do arquivo

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Notícias
ISO 9001
medicina
LABORATORIAL
Órgão Informativo da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial - novembro 2011 - edição 30 - ano 3
JBPML
Publicação pode ser lida na
Internet.
Página 7
PALC
Conheça a Norma 2010 do
Programa da SBPC/ML.
Página 8
Força-tarefa contra
doenças renais
SBPC/ML e SBN incentivam laboratórios
a liberar eTFG junto com o valor da
creatinina sérica.
Página 2
Diretoria da AMB
Posse de presidente e diretores
para 2012/2014.
Página 10
Doença de Chagas
T. cruzi ajuda no combate a
doenças cardíacas.
Página 10
Preparada para o turismo
Salvador, sede do próximo Congresso da SBPC/ML, é a cidade mais visitada da
Região Nordeste. Página 9
Anvisa
Agência cria Câmara Técnica de
Produtos Biológicos.
Página 13
Sífilis
SUS vai oferecer teste rápido de
triagem.
Página 13
Melanoma
Marcador no plasma para risco
de metástase.
Página 14
Malária
Portadores de anemia falciforme
têm proteção contra doença.
Página 16
Diabetes tipo 2
Concentração de vitamina D pode
ajudar a diminuir risco.
Página 18
Editorial
É alarmante o aumento da prevalência da
Doença Renal Crônica (DRC) nos últimos anos em
todo o mundo. Igualmente preocupante é que
muitos indivíduos só tomam conhecimento que
sofrem dessa patologia quando ela está em fase
avançada. Esta situação torna ainda mais
importante o diagnóstico precoce.
Coerentes com sua responsabilidade como
sociedades médico-científicas, a SBPC/ML e a
Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)
preparam ações com o objetivo de chamar a
atenção da classe médica, dos profissionais de
saúde e da população em geral sobre os riscos da
DRC e da necessidade de obter um diagnóstico o
mais cedo possível.
As duas Sociedades já começaram a elaborar
documentos que têm o objetivo de orientar o
segmento laboratorial sobre a forma de
participar dessas ações e colaborar com o
trabalho do médico assistente.
O Notícias - Medicina Laboratorial também
participa dessa iniciativa. O destaque desta
edição é uma entrevista com representantes da
SBPC/ML e da SBN sobre a importância dos
laboratórios incorporarem em sua rotina a
liberação da estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular (eTFG) junto com o valor da
creatinina sérica.
Vamos fazer a nossa parte!
Boa leitura e um forte abraço!
Armando Fonseca - Editor-chefe
Força-tarefa
contra doenças renais
SBPC/ML e SBN incentivam laboratórios a liberar a estimativa da
Taxa de Filtração Glomerular junto com o valor da creatinina sérica
A prevalência da doença renal crônica (DRC) tem aumentado nos últimos anos em todo o mundo, em níveis semelhantes aos de uma epidemia. Levantamentos nos Estados
Unidos, Austrália, Japão e China avaliam que ela afeta de
10% a 15% da população desses países. Estima-se que no
Brasil 20% dos gastos do SUS destinam-se a pacientes de terapia de substituição renal, como diálise e transplante.
A SBPC/ML e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)
preparam planos de ação para conscientizar a população e
os médicos sobre a necessidade da detecção precoce da
doença renal.
“A maior contribuição dos laboratórios clínicos nesse projeto seria a liberação do resultado da estimativa da taxa de filtração glomerular (eTFG) junto com o valor da creatinina sérica”, diz o diretor científico da SBPC/ML, Nairo Sumita.
2
Gianna Mastroianni Kirsztajn
Flávio Alcântara
Foto: Felipe Christ-Fotonotícias
Foto: divulgação
Ele explica que o procedimento pode parecer simples à primeira vista, mas vai exigir dos laboratórios algumas adaptações em seu sistema para incorporar a fórmula para a eTFG.
“No entanto, o esforço compensa porque muitos portadores
de disfunção renal, que sequer suspeitam do diagnóstico,
poderão ser tratados precocemente, reduzindo o risco de
desenvolverem insuficiência renal crônica”, acrescenta.
Está em elaboração pela SBPC/ML e SBN um documento que
vai orientar os laboratórios na implantação do processo de liberar o resultado da eTFG. Também será produzida uma diretriz formal com recomendações sobre o uso das fórmulas
para cálculo da eTFG, suas limitações e consequências.
Participam do trabalho feito pelas duas sociedades médicas
o patologista clínico Flavio Alcântara, presidente regional
da SBPC/ML em São Paulo/Região ABC, e a nefrologista
Gianna Mastroianni Kirsztajn, do Departamento de
Epidemiologia e Prevenção de Doenças Renais da SBN.
Qual a importância do exame de depuração ou
clearance de creatinina para avaliação da taxa de
filtração glomerular (TFG)?
Flavio Alcântara
É uma forma de se avaliar indiretamente a TFG.
Entretanto, já foi demonstrado que a correlação entre o clearance e a TFG é muito imprecisa. Hoje, recomenda-se o clearance apenas nos casos em que não
se pode usar a eTFG, como em condições clínicas específicas que distorcem o uso da eTFG (como as hepatopatias), quando a massa muscular está alterada
(amputações, uso de anabolizantes), em dieta vegetariana estrita etc.
Gianna Kirsztajn
Esse exame deve mostrar a função de filtração de for-
ma mais precisa que a dosagem sérica de creatinina isoladamente. Tem aplicações bem definidas. É utilizado
quando se busca maior precisão na definição da filtração glomerular. Embora não seja o padrão-ouro, encontra-se entre os exames mais facilmente disponíveis
para esse fim.
Para a realização do exame de depuração da creatinina há
necessidade de realizar dosagens no sangue e na urina?
Flavio Alcântara
Sim. A urina é coletada por um período definido, em geral, 24 horas, e armazenada. Com frequência, esse volume urinário é coletado com erro pelo paciente, que acaba se esquecendo de armazenar algumas das micções.
No laboratório, deve ser medido o volume urinário.
Portanto, há uma logística que produz certo grau de imprecisão e dificuldades ao paciente e ao laboratório.
Gianna Kirsztajn
A dosagem da creatinina sérica como marcador de função renal isoladamente tem algumas limitações. Seus níveis séricos sofrem influência de certos fatores, como,
por exemplo, a massa muscular do indivíduo. Mas pode
se lançar mão de equações para um cálculo mais preciso da função renal, a TFG, agregando à dosagem da creatinina alguns fatores de correção, que sensibilizarão o
resultado, permitindo a detecção de indivíduos com déficit de função renal que não eram identificados através
do resultado da creatinina sérica isoladamente.
Qual a vantagem do uso de fórmulas de eTFG em relação à depuração da creatinina “dosada”?
Flavio Alcântara
Foi demonstrado que para a grande maioria dos indivíduos, as fórmulas para a eTFG produzem um resultado
mais exato, isto é, mais próximo à TFG real do que o clearance de creatinina. Além disso, a dosagem é mais fácil e confortável para o paciente e para o laboratório.
Gianna Kirsztajn
O uso de fórmulas é feito a partir da dosagem sérica da
creatinina, ou do marcador de função renal que se escolhe para tal fim, como, por exemplo, a cistatina C.
Tem sido demonstrada boa correlação entre os resultados da determinação da depuração e da eTFG.
Porém, conforme o objetivo do médico, o exame clássico, realizado de forma adequada, mantém suas indicações como já exposto.
Quais são as fórmulas que podem ser aplicadas para o cálculo da eTFG?
