Notícias ISO 9001 medicina LABORATORIAL Órgão Informativo da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial - novembro 2011 - edição 30 - ano 3 JBPML Publicação pode ser lida na Internet. Página 7 PALC Conheça a Norma 2010 do Programa da SBPC/ML. Página 8 Força-tarefa contra doenças renais SBPC/ML e SBN incentivam laboratórios a liberar eTFG junto com o valor da creatinina sérica. Página 2 Diretoria da AMB Posse de presidente e diretores para 2012/2014. Página 10 Doença de Chagas T. cruzi ajuda no combate a doenças cardíacas. Página 10 Preparada para o turismo Salvador, sede do próximo Congresso da SBPC/ML, é a cidade mais visitada da Região Nordeste. Página 9 Anvisa Agência cria Câmara Técnica de Produtos Biológicos. Página 13 Sífilis SUS vai oferecer teste rápido de triagem. Página 13 Melanoma Marcador no plasma para risco de metástase. Página 14 Malária Portadores de anemia falciforme têm proteção contra doença. Página 16 Diabetes tipo 2 Concentração de vitamina D pode ajudar a diminuir risco. Página 18 Editorial É alarmante o aumento da prevalência da Doença Renal Crônica (DRC) nos últimos anos em todo o mundo. Igualmente preocupante é que muitos indivíduos só tomam conhecimento que sofrem dessa patologia quando ela está em fase avançada. Esta situação torna ainda mais importante o diagnóstico precoce. Coerentes com sua responsabilidade como sociedades médico-científicas, a SBPC/ML e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) preparam ações com o objetivo de chamar a atenção da classe médica, dos profissionais de saúde e da população em geral sobre os riscos da DRC e da necessidade de obter um diagnóstico o mais cedo possível. As duas Sociedades já começaram a elaborar documentos que têm o objetivo de orientar o segmento laboratorial sobre a forma de participar dessas ações e colaborar com o trabalho do médico assistente. O Notícias - Medicina Laboratorial também participa dessa iniciativa. O destaque desta edição é uma entrevista com representantes da SBPC/ML e da SBN sobre a importância dos laboratórios incorporarem em sua rotina a liberação da estimativa da Taxa de Filtração Glomerular (eTFG) junto com o valor da creatinina sérica. Vamos fazer a nossa parte! Boa leitura e um forte abraço! Armando Fonseca - Editor-chefe Força-tarefa contra doenças renais SBPC/ML e SBN incentivam laboratórios a liberar a estimativa da Taxa de Filtração Glomerular junto com o valor da creatinina sérica A prevalência da doença renal crônica (DRC) tem aumentado nos últimos anos em todo o mundo, em níveis semelhantes aos de uma epidemia. Levantamentos nos Estados Unidos, Austrália, Japão e China avaliam que ela afeta de 10% a 15% da população desses países. Estima-se que no Brasil 20% dos gastos do SUS destinam-se a pacientes de terapia de substituição renal, como diálise e transplante. A SBPC/ML e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) preparam planos de ação para conscientizar a população e os médicos sobre a necessidade da detecção precoce da doença renal. “A maior contribuição dos laboratórios clínicos nesse projeto seria a liberação do resultado da estimativa da taxa de filtração glomerular (eTFG) junto com o valor da creatinina sérica”, diz o diretor científico da SBPC/ML, Nairo Sumita. 2 Gianna Mastroianni Kirsztajn Flávio Alcântara Foto: Felipe Christ-Fotonotícias Foto: divulgação Ele explica que o procedimento pode parecer simples à primeira vista, mas vai exigir dos laboratórios algumas adaptações em seu sistema para incorporar a fórmula para a eTFG. “No entanto, o esforço compensa porque muitos portadores de disfunção renal, que sequer suspeitam do diagnóstico, poderão ser tratados precocemente, reduzindo o risco de desenvolverem insuficiência renal crônica”, acrescenta. Está em elaboração pela SBPC/ML e SBN um documento que vai orientar os laboratórios na implantação do processo de liberar o resultado da eTFG. Também será produzida uma diretriz formal com recomendações sobre o uso das fórmulas para cálculo da eTFG, suas limitações e consequências. Participam do trabalho feito pelas duas sociedades médicas o patologista clínico Flavio Alcântara, presidente regional da SBPC/ML em São Paulo/Região ABC, e a nefrologista Gianna Mastroianni Kirsztajn, do Departamento de Epidemiologia e Prevenção de Doenças Renais da SBN. Qual a importância do exame de depuração ou clearance de creatinina para avaliação da taxa de filtração glomerular (TFG)? Flavio Alcântara É uma forma de se avaliar indiretamente a TFG. Entretanto, já foi demonstrado que a correlação entre o clearance e a TFG é muito imprecisa. Hoje, recomenda-se o clearance apenas nos casos em que não se pode usar a eTFG, como em condições clínicas específicas que distorcem o uso da eTFG (como as hepatopatias), quando a massa muscular está alterada (amputações, uso de anabolizantes), em dieta vegetariana estrita etc. Gianna Kirsztajn Esse exame deve mostrar a função de filtração de for- ma mais precisa que a dosagem sérica de creatinina isoladamente. Tem aplicações bem definidas. É utilizado quando se busca maior precisão na definição da filtração glomerular. Embora não seja o padrão-ouro, encontra-se entre os exames mais facilmente disponíveis para esse fim. Para a realização do exame de depuração da creatinina há necessidade de realizar dosagens no sangue e na urina? Flavio Alcântara Sim. A urina é coletada por um período definido, em geral, 24 horas, e armazenada. Com frequência, esse volume urinário é coletado com erro pelo paciente, que acaba se esquecendo de armazenar algumas das micções. No laboratório, deve ser medido o volume urinário. Portanto, há uma logística que produz certo grau de imprecisão e dificuldades ao paciente e ao laboratório. Gianna Kirsztajn A dosagem da creatinina sérica como marcador de função renal isoladamente tem algumas limitações. Seus níveis séricos sofrem influência de certos fatores, como, por exemplo, a massa muscular do indivíduo. Mas pode se lançar mão de equações para um cálculo mais preciso da função renal, a TFG, agregando à dosagem da creatinina alguns fatores de correção, que sensibilizarão o resultado, permitindo a detecção de indivíduos com déficit de função renal que não eram identificados através do resultado da creatinina sérica isoladamente. Qual a vantagem do uso de fórmulas de eTFG em relação à depuração da creatinina “dosada”? Flavio Alcântara Foi demonstrado que para a grande maioria dos indivíduos, as fórmulas para a eTFG produzem um resultado mais exato, isto é, mais próximo à TFG real do que o clearance de creatinina. Além disso, a dosagem é mais fácil e confortável para o paciente e para o laboratório. Gianna Kirsztajn O uso de fórmulas é feito a partir da dosagem sérica da creatinina, ou do marcador de função renal que se escolhe para tal fim, como, por exemplo, a cistatina C. Tem sido demonstrada boa correlação entre os resultados da determinação da depuração e da eTFG. Porém, conforme o objetivo do médico, o exame clássico, realizado de forma adequada, mantém suas indicações como já exposto. Quais são as fórmulas que podem ser aplicadas para o cálculo da eTFG? Flavio Alcântara Existem mais de 20 fórmulas. É importante notar que a conhecida fórmula de Cockroft-Gault não é para a eTFG. Ela foi criada para se estimar o clearance de creatinina. É a mais usada por farmacêuticos no cálculo de dosagem de fármacos