CAPITULO 5. TREINAMENTO HIPERTROFICO, SARCOPENIA E

Propaganda
Silvia Maria Pereira 56 CAPITULO 5. TREINAMENTO HIPERTROFICO, SARCOPENIA E CLIMATERIO Silvia Maria Pereira training, stretching, gym located among others. Physical evaluation was performed before and after 5 months of training, comprising: girth, body composition, postural assessment, cardiorespiratory fitness, flexibility, abdominal. We compared the results of the physical evaluations before and after training, from calculations /results provided by the Physical Test program, presented in tables and graphs FMU, SP, Brasil [email protected] Estudo de caso RESUMO A perda de massa muscular (sarcopenia) associada ao envelhecimento é um processo progressivo e causa redução da força muscular. O treinamento hipertrofico é um importante interventor na sarcopenia, para um envelhecimento sadio e independente (ORSATTI e tal 2006). O objetivo geral deste estudo de caso foi a diminuição do percentual de gordura, ganho de massa muscular e qualidade de vida. Como objetivo específico, ganho de massa muscular na região dos glúteos e MMII (diminuição no processo de sarcopenia). Para tanto, foi submetido ao treinamento personalizado, indivíduo do sexo feminino, com idade de 51 anos, o treinamento que teve duração de cinco meses, foi composto por diversas modalidades. Foi realizada avaliação física pré e pós­treinamento. Os resultados foram apresentados em forma de tabelas e gráficos. Palavr as­chave: climatério, mulher. Treinamento, sarcopenia, ABSTRACT The loss of muscle mass (sarcopenia) associated with aging is a progressive process and causes reducing of muscle strength. Thehypertrophic training is an important intervenor in sarcopenia, for a healthy aging and and independent (and such Orsatti 2006). The aim of this case study was the decrease in fat percentage, increase in muscle mass and quality of life. Specific objectives were to gain muscle mass in the region of the buttocks and lower limbs (decrease in the process of sarcopenia). Therefore, it was subjected to personal training, individual female, aged 51 years, the training had duration five months, consisted of classes in weight Keywor ds: Training, sarcopenia, postmenopausal, woman. INTRODUÇÃO Toda mulher, independente de nacionalidade, cultura ou classe sócio econômica em que esteja inserida, passará pelo período Climatério, fase que envolve a parada de função reprodutora da mulher, de modo progressivo com a diminuição da fertilidade por meio das perdas na produção hormonal, perda de massa muscular (sarcopenia) entre outras. Esse processo de perda tem inicio por volta de 35 a 45 anos e continua no decorrer da vida. O período seguinte é conhecido como menopausa onde ocorre a cessação da menstruação. Para perda hormonal algumas recorrem ao tratamento medicamentoso TRH, para perda de massa muscular se faz necessária a pratica de atividade física resistida. Segundo MORI e COELHO (2004) a menopausa é um evento muito marcante na fase da meia idade, e não deve ser visto como doença e sim como mais uma etapa natural da vida das mulheres. Embora a sarcopenia seja multifatorial, a diminuição da atividade física, o aumento nos processos catabolicos e as alterações nos hormônios de crescimento e sexuais tem um importante papel predisponente.
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira Existem também os fatores psicossociais que atingem boa parcela das mulheres, principalmente nessa fase da vida. É como se o fato de envelhecer não fizesse mais parte da vida, está fora de moda. Por outro lado, há uma enorme oferta para resolução imediata do problema de perda de massa muscular e flacidez, gorduras localizadas como: implantes de silicone no glúteo, panturrilhas, nos braços na região triceps e bíceps, lipoaspiração, entre outras. O fato é que muitas mulheres saudáveis, que poderiam estar praticando atividade física, estão recorrendo a procedimentos cirúrgicos. Estudos como de CALLE Et al. (2003) realizado com indivíduos do sexo feminino, no período pós menopausa, demonstrou que por meio do treinamento com peso, teve como resultado um ganho médio de 1kg de massa muscular e perda média de 1,200kg de massa gorda. Além disso, a atividade física contribui de diferentes formas para a melhora da condição clínica geral e mental da mulher nessa fase. REFERENCIAL TEÓRICO SARCOPENIA, CLIMATÉRIO E EXERCÍCIOS RESISTIDOS A perda de massa muscular (sarcopenia) associada ao envelhecimento é um processo progressivo e causa redução na força muscular, contribuindo para diminuição funcional e inabilidade física, particularmente em mulheres. Estima­se uma redução de 6% na massa muscular por década de vida a partir dos 50 anos e de 15% na força muscular entre a sexta e sétima décadas. Ao limitar a capacidade física, a sarcopenia predispõe a riscos de queda, fratura e dependência física, com repercussão na qualidade de vida para mulher. Embora a sarcopenia seja multifatorial, a diminuição na atividade física, o aumento nos processos catabolicos e as alterações nos hormônios de 57 crescimento e sexuais tem um importante papel predisponente. O treinamento hipertrófico é um importante interventor na sarcopenia, melhorando a habilidade física pelo aumento gradativo da massa muscular, que contribui para o desenvolvimento de força muscular, importante para um envelhecimento sadio e independente. Mostra­se como uma intervenção efetiva, segura e benéfica à saúde da mulher na pós­menopausa (ORSATTI Et al. 2006). O Principal objetivo de TREVISAN (2006) foi avaliar o efeito do treinamento com peso sobre indicadores da composição corporal, bioquímica, plasmática e gasto energético de repouso de mulheres na pós­ menopausa. Para tanto foram estudadas 30 mulheres na pós­menopausa (FSH maior que 40mil/ml) com idade entre 45 e 70 anos. Foram separadas em dois grupos GT: treinamento e GC: controle, cada