Flavio Alcântara
Existem mais de 20 fórmulas. É importante notar que
a conhecida fórmula de Cockroft-Gault não é para a
eTFG. Ela foi criada para se estimar o clearance de creatinina. É a mais usada por farmacêuticos no cálculo
de dosagem de fármacos e deve ser aplicada sempre
que se administram drogas a pacientes com função renal comprometida.
Em 2002, um grupo norte-americano ligado ao
National Institute of Health (NIH) e patrocinado pela
National Kidney Foundation, liderado por Joe Coresh e
Andrew Levey, publicou um documento que revolucionou o entendimento de doenças renais crônicas. Ele recomenda que a fórmula empregada fosse a MDRD 4v,
de quatro variáveis — sexo, idade, etnia e creatinina.
Em 2009, o mesmo grupo publicou a CKD-EPI, que pode
ser usada em idosos e permite a liberação de resultados numéricos acima de 90 mL/min x 1,73m². Esta fórmula se mostrou adequada em estudos de farmacocinética para avaliar a dosagem de drogas em pacientes
com função renal comprometida.
Gianna Kirsztajn
A maioria dos laboratórios clínicos adota fórmulas que
são aplicáveis apenas na população adulta, em particular a do estudo MDRD e a do CKD-EPI. Algumas são
mais adequadas para uso pelo clínico, na prática diária, como a de Cockcroft-Gault, por ser fácil de calcular, por exemplo.
As fórmulas são aplicáveis indiscriminadamente para toda a população ou há limitações?
Flavio Alcântara
Existem limitações no uso para a população geral. Entre
as mais importantes estão idade, etnia, condições com
grande flutuação da creatinina — como pacientes hospitalizados, em especial aqueles com insuficiência renal
aguda — alterações da massa muscular (amputações, marasmo etc.) e dietas vegetarianas estritas. Para crianças
ou indivíduos com menos de 18 anos, existem fórmulas
específicas, como a de Counaham-Barratt, a de
Schwartz e a Schwartz revisada. A de Schwartz é a mais
adotada. A fórmula MDRD também possui limitações importantes, como imprecisão para resultados numéricos
de eTFG acima de 90 mL/min x 1,73m², e uso em indivíduos acima de 70 anos. A fórmula MDRD 4v foi validada
para os grupos étnicos norte-americanos negro e caucasiano, apenas. Foram criadas adaptações para uso em
chineses e japoneses. Provavelmente, não é ideal para
grupos raciais ou populacionais específicos.
Gianna Kirsztajn
É recomendável que as limitações mais comuns sejam
descritas no laudo automático, com o fim de evitar interpretações erradas dos resultados. Por exemplo, as
fórmulas fazem correções para características individuais, que variam conforme a equação adotada, entre
elas, peso, estatura, idade, sexo, etnia. Se a fórmula
foi desenvolvida para adultos, não se pode liberar o resultado quando se trata de exame de criança. É possível optar na rotina por usar uma fórmula para crianças
ou especificar, em nota no exame, que tal resultado
não se aplica a crianças.
As fórmulas já são de uso rotineiro na prática clínica?
Flavio Alcântara
Embora sua importância seja inegável, uma boa parte
dos clínicos ainda não conhece o seu uso. Isto ocorre
porque a publicação original que revolucionou esta
área é de 2002. Em algumas regiões do mundo, as diretrizes do NIH foram implantadas mais rapidamente, enquanto em outros locais o processo está mais lento. Na
Austrália e na Nova Zelândia a implantação já ocorreu
3
completamente e todos os laboratórios soltam a eTFG
junto com a creatinina. Nos EUA, mais de 80% dos laboratórios já usam a eTFG em seus laudos. Na Europa, o
processo está um pouco mais lento. Na América do Sul,
a Argentina já usa em vários locais.
da DRC a partir do estágio 3. Vale salientar que não se
estimula o encaminhamento para nefrologistas, mas,
sim, para um médico que possa investigar a existência
da DRC e iniciar o quanto antes o tratamento para evitar a progressão da doença.
Gianna Kirsztajn
Algumas fórmulas são usadas rotineiramente pelos próprios médicos assistentes na prática clínica, como a de
Cockcroft-Gault. A liberação automática dos resultados
de fórmulas para eTFG varia bastante. Em alguns locais, essa prática é obrigatória por lei. Pode-se dizer que
o uso rotineiro de fórmulas está aumentando em todo o
mundo, à medida que os médicos que utilizam o resultado e os profissionais responsáveis pelos laboratórios
clínicos tomam conhecimento de sua importância e passam a participar do processo, encarando-o como uma
prestação de serviço aos pacientes e médicos, e uma
atitude proativa na prevenção da doença renal crônica.
Um resultado alterado da eTFG define um quadro de insuficiência renal? Os médicos podem fazer uso dessa informação para fins diagnósticos e no acompanhamento do
paciente?
Como é a situação no Brasil em relação ao uso das
fórmulas para eTFG?
Flavio Alcântara
Um levantamento independente realizado no fim de
2010 verificou que apenas uma minoria reportava a
eTFG. Alguns grandes laboratórios do país já fazem isso, mas o número está muito abaixo de 50%. O laboratório com mais tempo de uso no país começou em meados de 2006.
Gianna Kirsztajn
Em todo o mundo os nefrologistas se empenham em divulgar o problema da DRC e o papel da eTFG como um
instrumento para diagnóstico precoce. Com isso, paulatinamente os laboratórios começam a implantar a liberação automática.
Qual o impacto da introdução do resultado da eTFG nos
laudos dos exames laboratoriais juntamente com o resultado da creatinina sérica?
Flavio Alcântara
Uma vez implantado, não há custos significativos para
o laboratório, pois o resultado é automaticamente calculado pelo sistema, SIL ou interface. Um dos grandes
impactos é no processo de liberação do resultado, que
varia para cada laboratório. Haverá uma chance maior
de que mais resultados alterados sejam detectados porque a correção da creatinina após a fórmula produz,
com mais frequência, um resultado que outrora não seria considerado como alterado. Haverá mais necessidade de entrar em contato com os clínicos. De maneira
geral, eles recebem muito bem essa implantação, pois
é uma informação de utilidade clínica, importante para o relacionamento científico com os colegas.
Gianna Kirsztajn
Recentemente, foi avaliada a frequência de encaminhamento de pacientes com DRC para os nefrologistas,
relacionada ao relato da eTFG associado ao resultado
da creatinina sérica. Demonstrou-se um aumento na taxa de encaminhamento para avaliação nefrológica
após a instituição desta informação no relatório de exame, bem como maior frequência de reconhecimento
4
Flavio Alcântara
A insuficiência renal é definida apenas quando a alteração (laboratorial) persiste por um prazo superior a três
meses. Entretanto, o resultado permite que a insuficiência seja classificada, de acordo com o seu estágio,
variando de I, mais leve, a V, mais grave. Os médicos assistentes podem fazer uso dessa informação para fins
de diagnóstico e acompanhamento de seus pacientes.
Mas a maioria dos colegas não nefrologistas ainda não
conhece vários aspectos que cercam o uso da eTFG.
Gianna Kirsztajn
Embora tenha boa correlação com as determinações
da TFG, trata-se de estimativa e deve ser interpretada
com a devida cautela. Consideramos que sua importância maior é situar o indivíduo numa faixa de função
renal normal ou não. Se o resultado é anormal, é preciso confirmar o achado e investigar se de fato aquela
pessoa é portadora de doença renal crônica. Por se tratar de uma doença grave e progressiva, esse seria o procedimento diante de qualquer outro exame que alertasse para a sua existência. A confirmação é particularmente importante diante de valores limítrofes entre a faixa “normal” e a “anormal”. Quando o diagnóstico está bem definido, a eTFG também pode ser utilizada no acompanhamento do paciente com DRC.
