórico de dificuldade visual e espacial progressivas
no último ano. Durante o exame neurológico, observa-se apraxia ocular, ataxia óptica e simultaneoagnosia.
A RM de crânio mostra atrofia cortical occipital bilateral com hipocampos normais. Diante dos dados
clínicos e dos sintomas apresentados, o diagnóstico mais provável é de:
a)
b)
c)
d)
síndrome corticobasal
atrofia cortical posterior
demência frontotemporal
paralisia supranuclear progressiva
ORGANIZADOR
Página 12 de 12
Download