grupo com 15 indivíduos, avaliou­se IMC e por meio de impedância bioéletrica (percentual de gordura corporal) e massa muscular. As mulheres do GT foram submetidas a um programa supervisionado de treinamento com pesos durante 16 semanas, 3x/semana. O grupo treinado apresentou aumento da massa corporal de 1,8Kg, massa muscular 2,0Kg e massa livre de gordura 1,4Kg, sem alteração da bioquímica plasmática. Na comparação entre os grupos houve diferença significante na variação de GER (aumento de 8,4%) e de massa muscular (aumento de 10,6%) em relação ao GC. O treinamento com peso foi efetivo no aumento do tecido magro e do gasto energético de repouso, independentemente de mudanças bioquímicas laboratoriais. Estudos como de CALLE Et al. (2003) realizado com 18 indivíduos do sexo feminino, no período pós menopausa, após realizarem exames médicos gerais, dobras, perimetria e espirometria, foram liberadas para atividade física resistida. Ao final do
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira treinamento com peso, que teve a duração de 4 meses/3 vezes por semana, teve como resultado um ganho médio de 1kg de massa muscular e perda média de 1,200kg de massa gorda. Além disso, a atividade física contribui de diferentes formas para a melhora da condição clínica geral e mental da mulher nessa fase. O “Menopausa em Forma” é um programa de promoção do exercício e da saúde de mulheres pós­menopáusicas, promovido pela Universidade de Trás­dos­Montes e Alto Douro (vila Real – Portugal) e que pretende demonstrar a eficácia de um programa de exercícios na melhoria da saúde cardiovascular, na aptidão física e funcional, no risco de queda e na sintomatologia do Climatério. Trata­se de um estudo randomizado, envolvendo 300 mulheres com amenorreia permanente e incluindo um número vasto de avaliações. O programa de exercícios físicos envolve 3 componentes, Step, musculação e flexibilidade/controle postural, sendo apresentadas as linhas orientadoras do mesmo, em função dos objetivos definidos para a investigação, (MOREIRA 2008). O estudo de STELLA Et al. (1998) conclui que cerca de 8,6% da população total Brasileira, é constituída de indivíduos com mais de 60 anos, o aumento desta população está associado á prevalência elevada de doenças crônico­degenerativas, entre elas as que comprometem o sistema nervoso central, particularmente a depressão. Neste estudo foi relacionada à contribuição da atividade física para idosos com depressão, esta condição de enfermidade mental coloca o indivíduo em risco de vida e nem sempre é diagnosticada. O envelhecimento normal pode apresentar lentificação nos processos mentais, mas isto não representa perda de funções cognitivas, envelhecer não deve ser sinônimo de adoecer, especialmente quando as pessoas desenvolvem hábitos de 58 vida saudável. A Atividade física contribui de diferentes formas para a melhora da condição clínica geral e mental do idoso deprimido, com redução dos níveis de hipertensão arterial, melhora da capacidade pulmonar, ganho de força muscular, melhora o desempenho das articulações, elevação da autoestima com redução dos níveis de depressão, das relações psicossociais e estimula às funções cognitivas, a atividade física regular deve ser considerada como uma alternativa não farmacológica do tratamento do transtorno depressivo. Este estudo teve duração de seis meses e foi realizado com três grupos de estudos, um primeiro grupo fez uso de medicamento (GM), o segundo apenas exercício físico (GE) e o terceiro combinado exercício físico e medicamento (GC), os três grupos apresentaram resultados semelhantes, com redução dos níveis de depressão, os (GM) mostrou uma resposta inicial mais rápida, após seis meses seguintes a pesquisa os sujeitos do (GE) apresentam menor taxa de recaída que os sujeitos do (GM) o que conclui o efeito real da atividade física. NUNOMURA ET al. (2004) teve como objetivo analisar o nível de estresse após doze meses de prática regular de atividade física, pois na atualidade o estresse é considerado uma patologia que atinge uma grande população, o estresse tem sido enfatizado por ser considerada a “doença do século” como consequência da somatória de fatores intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo. Para tanto o estudo comparou o nível de estresse de dezesseis indivíduos após a prática regular de atividade física no período de doze meses, o nível de estresse foi avaliado utilizando­se questionário: (a) ficha de dados pessoais, (b) inventário de qualidade de vida, (c) inventário dos sintomas de estresse, (d) inventário de autoprodução de estresse/modo de pensar, (e) inventário de autoprodução de estresse/modo de agir, e (f) questionário de
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira atitudes. Na análise estatística foi utilizado o teste “t” de Student. Estudos indicam que a participação dos fatores psicológicos é fundamental para o desenvolvimento da atividade física, existe uma relação muito estreita entre atividade física, saúde e qualidade de vida. O Conteúdo do programa de estudo inclui atividade como caminhada, atividades rítmicas, jogos, capoeira, atividades aquáticas, alongamento, atividades sociais como passeios, musculação entre outros. Os resultados revelaram que não houve diferença significativa na qualidade de vida em relação ao profissional/ aposentadoria, houve uma diferença numérica superior nas esferas social, afetiva e da saúde após doze meses de prática, em relação ao nível dos sintomas de estresse, houve melhoria se comparado à primeira avaliação. Dentre os declínios funcionais do processo de envelhecimento, a redução de densidade mineral óssea (DMO) assume particular importância pelo potencial desenvolvimento da osteoporose e por elevar o risco de fraturas em ambos. A queda na produção dos estrogênios, característica do estágio de vida após a menopausa, é um fator que