Como deveria ser reportado um resultado obtido através
do cálculo da estimativa da filtração glomerular?
Flavio Alcântara
Este assunto ainda está sendo deliberado em conjunto
com a SBN. Em meu laboratório, libero o resultado junto com todas as creatininas de indivíduos maiores de 18
anos. Uso a fórmula CKD-EPI, que é permitida para
quem utiliza método com padrão de calibração rastreável à IDMS. Incluo valores de referência para brancos e
negros norte-americanos e três observações sobre limitações do resultado: 1) As etinias usadas para validação
foram de estudos com norte-americanos. Foram demonstradas importantes variações para japoneses e para sul-africanos, porém discreta variação para hispânicos e populações de indígenas norte-americanos; 2)
Condições clínicas com flutuação de creatinina (hospitalizados) afetam os resultados. Alterações de massa
muscular e dieta alteram a empregabilidade do resultado; 3) Os resultados da eTFG não são exatos, mas podem sinalizar doença renal crônica.
Gianna Kirsztajn
Sabendo que qualquer uma das fórmulas para eTFG não
se aplica a todos os indivíduos indiscriminadamente, ao
liberar um laudo automático é preciso indicar essas res-
trições. Além disso, idealmente devem ser indicados
apenas os valores inferiores a 60 mL/min, particularmente quando adotada a fórmula do MDRD, que é amplamente utilizada para esse fim. Os resultados inferiores a 60 mL/min são indicativos da existência de déficit
de função renal, que é o que se busca identificar com tais laudos automáticos. Como a maioria das pessoas desconhece esse aspecto, o laudo também deve orientar
quanto a isso, sem ser alarmista, uma vez que estamos
falando apenas de uma estimativa, que em muitas situações pode ser acompanhada de imprecisão.
Orientações aos laboratórios
Segundo o patologista clínico Flavio Alcântara, a liberação do resultado da estimativa da taxa de filtração glomerular (eTFG) junto com o os resultados da creatinina
exige algumas adaptações. A principal envolve a informática porque o cálculo pode ser introduzido no Sistema
de Informações Laboratoriais (SIL) ou na interface entre
equipamentos e SIL.
Também é preciso escolher a fórmula empregada.
Primeiro, é preciso saber se o método de dosagem de creatinina é calibrado contra um calibrador rastreável à IDMS (Isothope Dilution-Mass Spectrometry).
“O sistema também precisa avaliar a idade e decidir
usar uma fórmula exclusiva para crianças. Com idosos,
se for escolhida a MDRD, o resultado não deve ser reportado. Para a CKD-EPI, pode ser usado o resultado para
idosos”, acrescenta.
Flavio Alcântara diz que, em relação à etnia, os laboratórios brasileiros ainda não adotaram uma posição comum porque não é costume incluir esse dado no atendimento médico e laboratorial. Por isso, é uma informação
que não consta no SIL.
“Como os valores de referência variam conforme a etnia,
a recomendação é que se libere o resultado para as etnias
para as quais a equação foi validada: negros e brancos norte-americanos, com uma ressalva específica. Entretanto,
existem laboratórios no Brasil que liberam resultados
usando uma faixa de valores de referência mais ampla,
que inclui desde o valor em brancos até o de negros”,
completa o patologista clínico.
“Em geral, os grandes fabricantes de kits diagnósticos
têm seus métodos já calibrados contra este calibrador.
Esta informação deve constar na bula do kit. De acordo
com o tipo de método, escolhe-se a fórmula correta empregada. Métodos não calibrados contra ID-MS devem
apenas usar a MDRD 4v, com um fator de correção específico (186). Métodos calibrados contra ID-MS podem usar
a MDRD 4v com outro fator de correção (175) ou a fórmula CKD-EPI, por exemplo”, explica o patologista clínico.
A nefrologista Gianna Kirsztajn diz que laboratórios que
já implantaram esse sistema podem orientar os outros.
Ele diz que o SIL ou a interface devem ter capacidade de
obter do sistema os dados biométricos usados nas fórmulas (idade, sexo e etnia). O sistema deve associar os resultados da creatinina a cálculos relativamente complexos com os parâmetros biológicos (multiplicação, divisão, elevação a potencia negativa).
“Temos contado com a ajuda do Laboratório Central do
Hospital do Rim e Hipertensão, em São Paulo, através de
sua gerente, Sílvia Moreira. Após a implantação bemsucedida, em 2005, ela tem colaborado com a Campanha
Previna-se, da SBN, orientando diretamente todos que
precisam de ajuda para fazê-lo”, afirma.
Com a CKD-EPI, o sistema precisa, antes, classificar o resultado da creatinina para, depois, decidir qual fórmula
usar para qual grupo de idade e etnia.
Epidemia crescente
Segundo o patologista clínico Flavio Alcântara, a incidência de doenças renais terminais vem crescendo em
todo o mundo. Nos últimos dez anos aumentou mais do
que o dobro o número de pessoas que precisam de terapias de substituição renal, como diálise e transplante
renal. Esse tipo de doença é responsável pela maior parte dos gastos dos sistemas de saúde público e privado.
“No Brasil, estima-se que 20% dos gastos do SUS são
direcionados a pacientes com terapias de substitui-
ção renal. Ou seja, cerca de 100 mil indivíduos consomem 1/5 do total dos gastos de saúde para toda a população”, diz Alcântara.
“A maior parte das pessoas não sabe que tem doença renal
crônica ou só toma conhecimento de sua situação em fases
avançadas. O diagnóstico precoce, que permitiria a prevenção, é dificultado pela ausência usual de sintomas, especialmente nas fases iniciais da doença”, alerta a nefrologista Gianna Mastroianni Kirsztajn.
5
Referência no setor
Mal terminou o 45º Congresso, em Floripa,
começaram os preparativos para a edição
2012 do Congresso da SBPC/ML, nosso principal evento no próximo ano, que será, mais
uma vez, na querida e hospitaleira Salvador.
A Comissão Organizadora tem a difícil missão
de realizar um evento ainda melhor que o
deste ano, sob todos os aspectos — científico,
de negócios e de confraternização. Não é
uma tarefa fácil, mas tenho certeza que será
bem-sucedida.
Canal direto
Portanto, desde já reserve a data em sua
agenda: 4 a 7 de setembro de 2012, em
Salvador. E não se esqueça que o feriado cai
em uma sexta-feira, motivo de sobra para
esticar o final de semana e aproveitar o que só
a capital da Bahia oferece.
A cada ano trabalhamos para aprimorar
nossos eventos, procurando oferecer sempre
o que há de melhor em medicina diagnóstica.
Os congressos são o principal exemplo desse
cuidado com o conteúdo e com a qualidade.
Já se tornou também uma rotina aproveitarmos o evento para fazer lançamentos e
apresentar novidades da SBPC/ML, como tem
ocorrido nos últimos anos.
Essas iniciativas somam-se a muitas outras
características que moldam o perfil bemsucedido e fazem dos Congressos da
SBPC/ML referências em diagnóstico laboratorial no Brasil, na América Latina e também
nos países de língua portuguesa do outro
lado do Atlântico.
Até o próximo mês.