e deve ser aplicada sempre que se administram drogas a pacientes com função renal comprometida. Em 2002, um grupo norte-americano ligado ao National Institute of Health (NIH) e patrocinado pela National Kidney Foundation, liderado por Joe Coresh e Andrew Levey, publicou um documento que revolucionou o entendimento de doenças renais crônicas. Ele recomenda que a fórmula empregada fosse a MDRD 4v, de quatro variáveis — sexo, idade, etnia e creatinina. Em 2009, o mesmo grupo publicou a CKD-EPI, que pode ser usada em idosos e permite a liberação de resultados numéricos acima de 90 mL/min x 1,73m². Esta fórmula se mostrou adequada em estudos de farmacocinética para avaliar a dosagem de drogas em pacientes com função renal comprometida. Gianna Kirsztajn A maioria dos laboratórios clínicos adota fórmulas que são aplicáveis apenas na população adulta, em particular a do estudo MDRD e a do CKD-EPI. Algumas são mais adequadas para uso pelo clínico, na prática diária, como a de Cockcroft-Gault, por ser fácil de calcular, por exemplo. As fórmulas são aplicáveis indiscriminadamente para toda a população ou há limitações? Flavio Alcântara Existem limitações no uso para a população geral. Entre as mais importantes estão idade, etnia, condições com grande flutuação da creatinina — como pacientes hospitalizados, em especial aqueles com insuficiência renal aguda — alterações da massa muscular (amputações, marasmo etc.) e dietas vegetarianas estritas. Para crianças ou indivíduos com menos de 18 anos, existem fórmulas específicas, como a de Counaham-Barratt, a de Schwartz e a Schwartz revisada. A de Schwartz é a mais adotada. A fórmula MDRD também possui limitações importantes, como imprecisão para resultados numéricos de eTFG acima de 90 mL/min x 1,73m², e uso em indivíduos acima de 70 anos. A fórmula MDRD 4v foi validada para os grupos étnicos norte-americanos negro e caucasiano, apenas. Foram criadas adaptações para uso em chineses e japoneses. Provavelmente, não é ideal para grupos raciais ou populacionais específicos. Gianna Kirsztajn É recomendável que as limitações mais comuns sejam descritas no laudo automático, com o fim de evitar interpretações erradas dos resultados. Por exemplo, as fórmulas fazem correções para características individuais, que variam conforme a equação adotada, entre elas, peso, estatura, idade, sexo, etnia. Se a fórmula foi desenvolvida para adultos, não se pode liberar o resultado quando se trata de exame de criança. É possível optar na rotina por usar uma fórmula para crianças ou especificar, em nota no exame, que tal resultado não se aplica a crianças. As fórmulas já são de uso rotineiro na prática clínica? Flavio Alcântara Embora sua importância seja inegável, uma boa parte dos clínicos ainda não conhece o seu uso. Isto ocorre porque a publicação original que revolucionou esta área é de 2002. Em algumas regiões do mundo, as diretrizes do NIH foram implantadas mais rapidamente, enquanto em outros locais o processo está mais lento. Na Austrália e na Nova Zelândia a implantação já ocorreu 3 completamente e todos os laboratórios soltam a eTFG junto com a creatinina. Nos EUA, mais de 80% dos laboratórios já usam a eTFG em seus laudos. Na Europa, o processo está um pouco mais lento. Na América do Sul, a Argentina já usa em vários locais. da DRC a partir do estágio 3. Vale salientar que não se estimula o encaminhamento para nefrologistas, mas, sim, para um médico que possa investigar a existência da DRC e iniciar o quanto antes o tratamento para evitar a progressão da doença. Gianna Kirsztajn Algumas fórmulas são usadas rotineiramente pelos próprios médicos assistentes na prática clínica, como a de Cockcroft-Gault. A liberação automática dos resultados de fórmulas para eTFG varia bastante. Em alguns locais, essa prática é obrigatória por lei. Pode-se dizer que o uso rotineiro de fórmulas está aumentando em todo o mundo, à medida que os médicos que utilizam o resultado e os profissionais responsáveis pelos laboratórios clínicos tomam conhecimento de sua importância e passam a participar do processo, encarando-o como uma prestação de serviço aos pacientes e médicos, e uma atitude proativa na prevenção da doença renal crônica. Um resultado alterado da eTFG define um quadro de insuficiência renal? Os médicos podem fazer uso dessa informação para fins diagnósticos e no acompanhamento do paciente? Como é a situação no Brasil em relação ao uso das fórmulas para eTFG? Flavio Alcântara Um levantamento independente realizado no fim de 2010 verificou que apenas uma minoria reportava a eTFG. Alguns grandes laboratórios do país já fazem isso, mas o número está muito abaixo de 50%. O laboratório com mais tempo de uso no país começou em meados de 2006. Gianna Kirsztajn Em todo o mundo os nefrologistas se empenham em divulgar o problema da DRC e o papel da eTFG como um instrumento para diagnóstico precoce. Com isso, paulatinamente os laboratórios começam a implantar a liberação automática. Qual o impacto da introdução do resultado da eTFG nos laudos dos exames laboratoriais juntamente com o resultado da creatinina sérica? Flavio Alcântara Uma vez implantado, não há custos significativos para o laboratório, pois o resultado é automaticamente calculado pelo sistema, SIL ou interface. Um dos grandes impactos é no processo de liberação do resultado, que varia para cada laboratório. Haverá uma chance maior de que mais resultados alterados sejam detectados porque a correção da creatinina após a fórmula produz, com mais frequência, um resultado que outrora não seria considerado como alterado. Haverá mais necessidade de entrar em contato com os clínicos. De maneira geral, eles recebem muito bem essa implantação, pois é uma informação de utilidade clínica, importante para o relacionamento científico com os colegas. Gianna Kirsztajn Recentemente, foi avaliada a frequência de encaminhamento de pacientes com DRC para os nefrologistas, relacionada ao relato da eTFG associado ao resultado da creatinina sérica. Demonstrou-se um aumento na taxa de encaminhamento para avaliação nefrológica após a instituição desta informação no relatório de exame, bem como maior frequência de reconhecimento 4 Flavio Alcântara A insuficiência renal é definida apenas quando a alteração (laboratorial) persiste por um prazo superior a três meses. Entretanto, o resultado permite que a insuficiência seja classificada, de acordo com o seu estágio, variando de I, mais leve, a V, mais grave. Os médicos assistentes podem fazer uso dessa informação para fins de diagnóstico e acompanhamento de seus pacientes. Mas a maioria dos colegas não nefrologistas ainda não conhece vários aspectos que cercam o uso da eTFG. Gianna Kirsztajn Embora tenha boa correlação com as determinações da TFG, trata-se de estimativa e deve ser interpretada com a devida cautela. Consideramos que sua importância maior é situar o indivíduo numa faixa de função renal normal ou não. Se o resultado é anormal, é preciso confirmar o achado e investigar se de fato aquela pessoa é portadora de doença renal crônica. Por se tratar de uma doença grave e progressiva, esse seria o procedimento diante de qualquer outro exame que alertasse para a sua existência. A confirmação é particularmente importante diante de valores limítrofes entre a faixa “normal” e a “anormal”. Quando o diagnóstico está bem definido, a eTFG também pode ser utilizada