acelera a redução de DMO. Isso faz das mulheres uma população especialmente suscetível, e da osteoporose primária do tipo I ­ ou após a menopausa, um grande interesse para a saúde pública. No Brasil, 10% da população feminina vivem um terço ou mais do total de anos de vida após a menopausa e a meta de assistência a essa parcela inclui medidas com enfoque na mudança comportamental e investimento de longo prazo na saúde. Uma das medidas preventivas que destacamos é a atividade física, especialmente os exercícios que desencadeiam contrações musculares contra alguma forma de resistência externa, geralmente pesos. O treinamento resistido (TR) quando praticado com regularidade, pode aumentar a força muscular com positivas repercussões na proteção contra as quedas, além do 59 eficiente estímulo para o aumento da massa óssea, influenciando fatores de risco relacionados com osteoporose. Com o objetivo de investigar o efeito do TR na prevenção dos fatores de risco para osteoporose primária do tipo I, relacionados a quedas (força muscular) DMO nos sítios de maior ocorrência de fraturas. Foi realizado um estudo de revisão dos trabalhos mais recentes, melhor elaborados, com controle mais rígido da metodologia a partir da consulta em bases de dados que apresentavam alta probabilidade de reunir os trabalhos de nosso interesse Foram encontrados vinte e seis estudos que atenderam os critérios de inclusão, realizados nos países Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, China, Estados Unidos, França, e Japão, com um total de 2.300 mulheres com idades entre 40 e 92 anos. Intervenções com treinamento resistido apresentaram resultados estatisticamente significantes sobre a força muscular e a densidade mineral óssea nas vértebras lombares, fêmur e em toda região do quadril. O treinamento resistido mostrou ser capaz de prover estímulo para aumentar a força muscular e a formação óssea, influenciando os fatores de risco relacionados com osteoporose e quedas seguidas de fratura em mulheres no estágio de vida após a menopausa (JOVINE 2006). Simão Et. al. (2008) cita que os exercícios resistidos são eficientes para aumentar a força, hipertrofia, potência e resistência muscular, mas dependendo dos objetivos e das diferenças individuais, os padrões de prescrição podem variar bastante. Uma série de variáveis pode ser controlada na prescrição dos exercícios resistidos, dentre os quais podemos destacar a ordem dos exercícios, o intervalo entre as séries e sessões, a frequência semanal, o número de repetições e séries, e a intensidade das cargas trabalhadas. CLIMATÉRIO, MENOPAUSA ASPECTOS ASSOCIADOS
E Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira A menopausa corresponde à cessação permanente da menstruação, consequente à perda da função folicular ovariana ou à remoção cirúrgica dos ovários. A idade média para ocorrência da menopausa natural gira em torno de 50 anos. A deficiência estrogênica decorrente da menopausa está associada com sintomas vasomotores, atrofia urogenital, declínio cognitivo, assim como a um aumento no risco de doenças crônico­degenerativas, aterosclerose e doença cardiovascular, osteoporose e doença de Alzheimer. A estrogenioterapia permanece sendo o tratamento mais efetivo para o manejo dos sintomas vasomotores e atrofia urogenital. Em mulheres com útero presente, a progesterona natural ou os progestogenios devem ser associados ao tratamento com estradiol para antagonizar os efeitos proliferativos deste hormônio sobre o endométrio e anular o risco de hiperplasia/carcinoma endometrial. Por outro lado, em determinadas condições clínicas, a terapia hormonal não é recomendada ou é mesmo contraindicada. Neste caso uma das indicações seria atividade física resistida, (SPRITZER, 2007). Esse estudo destaca a necessidade de abranger o estilo de vida, valorizando dieta, exercícios físicos, higiene mental e também o tratamento com medicamentos, quer hormonal, quer sem hormônios, ressaltando a necessidade de individualização das mulheres na fase que chamamos de Climatério, fase que envolve a parada de função reprodutora na mulher. Inicia­se de modo progressivo com a diminuição da fertilidade, por volta de 35 a 40 anos, dura até um ano após a cessação das menstruações (menopausa). Quando sintomático, abrange irregularidade menstrual, mudanças de textura de pele e da mucosa vaginal, aparecimento de ondas de calor, geralmente acompanhadas de sudorese. Considera­se normal a ocorrência da menopausa dos 40 aos 55 60 anos. Costuma­se esperar por um ano sem menstruação para considerar a fase pós­ menopausa. No passado a menopausa não era motivo de especial preocupação, dada a pequena proporção de mulheres que a atingiam. No sec.XVII, apenas 28% das mulheres vivia o suficiente para alcança­la, somente 5% ultrapassando os 75 anos. Atualmente nos países mais desenvolvidos, 95% das mulheres chegam a menopausa e 50% vivem além dos 75 anos (LOPES 2008). Segundo VIEIRA (2005) cada época, do seu jeito, influenciou a forma de agir e de pensar da mulher, o sujeito pós­moderno, aumenta sua interação com a máquina, enquanto a diminui com o gênero humano, no Ciberespaço nasce um indivíduo sem corpo nem espírito, cada usuário define a sua identidade, o gênero, a personalidade, que podem corresponder ou não com a realidade, o que configura uma existência não corpórea, mas real, um sujeito virtual, com esse anonimato a uma “liberdade” para a mulher moderna liberar suas fantasias sexuais, sentindo­se fortalecida em sua identidade feminina, nos bate­ papos virtuais não existe a repressão ou qualquer limite social, assim suas identidades femininas são liberadas, seus comportamentos são livres das convenções sociais, por suas identidades serem falsas a ausência de regras, aumenta a intimidade da mesma forma que o descompromisso. Os nomes virtuais dominam a identidade da mulher, desse modo, os espaços internautas cooperam para a fragmentação e a negação da verdadeira identidade da mulher pós­moderna. No presente há uma supervalorização do corpo feminino, sendo tal, visto como sua identidade, para muitas mulheres seu corpo é um privilégio, para outras habitá­lo é uma “pena imposta” a aparência e a postura do corpo não são adquiridas, mas construídas pela mulher, dependem do meio cultural a que estão agregadas, hoje para manter o corpo solicitado pela sociedade é comum mulheres desenvolverem doenças, como a