Carlos Ballarati
Presidente da SBPC/ML
Biênio 2010/2011
Diretoria Executiva do biênio 2010/2011
Presidente:
Diretor Científico:
Diretor de Comunicação:
Carlos Alberto Franco Ballarati
Nairo Massakazu Sumita
Luiz Eduardo Rodrigues Martins
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Vice-presidente:
Vice-diretor Científico:
Diretor de Acreditação:
Ismar Venâncio Barbosa
Murilo Rezende Melo
Wilson Shcolnik
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Diretor Administrativo:
Diretora Financeira:
Diretor de Defesa de Classe:
César Alex de Oliveira Galoro
Leila Sampaio Rodrigues
Paulo Sérgio Roffe Azevedo
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Vice-diretor Administrativo:
Vice-diretora Financeira:
Presidente do Conselho de Ex-presidentes:
Rubens Hemb
Natasha Slhessarenko
Alvaro Martins
[email protected]
[email protected]
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Acompanhe a SBPC/ML pela internet
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Agenda da SBPC/ML
Mais informações: www.sbpc.org.br
A programação é preliminar. Datas, temas e nomes dos palestrantes podem ser alterados por motivos operacionais.
Aconteceu na SBPC/ML
Gerente administrativo da SBPC/ML
Foto: Roberto Duarte
Desde outubro, a SBPC/ML tem novo gerente administrativo,
o médico Marcos Cataldo. Ele substitui Cristina Pessoa, que
se desligou da Sociedade para assumir um cargo na área de
acreditação do Inmetro, contratada por concurso público.
O manual de coleta, como é
conhecida a obra, está na
segunda edição, de 2009. A
publicação tem o apoio da BD.
As edições em português,
espanhol e inglês estão na
Biblioteca Digital SBPC/ML
(www.bibliotecasbpc.org.br),
com acesso livre para consulta
e download, em arquivo pdf.
SBPC/ML no congresso de patologia
Carioca, 34 anos, casado, Marcos formou-se em 2001 pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e fez
Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina
Laboratorial na Universidade Federal Fluminense (UFF).
Depois de formado, foi contratado pela Rede D'Or, onde
trabalhou como gerente técnico do Labs D'Or. Neste cargo,
adquiriu experiência em gestão de pessoas, qualidade,
logística e recursos. Também atuou em laboratório hospitalar, em cargos de gerenciamento.
"É uma grande satisfação trabalhar na sociedade médica da
minha área. Vejo isso como mais um desafio na minha
carreira", diz Cataldo.
Foto: Lidia Côrtes
Marcos Cataldo e Cristina Pessoa
A SBPC/ML participou do 28º Congresso Brasileiro de
Patologia, de 11 a 15 de outubro, no Centro de Convenções
Ruth Cardoso, em Maceió, evento realizado pela
Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). O estande da
SBPC/ML foi procurado por interessados em obter informações sobre o Programa de Acreditação de Laboratórios
Clínicos (PALC), como participar do Congresso da SBPC/ML
em 2012, que será em Salvador, e como enviar artigos para
o Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial
(JBPML). Também houve muitos interessados no livro
Gestão da Fase Pré-analítica - Recomendações da
SBPC/ML, distribuído no estande.
Manual de coleta da SBPC/ML editado na China
O livro Recomendações da SBPC/ML para coleta de sangue
venoso será editado na China, em mandarim.
Recentemente, saiu a versão em inglês. A publicação já
existe em português e espanhol.
Leia o JBPML também em edição on line
As edições do Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina
Laboratorial (JBPML) podem ser lidas no site da
SBPC/ML. A última disponível é o número 4 do volume 47.
Os destaques de capa em Medicina Laboratorial são os
artigos de revisão Tendências em medicina laboratorial e
Pseudomonas aeruginosa multirresistente: um problema endêmico no Brasil. Em Patologia, o destaque é o
artigo original Kint3-4 protein from human plasminogen
delays Ehrlich tumor growth in mice.
O JBPML é uma publicação em conjunto da SBPC/ML e
das Sociedades Brasileiras de Patologia (SBP) e Citopatologia (SBC). Assinantes do JBPML e associados da
SBPC/ML recebem a versão impressa da revista, que é
bimestral (seis edições por ano).
Os autores devem enviar seus artigos pela Internet,
através do Sistema de Gestão de Publicações (SGP), que
torna mais rápido e mais fácil todo o processo editorial, desde a
submissão do artigo, recepção e encaminhamento aos revisores
até a devolução aos autores para eventuais correções sugeridas, para correções ortográficas e
de normas e envio para o tradutor e
o diagramador.
Os trabalhos desenvolvidos a partir
de resumos de tema livre que
forem aceitos para publicação no
JBPML passam a concorrer ao
Prêmio Dr. Erasmo Lima, entregue
no Congresso da SBPC/ML.
Para enviar artigos, assinar e ler a
revista, entre no site da
SBPC/ML, na página do JBPML.
7
Raio X da
Norma PALC 2010
As auditorias do Programa de Acreditação de
Laboratórios Clínicos (PALC), da SBPC/ML,
são realizadas com base na Norma PALC 2010.
O destaque desta versão da norma em
relação às anteriores é o capítulo com
requisitos sobre Gestão dos Riscos e da
Segurança do Paciente.
A inclusão desses requisitos é um exemplo da
preocupação da SBPC/ML de manter o PALC
sempre atualizado em relação às tendências
e normas internacionais.
“Através desta iniciativa, a SBPC/ML contribui, mais uma vez, para a atualização dos
laboratórios clínicos e para o aperfeiçoamento dos sistemas de saúde brasileiros”, diz o
diretor de acreditação, Wilson Shcolnik.
A Norma 2010 contém 17 capítulos. Cada um
aborda requisitos sobre temas específicos
que serão verificados na auditoria do PALC.
Os capítulos são divididos em itens apresentados de forma prática, didática e com
linguagem objetiva para facilitar a compreensão dos requisitos pela equipe do laboratório nos preparativos para a acreditação e
também para acompanhar o trabalho dos
auditores durante a auditoria.
Em cada item são descritos o requisito que o
laboratório deve atender e a evidência
objetiva correspondente que o auditor vai
examinar.
1.Organização Geral e Gestão
N° ITEM
1.1
1.2
N° ITEM REQUISITO
REQUISITO EVIDÊNCIA OBJETIVA
O laboratório e o posto de coleta, ou a instituição de que façam parte, devem estar legalmente habilitados junto aos órgãos públicos e
ao conselho regional profissional. Os comprovantes desta documentação devem ser enviados ao PALC, antes da auditoria externa, para
análise.
O laboratório e o posto de coleta devem ter um
responsável técnico habilitado, registrado no
conselho regional profissional correspondente,
e um profissional legalmente habilitado para
substituí-lo, em todas as suas unidades legalmente estabelecidas. Perante a Vigilância Sanitária, cada profissional habilitado pode ser responsável por até duas unidades. Os comprovantes desta documentação devem ser enviados ao PALC, antes da auditoria externa, para
análise.
EVIDÊNCIA OBJETIVA
Examinar o alvará de localização, a licença da Vigilância Sanitária local ou o protocolo vigente (revalidado anualmente), o
registro do laboratório junto ao
conselho regional profissional
competente e o registro no CNPJ
do local da sede do laboratório.
Examinar o registro do(s) responsável(is) técnico(s) no conselho regional correspondente,
para o local sede do laboratório
e para os postos de coleta.
Verificar a existência do (s) responsável(is) técnico (s) substituto(s).