no acompanhamento do paciente com DRC. Como deveria ser reportado um resultado obtido através do cálculo da estimativa da filtração glomerular? Flavio Alcântara Este assunto ainda está sendo deliberado em conjunto com a SBN. Em meu laboratório, libero o resultado junto com todas as creatininas de indivíduos maiores de 18 anos. Uso a fórmula CKD-EPI, que é permitida para quem utiliza método com padrão de calibração rastreável à IDMS. Incluo valores de referência para brancos e negros norte-americanos e três observações sobre limitações do resultado: 1) As etinias usadas para validação foram de estudos com norte-americanos. Foram demonstradas importantes variações para japoneses e para sul-africanos, porém discreta variação para hispânicos e populações de indígenas norte-americanos; 2) Condições clínicas com flutuação de creatinina (hospitalizados) afetam os resultados. Alterações de massa muscular e dieta alteram a empregabilidade do resultado; 3) Os resultados da eTFG não são exatos, mas podem sinalizar doença renal crônica. Gianna Kirsztajn Sabendo que qualquer uma das fórmulas para eTFG não se aplica a todos os indivíduos indiscriminadamente, ao liberar um laudo automático é preciso indicar essas res- trições. Além disso, idealmente devem ser indicados apenas os valores inferiores a 60 mL/min, particularmente quando adotada a fórmula do MDRD, que é amplamente utilizada para esse fim. Os resultados inferiores a 60 mL/min são indicativos da existência de déficit de função renal, que é o que se busca identificar com tais laudos automáticos. Como a maioria das pessoas desconhece esse aspecto, o laudo também deve orientar quanto a isso, sem ser alarmista, uma vez que estamos falando apenas de uma estimativa, que em muitas situações pode ser acompanhada de imprecisão. Orientações aos laboratórios Segundo o patologista clínico Flavio Alcântara, a liberação do resultado da estimativa da taxa de filtração glomerular (eTFG) junto com o os resultados da creatinina exige algumas adaptações. A principal envolve a informática porque o cálculo pode ser introduzido no Sistema de Informações Laboratoriais (SIL) ou na interface entre equipamentos e SIL. Também é preciso escolher a fórmula empregada. Primeiro, é preciso saber se o método de dosagem de creatinina é calibrado contra um calibrador rastreável à IDMS (Isothope Dilution-Mass Spectrometry). “O sistema também precisa avaliar a idade e decidir usar uma fórmula exclusiva para crianças. Com idosos, se for escolhida a MDRD, o resultado não deve ser reportado. Para a CKD-EPI, pode ser usado o resultado para idosos”, acrescenta. Flavio Alcântara diz que, em relação à etnia, os laboratórios brasileiros ainda não adotaram uma posição comum porque não é costume incluir esse dado no atendimento médico e laboratorial. Por isso, é uma informação que não consta no SIL. “Como os valores de referência variam conforme a etnia, a recomendação é que se libere o resultado para as etnias para as quais a equação foi validada: negros e brancos norte-americanos, com uma ressalva específica. Entretanto, existem laboratórios no Brasil que liberam resultados usando uma faixa de valores de referência mais ampla, que inclui desde o valor em brancos até o de negros”, completa o patologista clínico. “Em geral, os grandes fabricantes de kits diagnósticos têm seus métodos já calibrados contra este calibrador. Esta informação deve constar na bula do kit. De acordo com o tipo de método, escolhe-se a fórmula correta empregada. Métodos não calibrados contra ID-MS devem apenas usar a MDRD 4v, com um fator de correção específico (186). Métodos calibrados contra ID-MS podem usar a MDRD 4v com outro fator de correção (175) ou a fórmula CKD-EPI, por exemplo”, explica o patologista clínico. A nefrologista Gianna Kirsztajn diz que laboratórios que já implantaram esse sistema podem orientar os outros. Ele diz que o SIL ou a interface devem ter capacidade de obter do sistema os dados biométricos usados nas fórmulas (idade, sexo e etnia). O sistema deve associar os resultados da creatinina a cálculos relativamente complexos com os parâmetros biológicos (multiplicação, divisão, elevação a potencia negativa). “Temos contado com a ajuda do Laboratório Central do Hospital do Rim e Hipertensão, em São Paulo, através de sua gerente, Sílvia Moreira. Após a implantação bemsucedida, em 2005, ela tem colaborado com a Campanha Previna-se, da SBN, orientando diretamente todos que precisam de ajuda para fazê-lo”, afirma. Com a CKD-EPI, o sistema precisa, antes, classificar o resultado da creatinina para, depois, decidir qual fórmula usar para qual grupo de idade e etnia. Epidemia crescente Segundo o patologista clínico Flavio Alcântara, a incidência de doenças renais terminais vem crescendo em todo o mundo. Nos últimos dez anos aumentou mais do que o dobro o número de pessoas que precisam de terapias de substituição renal, como diálise e transplante renal. Esse tipo de doença é responsável pela maior parte dos gastos dos sistemas de saúde público e privado. “No Brasil, estima-se que 20% dos gastos do SUS são direcionados a pacientes com terapias de substitui- ção renal. Ou seja, cerca de 100 mil indivíduos consomem 1/5 do total dos gastos de saúde para toda a população”, diz Alcântara. “A maior parte das pessoas não sabe que tem doença renal crônica ou só toma conhecimento de sua situação em fases avançadas. O diagnóstico precoce, que permitiria a prevenção, é dificultado pela ausência usual de sintomas, especialmente nas fases iniciais da doença”, alerta a nefrologista Gianna Mastroianni Kirsztajn. 5 Referência no setor Mal terminou o 45º Congresso, em Floripa, começaram os preparativos para a edição 2012 do Congresso da SBPC/ML, nosso principal evento no próximo ano, que será, mais uma vez, na querida e hospitaleira Salvador. A Comissão Organizadora tem a difícil missão de realizar um evento ainda melhor que o deste ano, sob todos os aspectos — científico, de negócios e de confraternização. Não é uma tarefa fácil, mas tenho certeza que será bem-sucedida. Canal direto Portanto, desde já reserve a data em sua agenda: 4 a 7 de setembro de 2012, em Salvador. E não se esqueça que o feriado cai em uma sexta-feira, motivo de sobra para esticar o final de semana e aproveitar o que só a capital da Bahia oferece. A cada ano trabalhamos para aprimorar nossos eventos, procurando oferecer sempre o que há de melhor em medicina diagnóstica. Os congressos são o principal exemplo desse cuidado com o conteúdo e com a qualidade. Já se tornou também uma rotina aproveitarmos o evento para fazer lançamentos e apresentar novidades da SBPC/ML, como tem ocorrido nos últimos anos. Essas iniciativas somam-se a muitas outras características que moldam o perfil bemsucedido e fazem dos Congressos da SBPC/ML referências em diagnóstico laboratorial no Brasil, na América Latina e também nos países de língua portuguesa do outro lado do Atlântico. Até o próximo mês. Carlos Ballarati Presidente da SBPC/ML Biênio 2010/2011 Diretoria Executiva do biênio 2010/2011 Presidente: Diretor Científico: Diretor de Comunicação: Carlos Alberto Franco Ballarati Nairo Massakazu Sumita Luiz Eduardo Rodrigues Martins [email protected] [email protected] [email protected] Vice-presidente: Vice-diretor Científico: Diretor de Acreditação: Ismar Venâncio Barbosa Murilo Rezende Melo Wilson Shcolnik [email