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira anorexia nervosa ou bulimia. A mulher contemporânea impõe­se na sociedade em diferentes áreas, inclusive na sexual, mas ainda é muito comum ver nas famílias, que as meninas devem ser reservadas, e os meninos estimulados ao sexo, a saírem para festas ainda no inicio da adolescência, desta maneira a sociedade constrói também uma identidade sexual e não só social. No mercado de trabalho, por exemplo, existem profissões onde são mais aceitas pessoas do sexo masculino do que feminino e vice­ versa, ainda hoje, mulher e homem executando a mesma tarefa não recebem salários iguais, sendo o do homem maior e muitas vezes a mulher executa outra jornada ao chegar a sua casa. A divisão do trabalho em todas as sociedades humanas depende mais das condições culturais e menos das condições sexuais, assim, a identidade feminina na pós­modernidade assume postura tipicamente capitalista, que consome e dita às leis do mercado, mas ainda é certo que a influência do discurso masculino na construção da identidade da mulher da pós­ modernidade é ainda extremamente forte, pois o poder representado por este gênero é concreto e estabilizado ao longo do tempo e de difícil desconstrução e mudanças (VIEIRA 2005). O estudo de MELLO ET al. (2005) relacionou o exercício físico e os aspectos psicológicos. Os primeiros estudos a respeito surgiram na década de 70, tendo como modelo exercício aeróbio e suas repercussões sobre o humor e a ansiedade, esses estudos demonstraram vários benefícios que a prática de exercícios físicos trás, contudo foram realizados com recursos e equipamentos escassos. O ser humano tem um ritmo biológico diário que controla muitas funções fisiológicas, este ritmo influenciado pelo exercício físico, pode ser alterado, como por exemplo, as alterações hormonais e o ciclo sono­vigília, dependendo do horário que o exercício é realizado, podem influenciar no aumento 61 da temperatura corporal, dependendo pode estimular a liberação maior ou menor do hormônio melatonina. O exercício físico noturno, por exemplo, pode atrasar a liberação de TSH e melatonina. A prática de exercício físico tem uma eficácia muito importante sobre o sono, é aceita como uma intervenção não farmacológica para melhoria do sono, e mesmo assim poucos profissionais da área de saúde têm recomendado e prescrito o exercício físico com este intuito. Deve­se levar em conta a intensidade, duração, indivíduo sedentário ou ativo e horário da prática. Atualmente a osteoporose é a doença mais frequente do metabolismo ósseo. Diversos nutrientes estão relacionados com a massa óssea, com destaque para o cálcio e a vitamina D. Apesar de 80 a 90% dos estoques de vitamina D ser provenientes da síntese cutânea, estudos mostram que mesmo em países ensolarados a deficiência de vitamina D é muito comum. Considerando que a dieta da população brasileira tem se mostrado muitas vezes inadequada com relação ao consumo do cálcio e vitamina D, a suplementação desses componentes pode ser necessária em indivíduos que apresentam deficiência no metabolismo do cálcio e osso. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da suplementação de cálcio e vitamina D em marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo de mulheres na pós­ menopausa com osteoporose. Foram avaliadas 64 mulheres com osteoporose na pós­menopausa randomizadas em dois grupos: Grupo 1 Suplementação de cálcio (1200mg/dia) e vitamina D3 (400UI ou 10µg/dia); Grupo 2 Controle. No início do estudo foi realizada a densitometria óssea (DXA) para diagnóstico da osteoporose e avaliação da composição corporal (PEREIRE 2008). O estudo de LORENZI Et al. (2006) foi avaliar a qualidade de vida de mulheres na
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira pós­menopausa. Estudo transversal de 323 mulheres pós­menopáusicas com idade entre 45 e 60 anos atendidas em um serviço universitário de atenção ao climatério entre Junho e Outubro de 2002. A qualidade de vida foi avaliada através do Women's Health Questionnaire. Na análise estatística, utilizou­se o teste t de Student e a análise de variância, seguidos de regressão linear múltipla. A qualidade de vida se mostrou comprometida entre a população estudada, em especial nos domínios relacionados a sintomas somáticos, humor deprimido e ansiedade. Por meio de análise multivariada, constatou­se que quanto menor a escolaridade e a frequência da atividade sexual, assim como a confirmação de comorbidades clínicas prévias, piorem os índices de qualidade de vida. Em contrapartida, atividade física regular se associou a melhor qualidade vida. A terapia hormonal, em particular, não se associou à qualidade de vida. A qualidade de vida mostrou­se comprometida neste estudo, sendo influenciada tanto por fatores biológicos, quanto por fatores culturais e psicossociais. Possivelmente, as mulheres atribuem à menopausa eventuais sintomas decorrentes de comorbidades clínicas ou dificuldades emocionais prévias, distorcendo a sua percepção acerca desta etapa de suas vidas. Neste sentido, a escolaridade contribuiu para uma maior compreensão das mudanças corporais dessa fase, reduzindo os níveis de ansiedade e estimulando o auto cuidado. A sexualidade mostrou­se igualmente um aspecto importante da qualidade de vida no climatério. A pesquisa de TAMAYO Et al. (2001) teve como objetivo