A Norma PALC 2010 contém 17 capítulos, glossário com
mais de 100 verbetes e referências bibliográficas
PALC
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
8
Organização Geral e Gestão - 7 itens
Gestão do Sistema da Qualidade - 5 itens
Gestão e Controle da Documentação - 7
itens
Gestão de Registros Técnicos e da Qualidade - 4 itens
Gestão de Não Conformidades, Reclamações de Clientes e Melhoria Contínua - 4
itens
Gestão de Laboratório de Apoio - 5 itens
Gestão de Equipamentos e Insumos - 14
itens
Gestão da Fase Pré-analítica - 19 itens
9. Gestão da Fase Analítica - 7 itens
10. Gestão dos Testes Laboratoriais Remotos - 5
itens
11. Garantia da Qualidade - 17 itens
12. Gestão da Fase Pós-analítica e dos Laudos 13 itens
13. Gestão de Pessoal - 9 itens
14. Gestão da Informação Técnica - 2 itens
15. Gestão Ambiental e da Segurança - 6 itens
16. Gestão do Sistema de Informação Laboratorial (SIL) - 14 itens
17. Gestão dos Riscos e da Segurança do
Paciente - 9 itens
A Norma PALC 2010 está disponível para consulta e download em arquivo “pdf”
(520 KB) no site da SBPC/ML (www.sbpc.org.br) e na Biblioteca Digital SBPC/ML
(www.bibliotecasbpc.org.br).
Mais informações: [email protected], tel. (21) 3077-1400.
Foto: Jota Freitas / Bahiatursa
Preparada para o turismo
Segundo o relatório, a Bahia ocupa o primeiro lugar na
atração de turistas internacionais na região, com 6%
de participação no mercado brasileiro nessa área.
No ranking geral, o estado da Bahia é o terceiro mais
procurado pelos visitantes que chegam de avião, atrás
de São Paulo e Rio de Janeiro.
O estudo também mostra que Salvador é a quinta
cidade mais visitada por estrangeiros e a terceira
pelos que chegam ao Brasil por via aérea.
Segundo a Secretaria do Turismo da Bahia (Setur),
esses resultados refletem o trabalho desenvolvido
para incentivar o turismo. Foram investidos R$ 5
milhões na promoção Destino Bahia, que recomenda o
estado como preferência para os turistas. Em 2010, o
programa Bahia é Muito Mais qualificou 1.475 profissionais da área e pretende preparar mais 20 mil até o
final deste ano.
O 46º Congresso da SBPC/ML, de 4 a 7 de setembro de
2012, será em Salvador, capital do estado da Região
Nordeste que mais atrai visitantes estrangeiros nos
últimos anos. É o que mostra o Estudo da Demanda
Internacional do Brasil, realizado pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para o
Ministério do Turismo, cujos resultados foram divulgados em outubro.
Desde 2007, foram incorporados 17 novos voos internacionais à rota da Bahia. Em 2009, o número de
desembarques nacionais e internacionais em Salvador
cresceu 11,8%, enquanto que no ano passado, o
aumento foi de 14%. Na rede hoteleira, a média anual
de 2010 da taxa de ocupação ficou em 67,64%.
Fonte: Setur
Câmara aprova PEC que cria carreira de estado para médicos
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
da Câmara dos Deputados aprovou no dia 20 de
outubro a admissibilidade da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 454/09, que cria a carreira de
médico nos serviços públicos federal, estadual e
municipal e estabelece a remuneração inicial da
categoria em R$ 15.187,00.
Os autores são os deputados do DEM Eleuses Paiva (SP)
e Ronaldo Caiado (GO), e recebeu parecer favorável
do relator, deputado Mendonça Prado (DEM-SE).
Para ele, ao criar um piso salarial para os médicos, a PEC
dá o primeiro passo para que também outros profissionais brasileiros sejam devidamente remunerados.
A proposta será examinada por uma comissão especial
e, depois, votada em dois turnos pelo Plenário, sujeita
à aprovação de no mínimo 3/5 dos 513 deputados.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Segundo a PEC, a ascensão funcional do médico de
estado será realizada alternadamente pelos critérios
de merecimento e antiguidade, considerando o
aperfeiçoamento profissional, conforme normas
estabelecidas pela Associação Médica Brasileira e pelo
Conselho Federal de Medicina.
“Para se atingir níveis melhores na saúde do país, é
preciso que o Estado apresente políticas consistentes
para a reformulação das estruturas físicas e para a
organização de um plano de carreira, cargos e salários
que esteja à altura da grandeza da ação dos profissionais de Medicina”, argumentou o relator.
9
AMB empossa nova diretoria
No dia 22 de outubro tomaram posse as novas diretorias da
Associação Médica Brasileira (AMB) e da Associação Paulista
de Medicina (APM) para o período 2012/2014. O novo presidente da AMB é Florentino Cardoso (CE), que substitui José
Luiz Gomes do Amaral (SP). Na APM, a presidência fica com
Florisval Meinão, no lugar de Jorge Carlos Machado Curi.
No evento também foram comemorados os 60 anos da AMB e
os 80 da APM.
Diretoria AMB para 2012/2014
Presidente: Florentino de Araújo Cardoso Filho (CE)
Secretário-Geral: Aldemir Humberto Soares (SP)
1º Secretário: Antonio Jorge Salomão (SP)
1º Tesoureiro: Luc Louis Maurice Weckx (SP)
2º Tesoureiro: José Luiz Bonamigo Filho (SP)
1º Vice-presidente: Jorge Carlos Machado Curi (SP)
2º Vice-presidente: Newton Monteiro de Barros (RS)
Fonte: Imprensa AMB
Foto: Osmar Bustos / AMB
Vice-presidente Centro: Lairson Vilar Rabelo (DF)
Vice-presidente Centro-Oeste: Antonio Fernando Carneiro (GO)
Vice-presidente Norte: Carlos David Araújo Bichara (PA)
Vice-presidente Norte-Nordeste: Maria Sidneuma Melo Ventura (CE)
Vice-presidente Nordeste: Álvaro Roberto Barros Costa (RN)
Vice-presidente Leste-Nordeste: Petrônio Andrade Gomes (SE)
Vice-presidente Leste-Centro: José Luiz Weffort (MG)
Vice-presidente Leste-Sul: Celso Ferreira Ramos Filho (RJ)
Vice-presidente Centro-Sul: José Fernando Macedo (PR)
Vice-presidente Sul: Murillo Ronald Capella (SC)
Diretor do D.A.P.: Robson Freitas de Moura (BA)
Diretor Cultural: Hélio Barroso dos Reis (ES)
Diretor de Defesa Profissional: Jurandir Coan Turazzi (SC)
Diretor de Relações Internacionais: Miguel Roberto Jorge (SP)
Diretor Científico: Edmund Chada Baracat (SP)
Diretor de Economia Médica: Roberto Queiroz Gurgel (SE)
Diretor de Saúde Pública: Modesto Antonio de Oliveira Jacobino (BA)
Diretora de Comunicações: Jane Maria Cordeiro Lemos (PE)
Diretor Acadêmico: Marcos Pereira de Ávila (GO)
Dir. de Atendimento ao Associado: Guilherme Benjamin Brandão Pitta (AL)
Diretor de Proteção ao Paciente: Rogério Toledo Júnior (SP)
Diretor de Marketing: José Carlos Vianna Collares Filho (MG)
Florentino Cardoso na cerimônia de posse
T. cruzi ajuda no combate a doenças cardíacas
Estudo do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo
(Incor-USP) mostra que o Trypanosoma cruzi, causador da
doença de Chagas, produz a enzima transialidase, que ajuda a destruir as placas de colesterol nas artérias e reduzir o
risco de infarto. Realizado há quase dez anos, o estudo comprovou os resultados em animais.
As pesquisas sobre a enzima são coordenadas pela diretora
do Laboratório de Inflamação e Infecção do InCor-USP, Maria
de Lourdes Higuchi. Ela verificou que os doentes de Chagas
tinham uma vantagem em relação a outras pessoas.
“Nenhum deles apresentava histórico de aterosclerose.