protected] [email protected] [email protected] Diretor Administrativo: Diretora Financeira: Diretor de Defesa de Classe: César Alex de Oliveira Galoro Leila Sampaio Rodrigues Paulo Sérgio Roffe Azevedo [email protected] [email protected] [email protected] Vice-diretor Administrativo: Vice-diretora Financeira: Presidente do Conselho de Ex-presidentes: Rubens Hemb Natasha Slhessarenko Alvaro Martins [email protected] [email protected] [email protected] Acompanhe a SBPC/ML pela internet website: twitter: facebook: flickr: youtube: sbpc.org.br twitter.com/sbpcml facebook.com/SBPCML flickr.com/sbpcml youtube.com/sbpcml Agenda da SBPC/ML Mais informações: www.sbpc.org.br A programação é preliminar. Datas, temas e nomes dos palestrantes podem ser alterados por motivos operacionais. Aconteceu na SBPC/ML Gerente administrativo da SBPC/ML Foto: Roberto Duarte Desde outubro, a SBPC/ML tem novo gerente administrativo, o médico Marcos Cataldo. Ele substitui Cristina Pessoa, que se desligou da Sociedade para assumir um cargo na área de acreditação do Inmetro, contratada por concurso público. O manual de coleta, como é conhecida a obra, está na segunda edição, de 2009. A publicação tem o apoio da BD. As edições em português, espanhol e inglês estão na Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br), com acesso livre para consulta e download, em arquivo pdf. SBPC/ML no congresso de patologia Carioca, 34 anos, casado, Marcos formou-se em 2001 pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e fez Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na Universidade Federal Fluminense (UFF). Depois de formado, foi contratado pela Rede D'Or, onde trabalhou como gerente técnico do Labs D'Or. Neste cargo, adquiriu experiência em gestão de pessoas, qualidade, logística e recursos. Também atuou em laboratório hospitalar, em cargos de gerenciamento. "É uma grande satisfação trabalhar na sociedade médica da minha área. Vejo isso como mais um desafio na minha carreira", diz Cataldo. Foto: Lidia Côrtes Marcos Cataldo e Cristina Pessoa A SBPC/ML participou do 28º Congresso Brasileiro de Patologia, de 11 a 15 de outubro, no Centro de Convenções Ruth Cardoso, em Maceió, evento realizado pela Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). O estande da SBPC/ML foi procurado por interessados em obter informações sobre o Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), como participar do Congresso da SBPC/ML em 2012, que será em Salvador, e como enviar artigos para o Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (JBPML). Também houve muitos interessados no livro Gestão da Fase Pré-analítica - Recomendações da SBPC/ML, distribuído no estande. Manual de coleta da SBPC/ML editado na China O livro Recomendações da SBPC/ML para coleta de sangue venoso será editado na China, em mandarim. Recentemente, saiu a versão em inglês. A publicação já existe em português e espanhol. Leia o JBPML também em edição on line As edições do Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (JBPML) podem ser lidas no site da SBPC/ML. A última disponível é o número 4 do volume 47. Os destaques de capa em Medicina Laboratorial são os artigos de revisão Tendências em medicina laboratorial e Pseudomonas aeruginosa multirresistente: um problema endêmico no Brasil. Em Patologia, o destaque é o artigo original Kint3-4 protein from human plasminogen delays Ehrlich tumor growth in mice. O JBPML é uma publicação em conjunto da SBPC/ML e das Sociedades Brasileiras de Patologia (SBP) e Citopatologia (SBC). Assinantes do JBPML e associados da SBPC/ML recebem a versão impressa da revista, que é bimestral (seis edições por ano). Os autores devem enviar seus artigos pela Internet, através do Sistema de Gestão de Publicações (SGP), que torna mais rápido e mais fácil todo o processo editorial, desde a submissão do artigo, recepção e encaminhamento aos revisores até a devolução aos autores para eventuais correções sugeridas, para correções ortográficas e de normas e envio para o tradutor e o diagramador. Os trabalhos desenvolvidos a partir de resumos de tema livre que forem aceitos para publicação no JBPML passam a concorrer ao Prêmio Dr. Erasmo Lima, entregue no Congresso da SBPC/ML. Para enviar artigos, assinar e ler a revista, entre no site da SBPC/ML, na página do JBPML. 7 Raio X da Norma PALC 2010 As auditorias do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), da SBPC/ML, são realizadas com base na Norma PALC 2010. O destaque desta versão da norma em relação às anteriores é o capítulo com requisitos sobre Gestão dos Riscos e da Segurança do Paciente. A inclusão desses requisitos é um exemplo da preocupação da SBPC/ML de manter o PALC sempre atualizado em relação às tendências e normas internacionais. “Através desta iniciativa, a SBPC/ML contribui, mais uma vez, para a atualização dos laboratórios clínicos e para o aperfeiçoamento dos sistemas de saúde brasileiros”, diz o diretor de acreditação, Wilson Shcolnik. A Norma 2010 contém 17 capítulos. Cada um aborda requisitos sobre temas específicos que serão verificados na auditoria do PALC. Os capítulos são divididos em itens apresentados de forma prática, didática e com linguagem objetiva para facilitar a compreensão dos requisitos pela equipe do laboratório nos preparativos para a acreditação e também para acompanhar o trabalho dos auditores durante a auditoria. Em cada item são descritos o requisito que o laboratório deve atender e a evidência objetiva correspondente que o auditor vai examinar. 1.Organização Geral e Gestão N° ITEM 1.1 1.2 N° ITEM REQUISITO REQUISITO EVIDÊNCIA OBJETIVA O laboratório e o posto de coleta, ou a instituição de que façam parte, devem estar legalmente habilitados junto aos órgãos públicos e ao conselho regional profissional. Os comprovantes desta documentação devem ser enviados ao PALC, antes da auditoria externa, para análise. O laboratório e o posto de coleta devem ter um responsável técnico habilitado, registrado no conselho regional profissional correspondente, e um profissional legalmente habilitado para substituí-lo, em todas as suas unidades legalmente estabelecidas. Perante a Vigilância Sanitária, cada profissional habilitado pode ser responsável por até duas unidades. Os comprovantes desta documentação devem ser enviados ao PALC, antes da auditoria externa, para análise. EVIDÊNCIA OBJETIVA Examinar o alvará de localização, a licença da Vigilância Sanitária local ou o protocolo vigente (revalidado anualmente), o registro do laboratório junto ao conselho regional profissional competente e o registro no CNPJ do local da sede do laboratório. Examinar o registro do(s) responsável(is) técnico(s) no conselho regional correspondente, para o local sede do laboratório e para os postos de coleta. Verificar a existência do (s) responsável(is) técnico (s) substituto(s). A Norma PALC 2010 contém 17 capítulos, glossário com mais de 100 verbetes e referências bibliográficas PALC 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 8 Organização Geral e Gestão - 7 itens Gestão do Sistema da Qualidade - 5 itens Gestão e Controle da Documentação - 7 itens Gestão de Registros Técnicos e da Qualidade - 4 itens Gestão de Não Conformidades, Reclamações de Clientes e Melhoria Contínua - 4 itens Gestão de Laboratório de Apoio - 5 itens Gestão de Equipamentos e Insumos - 14 itens Gestão da Fase Pré-analítica - 19 itens 