estudar a influência da atividade física regular de homens e mulheres de mais de 40 anos sobre o seu autoconceito, segundo a autora o autoconceito pode ser definido como uma estrutura cognitiva que organiza as experiências passadas do indivíduo, reais ou imaginárias, controla o processo 62 informativo relacionado com sigo mesmo e exerce uma função de auto regulação. NIEDENTHAL e BIKE (1997) citada por TAMAYO (1993) descrevem o autoconceito como as representações mentais das características pessoais utilizadas pelo indivíduo para a definição de si mesmo e regulação do seu comportamento. São considerados três componentes no autoconceito: primeiro o avaliativo, que é denominado autoestima e consiste na avaliação global que o indivíduo faz do seu próprio valor, a autoestima manifesta­se pela aceitação de si mesmo como pessoa e por sentimentos de valor pessoal e de autoconfiança, constitui um dos determinantes mais importantes do bem estar psicológico e do funcionamento social. Segundo SALMIVALLI ET al. (1999, apud TAMAYO, 2001, p. 158) o auto conceito é influenciado por muitas variáveis de natureza diversa, predominando aquelas com base relacional e social. Para o adulto a atividade física pode ser procurada e/ou desejada pelo sujeito, mas é frequentemente imposto, com horário fixo, infraestrutura adequada e professor ou instrutor designado, tem que abrir espaço em sua agenda. A amostra desta pesquisa foi composta por 200 pessoas com idade acima de 40 anos, em média 46,12 anos, de ambos os sexos, sendo que metade praticava regularmente algum tipo de atividade física e a outra não. Foram avaliados seis fatores: atitude social, autoconfiança, autocontrole, self ético­moral, self somático e receptividade social. A autoconfiança é uma exigência básica para o exercício da atividade física profissional, para o sucesso para construir uma ponte entre família e a sociedade, no contexto cultural estas eram funções mais características do homem. Por outro lado as mulheres participantes foram possivelmente, socializadas com foco para sustentar a unidade e a harmonia da família através da consistência moral e ética. Como resultado a atividade física teve
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira efeito principal sobre os fatores autoconfiança, self ético­moral, self somático demonstraram efeitos positivos de caráter psicológico e social através de modificações, reais ou imaginárias na ética do corpo. O simples fato de praticar atividade física com regularidade pode promover na pessoa o sentimento ou a impressão de que seus objetivos tenham sido ou estão sendo atingidos. Assim a atividade física além dos benefícios corporais provocaria uma percepção mais positiva do próprio corpo. Quando comparados os dois grupos, praticantes e controle percebeu­se que o grupo praticante possui mais autoconfiança, autocontrole e estão mais adaptados a normas éticas e morais da sociedade. O aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade tem se mostrado crescente, particularmente no sexo feminino, em vários países, inclusive no Brasil (1­3). Diversos fatores estariam envolvidos nesta chamada epidemia desde uma possível predisposição genética, cujo mecanismo é pouco claro, quanto a outros determinantes, como: idade e sexo, número e intervalo entre as gestações; determinantes socioculturais, como: renda e escolaridade, e comportamentais, incluindo fumo e atividade física. A obesidade na Peri menopausa atinge, aproximadamente, 60% das mulheres. Contudo, associar esta obesidade à menopausa é difícil, pois vários são os fatores que acompanham a menopausa, sendo um dos mais importantes à redução da atividade física. Há uma relação inversa entre índice de massa corporal e atividade física. Os resultados de trabalhos que estudaram a menopausa como fator de risco para o sobrepeso é contraditórios e nenhum deles controlou o efeito da atividade física. Entre as mulheres brasileiras não foi encontrado nenhum estudo que discutisse o efeito da menopausa como fator associado ao sobrepeso. Neste estudo, explorou­se a associação entre menopausa e sobrepeso 63 em um inquérito, realizado em uma amostra probabilística das mulheres do Rio de Janeiro, que aferiu de peso e altura nos domicílios e avaliou a atividade física, através de entrevista. A população estudada consistiu de 1.506 mulheres que foram pesadas e medidas no domicílio. O risco de sobrepeso (IMC >25kg/m2) associado à menopausa, em modelo de regressão logística ajustado para idade, atividade física e tabagismo foi de 1,66 com intervalo de confiança de 95% de 1,14­2,41. Os resultados mostraram, ainda, que a escolaridade e a renda associaram­se ao sobrepeso somente entre mulheres sem menopausa, e que o efeito do tabagismo foi maior entre mulheres na menopausa. Concluiu­se que a associação entre menopausa e sobrepeso não é explicada pela idade ou inatividade física, e que parece haver um efeito teto para as mulheres já obesas antes da menopausa. Somente estudos longitudinais permitirão esclarecer esta hipótese. A atividade física regular contribuiu para a preservação da massa muscular e da flexibilidade articular, reduzindo a intensidade dos sintomas somáticos e levando a uma sensação de maior bem­estar no climatério. O exercício físico não somente aumenta a secreção de b­endorfina hipotalâmica, aliviando as ondas de calor e melhorando o humor, como aumenta a densidade mineral óssea, diminui a frequência cardíaca de repouso, melhora o perfil lipídico e normaliza a pressão arterial. Por fim, a atividade física melhora a imagem corporal, aumentando a autoestima feminina (SICHIERI 2001). OBJ ETIVOS O objetivo geral deste estudo de caso foi à diminuição do percentual de gordura, ganho de massa muscular e qualidade de vida. Como objetivo especifico, ganho de massa muscular na região dos glúteos e MMII (diminuição no processo de sarcopenia).