Resolvemos, então, começar a estudar os motivos disso”,
explica Higuchi.
A enzima produzida pelo protozoário “rouba” das células humanas ácido siálico, que ajuda as bactérias a se unir ao co10
lesterol e se prender nas paredes arteriais, formando blocos
de gordura. Sem o ácido siálico nas células, porém, as placas de gordura se desmancham.
Segundo Higuchi, a ação da transialidase no combate ao acúmulo de colesterol já foi testada e confirmada em coelhos.
A enzima foi introduzida em um grupo de animais submetidos à dieta rica em colesterol LDL e os resultados comparados com outros coelhos que não receberam a transialidase.
O nível de LDL no grupo com a enzima era muito mais baixo.
A enzima também foi testada em outras situações. “Descobrimos que é anti-inflamatório e previne a morte celular.
Decidimos testar em feridas causadas por radioterapia”,
conta a pesquisadora.
Fontes: Agência Brasil e SPNotícias
11
Pesquisa quer entender mecanismo da HAM/TSP
mil genes de três grupos de pessoas — 28 sadias, 26
portadores assintomáticos e 21 pacientes com
HAM/TSP — foram analisados, por mostras sanguíneas,
através da técnica de microarray.
Uma pesquisa realizada na Faculdade de Ciências
Farmacêuticas de Ribeirão Preto (www.fcfrp.usp.br),
da USP, procura entender porque isso acontece.
Tomazini estudou o tema em seu mestrado Perfil de
Expressão Gênica de Linfócitos T CD4+ na infecção
pelo HTLV-1, apresentado no início de agosto na FCFRP.
No estudo foi descoberto que os genes Paxilina, CXCR4,
IL-27, Granzima A, Perfurina e FOXP3, expressos de
modo diferente nos linfócitos TCD4 de pessoas infectadas pelo HTLV-1, podem ter algum tipo de influência no
desenvolvimento da doença. Segundo a biomédica
Mariana Tomazini (foto), as células dendríticas reconhecem os vírus e outros agentes invasores e os apresentam
aos linfócitos TCD4, que produzem vários fatores e
citocinas, ocasionando a resposta imunológica.
Fonte: Agência USP de Notícias
Foto: divulgação
Apenas 3% a 5% das pessoas infectadas pelo vírus HTLV1 — que afeta cerca de 20 milhões de pessoas — desenvolvem a HAM/TSP, doença infecciosa caracterizada
por paralisar os membros inferiores.
“Nosso objetivo é verificar os genes que estavam
diferencialmente expressos entre os grupos infectados e
não infectados pelo HTLV-1, na tentativa de compreender o desenvolvimento da HAM/TSP”, diz a biomédica.
Os resultados mostram que as pessoas infectadas pelo
HTLV-1 têm um aumento da expressão desses genes
em comparação ao grupo sadio. Segundo Mariana, 44
Citocina protege células produtoras de insulina
Foto: divulgação
Estudo do pesquisador Gustavo dos Santos, do Instituto de Biologia da Unicamp - www.ib.unicamp.br
(foto), mostra que a citocina anti-inflamatória (CNTF)
protege contra a morte as células produtoras de
insulina, beta pancreáticas.
“Como uma das causas do diabetes é a morte dessas
células, a CNTF pode ser um novo aliado contra esse
mal”, diz Santos.
Segundo seu estudo, a CNTF pode garantir efeito
protetor prolongado defendendo as células secretoras
de insulina por 30 dias após o início do tratamento, o
12
que abre novas possibilidades para a terapêutica
auxiliar do diabetes. Ao saber que a CNTF protege as
ilhotas pancreáticas e que a AMPK — proteína quinase
ativada por AMP — participa do processo de morte
celular, Santos quis avaliar se o efeito protetor dependia da inibição da AMPK e se ela era importante no
processo de morte da célula beta pancreática, logo no
desenvolvimento do diabetes.
Nos testes feitos com ratos, a CNTF protegeu a célula
beta pancreática da morte por indução por aloxana e
por IL1-beta. Essa ativação da AMPK é, em parte,
responsável pela morte de células-beta e, embora
melhore o efeito da insulina, a ativação pode matar as
próprias células produtoras de insulina. Devido ao
desempenho de funções importantes nas células betapancreáticas, a CNTF e a AMPK podem ser alvos
terapêuticos para o tratamento do diabetes.
O artigo CNTF protects MIN6 cells against apoptosis
induced by Alloxan and IL-1â through down regulation
of the AMPK pathway foi publicado em outubro, na
revista Cellular Signaling.
Fonte: Jornal da Unicamp
Anvisa cria Câmara Técnica
de Produtos Biológicos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou a Câmara
Técnica de Produtos Biológicos (Catebio), que discutirá desenvolvimento e registro de produtos biológicos, estabelecimento de
diretrizes e elaboração de guias por categoria de produtos.
O uso de produtos biológicos no Brasil — vacinas, soros, vírus,
hormônios, hemoderivados, fermentos e vitaminas naturais ou
sintéticas — tem cobertura assistencial de programas do Ministério
da Saúde. Esses produtos representam 41% do total gasto anualmente pelo ministério com medicamentos.
A iniciativa da Anvisa faz parte das metas da Organização Mundial
de Saúde (OMS) de combate às desigualdades na saúde. Baseada em
regulamentações e diretrizes internacionais, a Agência vai preparar
normas necessárias para a produção de medicamentos biológicos
porque estão expirando as patentes de muitos desses produtos.
Ao mesmo tempo, a medida atende à estratégia do governo
brasileiro de oferecer em larga escala produtos biológicos com
preços acessíveis, mas com a mesma eficácia e qualidade do
medicamento original.
Fonte: Agência Brasil
Ressarcimento ao SUS
Em setembro, a ANS fez o primeiro
repasse direto ao Fundo Nacional de
Saúde, no valor de 76,1 milhões.
Essa quantia foi arrecadada das operadoras como ressarcimento ao SUS
por internações hospitalares nos últimos dois anos.
Fonte: Imprensa da ANS
Produtos biotecnológicos
A Anvisa publicou dois guias com regras para registros de produtos biotecnológicos no Brasil. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
é um estímulo para a produção nacional desse tipo de produto, o que
pode garantir remédios mais baratos
e permitir ao SUS ampliar o atendimento à população.
Fonte: Agência Brasil
SUS vai oferecer teste rápido para sífilis
Doença de Chagas
Um teste rápido de triagem para diagnóstico de sífilis será oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. Até o fim de
2011, o Ministério da Saúde vai comprar 392 mil kits para implantar
o teste na rede pública.
O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de
Vigilância em Saúde já capacitou 350 pessoas que treinarão os
profissionais de saúde que aplicarão o teste rápido. A previsão é
que até o final do ano 680 técnicos estejam aptos para orientar os
serviços locais de saúde sobre como realizar o exame.
“Com a Rede Cegonha, o ministério quer garantir que 100% das
gestantes e seus parceiros sexuais tenham acesso ao exame de
sífilis e, quando necessário, ao tratamento”, diz o Ministro da
Saúde, Alexandre Padilha. A Rede Cegonha reúne a integração de
serviços e medidas para a atenção à gestante e seu bebê, desde o
planejamento familiar aos primeiros dias após o parto.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que a prevalência
de sífilis em parturientes encontra-se em 1,6%, cerca de quatro
vezes maior que a prevalência da infecção pelo HIV.
“O esforço é para conseguirmos
eliminar a forma congênita da
doença, aquela que é transmitida de
mãe para filho, até o ano de 2015.