9. Gestão da Fase Analítica - 7 itens 10. Gestão dos Testes Laboratoriais Remotos - 5 itens 11. Garantia da Qualidade - 17 itens 12. Gestão da Fase Pós-analítica e dos Laudos 13 itens 13. Gestão de Pessoal - 9 itens 14. Gestão da Informação Técnica - 2 itens 15. Gestão Ambiental e da Segurança - 6 itens 16. Gestão do Sistema de Informação Laboratorial (SIL) - 14 itens 17. Gestão dos Riscos e da Segurança do Paciente - 9 itens A Norma PALC 2010 está disponível para consulta e download em arquivo “pdf” (520 KB) no site da SBPC/ML (www.sbpc.org.br) e na Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br). Mais informações: [email protected], tel. (21) 3077-1400. Foto: Jota Freitas / Bahiatursa Preparada para o turismo Segundo o relatório, a Bahia ocupa o primeiro lugar na atração de turistas internacionais na região, com 6% de participação no mercado brasileiro nessa área. No ranking geral, o estado da Bahia é o terceiro mais procurado pelos visitantes que chegam de avião, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro. O estudo também mostra que Salvador é a quinta cidade mais visitada por estrangeiros e a terceira pelos que chegam ao Brasil por via aérea. Segundo a Secretaria do Turismo da Bahia (Setur), esses resultados refletem o trabalho desenvolvido para incentivar o turismo. Foram investidos R$ 5 milhões na promoção Destino Bahia, que recomenda o estado como preferência para os turistas. Em 2010, o programa Bahia é Muito Mais qualificou 1.475 profissionais da área e pretende preparar mais 20 mil até o final deste ano. O 46º Congresso da SBPC/ML, de 4 a 7 de setembro de 2012, será em Salvador, capital do estado da Região Nordeste que mais atrai visitantes estrangeiros nos últimos anos. É o que mostra o Estudo da Demanda Internacional do Brasil, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para o Ministério do Turismo, cujos resultados foram divulgados em outubro. Desde 2007, foram incorporados 17 novos voos internacionais à rota da Bahia. Em 2009, o número de desembarques nacionais e internacionais em Salvador cresceu 11,8%, enquanto que no ano passado, o aumento foi de 14%. Na rede hoteleira, a média anual de 2010 da taxa de ocupação ficou em 67,64%. Fonte: Setur Câmara aprova PEC que cria carreira de estado para médicos A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou no dia 20 de outubro a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 454/09, que cria a carreira de médico nos serviços públicos federal, estadual e municipal e estabelece a remuneração inicial da categoria em R$ 15.187,00. Os autores são os deputados do DEM Eleuses Paiva (SP) e Ronaldo Caiado (GO), e recebeu parecer favorável do relator, deputado Mendonça Prado (DEM-SE). Para ele, ao criar um piso salarial para os médicos, a PEC dá o primeiro passo para que também outros profissionais brasileiros sejam devidamente remunerados. A proposta será examinada por uma comissão especial e, depois, votada em dois turnos pelo Plenário, sujeita à aprovação de no mínimo 3/5 dos 513 deputados. Fonte: Agência Câmara de Notícias Segundo a PEC, a ascensão funcional do médico de estado será realizada alternadamente pelos critérios de merecimento e antiguidade, considerando o aperfeiçoamento profissional, conforme normas estabelecidas pela Associação Médica Brasileira e pelo Conselho Federal de Medicina. “Para se atingir níveis melhores na saúde do país, é preciso que o Estado apresente políticas consistentes para a reformulação das estruturas físicas e para a organização de um plano de carreira, cargos e salários que esteja à altura da grandeza da ação dos profissionais de Medicina”, argumentou o relator. 9 AMB empossa nova diretoria No dia 22 de outubro tomaram posse as novas diretorias da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Associação Paulista de Medicina (APM) para o período 2012/2014. O novo presidente da AMB é Florentino Cardoso (CE), que substitui José Luiz Gomes do Amaral (SP). Na APM, a presidência fica com Florisval Meinão, no lugar de Jorge Carlos Machado Curi. No evento também foram comemorados os 60 anos da AMB e os 80 da APM. Diretoria AMB para 2012/2014 Presidente: Florentino de Araújo Cardoso Filho (CE) Secretário-Geral: Aldemir Humberto Soares (SP) 1º Secretário: Antonio Jorge Salomão (SP) 1º Tesoureiro: Luc Louis Maurice Weckx (SP) 2º Tesoureiro: José Luiz Bonamigo Filho (SP) 1º Vice-presidente: Jorge Carlos Machado Curi (SP) 2º Vice-presidente: Newton Monteiro de Barros (RS) Fonte: Imprensa AMB Foto: Osmar Bustos / AMB Vice-presidente Centro: Lairson Vilar Rabelo (DF) Vice-presidente Centro-Oeste: Antonio Fernando Carneiro (GO) Vice-presidente Norte: Carlos David Araújo Bichara (PA) Vice-presidente Norte-Nordeste: Maria Sidneuma Melo Ventura (CE) Vice-presidente Nordeste: Álvaro Roberto Barros Costa (RN) Vice-presidente Leste-Nordeste: Petrônio Andrade Gomes (SE) Vice-presidente Leste-Centro: José Luiz Weffort (MG) Vice-presidente Leste-Sul: Celso Ferreira Ramos Filho (RJ) Vice-presidente Centro-Sul: José Fernando Macedo (PR) Vice-presidente Sul: Murillo Ronald Capella (SC) Diretor do D.A.P.: Robson Freitas de Moura (BA) Diretor Cultural: Hélio Barroso dos Reis (ES) Diretor de Defesa Profissional: Jurandir Coan Turazzi (SC) Diretor de Relações Internacionais: Miguel Roberto Jorge (SP) Diretor Científico: Edmund Chada Baracat (SP) Diretor de Economia Médica: Roberto Queiroz Gurgel (SE) Diretor de Saúde Pública: Modesto Antonio de Oliveira Jacobino (BA) Diretora de Comunicações: Jane Maria Cordeiro Lemos (PE) Diretor Acadêmico: Marcos Pereira de Ávila (GO) Dir. de Atendimento ao Associado: Guilherme Benjamin Brandão Pitta (AL) Diretor de Proteção ao Paciente: Rogério Toledo Júnior (SP) Diretor de Marketing: José Carlos Vianna Collares Filho (MG) Florentino Cardoso na cerimônia de posse T. cruzi ajuda no combate a doenças cardíacas Estudo do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (Incor-USP) mostra que o Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, produz a enzima transialidase, que ajuda a destruir as placas de colesterol nas artérias e reduzir o risco de infarto. Realizado há quase dez anos, o estudo comprovou os resultados em animais. As pesquisas sobre a enzima são coordenadas pela diretora do Laboratório de Inflamação e Infecção do InCor-USP, Maria de Lourdes Higuchi. Ela verificou que os doentes de Chagas tinham uma vantagem em relação a outras pessoas. “Nenhum deles apresentava histórico de aterosclerose. Resolvemos, então, começar a estudar os motivos disso”, explica Higuchi. A enzima produzida pelo protozoário “rouba” das células humanas ácido siálico, que ajuda as bactérias a se unir ao co10 lesterol e se prender nas paredes arteriais, formando blocos de gordura. Sem o ácido siálico nas células, porém, as placas de gordura se desmancham. Segundo Higuchi, a ação da transialidase no combate ao acúmulo de colesterol já foi testada e confirmada em coelhos. A enzima foi introduzida em um grupo de animais submetidos à dieta rica em colesterol LDL e os resultados comparados com outros coelhos que não receberam a transialidase. O nível de LDL no grupo com a enzima era muito mais baixo. A enzima também foi testada em outras situações. “Descobrimos que é anti-inflamatório e previne a morte celular. Decidimos testar em feridas causadas por radioterapia”, conta a pesquisadora. Fontes: Agência Brasil e