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira 64 O estudo justifica­se pela necessidade de estar divulgando a importância do treinamento físico personalizado nos aspectos físicos e terapêuticos, já que foi possível notar uma melhora de humor. repetições 30” de pausa, três vezes na semana, abdominal 3 x 10 com frequência de duas vezes na semana e 20min caminhada(esteira) antecedendo a musculação. AMOSTRA Quarta e quinta semana de treinamento: Nesta amostra foi treinado indivíduo do sexo feminino, ensino superior completo, não fumante, utilizando medicamento para controle de PA, com 51 anos de idade, aposentada (bancária), passou por três gestações, sendo aos 27, 29 e 33 anos aumentando o peso em 9 kg em média por gestação, estando agora no período Climatério. Praticante de ginástica localizada coletiva a 1 ano e 4 meses (sem alterar V. ou I. dos exercícios) com frequência média de 2 a 3 vezes/semana. Peso no inicio do treinamento de 52,50Kg e 146,00cm de estatura. Segunda feira: 5min Caminhada 5km/hr e 5min trote 6,3km/hr (esteira); 40min musculação alternado por segmento e 30min de Alongamento. TÉCNICA DE COLETA DE DADOS Terça feira: 40min Caminhada 5km/hr (esteira). Quarta feira: 30min Musculação (glúteo/perna) flexão de braços /30min de Alongamento geral. Quinta feira: 40min Caminhada 5km/hr (esteira). Sexta feira: 40min Musculação alternada por segmento e 30min de Alongamento. Foi realizada avaliação física pré­ treinamento em 18/11/2008 e pós­ treinamento em 02/04/2009 – avaliação postural, composição corporal, perimetria Protocolo de Pollock 7 dobras, capacidade cardiorrespiratória Protocolo máximo de Balke, testes de flexibilidade, força abdominal e flexão de braços (Physical Test). O treinamento consistiu em: musculação, alongamento, ginástica localizada, caminhada e corrida na esteira. Período de férias de 20 de Dezembro a 04 de Janeiro 2009. ANÁLISE DE DADOS Esporadicamente ocorreram corridas e caminhadas aos Sábados no Parque do Ibirapuera, o que proporcionou aproximação entre treinador e aluna. Foram comparados os resultados das avaliações físicas de pré e pós­treinamento, a partir de cálculos/resultados fornecidos pelo programa Physical Test. Resultados apresentados em forma de gráficos e tabelas. TREINAMENTO As três semanas iniciais foram de adaptação a musculação, método continuo constante, alternado por segmento 2 x 12 As duas primeiras semanas de Janeiro (de 05 a 17/01) repetição do treinamento inicial aumentando o volume na musculação. As duas semanas seguintes (19 a 31/01) repetição do treinamento da quarta e quinta semana. Fevereiro e Março 3 vezes/semana musculação: treinamento hipertrófico com cargas de choque e recuperativas, dividindo os treinos por grupamento muscular e 2 vezes/semana aeróbico 30min caminhada a 5km/hr (esteira). Foi solicitado ao indivíduo controle alimentar durante o treinamento, evitando a ingestão de doces (chocolates), frituras, produtos
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira industrializados e maior ingestão de frutas, verduras, legumes e sucos naturais. Abdominal Coxa 65 25 20 23 17 ­2 ­3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Pr otocolo de Pollock (7dobras) Tabela 1­ Per ímetr os (em centímetros) INDICADO RES PR É Tór ax 94cm D E P Ó S D E ≠ 96cm 2cm + Cint ura 80cm 77cm 3cm ­ Abdome 89cm 87cm 2cm ­ Q ua dril 92cm 94cm 2cm + D E Antebraços 23,5cm 23cm 23,5cm 23,5cm Br aços 27cm 26cm 26,5cm 27cm 0,5cm­ 1cm + Coxas 52cm 52cm 54cm 54cm 2cm + 2cm + Pa nturr ilha s 31cm 31cm 31,5cm 31,5cm 0,5cm+ 0,5cm+ D= membro d ir eito E= membro esquerdo pr é= pr é t este 0,5cm+ pós= pós teste Pr otocolo de Pollock Como resultado na diminuição do percentual de gordura, podemos notar na tabela 1 diminuição nas medidas de cintura (­3 cm) e abdómen (­2 cm); na região toraxica um aumento de 2 cm sendo uma das regiões de maior diminuição no percentual de gordura, como podemos observar na tabela 2 (­5mm) isso se deve ao ganho de massa muscular; na região dos braços e antebraços há melhora nas diferenças em cm. Nos MMII (membros inferiores) e Glúteo que foram objetivos específicos do trabalho, podemos observar aumento na região do quadriceps de +2 cm e Glúteo +2 cm, o treinamento caracterizou­se por treinamento de choque (observando as respostas de percepção de força e dor muscular do individuo) a estética será possível observar em anexo. Tabela 2 – Dobras Cutaneas % de gordura DOBRAS PRÉ PÓS DIFERENÇA Sub­ escapulas 20 18 ­2 