Esses casos são inaceitáveis e revelam dificuldades de acesso a um prénatal de qualidade que precisam ser
superadas rapidamente”, explica o
Secretário de Vigilância em Saúde,
Jarbas Barbosa.
Fonte: Ministério da Saúde
O Brasil vai dobrar a produção anual
de benzonidazol, medicamento
usado para tratamento da doença de
Chagas. Ao invés de 1,2 milhão de
comprimidos por ano, que é a quantidade atual, serão produzidos 3,2
milhões. O aumento foi pedido pela
OMS e pela Organização PanAmericana da Saúde (Opas) para
atender à demanda global pelo medicamento. Desde 2008, o Brasil é o
único produtor desse medicamento
no mundo.
13
Foto: divulgação
Nanofios de ouro ajudam tecido cardíaco
Pesquisadores do Hospital das Crianças de
Boston (www.childrenshospital.org) e do
Instituto de tecnologia de Massachusetts
(web.mit.edu), nos EUA, usaram nanotecnologia e minúsculos fios de ouro (foto) para
criar adesivos cardíacos, que podem algum
dia ajudar pacientes com parada cardíaca.
A inclusão de fios de ouro ao tecido cardíaco
cultivado in vitro torna-o eletricamente
condutor. Após a incubação, os adesivos
crivados com os nanofios foram engrossados e suas células cardíacas musculares
melhor organizadas.
células se contraiam ao mesmo tempo,
mesmo quando o estímulo acontece longe,
isso mostra que o tecido está conduzindo”,
explica Daniel Kohane.
Ele acredita que as fibras de ouro ajudam,
pois são longas o suficiente para cruzar a
estrutura que suporta as células e pode
funcionar como barreira para a condução da
corrente elétrica.
Só houve testes com células de cultura. A
equipe pretende verificar como elas funcionam no animal vivo. Kohane acredita que
esses nanofilamentos poderiam ser aplicados
para a construção de qualquer tecido estimulado eletricamente, incluindo-se células
do cérebro e da medula espinhal.
Quando as células foram estimuladas elas
produziram um pico de tensão mensurável e
comunicação entre os feixes adjacentes
dessas células. Em contraste, apenas uma
corrente insignificante passou através dos
adesivos que não tinham as nanofibras, e as
células bateram apenas em grupos isolados.
O artigo Nanowired three-dimensional
cardiac patches foi publicado na edição de
25 de setembro de 2011 de Nature
Nanotechnology.
“Os nanofios de ouro permitem que várias
Fonte: ScienceDaily
Um estudo feito na Faculdade de
Medicina da Universidade de Yale
(www.medicine.yale.edu), nos EUA
(foto), deu um passo à frente nas
pesquisas sobre tratamento e monitoramento de melanoma, o quinto
tipo de câncer mais comum entre
homens e o sétimo entre mulheres.
Harriet Kluger e sua equipe testaram o plasma de 216 pacientes,
sendo que 108 já apresentavam metástase e 108 restantes estavam
nos estágios 1 ou 2 da doença.
Eles identificaram sete marcadores no plasma. Indivíduos com
metástase tinham níveis mais
altos de marcadores que pacientes no estágio inicial da doença. Cerca de 76% em fase inicial
não apresentaram nenhuma elevação dos marcadores, enquanto
83% dos que já tinham metástase
apresentaram pelo menos um dos
marcadores elevados.
14
Os pesquisadores calcularam que o
teste apresenta confiabilidade de
0,898, em tabela que varia de 1
(apresenta um ótimo resultado) a
0,5 (o resultado é inútil).
“Esses resultados precisam ser confirmados antes que o método seja
usado em clínica, mas eles mostram que este teste é possível”,
explica Kluger.
O artigo Plasma Markers for
Identifying Patients with Metastatic Melanoma foi publicado na
edição de 1º de outubro de 2011 de
Clinical Cancer Research.
Fonte: ScienceDaily
Foto: divulgação
Marcador para risco de metástase em melanoma
Engenheiros de tecidos medem biomateriais
Para melhorar o conhecimento na área de
engenharia de tecidos, pesquisadores da
Universidade de Brown (www.brown.edu),
nos EUA, desenvolveram um sistema
simples e confiável que mede a energia que
as células aplicam para poder construir um
tecido tridimensional.
Segundo Jeffrey Morgan, do Centro de
Engenharia Biomédica da universidade,
esse conhecimento é importante para se
avaliar a rapidez e a estabilidade com que
certas células vão se combinar em determinado tecido. Mas a medição da energia
usada pode ajudar também a compreender
o crescimento natural dos tecidos, como,
por exemplo, o desenvolvimento fetal, ou
como células cancerígenas se soltam do
tumor e circulam pelo corpo.
Foram depositadas células em pequenos
poços existentes em uma superfície com
dimensões naométricas (1nm = 1 milionési-
mo de mm). No centro de cada um havia um
cone com diferentes graus de inclinação. A
atração mútua das células fez com que elas
deslizassem para cima do cone. A taxa com
que essas células superavam a força da
gravidade para subir o cone forneceu um
valor para a energia geral gasta pelas
células. No estudo, foram usadas células
epiteliais e hepáticas, mas esse sistema
serve para outros tipos.
Morgan explica que eles pretende descobrir
como as células formam estruturas tridimensionais espontaneamente. Conhecer a
taxa com que elas fazem isso é importante
para se desenvolver algo mais complexo.
O artigo Quantification of the forces
driving self-assembly of threedimensional microtissues foi publicado na
edição de 26 de abril de 2011, de Proceedings of the National Academy of Sciences
Fonte: ScienceDaily
TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO
EM MEDICINA
LABORATORIAL
POSICIONAMENTO DA SBPC/ML 2011
Documento foi produzido por uma
parceria da Sociedade Brasileira de
Patologia Clínica / Medicina Laboratorial
(SBPC/ML) com empresas especializadas
em tecnologia da informação.
Acesse o conteúdo do documento no link:
www.sbpc.org.br/timl
15
Foto: divulgação
Mecanismo protege contra a malária
Portadores de anemia falciforme
apresentam incidência reduzida de
malária, quando comparados com indivíduos com glóbulos vermelhos normais. Um estudo mostra que uma mutação em um gene que está na origem dessa anemia é mais comum do
que se pensava em populações que vivem em zonas endêmicas de malária,
como a África.
Miguel Soares
Uma equipe do Instituto Gulbenkian
de Ciência - IGC (www.igc.gulbenkian.pt), de Portugal, liderada por Miguel Soares, descodificou o mecanismo presente na anemia falciforme que
confere proteção contra a malária.
Ana Ferreira, pesquisadora do IGC, demonstrou que ratos geneticamente
modificados para produzirem uma cópia de hemoglobina falciforme não desenvolveram malária cerebral. A hemoglobina falciforme torna os hospedeiros tolerantes ao parasita da malá-
ria, porque confere um efeito protetor sem afetar a capacidade do parasita de infectar o hospedeiro.
O mecanismo molecular que justifica esse efeito de proteção é mediado pela enzima heme oxigenase-1,
que produz monóxido de carbono
que protege contra a malária cerebral. O gás impede que o parasita
Plasmodium cause a reação que leva
à morte do hospedeiro.
Com esses resultados, os pesquisadores acreditam que esse mecanismo pode estar subjacente a outras doenças
genéticas que afetam os glóbulos vermelhos e que conferem proteção contra a malária.
O artigo Normal and sickle red blood
cells foi publicado no dia 29 de abril,
na revista Cell.