SPNotícias 11 Pesquisa quer entender mecanismo da HAM/TSP mil genes de três grupos de pessoas — 28 sadias, 26 portadores assintomáticos e 21 pacientes com HAM/TSP — foram analisados, por mostras sanguíneas, através da técnica de microarray. Uma pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (www.fcfrp.usp.br), da USP, procura entender porque isso acontece. Tomazini estudou o tema em seu mestrado Perfil de Expressão Gênica de Linfócitos T CD4+ na infecção pelo HTLV-1, apresentado no início de agosto na FCFRP. No estudo foi descoberto que os genes Paxilina, CXCR4, IL-27, Granzima A, Perfurina e FOXP3, expressos de modo diferente nos linfócitos TCD4 de pessoas infectadas pelo HTLV-1, podem ter algum tipo de influência no desenvolvimento da doença. Segundo a biomédica Mariana Tomazini (foto), as células dendríticas reconhecem os vírus e outros agentes invasores e os apresentam aos linfócitos TCD4, que produzem vários fatores e citocinas, ocasionando a resposta imunológica. Fonte: Agência USP de Notícias Foto: divulgação Apenas 3% a 5% das pessoas infectadas pelo vírus HTLV1 — que afeta cerca de 20 milhões de pessoas — desenvolvem a HAM/TSP, doença infecciosa caracterizada por paralisar os membros inferiores. “Nosso objetivo é verificar os genes que estavam diferencialmente expressos entre os grupos infectados e não infectados pelo HTLV-1, na tentativa de compreender o desenvolvimento da HAM/TSP”, diz a biomédica. Os resultados mostram que as pessoas infectadas pelo HTLV-1 têm um aumento da expressão desses genes em comparação ao grupo sadio. Segundo Mariana, 44 Citocina protege células produtoras de insulina Foto: divulgação Estudo do pesquisador Gustavo dos Santos, do Instituto de Biologia da Unicamp - www.ib.unicamp.br (foto), mostra que a citocina anti-inflamatória (CNTF) protege contra a morte as células produtoras de insulina, beta pancreáticas. “Como uma das causas do diabetes é a morte dessas células, a CNTF pode ser um novo aliado contra esse mal”, diz Santos. Segundo seu estudo, a CNTF pode garantir efeito protetor prolongado defendendo as células secretoras de insulina por 30 dias após o início do tratamento, o 12 que abre novas possibilidades para a terapêutica auxiliar do diabetes. Ao saber que a CNTF protege as ilhotas pancreáticas e que a AMPK — proteína quinase ativada por AMP — participa do processo de morte celular, Santos quis avaliar se o efeito protetor dependia da inibição da AMPK e se ela era importante no processo de morte da célula beta pancreática, logo no desenvolvimento do diabetes. Nos testes feitos com ratos, a CNTF protegeu a célula beta pancreática da morte por indução por aloxana e por IL1-beta. Essa ativação da AMPK é, em parte, responsável pela morte de células-beta e, embora melhore o efeito da insulina, a ativação pode matar as próprias células produtoras de insulina. Devido ao desempenho de funções importantes nas células betapancreáticas, a CNTF e a AMPK podem ser alvos terapêuticos para o tratamento do diabetes. O artigo CNTF protects MIN6 cells against apoptosis induced by Alloxan and IL-1â through down regulation of the AMPK pathway foi publicado em outubro, na revista Cellular Signaling. Fonte: Jornal da Unicamp Anvisa cria Câmara Técnica de Produtos Biológicos A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou a Câmara Técnica de Produtos Biológicos (Catebio), que discutirá desenvolvimento e registro de produtos biológicos, estabelecimento de diretrizes e elaboração de guias por categoria de produtos. O uso de produtos biológicos no Brasil — vacinas, soros, vírus, hormônios, hemoderivados, fermentos e vitaminas naturais ou sintéticas — tem cobertura assistencial de programas do Ministério da Saúde. Esses produtos representam 41% do total gasto anualmente pelo ministério com medicamentos. A iniciativa da Anvisa faz parte das metas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de combate às desigualdades na saúde. Baseada em regulamentações e diretrizes internacionais, a Agência vai preparar normas necessárias para a produção de medicamentos biológicos porque estão expirando as patentes de muitos desses produtos. Ao mesmo tempo, a medida atende à estratégia do governo brasileiro de oferecer em larga escala produtos biológicos com preços acessíveis, mas com a mesma eficácia e qualidade do medicamento original. Fonte: Agência Brasil Ressarcimento ao SUS Em setembro, a ANS fez o primeiro repasse direto ao Fundo Nacional de Saúde, no valor de 76,1 milhões. Essa quantia foi arrecadada das operadoras como ressarcimento ao SUS por internações hospitalares nos últimos dois anos. Fonte: Imprensa da ANS Produtos biotecnológicos A Anvisa publicou dois guias com regras para registros de produtos biotecnológicos no Brasil. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é um estímulo para a produção nacional desse tipo de produto, o que pode garantir remédios mais baratos e permitir ao SUS ampliar o atendimento à população. Fonte: Agência Brasil SUS vai oferecer teste rápido para sífilis Doença de Chagas Um teste rápido de triagem para diagnóstico de sífilis será oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. Até o fim de 2011, o Ministério da Saúde vai comprar 392 mil kits para implantar o teste na rede pública. O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde já capacitou 350 pessoas que treinarão os profissionais de saúde que aplicarão o teste rápido. A previsão é que até o final do ano 680 técnicos estejam aptos para orientar os serviços locais de saúde sobre como realizar o exame. “Com a Rede Cegonha, o ministério quer garantir que 100% das gestantes e seus parceiros sexuais tenham acesso ao exame de sífilis e, quando necessário, ao tratamento”, diz o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A Rede Cegonha reúne a integração de serviços e medidas para a atenção à gestante e seu bebê, desde o planejamento familiar aos primeiros dias após o parto. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que a prevalência de sífilis em parturientes encontra-se em 1,6%, cerca de quatro vezes maior que a prevalência da infecção pelo HIV. “O esforço é para conseguirmos eliminar a forma congênita da doença, aquela que é transmitida de mãe para filho, até o ano de 2015. Esses casos são inaceitáveis e revelam dificuldades de acesso a um prénatal de qualidade que precisam ser superadas rapidamente”, explica o Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Fonte: Ministério da Saúde O Brasil vai dobrar a produção anual de benzonidazol, medicamento usado para tratamento da doença de Chagas. Ao invés de 1,2 milhão de comprimidos por ano, que é a quantidade atual, serão produzidos 3,2 milhões. O aumento foi pedido pela OMS e pela Organização PanAmericana da Saúde (Opas) para atender à demanda global pelo medicamento. Desde 2008, o Brasil é o único produtor desse medicamento no mundo. 