Tricipital 16 14 ­2 Peitoral 10 10 Axilar­média 25 20 ­5 Supra­iliaca 23 21 ­2 É possivel perceber maior perda de gordura, nas dobras das regiões axilar­ média e pernas, e menor na região abdominal que inclui supra­ilíaca. Quando comparamos a pesquisa com estudos de SCHIERI (2001) onde o autor relata o aumento do peso no período de perimenopausa e a dificuldade de perda de gordura na região abdominal, confirmamos esta dificuldade. Tabela 3 – Capacidades Condicionais Capacidades Pré­ teste Pós­ teste Diferença Flexibilidade 43 cm 45 cm 2 cm+ Abdominais 19 26 7 + Flexão de br aços 27 34 7 + Podemos observar na tabela 3, ganho na força e resistencia muscular, quando comparamos o número máximo de repetições realizadas em um minuto (Pollock, Wilmore e Fox, 1994), tanto para repetições abdominais quanto para flexão de braços, percebemos no pós teste um aumento de 7 repetições na realização de abdominais e 7 na flexão de braços. Na capacidade flexibilidade (teste sentar e alcançar, fonte: Heyward, 1998) a diferença não foi relevante. Ao termino do pós­teste foi possível notar um estado menos ofegante que ao final do pré­teste, confirmando melhora na capacidade cardiorrespiratória. A capacidade cardiorrespiratoria é a quantidade de oxigénio que um individuo
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira consegue captar e metabolizar durante a atividade física, como podemos observar essa capacidade foi melhorada de 27,20 ml/kg/min no pré teste para 31,18ml/kg/min no pós teste, a frequencia cardiaca de repouso que era de 80bpm (batimentos cardíacos por minuto) caiu para 60bpm, quanto menor a frequencia cardiaca de repouso mais treinado está o individuo. A carga máxima passou de 94watts para 114watts e o tempo de 7 min. Para 8min. e 10 seg. 66 em 1 kg, aumentou em 1,740Kg em massa muscular e diminuiu seu percentual de gordura de 27,95 para 26,04 (pós). Hoje o peso atual do indivíduo é de 53,500Kg e a indicação do programa é para 51,390Kg. Lembramos que os testes realizados são de forma indireta, assim sendo para uma melhor precisão se faz necessário de forma direta. Pós­teste (avaliação fisica) Prés­teste avaliação fisica composição corporal 52,50 =peso atual; 23,00=percentual de gordura ideal; 27,95=percentual de gordura atual; 14,67=peso gordo Kg; 37,83=peso magro Kg; 49,13=peso ideal Kg. Assim como no estudo de CALLE ET al. (2003) ao final do treinamento com peso, que teve a duração de 4 meses/3 vezes por semana, teve como resultado um ganho médio de 1kg de massa muscular e perda média de 1,200kg de massa gorda. Ou seja, o indivíduo estava com percentual de gordura 4,95 acima do indicado como ideal, o peso 3,630Kg acima do ideal. Quando comparamos com o pós­ resultado, percebemos que o individuo mesmo tendo aumentado seu peso total CONCLUSÃO Há uma crescente preocupação com a qualidade de vida associada ao bem estar físico e mental. Quando pensamos que a estimativa de vida da maioria das pessoas, e principalmente das mulheres chegará por volta dos 80 anos, essa preocupação aumenta. Os avanços ocorridos, principalmente na área de ciências humanas, trouxeram aos profissionais de saúde não somente a necessidade de um maior conhecimento acerca dos sentimentos e percepções corporais dos indivíduos, sobre as suas condições de saúde, como de mensurar o impacto de eventuais intervenções na sua vida. Através do treinamento personalizado, aeróbico e hipertrofico realizado com o indivíduo foi possível alcançar os objetivos gerais e específicos. Principalmente na região dos glúteos que tinham uma aparência que incomodava o individuo em suas relações sociais e afetivas (ficar de biquíni na presença de amigos, ficar exposta ao parceiro). Essa
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira região ficou com aparencia rejuvenescida e principalmente proporcionou ao indivíduo, melhora no humor e melhor relacionamento socioafetivo. “Estima­se que 50% a 70% das mulheres climatéricas manifestem sintomas somáticos e dificuldades emocionais. As reações emocionais no climatério parecem ser particularmente influenciadas pelas atitudes em relação à menopausa, sendo menos intensas entre as mulheres que associam a menopausa à maior maturidade e autoconfiança. Todavia, para as mulheres que conseguem redimensionar novas perspectivas existenciais, o climatério é acompanhado de sintomas mais intensos, maior irritabilidade, ansiedade, depressão e até dificuldades sexuais “(LOPES 2008)”. REFERÊNCIAS CALLE MTR, PEÑA AM, GIRALDO JP e ECHEVERRI MCV. Efecto de la Actividad Física Controlada Sobre La Composición Corporal de Mujeres Sedentárias pós­menopáusicas. Revista Panamericana de Salud Pública. v.14, n.4, 2003. Disponível em: < http://www.scielo.br> acesso em: 05 jan. 2009. JOVINE MS, BUCHALLA CM, SANTAREM EMM, SANTAREM JM e ALDRIGHI JM. Efeito do Treinamento Resistido Sobre a Osteoporose Após a Menopausa: Estudo de Atualização. Revista Brasileira de Epidemiologia. V.9, n.4, 2006. Disponível em: < http://bases.bireme.br> acesso em: 05 jan. 2009. 