Fonte: Alphagalileo
Remédios feitos de plantas transgênicas
O Reino Unido aprovou o primeiro teste clínico europeu de um anticorpo monoclonal produzido a
partir de plantas geneticamente modificadas. Esta
decisão abre o caminho para os testes, em humanos,
de um produto anti-HIV feito de tabaco geneticamente modificado.
O teste vai verificar a segurança de um anticorpo de
origem vegetal projetado para interromper a transmissão do HIV entre parceiros sexuais quando aplicado
diretamente à cavidade vaginal. Se a segurança for
comprovada nos 11 participantes, os pesquisadores
podem testar a eficácia do produto.
O ensaio clínico, realizado no Centro de Pesquisa
Clínica da Universidade de Surrey (www.surrey.ac.uk/crc), testará uma aplicação tópica microbicida anti-HIV. O ingrediente ativo na microbicida é um anticorpo monoclonal chamado P2G12. Se for bem sucedido, os pesquisadores prevêm que P2G12 será usado
em combinação com outros anticorpos neutralizantes,
também produzidos em plantas, para criar um produto
microbicida vaginal amplamente protetor.
Segundo o coordenador da pesquisa, Rainer Fischer, do
Instituto Fraunhofer (www.fraunhofer.de), na
Alemanha, agora será mais fácil produzir na Europa medicamentos modernos a partir de plantas transgênicas.
16
“Embora isso tenha levado muitos anos e investimentos para se estabelecer, esta aprovação é um trampolim para a biotecnologia vegetal europeia que permitirá a realização de muitos e importantes produtos
médicos", comemora Fischer.
Fonte: AlphaGalileo
17
Foto: divulgação
Estratégias contra metástase de tumor invasivo
A descoberta do mecanismo usado
pelas células tumorais para invadir o
tecido sadio possibilita o desenvolvimento de novas ferramentas de
diagnóstico e de estratégias para
impedir a propagação do câncer.
Pesquisadores da Universidade
Hebraica de Jerusalém (www.huji.ac.il/huji/eng), em Israel, liderados por Yinon Ben-Neriah e Eli
Pikarsky (foto), descobriram um
programa operado por uma combinação de genes que, ativados em
conjunto, conferem propriedades
invasivas sobre células epiteliais.
No entanto, apenas o gene p53, o
mais importante desse grupo,
detém o crescimento celular e
induz a sua morte.
Um modelo desenvolvido na universidade demonstra como pode ser
evitado o processo de invasão
geneticamente induzido de tecido
tumoral se o p53 estiver ativo.
Essas descobertas permitem novas
estratégias de tratamento contra a
metástase das células de tumor
invasivo. Através de uma definição
molecular rápida e exata de lesões
invasivas versus não-invasivas,
poderão ser implantados novos
tratamentos.
O artigo CKIá ablation highlights a
critical role for p53 in invasiveness
control foi publicado em 16 de
fevereiro em Nature.
Fonte: ScienceDaily
Vitamina D pode diminuir risco de diabetes tipo 2
Um estudo em conjunto do Centro de Pesquisas
Alemão para Saúde Ambiental (www.helmholtzmuenchen.de), do Centro Alemão de Diabetes
(www.uniklinik-duesseldorf.de) e da Universidade de
Ulm (www.uni-ulm.de), na Alemanha, mostra que
pessoas que têm grande concentração de vitamina D
no sangue apresentam chance menor de desenvolver
diabetes mellitus do que as que têm baixa quantidade
dessa vitamina.
Acredita-se que este fenômeno possa ocorrer, entre
outros fatores, em função do efeito anti-inflamatório
da vitamina D.
O corpo humano é capaz de produzir vitamina D
quando exposto a uma quantidade suficiente de luz
solar. Os raios ultravioleta B que incidem na pele
quebram o 7–dehidrocolesterol que se transforma na
pré-vitamina D3. Posteriormente, fígado e rins terminam o processo de síntese da vitamina. Alimentos
18
como peixes oleosos, ovos e laticínios podem complementar seus níveis no sangue.
Mas quem tem hábitos de vida que levam à menor
exposição à luz solar ou vive em determinadas
regiões do planeta está sujeito a apresentar carência
dessa vitamina.
“Se estudos posteriores confirmarem nossos resultados, um foco na melhoria dos níveis de vitamina D para
o público em geral poderia ao mesmo tempo reduzir o
risco de se desenvolver diabetes”, diz Barbara Thorand, coautora da pesquisa.
O artigo Effect of Serum 25-Hydroxyvitamin D on Risk
for Type 2 Diabetes May Be Partially Mediated by
Subclinical Inflammation: Results from the
MONICA/KORA Augsburg study” foi publicado na
edição de 26 de agosto de 2011 de Diabetes Care.
Fonte: AlphaGalileo
Modelo em computador ajuda plano de vacinação
Segundo um estudo conduzido pela Universidade de
Pittsburg (http://pitt.edu), nos EUA, planejar apropriadamente antes de se introduzir novos programas
de imunização ativa em um país em desenvolvimento
pode prevenir os problemas de armazenamento e
transporte, que diminuem em até 2/3 a disponibilidade de vacinas existentes.
Os pesquisadores investigaram se a introdução da
vacina contra o rotavírus ou pneumococos sobrecarregaria a cadeia de fornecimento existente. Eles desenvolveram um modelo em computador para determinar
o impacto em um programa de imunização no Níger.
Os resultados mostraram que introduzir uma das
vacinas poderia sobrecarregar os refrigeradores de
armazenagem e transporte, dificultaria o fluxo dos
produtos para as clínicas e poderia diminuir a disponibilidade das vacinas para os pacientes em até 69%.
O modelo pode avaliar as necessidades da cadeia de
fornecimento das vacinas ou a série de etapas necessárias para que o produto seja enviado à população-alvo.
“Nosso estudo destaca a importância de um planejamento prévio ao se introduzir novas vacinas, de modo
a se evitar alterações temporárias de última hora
para se resolver problemas”, explica Bruce Y. Lee,
um dos autores.
O artigo Impact of Introducing the Pneumococcal and
Rotavirus Vaccines Into the Routine Immunization
Program in Niger foi publicado na edição de 22 de
setembro de 2011 de American Journal of Public
Health.
Fonte: Science Daily
Mortes por malária diminuem na última década
Relatório da Organização Mundial
de Saúde (OMS) mostra que as mortes em todo o mundo por malária diminuíram 20% entre 2000 e 2009.
Reduziram de 985 mil para 781 mil.
Nesse período, os casos registrados
da doença caíram de 233 milhões para 225 milhões.
o título de livres de malária. Em
compensação, a doença é considerada endêmica em 108 nações, entre elas o Brasil, e cerca de 40% da
população mundial está em risco
de contrair a doença.
No Brasil, a doença é endêmica na
Amazônia Legal, onde ocorrem 90%
Segundo o documento, os fundos in- dos casos registrados no país. Em seternacionais de combate à malária tembro, o Ministério da Saúde anunaumentaram de US$ 200 milhões, em ciou que 47 municípios da região
2004, para US$ 1,5 bilhão, em 2009.
vão receber 1,1 milhão de mosquiO relatório mostra que sete países teiros ou cortinados impregnados
conseguiram eliminar a doença e tra- com inseticida de longa duração.
balham para evitar que ela seja rein- O relatório World Malaria Report
troduzida em suas fronteiras. Dez 2010 pode ser consultado no site
países tentam zerar o número de ca- da OMS, em www.who.int.
s o s . E m 2 0 1 0 , M a r r o c o s e Fontes: Agência Brasil e OMS
Turquemenistão receberam da OMS
Notícias
medicina
LABORATORIAL
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica
Medicina Laboratorial
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20
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(21) 3077-1400
com Lidia Côrtes
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