13 Foto: divulgação Nanofios de ouro ajudam tecido cardíaco Pesquisadores do Hospital das Crianças de Boston (www.childrenshospital.org) e do Instituto de tecnologia de Massachusetts (web.mit.edu), nos EUA, usaram nanotecnologia e minúsculos fios de ouro (foto) para criar adesivos cardíacos, que podem algum dia ajudar pacientes com parada cardíaca. A inclusão de fios de ouro ao tecido cardíaco cultivado in vitro torna-o eletricamente condutor. Após a incubação, os adesivos crivados com os nanofios foram engrossados e suas células cardíacas musculares melhor organizadas. células se contraiam ao mesmo tempo, mesmo quando o estímulo acontece longe, isso mostra que o tecido está conduzindo”, explica Daniel Kohane. Ele acredita que as fibras de ouro ajudam, pois são longas o suficiente para cruzar a estrutura que suporta as células e pode funcionar como barreira para a condução da corrente elétrica. Só houve testes com células de cultura. A equipe pretende verificar como elas funcionam no animal vivo. Kohane acredita que esses nanofilamentos poderiam ser aplicados para a construção de qualquer tecido estimulado eletricamente, incluindo-se células do cérebro e da medula espinhal. Quando as células foram estimuladas elas produziram um pico de tensão mensurável e comunicação entre os feixes adjacentes dessas células. Em contraste, apenas uma corrente insignificante passou através dos adesivos que não tinham as nanofibras, e as células bateram apenas em grupos isolados. O artigo Nanowired three-dimensional cardiac patches foi publicado na edição de 25 de setembro de 2011 de Nature Nanotechnology. “Os nanofios de ouro permitem que várias Fonte: ScienceDaily Um estudo feito na Faculdade de Medicina da Universidade de Yale (www.medicine.yale.edu), nos EUA (foto), deu um passo à frente nas pesquisas sobre tratamento e monitoramento de melanoma, o quinto tipo de câncer mais comum entre homens e o sétimo entre mulheres. Harriet Kluger e sua equipe testaram o plasma de 216 pacientes, sendo que 108 já apresentavam metástase e 108 restantes estavam nos estágios 1 ou 2 da doença. Eles identificaram sete marcadores no plasma. Indivíduos com metástase tinham níveis mais altos de marcadores que pacientes no estágio inicial da doença. Cerca de 76% em fase inicial não apresentaram nenhuma elevação dos marcadores, enquanto 83% dos que já tinham metástase apresentaram pelo menos um dos marcadores elevados. 14 Os pesquisadores calcularam que o teste apresenta confiabilidade de 0,898, em tabela que varia de 1 (apresenta um ótimo resultado) a 0,5 (o resultado é inútil). “Esses resultados precisam ser confirmados antes que o método seja usado em clínica, mas eles mostram que este teste é possível”, explica Kluger. O artigo Plasma Markers for Identifying Patients with Metastatic Melanoma foi publicado na edição de 1º de outubro de 2011 de Clinical Cancer Research. Fonte: ScienceDaily Foto: divulgação Marcador para risco de metástase em melanoma Engenheiros de tecidos medem biomateriais Para melhorar o conhecimento na área de engenharia de tecidos, pesquisadores da Universidade de Brown (www.brown.edu), nos EUA, desenvolveram um sistema simples e confiável que mede a energia que as células aplicam para poder construir um tecido tridimensional. Segundo Jeffrey Morgan, do Centro de Engenharia Biomédica da universidade, esse conhecimento é importante para se avaliar a rapidez e a estabilidade com que certas células vão se combinar em determinado tecido. Mas a medição da energia usada pode ajudar também a compreender o crescimento natural dos tecidos, como, por exemplo, o desenvolvimento fetal, ou como células cancerígenas se soltam do tumor e circulam pelo corpo. Foram depositadas células em pequenos poços existentes em uma superfície com dimensões naométricas (1nm = 1 milionési- mo de mm). No centro de cada um havia um cone com diferentes graus de inclinação. A atração mútua das células fez com que elas deslizassem para cima do cone. A taxa com que essas células superavam a força da gravidade para subir o cone forneceu um valor para a energia geral gasta pelas células. No estudo, foram usadas células epiteliais e hepáticas, mas esse sistema serve para outros tipos. Morgan explica que eles pretende descobrir como as células formam estruturas tridimensionais espontaneamente. Conhecer a taxa com que elas fazem isso é importante para se desenvolver algo mais complexo. O artigo Quantification of the forces driving self-assembly of threedimensional microtissues foi publicado na edição de 26 de abril de 2011, de Proceedings of the National Academy of Sciences Fonte: ScienceDaily TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO EM MEDICINA LABORATORIAL POSICIONAMENTO DA SBPC/ML 2011 Documento foi produzido por uma parceria da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial (SBPC/ML) com empresas especializadas em tecnologia da informação. Acesse o conteúdo do documento no link: www.sbpc.org.br/timl 15 Foto: divulgação Mecanismo protege contra a malária Portadores de anemia falciforme apresentam incidência reduzida de malária, quando comparados com indivíduos com glóbulos vermelhos normais. Um estudo mostra que uma mutação em um gene que está na origem dessa anemia é mais comum do que se pensava em populações que vivem em zonas endêmicas de malária, como a África. Miguel Soares Uma equipe do Instituto Gulbenkian de Ciência - IGC (www.igc.gulbenkian.pt), de Portugal, liderada por Miguel Soares, descodificou o mecanismo presente na anemia falciforme que confere proteção contra a malária. Ana Ferreira, pesquisadora do IGC, demonstrou que ratos geneticamente modificados para produzirem uma cópia de hemoglobina falciforme não desenvolveram malária cerebral. A hemoglobina falciforme torna os hospedeiros tolerantes ao parasita da malá- ria, porque confere um efeito protetor sem afetar a capacidade do parasita de infectar o hospedeiro. O mecanismo molecular que justifica esse efeito de proteção é mediado pela enzima heme oxigenase-1, que produz monóxido de carbono que protege contra a malária cerebral. O gás impede que o parasita Plasmodium cause a reação que leva à morte do hospedeiro. Com esses resultados, os pesquisadores acreditam que esse mecanismo pode estar subjacente a outras doenças genéticas que afetam os glóbulos vermelhos e que conferem proteção contra a malária. O artigo Normal and sickle red blood cells foi publicado no dia 29 de abril, na revista Cell. Fonte: Alphagalileo Remédios feitos de plantas transgênicas O Reino Unido aprovou o primeiro teste clínico europeu de um anticorpo monoclonal produzido a partir de plantas geneticamente modificadas. Esta decisão abre o caminho para os testes, em humanos, de um produto anti-HIV feito de tabaco geneticamente modificado. O teste vai verificar a segurança de um anticorpo de origem vegetal projetado para interromper a transmissão do HIV entre parceiros sexuais quando aplicado diretamente à cavidade vaginal. Se a segurança for comprovada nos 11 participantes, os pesquisadores podem testar a eficácia do produto. O ensaio clínico, realizado no Centro de Pesquisa Clínica da Universidade de Surrey (www.surrey.ac.uk/crc), testará uma aplicação tópica microbicida anti-HIV. O ingrediente ativo na microbicida é um anticorpo monoclonal chamado P2G12. Se for bem sucedido, os pesquisadores prevêm que P2G12 será usado em combinação com outros anticorpos neutralizantes, também produzidos em plantas, para criar um produto microbicida vaginal amplamente protetor. Segundo o coordenador da pesquisa, Rainer Fischer, do Instituto Fraunhofer (www.fraunhofer.de), na Alemanha, agora será mais fácil produzir na Europa medicamentos modernos a partir de plantas transgênicas. 