67 MELLO MT, BOSCOLO RA, ESTEVES AM e TUFIK S. O Exercício Físico e os aspectos psicológicos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. V.11, n.3, p.1­ 14, 2005. MOREIRA MHR. Menopausa em forma: Programa de Promoção do Exercício e da saúde em Mulheres Pós­menopáusicas. Centro de Referencia de Documentação sobre o Envelhecimento SHAPE. p.181­ 201, 2008. Disponível em: < http://bases.bireme.br> acesso em 15 jan. 2009. MORI ME e COELHO VLD. Mulheres de corpo e alma: aspectos biopsicossociais da meia­idade feminina. Revista psicológica: Reflexão e Crítica . V.17, n.2, p.1­18, 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br> acesso em 12 dez. 2008. NUNOMURA M, TEIXEIRA LAC e CARUSO MRF. Nível de estresse em adultos após 12 meses de prática regular de Atividade Física. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. São Paulo, v.3, n.3, p.125­134, 2004. Disponível em < http://www3.mackenzie.com.br> acesso em 15 jan. 2009. ORSATTI FL, NAHAS EAP, NAHAS N, JORGE MN, TARDIVO AP e DIAS R. Redução da Massa Muscular de Mulheres na Pós­menopausa: Efeito do Treinamento Hipertrófico. Revista Feminina. V.34, n.12, p. 815­821, 2006. LOPES CMC, CELESTINO CA, HIME LFCC. Climatério. Revista Brasileira de Medicina. V.65, n.6, p.174­178, 2008. PEREIRA GAP. Efeito da Suplementação de Cálcio e Vitamina D no Metabolismo Mineral Ósseo de Mulheres na Pós­ Menopausa com Osteoporose. Universidade de São Paulo. São Paulo, 91p. 2008. Disponível em < http://www.teses.usp.br> acesso em: 13 dez. 2008. LORENZI DRS, BARACAT EC, SACILOTO B e PADILHA IJ. Fatores Associados à Qualidade de Vida Após menopausa. Revista da Associação Médica Brasileira . V.52, n.5, 2006. PITANGA GJF. Avaliação da aptidão física – variáveis morfológicas, funcionais e motoras. Testes, Medidas e Avaliação em Educação Física e Esportes.São Paulo: Phorte, 2008. P.91­195.
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira SICHIERI APML. Influencia da Menopausa no Índice de Massa Corporal. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia & Metabologia . São Paulo v.45, n.3, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br> acesso em: 13 dez. 2008. SIMOES RA, SOUZA TMF, CESAR MC, BORIN JP, GONELLI RG, MONTEBELO MIL. Efeitos do treinamento de resistência de força com alto número de repetições no consumo máximo de oxigenio e limiar ventilatório de mulheres. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. V.14, n.6, p.513­ 517, 2008. SPRITZER PM e WENDER MCO. Terapia Hormonal na Menopausa, Quando não usar. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia . São Paulo, v.51, n.7, 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br> acesso em 2008. STELLA F, GOBBI S, CORAZZA DI e COSTA JLR. Depressão no idoso: Diagnóstico Tratamento e Benefício da 68 Atividade Física. Universidade Estadual Paulista – UNESP , v.8 n.3, p.91­98, 2002. Disponível em: < http://www.portaldoenvelhecimento.org.b r/artigos> acesso em: 20 dez. 2008. TAMAYO A, CAMPOS APM, MATOS DR, MENDES GR, SANTOS JB e CARVALHO NT. A influência da Atividade Física regular sobre o autoconceito. Estudos de Psicologia , Natal, v.6 n.2 p.157­165, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br> acesso em: 20 dez. 2008. TREVISAN MC. Efeito de Treinamento com Pesos Sobre Indicadores da Composição Corporal, Bioquímica, Plasmática e gasto Energético de Repouso (GER) de Mulheres na Pós­menopausa. Biblioteca Virtual em Saúde, v.79, p.01­ 33, 2006. Disponível em: <http://www.asbes.bireme.br> acesso em: 20 dez. 2008. VIEIRA JA. A identidade da mulher na modernidade. D.E.L.T.A., v. 21, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br> acesso em: 22 dez. 2008.
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 Silvia Maria Pereira 69 ANEXOS Pr é ­ Teinamento Pós­treinamento Pr é ­ Teinamento Pós­tr einamento
Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v.2, n.2, p.56­69, jul./dez.2012 ISSN 2179­2895 
Download