16 “Embora isso tenha levado muitos anos e investimentos para se estabelecer, esta aprovação é um trampolim para a biotecnologia vegetal europeia que permitirá a realização de muitos e importantes produtos médicos", comemora Fischer. Fonte: AlphaGalileo 17 Foto: divulgação Estratégias contra metástase de tumor invasivo A descoberta do mecanismo usado pelas células tumorais para invadir o tecido sadio possibilita o desenvolvimento de novas ferramentas de diagnóstico e de estratégias para impedir a propagação do câncer. Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém (www.huji.ac.il/huji/eng), em Israel, liderados por Yinon Ben-Neriah e Eli Pikarsky (foto), descobriram um programa operado por uma combinação de genes que, ativados em conjunto, conferem propriedades invasivas sobre células epiteliais. No entanto, apenas o gene p53, o mais importante desse grupo, detém o crescimento celular e induz a sua morte. Um modelo desenvolvido na universidade demonstra como pode ser evitado o processo de invasão geneticamente induzido de tecido tumoral se o p53 estiver ativo. Essas descobertas permitem novas estratégias de tratamento contra a metástase das células de tumor invasivo. Através de uma definição molecular rápida e exata de lesões invasivas versus não-invasivas, poderão ser implantados novos tratamentos. O artigo CKIá ablation highlights a critical role for p53 in invasiveness control foi publicado em 16 de fevereiro em Nature. Fonte: ScienceDaily Vitamina D pode diminuir risco de diabetes tipo 2 Um estudo em conjunto do Centro de Pesquisas Alemão para Saúde Ambiental (www.helmholtzmuenchen.de), do Centro Alemão de Diabetes (www.uniklinik-duesseldorf.de) e da Universidade de Ulm (www.uni-ulm.de), na Alemanha, mostra que pessoas que têm grande concentração de vitamina D no sangue apresentam chance menor de desenvolver diabetes mellitus do que as que têm baixa quantidade dessa vitamina. Acredita-se que este fenômeno possa ocorrer, entre outros fatores, em função do efeito anti-inflamatório da vitamina D. O corpo humano é capaz de produzir vitamina D quando exposto a uma quantidade suficiente de luz solar. Os raios ultravioleta B que incidem na pele quebram o 7–dehidrocolesterol que se transforma na pré-vitamina D3. Posteriormente, fígado e rins terminam o processo de síntese da vitamina. Alimentos 18 como peixes oleosos, ovos e laticínios podem complementar seus níveis no sangue. Mas quem tem hábitos de vida que levam à menor exposição à luz solar ou vive em determinadas regiões do planeta está sujeito a apresentar carência dessa vitamina. “Se estudos posteriores confirmarem nossos resultados, um foco na melhoria dos níveis de vitamina D para o público em geral poderia ao mesmo tempo reduzir o risco de se desenvolver diabetes”, diz Barbara Thorand, coautora da pesquisa. O artigo Effect of Serum 25-Hydroxyvitamin D on Risk for Type 2 Diabetes May Be Partially Mediated by Subclinical Inflammation: Results from the MONICA/KORA Augsburg study” foi publicado na edição de 26 de agosto de 2011 de Diabetes Care. Fonte: AlphaGalileo Modelo em computador ajuda plano de vacinação Segundo um estudo conduzido pela Universidade de Pittsburg (http://pitt.edu), nos EUA, planejar apropriadamente antes de se introduzir novos programas de imunização ativa em um país em desenvolvimento pode prevenir os problemas de armazenamento e transporte, que diminuem em até 2/3 a disponibilidade de vacinas existentes. Os pesquisadores investigaram se a introdução da vacina contra o rotavírus ou pneumococos sobrecarregaria a cadeia de fornecimento existente. Eles desenvolveram um modelo em computador para determinar o impacto em um programa de imunização no Níger. Os resultados mostraram que introduzir uma das vacinas poderia sobrecarregar os refrigeradores de armazenagem e transporte, dificultaria o fluxo dos produtos para as clínicas e poderia diminuir a disponibilidade das vacinas para os pacientes em até 69%. O modelo pode avaliar as necessidades da cadeia de fornecimento das vacinas ou a série de etapas necessárias para que o produto seja enviado à população-alvo. “Nosso estudo destaca a importância de um planejamento prévio ao se introduzir novas vacinas, de modo a se evitar alterações temporárias de última hora para se resolver problemas”, explica Bruce Y. Lee, um dos autores. O artigo Impact of Introducing the Pneumococcal and Rotavirus Vaccines Into the Routine Immunization Program in Niger foi publicado na edição de 22 de setembro de 2011 de American Journal of Public Health. Fonte: Science Daily Mortes por malária diminuem na última década Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que as mortes em todo o mundo por malária diminuíram 20% entre 2000 e 2009. Reduziram de 985 mil para 781 mil. Nesse período, os casos registrados da doença caíram de 233 milhões para 225 milhões. o título de livres de malária. Em compensação, a doença é considerada endêmica em 108 nações, entre elas o Brasil, e cerca de 40% da população mundial está em risco de contrair a doença. No Brasil, a doença é endêmica na Amazônia Legal, onde ocorrem 90% Segundo o documento, os fundos in- dos casos registrados no país. Em seternacionais de combate à malária tembro, o Ministério da Saúde anunaumentaram de US$ 200 milhões, em ciou que 47 municípios da região 2004, para US$ 1,5 bilhão, em 2009. vão receber 1,1 milhão de mosquiO relatório mostra que sete países teiros ou cortinados impregnados conseguiram eliminar a doença e tra- com inseticida de longa duração. balham para evitar que ela seja rein- O relatório World Malaria Report troduzida em suas fronteiras. Dez 2010 pode ser consultado no site países tentam zerar o número de ca- da OMS, em www.who.int. s o s . E m 2 0 1 0 , M a r r o c o s e Fontes: Agência Brasil e OMS Turquemenistão receberam da OMS Notícias medicina LABORATORIAL Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial Rua Dois de Dezembro, 78 sala 909 CEP 22220-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel. (21) 3077-1400 Fax (21) 2205-3386 [email protected] http://www.sbpc.org.br http://www.facebook.com/SBPCML http://twitter.com/sbpcml 20 Presidente 2010/2011 Carlos Ballarati Diretor de Comunicação Luiz Eduardo Martins Editor-chefe Armando Fonseca Jornal da SBPC/ML - Periodicidade mensal Conselho Editorial Adagmar Andriolo Alvaro Martins Carlos Senne Elimar Antônio Bittar João Nilson Zunino José Carlos Lima Marilene Melo Mário Flávio Alcântara Ulysses Moraes de Oliveira Wilson Shcolnik Jornalista responsável Roberto Duarte Reg. Prof. RJ23830JP Assinaturas & Publicidade Ana Karina [email protected] Criação e diagramação Rodrigo Paiva Impressão Walprint Gráfica e Editora Colaborou nesta edição Rede Interação de Comunicação PARTICIPE! ESCREVA! você pode ser premiado! Transforme seu Resumo de Tema Livre em um artigo para o Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (JBPML). Os trabalhos submetidos ao JBPML, desenvolvidos a partir de temas livres, serão avaliados e concorrerão ao Prêmio Dr. Erasmo Lima no próximo Congresso. Mais informações: [email protected] ou (21) 3077-1400 com Lidia Côrtes 21 MÉDICO PATOLOGISTA RESPONSÁVEL TÉCNICA E MÉDICA NA REALIZAÇÃO DE EXAMES. EXPERIÊNCIA COMO MÉDICO PATOLOGISTA. [email protected] SÃO PAULO - SP. (11) 3018-2030 CLASSIFICADOS VENDO 2 MICROSCÓPIOS CARL ZEIS APARELHOS EM BOM ESTADO DE USO [email protected] RIO DE JANEIRO JOSÉ HERCULANO (21) 7187-4524 VENDO APARELHO IMMULITE 1 QUIMIOLUMINESCÊNCIA APARELHO EM USO, ÓTIMO ESTADO. 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